spoiler visualizarHelena 02/01/2021
Tornou-se um dos livros que mais me marcaram, muito emocionante e reflexivo!
A obra de Mary Shelley, publicada pela primeira vez em 1823, difere-se bastante das adaptações cinematográficas. Isso, porque, ao decorrer da história, percebe-se que Frankestein não é uma obra de terror, mas, sim, de ficção científica, que instiga o leitor a refletir sobre muitos questionamentos, tais como: quais são os limites entre a vida e a morte e os limites das pesquisas no meio científico, até onde há ética quando manipula-se com a vida? Além de, claro, questões que podem ser paralelamente associadas a problemas atuais, como o abandono paternal e a aversão ao que é diferente.
O livro, portanto, trata-se da negligência do Dr. Victor Frankestein com a sua criatura, a qual é resultado da megalomania de seu criador e é obrigada a aprender a conviver em um mundo cruel e intolerante, assim, um ser antes tomado por inocência e curiosidade transforma-se em um monstro vingativo, cujo único propósito é revoltar-se contra o seu criador. Frankestein, por sua vez, mostra-se desde o início ser um homem extremamente arrogante, irresponsável, inconsequente, pretencioso, egocêntrico, etc. O personagem de Victor representa a ambição do ser humano e também mostra como as ações do presente podem gerar inúmeras consequências no futuro, que podem ser desde as mais banais até as mais trágicas, que são características do livro de Shelley.
Em suma, é uma leitura que gera inúmeras reflexões acerca da nossa existência, da maneira que nós, como parte da sociedade, marginalizamos muitas pessoas que acabam tendo um destinos tristemente trágicos, da maneira com que a ciência lida com a vida e com a sua manipulação... enfim, muuita coisa. Por fim, recomendo muito o livro Frankestein e considero, até, uma leitura obrigatória a todo e qualquer leitor.
OBS: espero que a minha resenha tenha sido esclarecedora e tenha ajudado alguém, é a primeira vez que fiz uma e, logo, não sei se fiz certo ;p