Esta é a história de um escritor a quem roubaram um lap top e cujo romance incompleto aparece na Internet, desencadeando inesperadas reações. Mas é também a história contada no próprio romance: a das férias de Artur – um adolescente asmático e apaixonado –, marcadas pelo desaparecimento misterioso de uma rapariga, que ele, com a ajuda de um detetive e a companhia de um cão, tentará a todo o custo desvendar. E é enfim a história do explorador irlandês B. A. Barrow, mordido por uma mariposa-vampiro na Papua-Nova Guiné, a partir de seus próprios diários. Porém, como se tudo isto não bastasse, a narrativa traz-nos ainda um pintor que matou o pai pensando que era um demônio, uma mulher que fez uma viagem em preto e branco, um assassino de feras no zoo de Tóquio e um leque de outras personagens e episódios inesquecíveis, que fazem de Sandokan & Bakunine um dos mais originais romances em língua portuguesa. Com reminiscências cinematográficas – tão depressa os adolescentes de Éric Rohmer como a estrutura intricada de filmes como Magnólia ou Cidade dos Sonhos –, o presente romance, finalista do Prêmio Leya, pode ser lido e relido sem se esgotar, oferecendo sempre novas e surpreendentes perspectivas.