Stephanie214 12/05/2024
Um relato marcante
A autora do livro relata toda a sua experiência ao ter sido internada em um hospital psiquiátrico no ano de 1967 quando tinha apenas 18 anos e como sua vida mudou com essa situação.
Ao longo da história vamos conhecendo a rotina de Suzanna no hospital com as enfermeiras e as outras pacientes que estão na mesma faixa etária que ela e foram internadas por motivos diferentes, mesmo tendo histórias e realidades diferentes agora todas estão na mesma situação privadas de sua liberdade, fazendo terapia, sendo dopadas com altas quantidades de remédio e algumas até recebendo eletrochoques (o que infelizmente era comum naquela época). Lisa, Polly, Daisy, Georgina, Lisa Cody e Suzanna acabam virando amigas e percebendo que viveram o estigma de que elas tem doenças mentais e infelizmente nem as próprias famílias se importam com elas, então criam laços entre si e apoiam umas as outras.
O livro mostra como as pessoas com doenças mentais eram tratadas pela sociedade e como infelizmente algumas coisas não mudaram dos anos 60 pra cá. Além de retratar as doenças mentais o livro também aborda temas como: solidão, relacionamentos, família, ser mulher, amizade, suicídio, morte, abandono e sensação de inadequação. Apesar de serem temas pesados são importantes para entender o lado dessas mulheres que sendo extremamente jovens precisavam de ajuda mais tenho minhas dúvidas se o hospital psiquiátrico realmente as ajudou, pois parece que só queriam dopa-las para ficarem quietas na sala de TV ou em seus quartos.
Não estava com expectativas altas com relação a esse livro e no começo até achei chato, mais ao longo da leitura me interessei e fiquei presa na história e simplesmente não consegui parar de ler fazendo com que eu tivesse diversas sensações ou sentimentos como: rir, me revoltar, me emocionar, refletir, e pensar na vida.
Até agora um dos melhores livros que eu li esse ano e acho que não é todo mundo que vai gostar desse livro ou conseguir lê-lo pelo conteúdo pesado e sensível.