O herói discreto

O herói discreto Mario Vargas Llosa




Resenhas - O herói discreto


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Guilherme 11/03/2022

Razoável
O livro começa até interessante, conta duas histórias distintas mas contemporâneas alternando cada uma por capítulo, nós leitores esperamos que as histórias se encontrem... Esperamos o momento em o autor juntará as duas histórias em uma só, e mais, como vai fazer isso... Acontece que quando isso ocorre a história não empolga, o autor não amarra bem as histórias, e em alguns momentos o autor mistura os diálogos, entre os personagens e os momentos em que ocorrem, como se fossem memórias no meio da conversa principal, acho que fez isso para dar dinamismo ao texto, mas a meu ver causa confusão. Por fim, não consegui fazer a lição do título com o livro. Mas enfim, eu posso ter lido o livro de um jeito errado...
Hélio 20/03/2024minha estante
Tive essa impressão também, amigo! O final foi até divertido. A frase do menino para o pai. Mas realmente, quando as duas histórias se juntam nada de impressionante acontece, os personagens nao correm nenhum perigo ou coisa que o valha.


Guilherme 21/03/2024minha estante
Pois é




Dani Ferraz 29/03/2021

Os seres humanos, cada pessoa, são abismos cheios de sombras
O herói discreto foi meu primeiro contato com a narrativa de Mario Vargas Llosa, meu olhar de leitora ainda iniciante deste autor que às vezes se mostra polêmico em algumas críticas das que li, vai tentar apresentar a maestria encontrada em duas histórias aparentemente distintas mas que se encontram e se mesclam em seu final em um narrativa que se alterna também entre passado e presente de forma dinâmica e em cenas de flashbacks, um livro maravilhoso!

De um lado da história está Felícito Yanaqué, um empresário do ramo de transportes, morador de Piura que recebe uma carta anônima onde está sendo extorquido por alguns supostos mafiosos da cidade que pretendem receber dele quantias mensais em troco de deixarem seus negócios e sua família intactos, porém, se tem uma coisa que Felícito segue fielmente é um conselho herdado de seu pai que diz "nunca se deixe pisar por ninguém, filho" e ele não se rende facilmente e leva esta ameaça até a polícia. Porém, esta atitude fará com que ele tenha sua vida remexida, e ela não é tão idônea quanto aparenta ser.

Do outro está Ismael Carrera, dono de uma bem-sucedida seguradora em Lima que articula uma vingança contra seus filhos gêmeos que se veem muito mais interessados em suas heranças do que na presença física (viva) do pai. Neste segundo enredo quem conta a história é Don Rigoberto, gerente e amigo próximo de Ismael, que vê sua vida ser afetada diretamente ao receber do amigo o pedido para que fosse testemunha de seu casamento com a empregada da casa de nome Arminda.

Além de ser um romance policial, o livro aborda questões familiares, traição, ganância, dramas, algumas surpresas e também algumas incógnitas, como no caso do filho de Rigoberto, Fonchito que tem que lidar com aparições de um tal Edilberto Torres que ninguém além do adolescente consegue enxergar. Com uma trama muito bem amarrada, alguns diálogos são excelentes e um em especial me deixou um mal-estar que foram algumas barbaridades proferidas por Felícito ao seu "filho" e que em muitos momentos mostra que a relação entre pais e filhos em ambas as histórias está mais propensa a ser vingativa do que ser de perdão.
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Emanuela 28/12/2020

AINDA NÃO ME ARREBATOU
Não conheço muito da escrita de Mario Vargas Llosa. Antes de "O Herói Discreto", havia lido apenas "A Menina Travessa", um romance que não se destaca, da mesma maneira que neste último lido. Uma pena, pois tenho uma queda por autores latinos, mas Llosa ainda não me arrebatou.

Em "O Herói Discreto", acompanhamos duas histórias: uma protagonizada pelo proprietário de uma empresa de transporte, Felícito Yanaqué, que passa por uma tentativa de extorsão; e a outra por Ismael Carrera, dono de uma importante seguradora, que resolve casar-se novamente, dessa vez com uma empregada 40 anos mais jovem.

As duas narrativas não apenas são completamente distintas, como se passam em cidades diferentes no Peru, a primeira em Piura e a segunda em Lima, ambas no Perú.

Percebe-se a tentativa do autor em tratar de temas universais e atuais como a ganância, traição, conflitos familiares, amor, ódio... mas é feito de maneira tão simplista que não chega a empolgar. Inclusive quando nos apresenta o personagem Edilberto Torres, um homem que até o fim do livro não sabemos se é real ou fruto da imaginação do jovem Fonchito, filho de Don Rigoberto, melhor amigo de Ismael.

Apesar das duas histórias não se sobressaírem em si (na verdade, esperava que o mistério envolvendo as cartas da rainha tivesse um desenvolvimento e desfecho mais trabalhados), a maneira como as histórias são contadas paralelamente e, em um certo momento se encontrarem, permitem ao leitor, momentos de diversão com a leitura.

site: http://arredordemim.blogspot.com/2014/12/o-heroi-discreto-de-mario-vargas-llosa.html
MelAnia.Rafaela 31/08/2021minha estante
Estou iniciando a leitura deste livro e sua crítica, confesso, me jogou balde de água fria, mas antes desta obra li apenas livro de Mário Vargas Llosa, Pantaleão e as visitadoras, este se passa na Amazônia peruana e é completamente arrebatador, devorei o livro e me diverti demais.




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Guilherme Amin 29/04/2023

Um tributo aos que não se deixam pisar por ninguém
Neste romance, o autor desenvolve lentamente duas tramas com personagens distintos, e uma das graças da leitura é aguardar o momento em que ambas as histórias serão reunidas.

Achei todos os personagens centrais cativantes, exceto Fonchito, cuja relação enigmática com Edilberto Torres pareceu-me despropositada e me irritou, dada sua constante repetição.

A única outra ressalva é que, intencionalmente ou não, o livro traz uma mensagem equivocada e odiosa sobre filiação não biológica. Fora isso, é uma leitura estimulante e muito divertida.

Foi o primeiro de Vargas Llosa que li e me senti recompensado.
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Patricia 05/12/2020

Felícito Yanaqué, dono de uma empresa de transportes, recebe uma carta anônima dizendo que mediante um pagamento mensal sua empresa e família serão protegidos, e como assinatura apenas uma aranhinha. Em paralelo, temos a história de Ismael Carrera, um rico viúvo dono de uma companhia de seguros, que muda o rumo da sua vida casando com uma mulher bem mais jovem, o que deixa seus filhos inconformados desejando destruir os planos do pai. E em algum ponto as histórias desses personagens acabam se cruzando.
💬 O livro tem enredo de novela, gostei da leitura, as partes com o personagem Fonchito sempre me irritam, é um bom passatempo, mas tudo é bem previsível. Fiquei com vontade de reler "Travessuras da menina má" que é um dos meus livros favoritos e quando li senti várias emoções, e nesse aqui foi somente uma leitura ok.
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MelAnia.Rafaela 27/09/2021

Leitura rápida
Foi uma leitura rápida e envolvente, mas senti falta de que alguns personagens fossem mais bem desenvolvidos. Os principais personagens do livro até são capazes de nos cativar, mas alguns mereciam um melhorou desenvolvimento.
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mpin 30/06/2020

Não é o melhor livro de Vargas Llosa, mas é uma leitura agradável. Os personagens são memoráveis, interessantes, e a história reserva deliciosas surpresas, com o humor característico do autor. Há, contudo, algumas pontas soltas: o amigo imaginário de Fonchito que tem pouca função na trama, a médium Adelaida sobre a qual pouco se revela, e Armida, a personagem que conecta os dois arcos narrativos. Em alguns momentos a história fica piegas, mas isso não compromete a qualidade da história. O tema central é a velhice e as relações entre pais e filhos, ou, mais resumidamente, a capacidade de perdão entre gerações diferentes. A pieguice em alguns momentos soa um pouco desproporcional à frieza com que Felícito lida com um dos filhos após várias reviravoltas. Talvez a forma com que uma história acaba distorcida conforme o assédio da imprensa cresce poderia ter sido mais explorado, mas Vargas Llosa sabia onde queria chegar e o fez com sucesso, apesar das pontas soltas.
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HigorM 16/07/2017

Sobre repetições de enredos e personagens
A última leva de livros de Mario Vargas Llosa, desde que recebeu o Nobel de Literatura, é alvo de críticas por leitores mais antigos, que dizem não encontrar o velho autor de mitos locais e sexo consistente.

Embora não conheça totalmente a obra do autor, já consigo pontuar que sim, embora os livros atuais não deixem de ser ruins, não têm algo de antigamente. Não é, necessariamente, desleixo ou preguiça, mas ‘O herói discreto’, de 2013, tem seu enredo repetido Em ‘Cinco esquinas’, livro mais recente do autor. Lendo obras mais antigas, o mesmo enredo se encontra em ‘Pantaleão e as visitadoras’.

Felícito, dono de uma empresa do ramo de transportes, recebe cartas anônimas em que é chantageado a pagar uma tarifa mensal, pois sua vida, não importa se material, amorosa ou profissional, irá a ruínas. Chantagem que, três anos depois, incomodará o jovem Henrique em ‘Cinco esquinas’.

Paralelo a isso, temos o núcleo de Ismael, um senhor de 80 anos que decide se casar com a empregada. Tais núcleos, tão distantes e aparentemente sem sentido, são o que sustenta o leitor até o final, a fim de saber o que acontecerá ao final. E é por isso que eu li o livro até o final: mesmo sem técnicas especificas e que pudesse abrilhantar o texto, Llosa escreveu uma boa história através da simplicidade, contando sem muitos floreios um plot de amizades sinceras e problemas familiares, que desmoronam rapidamente impérios que demoraram anos a serem edificados.

Encontrar velhos conhecidos, como Don Rigoberto, Lituma e Fonchito, não foi tão maravilhoso como o imaginado. São personagens que não acrescentam muito por serem conhecidos. Talvez acompanhar os problemas escabrosos de Fonchito, já adolescente, e seu avanço de maturidade, mas não é algo tão primordial assim.

Não o melhor livro de Llosa, longe disso, mas também longe de ser um livro ruim, um livro ruim de Llosa, ‘O herói discreto’ é aquela história que, tem sim, pontos positivos, mas que deve ser lida com um agradável espaço de tempo de ‘Cinco esquinas’, bom frisar. Sendo assim, será uma leitura proveitosa, que vai, no mínino, deixar o leitor grudado em cada página.

Este livro faz parte do projeto 'Lendo Nobel'. Mais em:

site: leiturasedesafios.blogspot.com
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Natasha.Louredo 27/10/2022

O Romance Policial de Vargas Llosa
Nessa obra de Mario Vargas Lhosa "O Herói Discreto" publicado em 2013 nós vamos nos deparar com um romance policial que aborda situações familiares bem complexas. O autor vai nos entreter com dois núcleos distintos e com isso já percebemos marcas do Lhosa com seu gosto por narrativas duplas, triplas, cheias de idas e vindas ao passado e seu dinamismo narrativo.

Vamos ter a história de Felícito Yanaqué que é um empresário bem sucedido do ramo de transportes que recebe uma misteriosa carta assinada com um desenho de arainha ofertando serviços de proteção, mas tais serviços possuem uma atmosfera coercitiva por trás do tom amistoso das palavras.

E ao mesmo tempo em que vamos nos prendendo com a história narrada de Felícito, Lhosa também relata a história de Rigoberto e seu patrão e também amigo Ismael, dono de uma seguradora que quer se casar com sua empregada doméstica para assim se vingar dos seus filhos gêmeos que o odeiam e só querem saber da sua herança. Rigoberto então será a testemunha de casamento do seu amigo Ismael e viverá momentos de muita tensão junto com sua esposa Lucrécia e seu filho Fonchito.

Um personagem que foi o meu favorito dessa obra, é o Edilberto Torres, um homem elegante, melancólico e misterioso do início ao fim hahahah.

"O Herói Discreto" tem uma simplicidade que o torna genial, aqui não temos espaços para firulas, a narrativa é objetiva em sua densidade psicológica e cria a impressão no leitor de que os fatos narrados são o que há de mais importante em um livro. E esse é o foco dessa narrativa, emocionar e entreter, contar uma história mais do que dar uma lição de moral, exibindo a função da literatura em seu grau maior: instigar a imaginação do leitor.
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Hélio 20/03/2024

Uma jornada bonita, uma chegada sonolenta.
Eu comecei a ler "O herói discreto" há uns 10 anos. Parei depois de 3 capítulos, e desde então o livro ficou na minha estante, pedindo pra ser reaberto. Mas férias desse ano retomei a leitura, decidido a terminá-la. Acompanhar os dois núcleos sirenes diferentes foi bem empolgante porque ambas as tramas contam com mistérios e com personagens que nos cativam, como Don Rigoberto e o sargento Lituma. Os acontecimentos e as possibilidades de elucidação dos mistérios foram me empolgando e me deixando ávido pelo desfecho e pelo entrelaçamento das duas histórias.

Em especial, o personagem do Edilberto Torres, e seu charme e elegância misteriosa. Esse foi o personagem que eu melhor conseguir imaginar a voz e o jeito de falar. Acontece que seu papel na trama aacabou não sendo nada do que eu esperava, e ao final do livro, apesar da gargalhada que eu dei, ficou um gosto de: cadê os tiros, porradas e bombas que eu estava esperando???

Um outro ponto que não gostei tanto foi o Felicito Yanaqué. É um personagem que ao meu ver é raso. Tudo que ele passou com o pai e os sacrifícios que o pai fez por ele foram insuficientes para criar nele a fagulha de um pai verdadeiramente amoroso. Apesar de sua retidão de caráter, foi incapaz de superar alguns traumas pelos quais passou.

Finalizando,é um livro que vale a pena ser lido. A escrita de Vargas Llosa é primorosa, uma aula de criação de narrativas. Temos muitos personagens cativantes e um cenário vivo e pulsante.
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Ethan.Selbach 08/03/2022

Razoável
Achei a história arrastada e até um tanto quanto confusa, alguns diálogos iam e vinham de momentos de forma bastante confusa.. Eu esperava mais ação, porém os personagens são bastantes cativantes, o senhor Yanaque é um personagem bastante interessante.
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Juliana 31/03/2015

impressões
Sempre ouvi falar bem desse autor e como era um suspense resolvi o ler para o desafio, e foi um desafio! A escrita do autor é densa, mas bem construída e a curiosidade de saber onde as duas histórias se relacionam foi o que me moveu. Há coisas no livro que me levaram questionar será que isso acontece? e isso me fez pensar nunca uma novela das 20h da globo apresentará isso,isso na época que eu assistia.
Recomendo a leitura.
Fer Kaczynski 31/03/2015minha estante
Mais meninas leram esse autor para o desafio e adoraram, pretendo ler tbm, bj




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