Michael 21/02/2010Travada durante a Guerra dos Cem Anos, a Batalha de Agincourt (Azincourt, na grafia francesa) é famosa por seu final surpreendente. Um exército inglês pequeno, controlado pelo devoto rei Henrique V e composto por cerca de 8 mil soldados, tentando tomar a França e enfrentadno o enorme exército francês, com cerca de 30 mil soldados. A importância dessa batalha dá-se ao fato do pequeno exército de Henrique ter derrotado o francês, fazendo a história ser motivo de orgulho para os ingleses até hoje.
Bernard Cornwell nos faz um relato da batalha através do arqueiro Nick Hook, tido como fora da lei na Inglaterra e que conversa com os Santos franceses São Crispim e São Crispiniano.
Após ser considerado um fora da lei por tentar impedir que um padre estuprasse uma garota pagã, Hook é enviado à França para combater com os arqueiros ingleses, onde vivencia a crueldade dos franceses contra seu próprio povo em Soissons, conhece sua amada, retorna à Inglaterra e entra para o excercito do Rei Henriue V para tomar o que ele clama ser seu por direito: a coroa da França.
O autor faz um retrato sujo e lamacento da batalha, com muito sangue, com odores e disenteria, retratando a idade média como algo realmente sujo e tenebroso, aproximando a batalha mais da realidade do que da fantasia.
Não chega a ser uma obra tão boa quando comparada aos outros livros de Cornwell, mas é uma ótima história para quem gosta do estilo do autor: batalhas históricas e épicas onde a realidade se mistura com a ficação.