Eduardo634 25/05/2023
Um liberal menos pior, mas ainda liberal
A princípio, tenta tratar o Utilitarismo como doutrina de ação racional e, como tal, autoevidente. Contudo, acaba se encontrando em diversas encruzilhadas que o obrigam a mudar de postura e assumir que tais ações, para que atinjam o seu ideal, precisam ter como pano de fundo uma moralidade específica.
Assim, dedica o resto do livro a tentativas de conciliação entre a Razão com a Moral, sob a meta suprema da Felicidade.
Apesar de fazer menção a influência (mas não determinação) das estruturas sociais sobre as possibilidades de vida humana, lança sobre os indivíduos a responsabilidade de, mediante seu esforço - com uma leve ajuda do Estado - melhorarem sua vida. As instituições são meros salvo-condutos para que não seja acusado de colocar nos indivíduos a culpa por sua miséria.
Apresenta boas ideias, algumas com viés bastante progressista: falência das diferenciações sexuais e de raça, necessidade de situações iguais de competição...
Mas elas são soterradas pelo seu liberal/conservadorismo.