Resenhas - Sandokan & Bakunine

Eli 18/07/2021

FINALMENTE
eu não via a hora de terminar esse livro, a primeira vez que peguei ele pra ler, no início foi até legal, mas aí parei, e muito tempo depois, voltei a ler, mas se tornou tão chato, eu não tava entendo nada o que tava acontecendo, pensei várias vezes em começar do início pra ver como iria ser, mas não fiz, só comecei a entender esse livro da página 104, talvez fosse eu que não queria ler e não tivesse prestado muita atenção no que tava rolando, não sei, mas percebi que é legal, é um romance, mas não vi tanta coisa assim pra eu eu ficasse OMG, é bem básico, e tbm não vi quase nada sobre os personagens que são o título do livro, enfim, quem se habilitar a ler, tem que ter um concentração máxima.

Ana Ferreira 19/01/2014

Um maravilhoso pseudo-romance
Sandokan & Bakunine é uma autobiografia disfarçada de romance. E tudo bem.
A maneira com que o autor conta a própria história na introdução do livro e a maneira com a qual ele conta as histórias de Artur, protagonista de sua obra, são tão semelhantes e fantásticas que, em certo ponto, você se pergunta o quanto de Bruno Margo foi posto na ficção.
Dito isso, os personagens em si são fantásticos porque estimulam a imaginação do leitor – de uma hora para outra, você pode descobrir que alguém presente na história por várias páginas é só parte da mente de Artur.
Os inúmeros contos embutidos dentro da trama principal também dão um toque informal ao romance, pois descartam a narração linear do que acontece. Margo vai e volta na cronologia da vida de Artur e é imprescindível que o leitor viaje junto.
O mais interessante no primeiro livro deste angolano erradicado em Lisboa, para mim, é o quão impreciso é o limite entre realidade e ficção (tanto porque ele se baseia na própria trajetória, quanto porque suas fontes de pesquisa são apenas parcialmente literais), e é por esta razão que acredito que esse trabalho tem potencial para agradar muita gente.
Não é um livro fácil, do tipo “Tá aqui a história e pronto”, mas são páginas que podem ser lidas de várias formas e, no final, cada um que ler vai ter uma versão diferente do que aconteceu. Tem coisa melhor?
Obs.: Recomendo seguirem o conselho que transcrevi abaixo, diretamente do autor:
“... a nova versão de Sandokan & Bakunine deve ser encarada como um todo. Este aviso serve para acautelar leitores que fogem de introduções, notas de rodapé e coisas semelhantes, especialmente numa obra de ficção”.

AnaPah42 15/10/2020

Então
Sabe quando vc le um livro e fala pra si mesma "uau, não absorvi absolutamente nada dessa historia"? Cara, eu não faço a menor idéia do que diz esse livro, juro.
Não recomendo.

HigorM 05/02/2020

'Coleção Novíssimos': sobre intenções que não se concretizaram
Se é comum uma coleção tem altos e baixos, este segundo fica a cargo de ‘Sandokan & Bakunine’ na Coleção Novíssimos. Livro de estreia de Bruno Margo, com uma aura de enigmático, o livro carrega de fato tal característica, somada a modernidade que certamente brilharia em livros do e para o século 21.

Partindo do ponto em que o laptop de Bruno sumiu, onde havia seu manuscrito inacabado, e que o mesmo foi publicado na internet, indo até a própria historia contada no livro, ‘Sandokan & Bakunine’ tinha tudo para ser um livro primoroso, mas que não passou de enfodanho e esquecível.

Embora não nova, mas atraente quando bem estruturada (vide os contemporâneos e sequer premiados, mas ótimos ‘O torreão’, de Jennifer Egan e ‘Tony & Susan’, de Austin Wright), a metalinguagem aqui é,de fato, bem eficiente, mas o problema está nos espaçamentos entre eles.

Temos o problema de Bruno com seu laptop, assim como o manuscrito divulgado na internet e comentado por anônimos em um blog, fora uma extensa bibliografia de teoria e critica literária que foi cirada, com o passar do tempo em volta do enigma do livro. Além disso, tempos a própria história, do adolescente Artur que tenta desvendar o sumiço de uma jovem. O garoto é atraído pelo explorador irlandês Barrow, que pesquisa com afinco uma mariposa na Pápua-Nova Guiné. O jovem lê os diários da persona histórica.

O livro dentro do livro dentro da internet, comentada por quem quiser, e que estava dentro de um laptop. Uma gama até que interessante. O problema é que o manuscrito ‘Sandokan & Bakunine’ não empolga. É ruim, como dizem os comentários na internet e a própria esposa de Bruno. Os personagens são apáticos, os capítulos mal-acabados (talvez a intenção original, afinal, o manuscrito foi divulgado inacabado na internet) e o que sustenta a história é ver até onde essa aventura cibernética vai.

Inicialmente original, ‘Sandokan e Baukinine’ se perde mais em um conceito e uma intenção, que uma concretização de fato. Talvez com um ar artístico ou estético, acabou por esquecer o que importa acima de tudo: literatura boa ou agradável aos leitores ao longo das 160 páginas.

A ‘Coleção Novíssimos’ tem a intenção de, em 10 livros, reunir importantes nomes da nova Literatura Portuguesa. Para saber mais sobre os outros livros, acesse:

site: leiturasedesafios.blogspot.com