Viva o povo brasileiro

Viva o povo brasileiro João Ubaldo Ribeiro




Resenhas - Viva o Povo Brasileiro


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Caroline 13/12/2013

Amei este livro!!! Super recomendo!!
O início é chato, mas do meio para o final se torna muito interessante.
Eu pude observar que o autor se preocupa em narrar minuciosamente o processo de construção da identidade desse povo tão heterogêneo, mas que ainda continua em construção.
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Leonardo Rosa 09/07/2013

Recomendo!
Comecei dando nota dois e termino dando nota máxima! História de ficção mas que retrata bem o perfil brasileiro ao longo dos séculos. Mostra as diferentes raças e pensamentos deste povo tão diverso. Leitura indispensável!
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Rommel 01/06/2013

Quem é o povo?
A maioria de nós, brasileiros, sempre trata a nação e seus habitantes na terceira pessoa, seja do singular ou do plural. Dessa noção de que o brasileiro é sempre o outro, que surge a ideia de que aquilo que não é bom no país é sempre culpa do povo.
Quem é o povo?
É sempre povo que não sabe votar, que não sabe reivindicar, que não sabe seus direitos, que não sabe de seus deveres... contudo falta ao povo saber que é o povo.
Falta-nos a consciência de que somos aqueles que criticamos.
Dentro dessa perspectiva João Ubaldo Ribeiro demonstra nas mais de 600 páginas desse romance a formação da identidade brasileira, ou pelo menos a tentativa dela. Narrando mais de 3 séculos de história, ele discorre sobre etnias, crenças, heróis e anti-heróis, auto-estima, o jeitinho, a hipocrisia, o racismo, a deturpação política e todos os outros componentes que formaram as bases da nossa atual sociedade.
Sempre com ironia o autor vai descortinando a história que aprendemos nos livros escolares com um bom humor peculiar, fazendo jus à introdução do livro que diz "O segredo da Verdade é o seguinte: não existem fatos, só existem histórias".
E nesse mundo de histórias contadas e aquelas a serem escritas encontra-se esse grande livro brasileiro.
O livro sobre nosso povo brasileiro.
Recomendado a todos que buscam entender um pouco melhor esse país, suas contradições, seus costumes, seu passado, presente e futuro.
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Tacynha 25/03/2013

RIBEIRO, João U.Viva o Povo Brasileiro
Sabe aqueles livros que algumas universidades indicam para seu vestibular? Pois bem, Viva o povo Brasileiro eu li por este motivo. Mas a UFBA, lógico, faz excelentes escolhas e eu logo me apaixonei por ele. Li 2 vezes!!!! Viva o povo é aquele tipo de livro que conta a história do nosso país e faz várias reflexões. Foi escrito por João Ubaldo Ribeiro e publicado em 1984. Tem tempo né? Mas é bastante atual! Eu acho que pelo fato do autor ser baiano, a história é contada de forma ficcional aqui na Bahia. Ficcional por quê? Porque conta a história brasileira. Desde a chegada dos holandeses aqui na Bahia, no século XVII, até os anos 70, século XX. O livro foi publicado pela Editora Nova Fronteira.

Como eu amo história (já cheguei a pensar em fazer vestibular para História), de cara já me apaixonei pelo livro. O livro se passa, basicamente, na Ilha de Itaparica, mas passa por Salvador, Lisboa, São Paulo e Rio de Janeiro e conta 4 séculos de história do nosso país. Não foi à toa que foi considerado uma das mais importantes obras da literatura brasileira. É uma história épica, rara e barroca. #amo

E eu amei tanto por quê? Só por causa do fato de ser uma leitura histórica que eu amo? Também! Mas amei mais ainda pelo fato de abordar a temática da construção da identidade do povo brasileiro. João Ubaldo conta de uma forma critico-satírica a história brasileira, denunciando a devassidão/corrupção no processo de formação do povo brasileiro.

"Sinopse: O livro se volta às origens do Recôncavo Baiano para recriar quase quatro séculos da história do país por meio da saga de múltiplos personagens. "Viva o povo brasileiro" se desenvolve em grande parte no século 19, mas também viaja a 1647 e avança até 1977. Nele, realidade e ficção se misturam para criar um épico brasileiro com passagens heróicas e cômicas, tendo como pano de fundo momentos decisivos para a história do país, como a Revolta de Canudos e a Guerra do Paraguai."

oão Ubaldo conta a formação de nossa identidade através da Irmandade do Povo Brasileiro que seriam os fatos que consolidaram a nossa formação: invasão holandesa, Independência, Guerra dos Farrapos, Guerra de Canudos, Guerra do Paraguai, Abolição, República. A Irmandade é uma entidade. E essa entidade é o Povo Brasileiro. Toda nossa história é contada numa linguagem bem humorada, envolvente e surpreendente. Utilizando-se de metáforas, ironias e hipérboles o narrador conta a história em um caráter paródico. Isso faz com que o livro "seja" uma paródia da brasilidade.

A história não é contada de forma cronológica e, pelo menos nas 200 primeiras páginas, é bem um vai-e-vem no tempo. Depois disse, a história segue cronologicamente, onde todas as cenas se articulam. Como já disse antes, a história se passa basicamente na Ilha de Itaparica e é lá que nasce a heroína Maria da Fé que desafia o poder dominante, para poder fazer parte, junto com homens e outras mulheres, da Irmandade do Povo Brasileiro.
João Ubaldo, incorporou fragmentos de toda sorte de documentos orais e escritos e integra este livro à vertente de nossa literatura que tentou, pela via do épico, explicar a nossa formação cultural e exaltar os "heróis de nossa gente". Além disso a cultura e costumes da Bahia também serviu para caracterizar esse romance como épico!

Viva o povo demonstra que o povo brasileiro, através da Irmandade e da Canastra no século XIX, já tinha consciência de sua existência política e cultural. Por isso,também, foi considerada uma das obras mais atuantes do ponto de vista estilístico e político. É uma leitura enriquecedora que integra o erudito e o popular, o grotesco e o soberbo e o cômico e o histórico em que a metáfora do Recôncavo Baiano e da Ilha de Itaparica representa o Brasil e todo seu povo.

Eu amei muito esse livro. São 680 páginas de muita emoção (li 2 vezes), nesse livro aí da imagem, com essa capa dessa paisagem bem interiorana e um tanto antiga (amei).
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Léo Melo 05/01/2013

"O povo é o outro e nunca nós mesmos..." (Chame um sociólogo, Célia Tolentino)
João Ubaldo Ribeiro narra 4 séculos da história do Brasil, focado numa realidade baiana.

Num romance arrebatador, denuncia a hipocrisia, a corrupção, os preconceitos de uma aristocracia dominante que, ao mesmo tempo, depende e menospreza o povo, ignorando-o e temendo-o, matando-os e chorando suas mortes.

Um livro formidável, que te faz repensar sobre a história do nosso país. Como um dos protagonista do livro diz, quem escreve a história é quem manipula e detêm os "fatos". E ele distorce os "fatos" a seu bel prazer... Quem é ladrão escreverá que é ladrão? E quem é assassino? Quem é usurpador? Quem é racista?

João Ubaldo desmistifica os "fatos", ao recontar a história do povo brasileiro sob os parâmetros do povo brasileiro. Desde os tempos da monarquia à República, da Guerra do Paraguai a Canudos, da escravatura ao abolicionismo, da linguagem rebuscada até o diálogo popular, tudo é repassado no dia-a-dia do povo, do cotidiano de escravos, homens simples e seus senhores.

O título da resenha é de um texto de Célia Tolentino ("Chame um sociólogo"), que eu li no vestibular da UFBA e nunca mais me esqueci. Quem é o povo, para você? É o Jeca Tatu de Monteiro Lobato, é o "Zé Povinho", é o negro, o índio, o branco, o imigrante? O povo é sempre aquele que vota errado, que não tem consciência dos fatos, o preguiçoso, o inculto?

O povo está em cada um de nós. Está no sentimento de Irmandade ("quem pertence à Irmandade sabe"), está nos negros da Casa da Farinha, está naquele que se revolta com a injustiça e a opressão, o desespero, a pobreza, a impunidade.

O prefácio do livro já introduz o trunfo da obra: "O segredo da Verdade é o seguinte: não existem fatos, só existem histórias". Seja bem-vindo, então, ao mundo de histórias e verdades desse grande escritor baiano.
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Jean Carlos 20/08/2012

Muito Bom!
Muito recompensante ler esta obra. No início eu li com muito sacrifício mas depois a leitura fluiu bem. Foi bastante inteligente a maneira como o autor explora a conjuntura da formação do povo brasileiro desenvolvendo isto de geração em geração. O que me deixa com mais apreço pela obra é a ordem cronológica desarrumada em certo ponto, o vai e vem entre datas, séculos, interando o leitor com episódios importantes de nossa cultura, integrando a a historiografia bahiana com os fatos históricos brasileiros.Além disso, aborda elementos de nossa cultura, religião e hábitos. Recomendo a todos que queiram entender mais profundamente as ligações que as gerações passadas mantêm com as presentes, situar a si mesmo enquanto produto de tudo isto.
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Marcia 28/03/2011

Fantástico!!! Apesar de, inicialmente, apresentar uma linguagem rebuscada, vale a pena insistir, por que muitas surpresas aparecerão. Na verdade é um tratado muito real da formação do povo brasileiro. De forma romanceada, o autor vai nos mostrando o dia a dia, as dificuldades e situações vivenciadas a partir da nossa colonização. É um livro antropológico riquíssimo que nos ajuda a entender a situação e o comportamento de nosso maravilhoso povo! Imperdível!!!
Sylvia Tuñas 12/05/2012minha estante
Acho que o autor procurou utilizar palavras " da época" de acordo com o período em que a história se passava. Palavras que hoje não utilizamos mais. Note que em 1977 ele usa linguagem contemporânea.




Victor 29/01/2011

Não vou dizer que é ruim para não cometer uma heresia com o João Ubaldo... Mas o livro é... hum... estranho. Se alguém conseguir me explicar oq diabos é aquele poleiro das almas das insuportáveis 200 primeiras páginas, criei várias teorias mas nada que pudesse explicar com perfeição. No mais, a viagem no tempo dada pelo autor é bastante interessante, com personagens muito marcantes.
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Silvio 13/12/2010

É o livro de leitura mais difícil que já vi; uma loucura completa.
Terror (e horror), carnificina, pornografia...
Há algo de interessante, uma viagem pela História do Brasil, em que o autor mostra, critica, satiriza quase toda a sociedade, principalmente a do século XIX; mostra toda a corrupção, a hipocrisia, a disputa pelo poder e dinheiro, a força, a violência;critica o sistema de governo, a Igreja Católica, a escravidão e o preconceito; mostra como a história é tão distorcida: um grande vilão entra para história como herói, sábio e justo; um ladrão é visto como trabalhador.

Contudo, é um terror, um horror, quase impossível de se ler. Li por teimosia, pirraça, um desafio; é muito maçante, cansativo, chato. Períodos exageradamente longos, parágrafos de uma página inteira e de até quatro página, com as ideias todas misturadas; até parece uma fofoqueira que fala demais e se perde, que acaba misturando muitos assuntos e não termina nenhum. O vocabulário, então, nem se fala; não se lê meia página sem o dicionário - ninguém consulta um dicionário mil vezes (literalmente) para ler um livro.
Citações em francês, latim, espanhol - e não são poucas - sem tradução.

As faculdades que exigiram esse livro para o vestibular devem ter recebido uma grana do autor ou da editora, ou então, fizeram um terrorismo absurdo.
Fabio Ferreira 13/11/2014minha estante
Fui hoje à Livraria da Travessa e li este livro, ou melhor, dei uma olhada. Realmente achei extremamente confuso.
Sem querer julgar ninguém, mas tem muita gente que só quer aparecer dizendo que leu.


Alê | @alexandrejjr 24/09/2020minha estante
Nossa, não poderia ler opinião mais equivocada que essa, Silvio, realmente não entendesse a proposta do livro. João Ubaldo pede ao leitor que conheça a história de seu povo que, sim, é feita de terror e horror, e que faça isso não de maneira trivial, mas pela língua que era falada na época, pelas personagens características e fundadoras de nossa terra (o indígena, o negro, e o homem branco estrangeiro), pela mitologia de nossas crenças (principalmente as de matriz africana), enfim, poderia elencar uma série de motivos que fazem desse livro um dos mais importantes da nossa literatura. Minha sugestão: leia outra vez o livro, agora tentando pegar as nuances de uma narrativa ficcional única que fala mais sobre os brasileiros do que os livros de história.




Lorys 25/09/2010

Da ironia sutil ao explícito sarcasmo, o livro disserta sobre a desigualdade, a discriminação racial a exclusão social, enfim..

O livro me fez pensar que somos o que nossos colonizadores fizeram de nós.

Pode-se aqui também ter uma noção de que a tragédia da escravatura foi muito mais cruel que hoje os "belos" livros didáticos nos contaram no banco da escola.

Já não devíamos ter mudado isso a muito?
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Alice 19/07/2010

Viva o povo brasileiro é um livro bastante confuso. Na verdade, é um daqueles livros que você tem que ler para o vestibular... Mas ele se complica. Eu li vários, se não todos, os livros de vestibulares que fiz, mas Viva o povo brasileiro eu abandonei no meio do caminho.
Costumo seguir adiante os livros, lutar contra a má vontade de continuar livros chatos, mas esse, meu amigo... Nem as intermináveis análises literárias me fizeram entender.
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Léo 08/12/2009

Este livro é de uma grandiosidade estupenda.( em todos sentidos) Li por obrigação ao prestar vestibular e na época com todo o estresse não tinha me dado conta de sua grandeza.
A subversão em contar aspectos da história de um país tirando o olhar de quem escreve os livros de história - a 'elite' - para quem vive a vida -o povo- é de uma riqueza que a palavras pouco conseguem explicar, a não ser a partir da genialidade de João Ubaldo que consegue fazer isto sem ser chato e didático. Um estudo socio-antropo-histórico imprescíndível para quem quer entender uma pouco mais deste contraditório Brasil.

Mais do que excelente!
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Fê Gaia 13/09/2009

Força
Eu imaginava que esse livro fosse bom, mas não tanto assim. Acho que a palavra que define esse romance histórico de João Ubaldo é força, a força de resistência de um povo que sofre opressão de todos os lados e mesmo assim persiste em viver e buscar sua dignidade. Essa força e senso de justiça são meio que condensados em Maria da Fé, uma das personagens mais fascinantes que já conheci. Viva o povo brasileiro!
Cris 13/03/2016minha estante
Obra essencial para conhecermos e entendermos o porquê de o Brasil estar na situação em que se encontra atualmente.




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