O último dia de um condenado

O último dia de um condenado Victor Hugo




Resenhas - O Último Dia de um Condenado


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Maria 24/07/2024

Um livro curto, mas escrito de uma maneira que eu me conectei com o personagem. Ainda tinha esperanças que ia dar certo?
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Caroline1091 23/07/2024

Victor Hugo nasceu em 1802, tornou-se um romancista famoso e prestigiado em vida, lutou pelos direitos humanos, denunciando em seus livros as mazelas que permeavam boa parte da população no século XIX.

Nessa narrativa quase epistolar, acompanhamos um homem desde o seu julgamento até a execução de sua sentença, em que foi condenado à morte. O personagem relata, como uma forma de protesto, todos os sentimentos que permeiam a sua sentença: a raiva, a dor, o medo. Ao mesmo tempo, questiona quem somos nós para tirar a vida de outro ser humano como forma de punição, em derramar sangue como forma de justiça.

Essa é a primeira vez que leio algo de Victor Hugo e, como previa, saio da leitura cheia de questionamentos: quem somos nós como sociedade para inferir tamanha dor a outra pessoa, quando o que temos de mais precioso é a vida? E que alegria nos aflige ao observamos a morte do outro, mesmo que este seja um criminoso?
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Lucas, Bibliotecário 18/07/2024

O desespero diante da morte anunciada
Victor Hugo nos apresenta uma narrativa que se aproxima do formato epistolar. O destinatário, no primeiro momento, indefinido. Ao adentrar o espectro do enredo, entendemos que se trata de bilhetes escritos em meio à insalubridade da masmorra dos apenados, destinados a todos que compõem o complexo e frágil sistema truncado que coexistimos.

Há um personagem sem nome, sem idade, sem profissão cuja história pré-existente nos é desconhecida. Há tão somente o fato dele estar condenado e fincado na antessala de sua execução que será em praça pública através da guilhotina. Assim nos é apresentado o condenado.

No decorrer do livro, o desespero e a perplexidade em relação ao homicídio celebrado pelo Estado crescem exponencialmente O personagem definha ao longo da curta existência que lhe resta absorto em pensamentos e críticas ao que lhe ocorre: desde a recepção da sentença em meio ao tribunal abarrotado de pessoas ao cadafalso que lhe espera cercado por uma multidão ávida por sangue e espetáculo.

O espetáculo do grotesco define essa situação. Victor Hugo sutilmente destila críticas à pena capital, aplicada à esmo numa França pós-revolucionária, não muito tempo após Robespierre e Luis XVI, ambos guilhotinados pela lâmina impiedosa.

A pena de morte é cínica, cruel e desumana. Brutaliza e sistematiza o mal como fonte de entretenimento e de engodo. Disfuncional, não freia a criminalidade, pois sempre haverá candidatos à degola, aos montes. Aquele que outrora aplaudia efusivamente a guilhotina, torna-se o próximo a conhecê-la intimamente.

Portanto, a guilhotina (ou qualquer outro método mortal) mostra-se ineficaz, não obstrui a criminalidade, serve tão somente para o déspota vender a imagem de que a Lei é imperiosa e impiedosa, relegando suas responsabilidades à guilhotina como método de justiça, servindo como palco circense aos que assistem ao subjugo alheio, enquanto a "iuris" de fato é escanteada.

Nenhum agente que compõe o Estado está de fato interessado em fazer justiça, mas em tão somente fazer com que o espetáculo aconteça, não importa o crime, não importa a quem.

Esse livro me lembra outras obras de outros autores: Crime e Castigo e O Idiota do Dostoievski. O cupom falso de Tólstoi. É isto um homem do Primo Levi. Obras que trabalham a morte como consequência de uma sociedade déspota e inconsequente em seus atos.

Recomendo a leitura!
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Felipe.Ribeiro 17/07/2024

Protesto contra pena de morte
A morte de cada dia de um condenado a pena de morte. E a população que celebra a tragédia de outra pessoa.
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Hegon Tavares 17/07/2024

À lá Bresson
É incrível como certas coisas cruéis não nos fazem pensar em seus vários lados.
A pena de morte é uma delas. Em todas as discussões que vemos por aí, os argumentos são sempre os mesmos: é gasto para o governo; deve-se pagar pelo que fez.
Mas, como adentrar na mente de um condenado? Esse livro faz isso com maestria. Nunca paramos para pensar em como isso não afeta apenas estado e condenado, mas também o social e a família.

O personagem pensa em sua filha, que crescerá com vergonha de seu nome, pois seu pai foi um condenado à morte, e ainda por cima, por guilhotina.
Victor Hugo nos questiona o que faríamos em nossos últimos momentos de vida.

Sabemos que já nascemos condenados à morte, mas a tortura de esperar esse dia sabendo qual ele será, só se é imaginável graças a escrita do Victor Hugo.

*Parece que Robert Bresson inspirou-se um pouco nesse livro para fazer seu incrível "Um Condenado à Morte Escapou". Não vi cenas que fazem paralelos, mas algo em minha mente uniu as duas obras.
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Cesar.Aguiar 13/07/2024

Um texto humanista
"Na forma de um monólogo interior, que acompanhamos o ultimo dia de um condenado à morte. Um condenado enigmático que não conta nada sobre seu passado, sua história, seu nome, sua idade e os motivos de sua sentença de morte. O objetivo de Victor Hugo não era comover seus leitores ao romantizar a história de um criminoso, nem oferecer o mesmo prazer doentio que os levava à guilhotina durante as execuções: queria sensibilizar seus leitores sobre a questão da pena de morte pelo que ela representa na mente de um condenado, seja ele quem for."

https://www.gigidaaulas.com.br/post/o-%C3%BAltimo-dia-de-um-condenado-victor-hugo
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Eduardo2179 11/07/2024

Um estudo sobre sensacionalismo
O que escritor sempre usou das suas obras para discutir de maneira inteligente temas do cotidiano que as vezes de tão intrincados parecem culturas pétreas a nossa sociedade e ao abordar a pena capital de maneira crua faz desta novela um ponto de discussão interessante, como já era de esperar pelo título acompanhamos o último dia de um homem antes de sua execução, suas angústias, sua ambição de algo improvável e sua arrogância ao real sentido da vida.
Nosso protagonista não tem um nome, sequer é discutido seu crime, existe aqui a impessoalidade proposital para discutir os fins e não dos meios, não há carisma com o homem, não misture, no final o pouco de afeição que o autor entrega é pela humanidade e não sua representação abjeta que nos é entregue e ainda tento a certeza que um crime horrível foi cometido, mesmo tendo a representação do autor uma figura desprezível o que nos diferencia como civilidade ? Quando uma comunidade se junta para presenciar a morte de um ser humano a sangue frio, quando a economia local se apossa da venda de suvenir ocasional e nossa superioridade se reúne em cabeças que gritam por sangue e que como num aspiral aqueles que gritam futuramente também haverá deles na guilhotina é a falência da fé e da justiça.
Victor Hugo da sua opinião de maneira sútil, é quase passa despercebida, mas ele não se exime jamais daquilo que acredita. A linha que separa o animal do homem é fina, frágil e pronta para ser rompida.
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Tônia 10/07/2024

Essa obra é um relato angustiante e necessário que descreve a tortura psíquica de um condenado à morte. Não sabemos o crime que o narrador comete, o que nos induz a evitar julgá-lo e até mesmo a ter empatia por ele, sofrer com ele. Dramático e necessário.
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Larissa Silva 09/07/2024

Relatos de um homem condenado a morte na gilhotina. Junto a elementos históricos, acompanhamos relatos de angústias, pensamentos, desejos e vontades das últimas 6 semanas na vida de um homem e suas últimas horas e minutos já no local de sua condenação.
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Icaro 05/07/2024

"O Último Dia de um Condenado" é uma obra impactante de Victor Hugo, publicada pela primeira vez em 1829. O livro, um manifesto contra a pena de morte, é narrado em primeira pessoa por um prisioneiro anônimo condenado à guilhotina. A narrativa se desenrola durante as últimas seis semanas de vida do condenado, culminando no seu último dia, como o título sugere.

Hugo utiliza uma linguagem direta e emocional para transmitir a angústia, o desespero e a introspecção do protagonista. Através dos olhos do condenado, o leitor é convidado a refletir sobre a injustiça e a desumanidade da pena capital. A obra é uma crítica feroz ao sistema judicial da época, mas seus questionamentos sobre a moralidade da pena de morte permanecem extremamente relevantes até os dias de hoje.

O autor não revela o crime cometido pelo protagonista, destacando que a natureza do crime é irrelevante para a discussão sobre a dignidade humana e a crueldade do castigo. Em vez disso, Hugo foca nos pensamentos, nas memórias e nas emoções do condenado, criando uma conexão empática entre o personagem e o leitor. Esse enfoque humanizador é uma das grandes forças do livro, fazendo com que o leitor questione suas próprias crenças e preconceitos sobre justiça e punição.

Além de sua poderosa mensagem social, "O Último Dia de um Condenado" também é uma obra literária de grande mérito. A escrita de Hugo é magistral, repleta de passagens líricas e profundas reflexões filosóficas. A obra é curta, mas seu impacto é duradouro, deixando uma impressão indelével na mente do leitor.

Em suma, "O Último Dia de um Condenado" é uma leitura obrigatória para aqueles que desejam entender melhor as implicações morais e éticas da pena de morte, bem como para os admiradores da literatura clássica de Victor Hugo. É um livro que provoca reflexão e empatia, desafiando o leitor a reconsiderar a justiça e a humanidade.
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Lê<33 04/07/2024

The other vision
Confesso que nunca tinha parado pra pensar nesse ponto de vista do livro, num tempo onde a pena de morte era comum(e natural, na França no caso), observo nos dias atuais a e Guilhotina era bem cruel, ainda mais as situações do fim do livro...
Me fez ter uma nova perspectiva, um detalhe abordado no livro cita que maior parte das pessoas que apoiam, vêm a pena de morte com uma certa graça... algo assim, como uma punição de vingança e não uma correção para melhoria. Em alguns pontos, eu concordo ainda mais pela época que era dotada de pura crueldade mas em outros ainda discordo.
Além disso, tem um trecho muito interessante e inteligente que questiona: Porque da pena de morte se existem as prisões (no caso a existência de pena perpétua)? dessa forma, qual a necessidade da morte? objetarão que se pode escapar da prisão? façam melhores guardas!! e se não acreditam na utilidade das grades de ferros, como ousam ter zoológicos???
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Pedro.Inocente 05/06/2024

A morte como espetáculo
Sem palavras pra esse livro?primeira obra que leio do Victor Hugo, e um dos poucos livros que li, em que muitas vezes você se pega pensando, como seria se você estivesse na pele do personagem.
Assim como em ?O Processo? de Kafka ou ?O Estrangeiro? de Camus, eu achei a escrita muito ?sufocante? e com muitos aspectos psicológicos. Obra curta, mas que cumpre perfeitamente com a proposta, recomendo muito e pretendo ler mais obras do autor, em breve!
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Lorayne.Stinguel 30/05/2024

Bem interessante o ponto de vista do condenado... bem se vê a mudança do pensamento dele ao longo do livro. Achei bem marcante a parte que dizia que qualquer um podia acabar morrendo de um coisa qualquer ainda antes dele.
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RaquelSales17 24/05/2024

Condenado à morte
O livro dispõe dos dias finais de um homem condenado à morte em que discorre todos os seus pensamentos e esperança do desfecho inevitável.
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Diego.Rates 19/05/2024

Como é bom (enfim) ler Victor Hugo!
No meio de uma de minhas conversas sobre a literatura, o caminho fluiu para a literatura francesa. No decorrer desse diálogo, tomei a percepção de que não havia ainda lido nenhum livro de Victor Hugo! Como esse livro era um pouco menor e estava há um tempo na minha lista, optei por me introduzir nas obras desse lendário autor por ele.

E que baita coincidência perceber que essa obra se assemelha à temática e estilo de escrita do primeiro livro que escrevi! Só tive antes essa mesma sensação quando senti similaridades nas obras de Shakespeare ao meu segundo livro! A narrativa desse livro, apesar de bastante intensa e pesada, possui uma fluidez e uma capacidade extrema de provocar reflexões. Uma leitura relativamente rápida, e excelente em todos os aspectos. Recomendo!
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