Cris 22/07/2021Triste, trágico e histórico“É preciso muita coragem para acreditar na paz e ser contra a guerra.” Pág. 26
Este é o primeiro volume da série mangás que narra a história de Gen.
Gen é um garoto e mora com sua numerosa família em Hiroshima, Japão; na época da Segunda Guerra Mundial. No início, acompanhamos as dificuldades de sua família num período em que o país inteiro passava necessidade; com muitos homens na Guerra, o restante da população não tinha emprego e passava fome.
O pai de Gen era contra a Guerra e era chamado de traidor pelas outras pessoas porque ele criticava abertamente os governantes.
Esta história é muito triste. As crianças choram de fome, os pais choram por não ter como ajudar os filhos, todos vivem assustados com os avisos de bomba, e a correria pra se refugiar nos abrigos anti-bomba.
E aí tudo piora quando cai a bomba atômica em Hiroshima e Gen perde muito.
Eu fiquei muito chocada com este mangá. Ele realmente tem cenas muito fortes, e foi triste demais acompanhar uma criança em meio à Guerra. Esta HQ é muito violenta, as crianças apanham o tempo todo, os adultos são maldosos, mas apesar disso, sempre podemos perceber bondade e corações acolhedores em meio aos piores momentos.
Gen neste livro ainda conserva sua inocência mesmo em um ambiente terrível. Eu me irritei um pouco com as briguinhas de criança entre ele e o irmão, mas ele demonstrou muita coragem embora sendo tão jovem.
O autor desta história se inspirou em sua própria experiência para escrever. Ele também era uma criança quando caiu a bomba em Hiroshima e perdeu parte de sua família.
Tem uma animação de 1983 que narra os acontecimentos deste primeiro volume e se alonga um pouco mais na história que acredito ser contada nos outros volumes que ainda não li, mas que com certeza quero ler. O filme deixa de lado muitos detalhes, mas assim como o livro, transmite uma alta carga dramática e é impossível não se emocionar.
“Eu não entendo, a guerra deixa tudo pior e mesmo assim as pessoas não se manifestam. Deveriam ter raiva daqueles que começaram a guerra.” Pág. 169
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