Carol *_* 21/06/2024
Nem tudo que reluz é ouro
Eu sinceramente acreditava que Brandon Sanderson tinha o toque de Midas. Tudo o que eu lia dele achava maravilhoso ou espetacular. Mas, contrariando minhas expectativas, nesse livro ele demonstrou que um autor pode ser tão medíocre quanto Colleen Hoover e Sarah Gmail.
Quando comecei a ler, fiquei impactada, pensando que seria outro sucesso. Gostei tanto do início que, inocentemente, convenci minha amiga (desculpa) a ler essa obra comigo.
Mas tenho apenas uma palavra para descrever o que li: decepção.
Pensem em um livro confuso, tosco, bobo, imbecil e idiota? Pois é este aqui. No início, prometeu muito com a gangue e o plano para derrubar o império, mas acabou sendo tudo jogado fora.
O plano é fraco e nunca é explicado. Kelsier simplesmente diz "confia" e os outros confiam sem questionar. Não parece um bando de ladrões inteligentes que fizeram no passado assaltos pelo império.
Kelsier, que começa muito bem, vai se tornando um personagem chato. No início, desconfiamos de suas intenções, ele parece apenas um golpista em busca de vingança. Depois, torna-se alguém preocupado com os Skaa e, em seguida, alguém que quer salvar o mundo. Essa mudança é rápida e sem desenvolvimento do personagem.
Vin, criada e nascida nas ruas, traída por todos os lados, simplesmente começa a confiar na nobreza porque frequenta os bailes deles??? Nem vou mencionar os capítulos dela falando das vidraças dos salões.
2.Elend, um personagem fraco que carrega livros proibidos por aí, sem se preocupar com o perigo. Ele não tem personalidade além de leitor, e de repente se torna corajoso e vira rei? Qual é o sentido disso? Quem decidiu isso? Como os Skaa aceitaram tranquilamente um nobre no poder, sendo eles explorados pelos nobres?
Kelsier pagando para obter informações que não serviram para absolutamente nada.
O "romance" que não é romance. Eles não têm desenvolvimento, nenhuma conversa, sequer tocam as mãos, mas afirmam estar num relacionamento sério, com direito a sofrimento, e termina assim?
As descrições confusas das lutas, onde não dava para entender os acontecimentos.
A decisão de Kelsier no final. Quem garantiu que ele se tornaria um símbolo? Mesmo tendo um "plano", não era garantia de sucesso.
Os ataques sincronizados nas estações de abrandamento. Como conseguiram o timing certo e derrotaram os adversários tão facilmente, sem treinamento ou planejamento?
O Senhor Soberano, que desconfiava de tudo e todos, não catalogava os nascidos da bruma nem usava algo para identificá-los. Eles só usavam a capa e magicamente tudo funcionava.
Vin contra os inquisidores de aço. Sério, nem vou comentar essa cena, foi pura conveniência.
O Senhor Soberano vendo a luta acontecer no final e apenas sentado em sua cadeira, esperando, tal como os inimigos das Winx vendo elas trocaram de roupa enquanto toca a música
O final que lembra o filme da Rapunzel, com cortes de cabelo e quedas de torres. Totalmente ridículo e sem criatividade. Esperava muito mais desse plot e foi simplesmente aquela água de cocô que bate na sua bunda quando a merda bate na privada.
Realmente gosto de Brandon Sanderson, de sua escrita e do universo que ele cria, mas esse livro não funcionou. "Ah, mas no segundo livro tudo isso tem uma explicação" Não me importa, caguei. Não quero nem passar perto de Mistborn novamente na vida.