Resenhas Cristãs 07/09/2024Histórias para o coração mesmo! Aproximaram-se de mim um homem e uma mulher, ou um Marido e sua Esposa Legítima, e eles disseram:
— Estamos cansados um do outro.
— Por que isso está acontecendo? — perguntei.
— Nossa vida passou a ser corriqueira. Já fomos Herói e Heroína um para o outro, mas agora não somos Mais — responderam eles.
E eu repliquei:
— Napoleão não parecia um herói para Josefina depois que ela o viu com os Suspensórios pendurados nas costas; nem Joana D'Arc parecia uma heroína ao segurar os Cabelos da Frente na boca, enquanto prendia para cima, num coque, o resto dos fios.
— Mas ele era um Herói, e ela era uma Heroína — eles disseram.
— Os Heróis e as Heroínas não parecem heróis o tempo todo — eu disse. — César não parecia herói quando atirava os chinelos bem longe, para debaixo da cama, e tinha de puxá-los com um guarda-chuva; mas são coisas necessárias, até mesmo para Heróis e Heroínas.
E eu disse à mulher:
— Quando o Bebê estava doente, oito anos atrás, este teu Marido não te ajudou a cuidar dele dia e noite?
— Ajudou — ela disse.
E eu disse ao homem:
— Quando perdeste metade de teu dinheiro em Negociatas Tolas, ela não ficou grudada em ti como um Carrapicho, não te animou sem nunca reclamar, dizendo: "Eu não falei?"
— É verdade — ele disse.
— Ajoelhem-se os dois — eu disse.
E eles ajoelharam-se.
— Deem as mãos — eu disse.
E eles obedeceram.
E orei a Deus suplicando pelos dois até eles começarem a derramar lágrimas de lembranças e de amor. E dei um tapinha nas costas deles e disse:
— Eu te concedo o título de Herói; eu te concedo o título de Heroína. E me despedi deles. E, depois disso, eles viveram felizes.
- William E. Barton
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