Sacripanta 05/02/2010
Azincourt (Bernard Cornwell)
Publicado recentemente pela editora Record e traduzido por Alves Calado, Azincourt é um livro que fica abaixo da média dos excelentes livros de Bernardo Cornwell, a começar pela capa feia.
O livro não é ruim, coisa aliás difícil de se esperar de um livro de Cornwell, que tem um domínio fabuloso da escrita e que cria personagens -nesse caso específico o jovem plebeu Nicholas Hook- bastante críveis. Para os leigos como eu, é uma história bem narrada da épica batalha de Azincourt, que versa sobre a vida no exército, sobre como é ser um arqueiro de fins da Idade Média, padres pouco virtuosos, um rei iluminado etc.
Mas falta alguma coisa. A impressão que me ficou, ao final da leitura, foi exatamente essa: faltou alguma coisa. Talvez seja chatice minha, por ter lido tantos livros do Sharpe, mas já não engulo mais tão facilmente a história de uma Inglaterra que, a cada passo, pisa nos narizes dos franceses -os quais, aliás, são continuamente retratados como idiotas sem par.
Para quem é fã do Bernardo, vale a pena ler. Mas para quem já cansou de ler sobre a superioridade infalível dos ingleses, ou para quem quer conhecer a obra dele, faça outra escolha.