A morte do pai

A morte do pai Karl Ove Knausgaard
Karl Ove Knausgård




Resenhas - A Morte do Pai


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Mairton.Rodrigues 27/05/2022

Relato autobiográfico de um homem, branco, hetero e gordofób
Tive diversos problemas com essa experiência literária, começando pela formatação. Karl gosta de escrever parágrafos de páginas o que me cansava muito no decorrer da leitura. Além, de o livro não ser dividido em capítulos, então são longos e longos trechos sem pausa. Ele me jogou em uma enorme ressaca literária, por diversas vezes cogitei abandonar a leitura.

Preciso dar o braço a torcer que Karl é sincero na sua escrita, ele não tem muito filtro no que escreve, ou seja, não tem medo de cancelamento. O que eu achei dessa pessoa? Um grande macho escroto!! Por vezes me identificava com Karl, todavia, ele escrevia algo muito escroto e eu voltava a pensar mal dele. O que mais despertou minha raiva foram trechos e mais trechos gordofóbicos, inclusive quando ele vai descrever a derrocada do seu pai uma das primeiras característica que ele o atribui é a obesidade (não com essas palavras).

Karl tem uma escrita gostosa, contudo, sinto que o livro deixa diversas pontas soltas; em um momento estamos com ele em um prédio comercial escrevendo seu livro, logo depois no nascimento do seu primeiro filho, aí na faculdade. Ao meu ver fica uma grande bagunça que dificulta mais ainda essa leitura. Não gostei dessa experiência e não pretendo continuar essa saga até porque tem livros com mais de mil páginas e se for tão enfadonho quanto esse abandonarei com gosto. Ademais, o ponto alto é quando Karl fala de sua infância e adolescência.
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PaMeirelles 27/03/2021

Um jeito surpreendente de contar histórias
A Morte do Pai possui um grande e inegável mérito: a capacidade de conduzir o leitor de maneira envolvente ao longo do livro, captando sua atenção no fluxo contínuo que é o livro, mesmo diante da ausência de eventos espetaculares. Essa ausência, no entanto, constitui a maior fraqueza do livro, pois o enredo é tão mundano que mesmo através do brilhante storytelling desenvolvido, torna-se um pouco cansativo ou desinteressante. No geral, um bom livro e uma leitura certamente fora do padrão para quase todos os leitores.
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Danielle Gonzales 28/08/2021

Reflexões de vida e morte
Um livro pra se refletir sobre a vida, sobre a morte, sobre a brevidade da vida, sobre a simplicidade da morte, sobre a paternidade, as relações, o amor, a indiferença, a raiva, a empatia, a competição, a adolescência, a infância, os sonhos, as realizações, os erros, acertos, as pessoas que nos cercam, enfim, um livro que fala basicamente da humanidade presente em em todos nós e em tudo que fazemos.
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Nic 19/09/2021

1 de 6...
"A Morte do Pai" é o primeiro de 6 livros da série "Minha Luta" escrita pelo norueguês Karl Ove. A série, que é tipo uma biografia ficcional causou furor no mundo literário, com Karl Ove sendo chamado de Proust moderno, por este motivo eu estava curiosíssima para realizar a leitura.
Gostei muito do livro e pretendo aos poucos ir lendo os outros volumes.
O livro já começa arrebatador, com Karl Ove falando da morte logo nas primeiras páginas: "Para o coração a vida é simples: ele bate enquanto puder. E então para".
O livro é um livro de memórias, onde o autor vai descrevendo sua vida desde a infância, mas não apenas isto, o livro é profundo, e em meio aos fatos a gente vai acompanhando todos os seus pensamentos nos mínimos detalhes, seus medos, sentimentos, dores, cores e até cheiros...
Sempre digo que a vida de cada ser humano poderia virar um livro, Karl Ove fez isso com maestria, toda a juventude, seu amadurecimento e principalmente seus sentimentos em relação ao seu pai estão descritos neste primeiro volume.
Outra coisa que adorei demais foi poder observar a cultura nórdica, o jeito de levar a vida, o dia a dia e as impressões em meio a neve e o ambiente gelado durante boa parte do ano naquela região.
Um livro sobre gente, sobre a vida, mas capaz de nos proporcionar mergulhos além do raso.
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Rafael Mussolini 06/09/2021

A morte do pai
"Minha Luta 1: a morte do pai" de Karl Ove Knausgård (Companhia das Letras, 2015) é um romance grandioso, nos moldes do que o próprio autor sempre sonhara em escrever. Exatamente aí que mora a grande surpresa do livro, pois Karl parte da sua própria história de vida para escrever uma grande saga. O que poderia ser apenas presunção se tornou uma autobiografia sensível, corajosa, reflexiva e sincera que transporta os leitores para pensamentos sobre vida e morte, família, carreira, amores, decepções, vícios, música, amizade, literatura e outras inúmeras questões que cabem dentro de uma vida. Nesse primeiro volume Karl Ove explora minuciosamente sua relação com o pai. Somos colocados diante das vivências problemáticas de um filho que sempre quis entender um pai completamente fechado, por vezes agressivo e insensível. Em "A morte do pai" somos [*****]mplices do autor. Por vezes parece que estamos escondidos ouvindo todas as suas sessões de terapia e tentando entender junto com ele as cicatrizes que essa relação provocara.

A morte do pai inicia dizendo que: "Para o coração a vida é simples: ele bate enquanto puder. E então para." É uma ótima introdução de livro que se conecta de forma inteligente com a última frase do livro. Na sequência, Karl faz um relato sobre um corpo que morre e como esse processo se dá conforme a natureza dita. Ele o narra com paciência, detalhismo e por mais que a gente não queira entendê-lo assim, com muita calma. Quando chega a hora de um corpo se desligar o processo é o que é. Assim como a vida obedece a sua própria regra. A introdução da obra, assim como seu título, nos prepara para uma morte que virá. Enquanto o autor nos entrega a vida, a morte fica como um pássaro empoleirado no nosso pescoço.

O autor faz também uma discussão interessante sobre como lidamos com a morte. Ele chega a exemplificar que talvez existam duas concepções de morte que nos rodeia. Estamos acostumados com notícias sobre mortes, sobre tragédias e muitas vezes este assunto, quando visto de longe, é quase um entretenimento. Mas quando a morte encosta a questão muda. Karl dá um ótimo exemplo dizendo da nossa aversão, medo ou susto diante de um cadáver que nada mais que a consequência da morte.

site: https://rafamussolini.blogspot.com/2021/09/minha-luta-1-morte-do-pai-de-karl-ove.html
Ana Sá 06/09/2021minha estante
Ahhh, fiquei mais motivada ainda!! Em breve, vou ler!




guiiiipacheco 02/08/2023

Pior leitura da minha vida.
Como se não bastasse o livro ter 512 páginas, o que, na minha opinião, já é um incômodo (não gosto de livros longos), o livro é extremamente maçante e cansativo. Autor muito detalhista, livro conta uma história que poderia ter sido contada em 200 páginas. Perda de tempo total, tive vontade de dormir lendo a obra. Não pretendo voltar a ler nada de Karl Ove Knausgård.
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JocaBooks 28/12/2018

Imprescindível
Acabei de ler hj à 01h. Impactado. Estava c saudade de ler algo assim: cheio de detalhes. Alguns dirão q por isso é chato. Eu digo q provoca revoluções internas. Quero ler os outros. Mas q merece um intervalo, p metabolizações. Indico demais!
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Mateus com h 19/02/2019

Formidável
eu achei bem interessante
o modo como karl retratou
a vida
e seus fragmentos

sem apelações ou hype

é um ótimo livro
pra quem teve uma
relação tumultuada com o pai

e como essa relação
influenciou a forma de enxergar o mundo e seu caos

mas é um livro perfeito
para quem teve um pai presente apenas fisicamente
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Aninha 17/06/2013

A morte do pai
Logo que avistei este livro, dando uma espiada na sua contracapa me identifiquei de imediato e acho que muitas pessoas se identificarão pois é a autobiografia do autor norueguês Karl Ove Knausgard contada em detalhes bem minuciosos de ocorridos em sua infância, adolescência, fase adulta, amores, bebedeiras, mortes, problemas com o pai etc relatos escritos intensamente...ele realmente te descreve tim tim por tim tim cada detalhe e vc consegue imaginar aquele lugar ou aquela cena que ele relata exatamente como é.
Adorei ler este livro e parece que são 6 volumes...ansiosa pelo 2 volume...em inglês já foi lançado , que se chama MAN IN LOVE...acho que relata mais seus relacionamentos amorosos...
Resumindo adorei ler este livro, espero que gostem também!
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André 20/04/2021

Fiquei pensando que se eu excluísse todo o restante do texto, e deixasse somente os diálogos do livro, poderia ver, de forma absolutamente crua, a banalidade das falas que constituem nosso cotidiano. Para mim, o grande diferencial desta obra foi exatamente a reflexão anterior, o segundo antes da fala, a lembrança antes da manifestação verbal. Fui impactado logo no começo, quando o autor descreve, por exemplo, o horror sisifiano das tarefes diárias. Depois, as idas e vindas entre passado e presente são descritos de uma forma que acabei me identificando por inteiro. A sensação é que Knausgard descrevia meu próprio modo de raciocinar. Fico me perguntando: por que não havia lido antes? Mas essa é uma pergunta retórica. A intenção agora é simplesmente seguir com os próximos volumes desta série, esperando que se mantenha no mesmo nível de ?A Morte do Pai?.
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Olgashion 21/02/2020

Depois de um longo quase ano, terminei este livro. Dá uma melhorada do meio pro final mas não entendi todo o apelo pra ser uma das melhores séries da atualidade como fala na capa. Adolescentes podem ser um pé no saco!
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Carlos Eduardo 23/03/2020

Esse livro é a prova de que um bom escritor não precisa ter uma ideia magistral para produzir algo muito bom. Menos realmente pode ser mais.
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Vitor Carvalho 10/08/2021

Demorei um pouco para me habituar com o estilo de escrita do Karl Ove, mas depois li tranquilamente. Gostei das questões presente no livro, a forma de pensar do autor e em muitas partes me identifiquei com o que ele escreveu. Pretendo ler o restante da série Minha Luta (quando tiver dinheiro para comprar, haha)
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Peterson15 15/06/2023

Busca por identidade.
Como um pai ausente afetuosamente pode ser tão presente na vida de alguém.
Na primeira parte acompanhamos o período de infância e adolescência de Karl Ove, sua construção a partir desse pai que domina suas ações, falas, pensamentos, atitudes.
Na segunda parte vem o processo da morte do pai e é a melhor parte, desde a notícia de sua morte, sua ida com o irmão para a antiga cidade, os preparativos para o funeral. A morte do pai se dá em casa onde viviam só ele e a mãe, cercados por garrafas cheias e vazias de bebidas alcoólicas, pilhas de roupas acumuladas, plásticos, sujeiras. Não se sabe ao certo as circunstâncias da morte nem há quanto tempo morreu, pois a vó que o encontra já é muito idosa, sofre de esquecimentos graves, não tem mais percepção do tempo. Há dúvidas até se a morte realmente aconteceu.
A limpeza da casa, todo o empenho em torná-la nova, parece um processo interno pelo qual ele passa. Desentulhar é arrancar todo o peso que o pai lhe depositou nas costas durante a vida, é libertar-se e caminhar sem a presença fantasmagórica e influenciadora do pai. Faz muito sentido ser o volume 1 da série, só "matando" o pai é que ele pode seguir em frente, construir sua própria história.
Gostei, é detalhado, uma espécie de lupa em tudo que acontece, dá uma imersão mais profunda, os cenários são bonitos, o clima frio, as comparações e descrições da natureza.
Eu leria a história do pai, gostaria de saber o que em sua vida o levou a tornar-se quem era.
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Tulio Costa 27/03/2017

Lido no momento errado
Não sei se posso dizer que gostei do livro "A Morte do Pai", mas de maneira alguma posso dizer que é um livro ruim.
Como já diz o título da resenha, realmente li numa época errada da vida. Esse livro não foi feito para o Túlio de 19 anos, que conhece pouco da vida e ainda não passou pelas situações difíceis dela.
A luta de Karl Ove é permeada com banalidades do dia-a-dia e o que determina se você gosta ou não é justamente ver o seu próprio reflexo nas páginas dos livros.
Pretendo continuar a série e quem sabe relê-la futuramente, uma certeza eu tenho, fará mais sentido no futuro.
Diego361 24/02/2018minha estante
Gostei muito do seu comentário, Túlio. Acho que vc chegou a um conhecimento que muitos teóricos de literatura escrevem. Parabéns, cara! E boa sorte nas suas leituras.




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