O último dia de um condenado

O último dia de um condenado Victor Hugo




Resenhas - O Último Dia de um Condenado


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Fábio 23/12/2011

A pena de morte não é justiça, é vingança.

O Último Dia de um Condenado é uns dos livros primordiais para entender o pensamento social de Victor Hugo, defendendo os direitos humanos sendo peremptoriamente contra a pena capital.

Como Gente Pobre é para Crime e Castigo de Dostoiévski, este livro é para Os Miseráveis, isto é, O Último Dia de um Condenado é um livro que encontramos um "rascunho" da história de Jean Valjean desde o roubo do pão até suas idas e vindas das galés e as gírias que ele vai aperfeiçoar em sua obra prima, entre outros assuntos também vemos as aflições de uma pessoa, aliás, de uma alma, como só Hugo sabe transcrever, em agonia ao pé do cadafalso.

Um livro que em primeiro momento era um desabafo, pois Victor Hugo não queria ficar em silêncio, ou seja, consentindo com o que estava acontecendo em praça pública, que no entanto ao escrevê-lo, foi mais ousado e quis não só expor sua indignação, mas, outrossim, impedir que a pena de morte continuasse.

"A guilhotina é a concreção da lei, chama-se vingança, não é neutra nem permite que se fique neutro.(...) - Não imaginava que aquilo fosse tão monstruoso! É um erro absorver-se tanto pela lei divina a ponto de não se dar conta da lei humana. A morte só pertence a Deus! Com que direito os homens põem a mão nessa coisa desconhecida?" – Os Miseráveis

Izabella164 18/08/2016minha estante
Comentário fabuloso. Obrigada!


Fábio 12/11/2016minha estante
Fico feliz que gostou, Bella!




Gláucia 04/07/2011

O Último Dia de um Condenado - Victor Hugo
Obra de cunho panfletário do autor, onde se coloca contra a pena de morte. Narrado sob o ponto de vista do condenado que expõe toda sua angústia, seu arrependimento e a irreversibilidade de sua situação, o livro nos faz refletir sobre esse tema tão polêmico.
Nesse livro, como em todos os outros do autor, está exposto seu caráter nobre e humanitário.
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Mateus 14/09/2010

O Último Dia de um Condenado narra os dramas e intempéries de um homem que está prestes a ser executado. Imaginei que o condenado iria contar qual crime cometeu, se era culpado ou inocente, se estava arrependido ou não. Mas não é exatamente isso que é narrado. Não é falado se o homem é culpado, inocente, rico, pobre, ou o que for, nem muito menos de qual crime é acusado. O livro narra apenas suas lamentações sobre tudo o que está passando, e como é terrível o lugar em que está preso. Foi muito melhor do que eu pensava.

A verdadeira finalidade do livro é mostrar o quão horrível é a pena de morte. Nisso ele não falha. Em cada página vê-se o quanto Victor Hugo é contra esse tema tão polêmico. O homem condenado pelo visto é um burguês, o que significa que talvez ele não seja o culpado, levando o fato de estar sendo condenado à morte ser totalmente injusto. Mas a questão culpado ou inocente não está em jogo. Como no próprio livro diz, ninguém merece ser condenado a morte. "Se não acreditam na solidez das grades de ferros, como ousam ter zoológicos?"

O maior feito de Victor Hugo é sua capacidade de fazer nós leitores nos emocionarmos com o que ele escreve. Cada palavra, cada frase, cada página, é como se lêssemos exatamente um diário de algum condenado, pronto para a morte. Mas quem disse que esse diário não poderia ser real? No livro fala que se alguns dos condenados a morte fossem filósofos e poetas, muitos diários como esse iriam aparecer constantemente. É a mais pura verdade.

Se no ano em que foi lançado o livro (1829) a pena de morte já era um tema horrível, hoje em dia é ainda pior. Ninguém merece passar por tal coisa, é muito injusto na maioria das vezes. A prisão já é o bastante.
Luh Costa 15/09/2010minha estante
Ainda não tive o prazer de ler esse livro mas com certeza irei ler. Muito boa a sua resenha, aborda um tema polêmico que é a pena de morte. Tem coisas que vejo no jornal, crimes medonhos e logo penso que a pessoa deveria receber pena de morte, mas depois paro pra pensar e vejo que é um assunto delicado, talves aja injustiça, penso que não temos o poder de tirar a vida de alguém, etc. Bem, quem sabe posso tirar minhas duvidas quando ler O Último Dia de Um Condenado.




Léo Araújo 21/08/2010

Sonho ou realidade?
Antes de resenhar a história, gostaria de falar rapidamente sobre esta edição. Abre-se com o fantástico prefácio de 1829, "Uma comédia a propósito de uma tragédia", onde tripudiam sobre o livro, a história em si, o maravilhoso prefácio de 1832 e a cronologia "Vida e obra de Victor Hugo".

Victor Hugo foi opositor ferrenho da pena de morte, principalmente a executada pela ferramenta inventada por Guillotin; ferramenta que trouxe o show de horrores ao público, baseado em razões como a subtração de vidas de membros que lesaram a sociedade e poderiam voltar a lesá-la, que não podiam ficar perpetuamente presos, pois poderiam fugir e a sociedade tem o dever de se vingar, de punir. Talvez a condenação e execução dos quatro sargentos de La Rochelle e a execução de Damiens (Victor Hugo não havia nascido, ainda) descrita em Vigiar de Punir do sociólogo Focault o tenha levado à criar este manifesto contra à pena de morte.

O fato é que em vez assustar e dar o exemplo, a guilhotina passou a ser usada para atender interesses pessoais de juízes e políticos. E a esses interesses pessoais não cabe definir o destino de um homem, que como disse Victor Hugo, ou é um sem família e parentes, que por isso não recebeu educação e instrução e não sabe o que está fazendo e, portanto, a culpa pertence ao seu destino e não a ele, que é inocente, ou o homem tem família e, ao degolá-lo, a família também morre e, nesse caso, mais inocentes são castigados.

A introspecção pré-degola descrita não é tão dramática hoje; no entanto, era avançada para a época. Ao emendar a leitura do Prefário de 1832 o sentimento de revolta se aflora; talvez o mesmo sentimento que o autor, no papel de reformador social e porta-voz da condição humana e de seus direitos tenha sentido quando decidiu escrever o livro.

Recomendo a leitura.
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Eduardo 16/04/2010

Morrer - Perder e ganhar
Um livro incrivel que nos mostra os ultimos momentos de um condenado a morte, ao mesmo tempo que queremos que ele viva, o autor nos faz pedir que ele morra. A angústia de querer viver e a satisfação da morte, são muitos os paradoxos desse livro.
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Aline 01/03/2010

Não me impressionou.
O livro é indiscutivelmente bem escrito, mas já li relatos da morte e da agonia (tanto física como psicológica) mais marcantes.
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Rebeca 01/07/2010minha estante
O livro não é muito dramático mesmo. Mas a parte em que a filha vai visitá-lo na prisão é triste. Na época o livro foi polêmico! Mas hoje em dia se escreve coisas bem mais fortes... da guerra por exemplo. :) Os Miseráveis do autor é melhor. Recomendo.




LariiiH 27/02/2010

Victor Hugo
Bom dizem que Victor Hugo é um ótimo escritor e seus livros são ótimos.

Este livro foi o único livro dele que eu li, e achei cansativo, monótono, falta algo na história, mesmo falando de um assunto triste ele poderia ter incrementado.

Mas é um livro para refletirmos também, pois mostra a injustiça de algumas pessoas condenadas nos séculos passados.

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Rebeca 01/07/2010minha estante
Lê Os Miseráveis, é bem melhor. :)




Marcos Pedro 17/10/2009

Aflitivo!
Ainda que exista uma convicção religiosa por detrás, sou contrário a pena de morte por princípio, por pior que tenha sido o crime cometido. Não acho que nenhum ser humano seja melhor que o outro ou que possa decidir sobre quem vive ou morre. Acredito piamente que quem comente um crime, deva ser severamente punido, mas a morte em si, não é um castigo.

Por conta disso, sempre tive vontade de ler essa incrível obra de Victor Hugo, mas só agora tive a oportunidade. O autor consegue descrever, pelo menos até onde podemos imaginar se estivéssemos naquela situação, todo o pensamento e aflição que o condenado está passando. Consegue ainda criticar "o" sistema, que na busca por justiça para a sociedade, acaba, às vezes, sendo injusto para com uma minoria, no caso em questão, a família do condenado.

Embora se passe na França de séculos passados, o tom amargo da obra continua atual, ainda mais se pensarmos em quantas vidas inocentes são tiradas, quer seja por erros judiciais ou pelas consequências indiretas que trazem à família e amigos de um condenado a morte.
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Lis 13/08/2009

Um livro de extremo impacto por compartilhar todos os sentimentos e pensamentos que invadem a alma de alguém prestes a morrer, sem recair no cliche de culpar o sistema por condená-lo.
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Eve. 19/06/2009

CAP I: (...) Agora sou cativo. Meu corpo está atado a grilhões em uma masmorra, meu espírito está preso a uma ideia.
Uma horrível, sangrenta, implacável ideia! Restou-me apenas um pensamento, uma convicção, uma certeza: condenado a morte. O que que que eu faça, ele está sempre ali, esse pensamento infernal, como um espectro de chumbo a meu lado, solitário, ciumento, afastando qualquer distração, face a face com minha pessoa miserável, e sacudindo-me com duas mãos de gelo quando quero desviar a cabeça ou fechar os olhos. Ele se insinua sob todas as formas em que meu espírito gostaria de se esconder, mistura-se , como um refrão horrível, a todas as palavras que me dirigem (...)

Uma critíca forte e polêmica sobre a pena de morte para a época do lançamento da obra. Victor Hugo apresenta as últimas seis semanas de um condenado á morte, a dor, o arependimento e a os anseios de um condenado em seus detalhes mais sordidos! Uma otíma obra!
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Fulana de Tal 29/05/2009

aflitivo...mesmo. por isso é tão bom.
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Renata G. 07/01/2009

Muito bom mesmo! Comecei Os Miseráveis, mas parei para ler esse! Fenomenal, ele descreve com detalhes o que se passa na cabeça do cidadão, e também nas cabeças daqueles que o acusaram! Recomendo, ao menos para ter um gostinho da literatura de Victor Hugo!
J Kehdi 08/09/2018minha estante
Espero que tenha terminado de ler Os Miseráveis. Está entre os melhores livros que já li.
Boas leituras!




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