Maira Giosa 22/01/2021Eu já amava Orgulho e Preconceito antes mesmo de lê-lo. Quando decidi fazê-lo, foi nessa edição lindíssima da Barnes & Noble. Com mais de 200 anos, o clássico de Jane Austen já foi passado para a TV, para o cinema e teve inúmeras releituras. E por uma razão: é impossível não se apaixonar por Mr. Darcy.
Embora seja o homem mais desagradável que a protagonista, Elizabeth Bennet, já conheceu, a autora nos mostra - tal como num Romeu & Julieta - que nem todos os relacionamentos improváveis são impossíveis. E que nem todas as aparências são exatamente aquilo que vemos num primeiro momento.
Com uma ironia velada, a escritora nos transporta à uma faceta da sociedade georgiana do fim do século XVIII (e sua própria), no qual o bom casamento era a única solução para moças de famílias menos ricas. Isso acarretava em relacionamentos feitos por dinheiro e que traziam pouca felicidade ou amor.
É surpreendente, portanto, o quanto nos identificamos com Lizzie, apesar do lapso temporal. Entendemos seus anseios e desejos, sua atitude ousada e irreverente. A literatura de Jane Austen é universal, pois quem não se preocupa, afinal, em encontrar um parceiro que nos faça felizes acima de tudo? Encontrar amor verdadeiro? Ainda mais se for como nas declarações românticas do tímido e austero Mr. Darcy!
Foi de coração aberto e com muito prazer que mergulhei nesse mundo e me deparei com personagens complexos e uma história digna de perdurar, ainda, muitas décadas.
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