O visconde Partido ao Meio

O visconde Partido ao Meio Italo Calvino




Resenhas - O visconde partido ao meio


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Biblioteca Álvaro Guerra 05/09/2019

A impagável alegoria de um visconde que, em guerra, é dividido ao meio por uma bala de canhão. As duas metades - uma, malvada ao extremo; a outra, boa até o fastio - voltam a seus domínios para atormentar os súditos. O visconde partido ao meio, publicado originalmente em 1952, veio a compor com O cavaleiro inexistente e O barão nas árvores uma trilogia a que Italo Calvino (1923-85) chamou de Os nossos antepassados, uma espécie de árvore genealógica do homem contemporâneo, alienado, dividido, incompleto. É a história de Medardo di Terralba, o voluntarioso visconde que, na defesa da cristandade contra os turcos, leva um tiro de canhão no peito, mas sobrevive, ficando absurdamente partido ao meio. A metade direita atormentada pela maldade, e a esquerda, pela bondade. "Ainda bem que a bala de canhão dividiu-o apenas em dois", comentam aliviadas suas vítimas.

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site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/978857164617
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Leila de Carvalho e Gonçalves 18/07/2018

Diferentes Perpectivas
O italiano Italo Calvino (1923-1985) é considerado um dos romancistas mais originais do século XX, por conta da imaginação desenfreada, aliada ao forte anseio de renovar a literatura.

Publicado originalmente em 1952, "O Visconde Partido ao Meio" inicia a trilogia "Nossos Antepassados", da qual também fazem parte "O Barão nas Árvores" e "O Cavaleiro Inexistente". Também é sua primeira incursão pelo realismo mágico, após seu romance de estreia, "A Trilha dos Ninhos de Aranha", de cunho neorrealista.

Sua história pode ser analisada mediante diderentes perspectivas. A mais imediata sugere uma divertida fábula medieval, inclusive, no prefácio, o escritor afirma que seu principal propósito ao escrevê-la, foi entreter o leitor e sem a menor dúvida, ele acertou o alvo: uma vez iniciada, é impossível interromper a leitura.

Sob o contexto histórico, lançada em plena Guerra Fria, pode-se comparar a sina do protagonista, o Visconde de Medardo di Terralba ("Medardo" sugerindo "mezzo", "medio" ou "meio"), como uma parábola sobre a polarização entre Comunismo e Democracia. Singularmente, a passagem dos anos não diminuiu a importância desse enfoque, a medida que a sociedade atual está diante do difícil equilíbrio entre Capitalismo e Socialismo.

O visconde, dividido simetricamente em dois aleijões de corpo e personalidade, traz de imediato a mente "O Médico e o Monstro", porém, no clássico de Stevenson, as duas criaturas habitam um único homem. Na verdade, Calvino trata a natureza da dualidade humana com maior sutileza, criticando o maniqueísmo e defendendo a ideia de que "nem todo mal é inteiramente ruim como nem todo bem é completamente bom"...

Inteligente e irônico, recomendo.
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Samuel 16/06/2018

Um livro para trabalho escolar...
Até aparecer o nome na lista de livros para ler da minha escola, eu nunca tinha ouvido falar de O Visconde Partido ao Meio nem de Ítalo Calvino. Um escritor e uma obra clássica. E assim, de forma ingênua e inesperada do livro que entrei em outro tipo de literatura que não estava acostumado a ler.
Eu lia em PDF para não precisar comprar o livro e toda noite por 3 dias antes de dormir, abria o texto e a aba do Google, principalmente. Durante grande parte da leitura, via palavras que nunca tinha ouvido falar como " azamafado" e "choupana".
A história me prendeu aos poucos no começo e somente do meio ao fim que pude perceber o enredo simples narrado pelo sobrinho do visconde, direto às situações decorrentes da história e profundo ao tema. Tratando-se, literal e figurativamente, da dualidade do ser humano.
E de como somos um todo de partes opostas apoiadas por nossa natureza experiente de sentidos e emoções.

Minha opinião é de um livro bem escrito, redigido a uma fabula e criterioso aos personagens. Mas que como não faz o tipo de leitura que eu me aconchegue ou tenha maior afinidade, não tive tanto vinculo ou afinco pela história.

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Cíntia 01/04/2018

Estilo conto de fadas
Como o próprio autor diz, é uma estória para entretenimento, mas ao mesmo tempo para discutir a incompletude das pessoas. Para tal, o autor escolheu dividir seu personagem entre a parte boa e a parte má.
Medardo é dividido em dois numa guerra contra os turcos. Não consegui identificar a época, mas também tem outra referência, a presença dos huguenotes, religiosos fugitivos.
A parte má volta para suas terras, Terralba, e a parte boa fica perdida por mais um tempo.
Seu sobrinho, cujo nome não é mencionado, narra os eventos, a vida perto do castelo, as maldades do visconde.
Acredito que seja um menino saindo da infância e entrando na adolescência, mas também não me lembro se o autor diz isso ou se dá pistas.
Essa visão infanto-juvenil de aventura dá muito tempero à narrativa, tornando a leitura prazerosa.
Trata-se de uma fantasiameio conto de fadas.
Talvez a discussão sobre a completude tenha a ver com as vontades que às vezes nos dividem que uma parte nós censura, uma consciência.
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Carla 19/11/2017

A dualidade posta em jogo!!
Em 1952, Italo Calvino nos brinda com o lançamento desse magnifico escrito, considerado por muitos, como uma novela devido ao tom de intriga, mesmo que um tanto quanto absurda!
A história gira em torno do Visconde Medardo de Terralba, que em guerra contra os turcos, toma uma bala de canhão no peito, dividindo-o em duas partes exatamente iguais, pelo menos fisicamente. Absurdamente o Visconde continua vivo com cada uma dessas partes funcionando separadamente. Quanto a sua personalidade, esta também dividida, uma torna-se má e a outra boa.
No decorrer da narrativa conhecemos a dualidade, evidenciada de forma extrema em cada uma das partes e o comportamento das pessoas que convivem com essa dualidade. Tanto a parte totalmente má como a totalmente boa incomodam os camponeses, que convivem com os disparates extremos de ambas as partes. Faz pensar o tempo todo na necessidade do equilíbrio para que as relações humanas aconteçam da melhor forma possível.
Maravilhoso, ao mesmo tempo que leve e divertido nos traz reflexões profundas e válidas!
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Lucas Furlan | @valeugutenberg 24/06/2017

Um livro contra os extremos
"O visconde partido ao meio" é o primeiro volume da trilogia "Os nossos antepassados", publicada por Calvino na década de 1950.

Ele é divertido, mas não é tão engraçado quando "O cavaleiro inexistente" (o terceiro da trilogia). A história do visconde que tem o corpo e a personalidade divididos por uma bala de canhão às vezes parece simples e rápida demais.

Ainda assim, eu recomendo a leitura: se mais gente ler esse livrinho, talvez o extremismo e a intolerância diminuam, e o diálogo se torne mais fácil entre aqueles que pensam diferentemente um do outro.

(Leia a resenha completa no blog)

site: www.valeugutenberg.wordpress.com
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Cristiana 19/10/2012

Esse sem dúvidas é um dos meus livros favoritos. Fiz essa leitura durante uma cadeira de teoria literária, mas tenho que admitir que já devo ter relido esse livro umas três vezes... A linguagem de Calvino é fantástica, e nesse livro ele descreve a maldade do ser humano de forma tão articulada que podemos ler coisas terríveis, como cegonhas e flamingos comendo carne podre no lugar de corvos e abutres, sem nenhum espanto. Recomendo esse livro a todos!
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Na Nossa Estante 24/04/2015

Muito bom livro!
Depois de ler “As Cidades Invisíveis” que achei absurdamente fabuloso, chegou a vez de “O Visconde partido ao Meio” obra que me atraiu justamente pelo seu título sugestivo.
O italiano consagrou-se com seus contos e histórias em estilo de fábulas, onde sua criatividade extrapola e muito a realidade, despertando em nosso imaginário as mais fantásticas interpretações de seus contos. Neste livro, Calvino narra a história do visconde Menardo di Terralba, que durante uma guerra contra os turcos, acaba sendo bombardeado por uma bala de canhão. Ferido, os médicos conseguem lhe restaurar apenas metade exata de seu corpo: meio rosto, meio tórax, um braço, uma perna, ficando o restante esmigalhado amputado. Partido ao meio, o visconde volta a sua terra e em seu castelo passa a demonstrar um temperamento diferente do que os seus servos estavam acostumados a ver, mostrando-se maligno. No decorrer da história, surgem personagens interessantes, como o escudeiro Curzio, a ama Sebastiana, ou ainda o Dr. Trelawney, médico que não gosta de ser... [para ler mais, passa lá no nosso blog!]

site: http://oquetemnanossaestante.blogspot.com.br/2014/09/livros-resenha-105-o-visconde-partido.html
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Na Nossa Estante 30/09/2014

O Visconde Partido ao Meio
Depois de ler As Cidades Invisíveis que achei absurdamente fabuloso, chegou a vez de O Visconde partido ao Meio obra que me atraiu justamente pelo seu título sugestivo.

O italiano consagrou-se com seus contos e histórias em estilo de fábulas, onde sua criatividade extrapola e muito a realidade, despertando em nosso imaginário as mais fantásticas interpretações de seus contos.

Neste livro, Calvino narra a história do visconde Menardo di Terralba, que durante uma guerra contra os turcos, acaba sendo bombardeado por uma bala de canhão. Ferido, os médicos conseguem lhe restaurar apenas metade exata de seu corpo: meio rosto, meio tórax, um braço, uma perna, ficando o restante esmigalhado amputado. Partido ao meio, o visconde volta a sua terra e em seu castelo passa a demonstrar um temperamento diferente do que os seus servos estavam acostumados a ver, mostrando-se maligno. No decorrer da história, surgem personagens interessantes, como o escudeiro Curzio, a ama Sebastiana, ou ainda o Dr. Trelawney, médico que não gosta de ser médico. A história é narrada por seu jovem sobrinho bastardo, que não divulga o seu nome, e ainda a moça do campo Pamela, que tem papel de destaque do meio para o final da história.

A surpresa vem quando o visconde Menardo encontra com o restante de seu corpo, o lado esquerdo, que incrivelmente foi encontrado e curado. Diferentemente da sua face má, o outro lado do visconde vive a fazer bondades e caridades. Descobre-se então dois viscondes controversos: um rico, arrogante e maligno, dono das terras, e outro maltrapilho, que vive a vagar pelas ruas, mas a fazer o bem. Que interessante!: Um único indivíduo, mas dividido ao meio, onde um lado, o direito, é maléfico; e o outro, o esquerdo, é bom. As visitas dos dois Menardos às aldeias onde vivem leprosos em festa e orgias (!!), e também ao sitio dos Huguenotes, trazem a narrativa a multiplicidade dos sentimentos existentes entre os habitantes de Terralba para com o visconde. Tanto a maldade excessiva do Menardo direto, quanto a bondade demasiada do esquerdo faz com que nem um nem outro sejam bem vindos na localidade.

Por meio dessa improvável história, Italo Calvino apresenta as ambiguidades do ser humano, e sua incompletude natural. Calvino visualiza em uma metade de humano a integridade desejada dos sentimentos, seja o bom ou o mal, mas ao mesmo tempo, propõe seus máximos efeitos, que incluem a sua não aceitação completa por partes da sociedade. O autor propõe paradoxalmente em uma metade, a visualização da integridade, e em um inteiro, a incompletude do ser humano. A extrapolação do real faz parte da narrativa das obras de Italo Calvino. O livro é curtinho e vale a pena ser lido. No Brasil, é editado pela Cia das Letras, que tem duas versões nas livrarias: a mais simples,(amarela) que segue o mesmo padrão dos outros livros do Calvino pela editora, e a de bolso, que tem uma capa, ao meu ver, mais bonita.

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Juliana 24/01/2011

Outro exemplo de uma boa idéia muito bem desenvolvida. "O visconde partido ao meio" é a história de um cara que foi pra guerra, mas uma bomba o acertou no meio do peito e ele se partiu em dois. Os médicos conseguiram costurar e dar um jeito em uma das suas metades, e ele se tornou uma pessoa ao meio. Mas quando voltou para onde morava, as pessoas perceberam que ele estava muito mais sombrio e malvado. Talvez porque a metade que os médicos conseguiram salvar, era a metade má do visconde. E imagina o que acontece quando a sua outra metade perdida, a boa, também volta? É uma história incrível nas palavras de um grande escritor. 100 páginas é pouco.
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MANO 21/02/2012

O visconde partido ao meio
Trata-se da estória surreal de um cidadão que vai para a guerra e após um tiro de canhão tem o seu corpo dividido verticalmente. Ambas as partes, porém, permanecem vivas e autônomas. Todavia, uma representa o lado bom do cavaleiro e a outra, o lado mal. Também parece uma alusão a "O Médico e o Monstro".
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Jair 12/02/2012

Visconde partido ao meio
"Mettardo partido ao meio, só sobrou-lhe apenas, a sua parte malvada
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