O visconde Partido ao Meio

O visconde Partido ao Meio Italo Calvino




Resenhas - O visconde partido ao meio


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Lais Machado 06/05/2010

O livro é fantasioso e extraordinário! Fala de um visconde que, durante a guerra, tem o corpo dividido longitudinalmente ao meio! Então as duas partes sobrevivem, uma tão boa e outra tão ruim, que ambas partes irritantes! Não se trata apenas de fazer uma oposiçao entre o BOM e o MAU, mas falar do homem contemporâneo e de sua eterna incompletitude!
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Juliana 24/01/2011

Outro exemplo de uma boa idéia muito bem desenvolvida. "O visconde partido ao meio" é a história de um cara que foi pra guerra, mas uma bomba o acertou no meio do peito e ele se partiu em dois. Os médicos conseguiram costurar e dar um jeito em uma das suas metades, e ele se tornou uma pessoa ao meio. Mas quando voltou para onde morava, as pessoas perceberam que ele estava muito mais sombrio e malvado. Talvez porque a metade que os médicos conseguiram salvar, era a metade má do visconde. E imagina o que acontece quando a sua outra metade perdida, a boa, também volta? É uma história incrível nas palavras de um grande escritor. 100 páginas é pouco.
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MANO 21/02/2012

O visconde partido ao meio
Trata-se da estória surreal de um cidadão que vai para a guerra e após um tiro de canhão tem o seu corpo dividido verticalmente. Ambas as partes, porém, permanecem vivas e autônomas. Todavia, uma representa o lado bom do cavaleiro e a outra, o lado mal. Também parece uma alusão a "O Médico e o Monstro".
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Jair 12/02/2012

Visconde partido ao meio
"Mettardo partido ao meio, só sobrou-lhe apenas, a sua parte malvada
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Cristiana 19/10/2012

Esse sem dúvidas é um dos meus livros favoritos. Fiz essa leitura durante uma cadeira de teoria literária, mas tenho que admitir que já devo ter relido esse livro umas três vezes... A linguagem de Calvino é fantástica, e nesse livro ele descreve a maldade do ser humano de forma tão articulada que podemos ler coisas terríveis, como cegonhas e flamingos comendo carne podre no lugar de corvos e abutres, sem nenhum espanto. Recomendo esse livro a todos!
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e-zamprogno 12/01/2013

Uma fábula infantil

Em todos os aspectos me pareceu uma fábula, dos acontecimentos fantásticos à presença de uma moral.
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sonia 28/06/2013

Duplicidade




O outro – um tema recorrente na literatura que já rendeu obras primas como O duplo, de Dostoievsky ou O médico e o monstro de Robert Louis Stevenson.
Agora Italo Calvino nos brinda com sua versão medieval da história, mais popularesca, de uma simplicidade enganosa, pois atrás da trama simples, vão-se tecendo considerações paralelas sobre diversos outros temas.
Fica logo evidente que o todo é bem mais que a soma das partes, e a fusão das duas metades do visconde vai ocorrer por conta do amor, afinal, que vai levar ao enfrentamento das duas metades opostas ou complementares.
Há, paralelamente, a história do médico que era quase um impostor, a da babá que não se deixa enganar pelas aparências, a da pastora que é quase vendida pelos próprios miseráveis pais, a dos leprosos e dos huguenotes, que são segregados da sociedade local.
Gosto dos temas do autor, porem o estilo dele não é do tipo que me faz grudar na poltrona e não querer deixar o livro de lado, pelo contrario em certos trechos ele me cansa um pouco – eu acompanho sua lógica, mas ele não me toca o coração.
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Na Nossa Estante 24/04/2015

Muito bom livro!
Depois de ler “As Cidades Invisíveis” que achei absurdamente fabuloso, chegou a vez de “O Visconde partido ao Meio” obra que me atraiu justamente pelo seu título sugestivo.
O italiano consagrou-se com seus contos e histórias em estilo de fábulas, onde sua criatividade extrapola e muito a realidade, despertando em nosso imaginário as mais fantásticas interpretações de seus contos. Neste livro, Calvino narra a história do visconde Menardo di Terralba, que durante uma guerra contra os turcos, acaba sendo bombardeado por uma bala de canhão. Ferido, os médicos conseguem lhe restaurar apenas metade exata de seu corpo: meio rosto, meio tórax, um braço, uma perna, ficando o restante esmigalhado amputado. Partido ao meio, o visconde volta a sua terra e em seu castelo passa a demonstrar um temperamento diferente do que os seus servos estavam acostumados a ver, mostrando-se maligno. No decorrer da história, surgem personagens interessantes, como o escudeiro Curzio, a ama Sebastiana, ou ainda o Dr. Trelawney, médico que não gosta de ser... [para ler mais, passa lá no nosso blog!]

site: http://oquetemnanossaestante.blogspot.com.br/2014/09/livros-resenha-105-o-visconde-partido.html
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Lucas Furlan | @valeugutenberg 24/06/2017

Um livro contra os extremos
"O visconde partido ao meio" é o primeiro volume da trilogia "Os nossos antepassados", publicada por Calvino na década de 1950.

Ele é divertido, mas não é tão engraçado quando "O cavaleiro inexistente" (o terceiro da trilogia). A história do visconde que tem o corpo e a personalidade divididos por uma bala de canhão às vezes parece simples e rápida demais.

Ainda assim, eu recomendo a leitura: se mais gente ler esse livrinho, talvez o extremismo e a intolerância diminuam, e o diálogo se torne mais fácil entre aqueles que pensam diferentemente um do outro.

(Leia a resenha completa no blog)

site: www.valeugutenberg.wordpress.com
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~Ju 08/01/2009

O Visconde Medardo di Terralba, em temerária arremetida contra a ímpia artilharia de turcos, leva um tiro de canhão no peito. O destemido mas inexperiente defensor da cristandade sofre sérias avarias, sobrando-lhe apenas uma metade do corpo, felizmente intacta. Graças ao entusiamo dos médicos que o socorrem, Medardo sobrevive, embora partido ao meio. À mutilação física do senhor de Terralba seguem-se consequencias indesejáveis em seu comportamento, causando grandes desgostos aos moradores de seus domínios. Mas quando os camponeses já estavam se acostumando às idiossincrasias do visconde, eis que ressurge a outra metade, para grande confusão e maior transtorno geral. Se meio visconde já incomodava tanta gente, o que dizer das duas metades contraditórias de Medardo di Terralba?
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Cíntia 01/04/2018

Estilo conto de fadas
Como o próprio autor diz, é uma estória para entretenimento, mas ao mesmo tempo para discutir a incompletude das pessoas. Para tal, o autor escolheu dividir seu personagem entre a parte boa e a parte má.
Medardo é dividido em dois numa guerra contra os turcos. Não consegui identificar a época, mas também tem outra referência, a presença dos huguenotes, religiosos fugitivos.
A parte má volta para suas terras, Terralba, e a parte boa fica perdida por mais um tempo.
Seu sobrinho, cujo nome não é mencionado, narra os eventos, a vida perto do castelo, as maldades do visconde.
Acredito que seja um menino saindo da infância e entrando na adolescência, mas também não me lembro se o autor diz isso ou se dá pistas.
Essa visão infanto-juvenil de aventura dá muito tempero à narrativa, tornando a leitura prazerosa.
Trata-se de uma fantasiameio conto de fadas.
Talvez a discussão sobre a completude tenha a ver com as vontades que às vezes nos dividem que uma parte nós censura, uma consciência.
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Samuel 16/06/2018

Um livro para trabalho escolar...
Até aparecer o nome na lista de livros para ler da minha escola, eu nunca tinha ouvido falar de O Visconde Partido ao Meio nem de Ítalo Calvino. Um escritor e uma obra clássica. E assim, de forma ingênua e inesperada do livro que entrei em outro tipo de literatura que não estava acostumado a ler.
Eu lia em PDF para não precisar comprar o livro e toda noite por 3 dias antes de dormir, abria o texto e a aba do Google, principalmente. Durante grande parte da leitura, via palavras que nunca tinha ouvido falar como " azamafado" e "choupana".
A história me prendeu aos poucos no começo e somente do meio ao fim que pude perceber o enredo simples narrado pelo sobrinho do visconde, direto às situações decorrentes da história e profundo ao tema. Tratando-se, literal e figurativamente, da dualidade do ser humano.
E de como somos um todo de partes opostas apoiadas por nossa natureza experiente de sentidos e emoções.

Minha opinião é de um livro bem escrito, redigido a uma fabula e criterioso aos personagens. Mas que como não faz o tipo de leitura que eu me aconchegue ou tenha maior afinidade, não tive tanto vinculo ou afinco pela história.

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