fabio.ribas.7 02/01/2021
O poder simbólico
Tudo é exploração no mundo de Bourdieu e não há nada que seja mais marxista do que isso. Qual é a diferença na análise reducionista dele? É a de demonstrar como que, em meio à luta entre a classe dominante e a classe dominada, esta contribui não somente para ser explorada, mas, até mesmo, pratica uma autoexploração, aceitando os papéis sociais e encaixando, adaptando o seu ser a esses papeis de sua existência profissional, transformando-o e identificando-o com sua profissão, por exemplo.
Evidentemente, para trazer algo de “inovador” para sua análise marxista, o autor se vale de três estratégias: 1) a extensão da sua crítica, que se dá desde uma reflexão sobre o papel e o objeto da própria sociologia, passando pelos conceitos de história reificada e história incorporada, a definição do conceito de região e o papel dessa na construção da identidade, a gênese da luta de classes e o conceito de espaço social, campo político, Direito, anomia e estética; 2) o questionamento crítico do próprio sociólogo pesquisador; e 3) uma crítica ao próprio marxismo.
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