Os Sertões

Os Sertões Euclides da Cunha
Walnice Galvão




Resenhas - Os Sertões


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Glauber 24/03/2023

O livro é longo e extremamente detalhista de um fato histórico muito específico. Euclides da Cunha tem muitas vezes um pensamento cientifico de acordo com época que viveu e em outros momentos parece se comover com a história de Canudos.
Por não conseguir me apegar muito ao enredo e nem ser um tema que tenho grande interesse, fiz um leitura dinâmica do livro e só recomendo para quem te interesse no tema ou faz algum tipo de estudo.
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Cintia 25/03/2023

Canudos não se rendeu
Como nordestina, nascida e criada numa vegetação, clima e circunstâncias semelhante a descrita no livro, a parte I, que trata-se da terra foi como poesia. Que lindeza! Que delicadeza! Que fineza ao descrever os detalhes da terra. Achei de uma sensibilidade de fino toque, a descrição do umbuzeiro e do Juazeiro, me deixaram emocionada. A descrição do sol se pondo, que é tão característico daqui, me fez voltar ao tempo que era criança e ficava encantada, como o céu tão azul durante o dia, podia ficar vermelho para depois enegrecer com a noite.
A parte do homem gera muito incômodo pela eugenia, no momento em que ele compara o jagunço ao gaúcho chega a ser intragável. Tive vontade de desistir.
Mas "o sertanejo é, antes de tudo, um forte" foi uma descrição acertada, como a aparência sofrida do sertanejo engana, como a força vêm deles quando preciso, aliás, a força não vêm, eles são a força!!! Nós somos a força!!!
Força demostrada em todas as partes que trata da luta, caíram lutando!
Foi péssimo ler a parte em que os sertanejos são mortos depois da invasão, que modo bárbaro e vindo de uma força que deveria garantir dignidade.
Antônio Conselheiro, ao me ver, foi um fanático religioso, mas foi quem acolheu um povo sofrido e esquecido.
Euclides mostra isso, como uma resenha que li aqui, o livro é a todo tempo uma denúncia! Denúncia de um povo negligenciado, como o nordeste sempre foi...
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Luis343 07/04/2023

O autor divide o livro em três partes, no qual analisa um por minuciosamente cada aspecto que forma o sertão e sertanejo brasileiro. Um ótimo livro, porém o autor acaba por utilizar alguns esteriótipos que dado ao período que foi escrito, eram comuns. Recomendo a leitura.
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Bruce 11/04/2023

Um minucioso relato da virada de séculos XIX/XX no Brasil
Um livro espetacular e obrigatório para compreender parte da alma brasileira. Datado do início do século XX, ?Os Sertões? demonstra tanto o pensamento já maturado dos anos 1800, com forte influência das ciências naturais (o espraiamento do evolucionismo darwinista começando a correr o mundo), como o início de um repensar sobre o Brasil que se deu nas primeiras décadas do século XX e seus dilemas eternos sobre raça, política e violência contra as classes desfavorecidas socialmente.
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Priciliana0 14/04/2023

Bom
Mas li em um momento errado. A critério de estudo e para sair da zona de conforto, mas não estava preparada para uma escrita poética e em dados momentos enfadonha. Lerei novamente para entender melhor.
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Rê Lima 15/04/2023

O maior problema desse livro é conseguir passar da primeira parte. O livro só fica mais interessante com a introdução de Antônio Conselheiro e, ainda sim, o tom documental torna o livro meio cansativo. Depois começam os desfiles de nomes e patentes impossíveis de guardar.
No geral, é um livro interessante pelo assunto em si, pela veracidade dos fatos, mas não é um livro que eu leria novamente.
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ciliane.ogg 18/04/2024

É inacreditável que eu tenha demorado uma meia vida para ler esse livro. Euclides da Cunha escreve um livro tão bom que num primeiro momento as pessoas liam como um romance e só depois perceberam que ele escrevia sobre o passado do Brasil.
Passado esse que está muito presente, onde uma indignação, uma forma de se estruturar enquanto sociedade, quando as elites econômicas perceberem um mínimo de autonomia da população, virão armas, fogo e uma ideologia bonita dizendo que salvamos os brasileiros novamente.
Nessa época, quando por um golpe de Estado, foi promulgada a República, o povo ficou alheio à esse processo, pois como sempre estava preocupado com o básico da vida (alimentação, moradia, vestuário). E como sempre, o governo não fez sua parte que era proporcionar o bem estar da população.
Então, os brasileiros fizeram aquilo em que são bons: tentaram promover esse bem estar sem o governo, com suas próprias forças. E como diz Euclides, "foi um crime". Mataram a maior parte das pessoas de Canudos, degolaram seus pescoços e resolveram o problema do país apresentando um amontado de corpos esquálidos, mulheres, crianças e jovens sem muita força no corpo.
Canudos assusta , pois lembra aos governantes desse país que o brasileiro sem saída, arranca na unha uma outra possibilidade de vivência, orgulhoso, coluna ereta, com brio para poder encarar seus filhos nos olhos e não sentir vergonha.
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Sira Borges 05/05/2024

Os sertões
Frases que estão ecoando em minha mente ao terminar esse livro:
O sertanejo é, antes de tudo, um forte;
Canudos não se rendeu;
Foi um crime.
E mais: incomodou a elite, não sobra um pra contar a história!
A história de canudos foi contada, como sempre, pela ótica do vencedor e Euclides da Cunha estava a serviço desse vencedor. E foi corajoso, na minha singela opinião, ao escrever esse livro...
"Eram quatro apenas: um velho, dous homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil soldados."
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Pedro3066 19/05/2024

Ao mesmo tempo que o Euclides nos mostrou o pir*ca que o Conselheiro foi, mostrou também o quão sanguinário o Estado pode ser. Leitura massante, mas super válida.
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Rodrigo509 19/05/2024

Euclides da Cunha nos entregou uma grande cobertura de uma guerra, que envolvia religião e política. Os Sertões testemunhou um massacre brasileiro, na época do Brasil recém-republicano.
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Tay 03/06/2024

“Os sertões” é um conhecido clássico da literatura brasileira. Publicado no século XX, meados, é quase como um documentário escrito que mostra o genocídio do povo de Canudos pela República. Eu não sou chegada no Euclides da Cunha por motivos óbvios (alô eugenia), entretanto reconheço a importância do livro, o que sustenta a nota 3. Penso que o autor falha quando é prolixo exageradamente, e assim ofusca o verdadeiro conteúdo. É difícil manter essa leitura. E isso impede que as pessoas possam conhecer essa triste mancha em nosso país. Às vezes menos realmente pode ser mais!
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MonstrosAlados 14/04/2024

Tortuoso, sofrido e comovente
Minha curiosidade sobre Os Sertões vem da época da escola, quando o capítulo sobre a Guerra de Canudos trazia um dos parágrafos finais, começando com "Canudos não se rendeu." O parágrafo causou uma forte impressão em mim, pela forma que o autor deixava transparecer a força do sitiados. Mais de quinze anos passados, decidi por fim ler a obra.
Não se trata de uma leitura fácil. Além das dificuldades esperadas na leitura de um texto com mais de 120 anos, decorrentes das evoluções naturais da língua, o texto de Cunha em vários momentos apresenta outros desafios: explicações científicas (ou cientificistas) demais, preconceitos raciais típicos do final do século 19 e início do século 20, excesso de terminologia marcial. Estes aspectos do livro fazem a leitura parecer morosa e enfadonha.
Entretanto, a narrativa brilha quando o autor descreve os problemas humanos da guerra: as perdas, as dores, os reveses, as vitórias e as derrotas da guerra. O tom que Cunha usa para narrar sobre Conselheiro e seus seguidores passa de hostil a neutro a simpático, mostrando que, com o andar das campanhas, o autor passa a enxergar os fanáticos de Canudos não como os terríveis vilões que a propaganda da guerra pintava, mas como humanos desesperados, buscando na fé um alento. Ainda que desvairados nas crenças supersticiosas, eram pessoas em sofrimento.
É essa a beleza de Os Sertões: a humanização do inimigo, a capacidade de entristecer-se com a dor daquele que está do outro lado do campo de batalha.
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Iga1.diass 22/05/2024

A História é contada pelos Vencedores
Mesmo sendo considerada uma obra que denuncia o extermínio de Canudos pelo governo brasileiro, fiquei chocado ao pensar que um livro desses, com um conteúdo tão racista, é recomendado para vestibular.

O autor vê o homem como produto do meio em que vive e divide a humanidade em raças, argumentando que, quando misturadas, resultam em uma raça fraca:

?E o mestiço [...] menos que um intermediário, é um decaído, sem a energia física dos ancestrais selvagens, sem a altitude intelectual dos ancestrais superiores"

Quando eu comprei o livro pensei que ia me deparar com uma narrativa mais imparcial, que buscasse trazer a visão dos dois lados. Mas o que eu vi na verdade foi a história sendo apresentada sob a perspectiva dos vencedores - não houve investigação jornalística sobre a perspectiva do povo de Canudos, nem um entendimento sobre a liderança religiosa e política de Antônio Conselheiro aos olhos dos sertanejos, sendo este reduzido a um lunático.

O livro é apenas contado através da visão dos militares, da visão da primeira república, e sob olhos de um jornalista da elite intelectual paulistana.

Apesar de tudo, este é um registro histórico sobre o maior massacre que ocorreu nos sertões brasileiros, e que se não fosse por esse livro seria apagado da história. Se você for para Canudos hoje, encontrará a cidade submersa nas águas de um açude, propositalmente construída pelo governo para apagar os vestígios das ruínas da cidade.
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