A Desumanização

A Desumanização Valter Hugo Mãe




Resenhas - A desumanização


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Sidney.Prando 19/04/2022

A crueldade poética da narrativa do Hugo é encantadora!
?FORAM DIZER-ME que a plantavam. Havia de nascer outra vez, igual a uma semente atirada àquele bocado muito guardado de terra?. Essas são as primeiras frases do livro e anunciam a morte da irmã gêmea de Halla, Sigridur.
Ambientalizada na Islândia, a narrativa de Halla (11 anos) precede a morte da irmã e é tão ricamente poética quanto saudosista. Após a perda, a garota ?menos morta? vai nos contar como o luto corrompeu a mãe, tornando-a desprezível; como o mesmo aconteceu com o pai, só que de forma distinta, tornando-o frágil e, simultaneamente, como que ela, a ?irmã da morte?, é obrigada a viver a pesar de tudo. Entre a poesia e a pintura de uma terra cruel, ocorre o processo de desumanização.

Para mim, essa foi uma narrativa estranha e, assim como as boas coisas estranhas, excitante.
Aposto que você já deve ter lido algo com a temática da morte, do abandono parental, o luto...mas o Hugo nos apresenta uma nova perspectiva. Assim, o livro é sensível, precisa ser mastigado, ruminado e digerido aos poucos. Há crueldade nas palavras poéticas do autor, mas há mais crueldade na humanidade relatada por ele.
A Islândia é um personagem dentro da narrativa, a natureza ganha características hora humanas, hora divinas, seja pela impunidade ou mesmice. Para quem já assistiu Sense8 e lembra da Rilley, já deve ter uma ideia das paisagens fantásticas desse pais. Nomes como o do pintor expressionistas Jóhannes Sveinsson Kjarval, aparecem vez ou outra e da cor a paisagem pelos olhos de Halla.
Um dos livros mais cruelmente bonitos que já li.
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Rafa569 01/03/2022

A mais morta, a menos morta
É assim que as duas gêmeas desta história são referidas pela população local, em um vilarejo na Islândia. Sigridur, a menina de 11 anos, que tem seu enterro descrito logo na primeira página, a criança plantada, e Halldora (ou Halla), a irmã que tem que entender sozinha a morte, o luto e a falta da sua metade do espelho.
É uma história muito triste, com uma carga filosófica e poética pesada. Quem for ler este livro precisa analisar se está preparado para encarar temas como: morte, auto-mutilação, agressão física e psicológica e pedofilia, um tema que surpreendentemente quase ninguém aborda ao falar deste livro, o que me deixa perplexo.
Fiz uma resenha mais detalhada e com spoilers, para quem quiser discutir sobre o livro, na minha página @cuidado_spoiler, no Instagram.
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Thami 28/02/2022

Triste demais da conta
Ooo livrinho fininho e triste! Gostei muito da história, amei o final! A narrativa começou me conquistando e depois me cansou um pouco as poesias que pareciam falam incluídas pra deixar bonito e as vezes atrapalhavam o desenrolar da história. Mas gostei muito do meu primeiro contato com o autor. Pretendo ler mais.
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Camila.Alves 27/02/2022

Trama densa?
?A desumanização? de Valter Hugo Mae, não é um livro extenso, se trata de um romance com uma trama muito densa, melancólica e muito triste, é um livro ?destruidor? o escritor tocou meu coração de forma arrebatadora, a estória é ambientada num pequeno Vilarejo com poucas pessoas situado na Islândia, a temática do livro conta a estória de Halla, uma garotinha de 12 anos que perde a sua irmã gêmea, a Sigridur. As irmãs tinham uma amizade especial e uma ligação muito profunda, a partir da morte da irmã, Halla enfrenta o mundo dos adultos com a inocência de uma criança, ela descobre o amor, o ódio, a exclusão familiar, a tristeza, a rejeição e a sua própria sexualidade. A escrita do autor traz imagens lindas do lugar e descreve de forma muito poética os sentimentos, o leitor consegue captar a melancolia e a tristeza de Halla e de seus familiares, esse livro foi meu primeiro contato com a escrita do autor, é uma leitura arrebatadora
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Carolina 25/02/2022

Vários temas que causam incómodo e desconforto ao ler sobre, mas que faz ao leitor refletir sobre sentimentos que nem sabia que tinha.
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Ju 19/02/2022

Nos fiordes islandeses.
Adorei ler Valter Hugo Mae. Essa história se passa na Islândia e já na primeira página do livro ficamos sabendo que a irmã gêmea da narradora morre. A linguagem do livro é muito bonita, cheia de metáforas poéticas. Super recomendo.
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Stuart.bookster 27/01/2022

A desumanização, de Valter Hugo Mãe
Valter tem livros simplesmente fantásticos, espetaculares. Sua forma de escrita simples é capaz de nos marcar de forma profunda e nos deixar reflexivo por dias. O livro retrata a vida pacata em um vilarejo na Islândia e traz a tona debates de temas como morte, nascimento e beleza. Simplesmente encantadora e medonha ao mesmo tempo a forma que Hugo traz esse último tópico a tona, abordando a beleza naquilo que não enxergamos e como certas coisas possuem beleza mesmo que se tente provar o contrário. Além disso, V.H. nos fornece uma série de frases espetaculares as quais selecionei algumas, são elas:

- "Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder então nossa sociedade poderá enfim evoluir para um novo nível."
- "A morte é um exagero, leva demasiado, deixa muito pouco."
- "Descobrir o nome e o significado de Deus não compete a ninguém. Deve dar-nos medo a necessidade de entender Deus. Ele é o desconhecido, se porventura se dera conhecer então é uma falsidade."
- "Aprender a solidão não é senão capacitarmo-nos do que representamos entre nada, o que me parece impossível."
- "A poesia é linguagem segundo a qual Deus escreveu o mundo."
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bobbie 25/01/2022

Uma joia, mas não é pra qualquer um.
Quando digo que o livro não é para qualquer um, é porque muitos podem achar "chato" e abandonarem. Este é o segundo livro de VHM que leio (o primeiro foi O filho de mil homens, perfeito, leitura fluida) e a escrita poética do autor está presente mais uma vez. A impressão que tive neste livro foi de combinação de uma escrita extremamente poética, derivativa e sublimada e a técnica de fluxo de consciência, com alguma ressalva. A consciência aqui flutua e viaja na poesia, ainda que na forma de prosa. Confuso? Por isso alguns podem abandonar o livro antes de acabar. A história é narrada em primeira pessoa por uma criança que começa a trama com 11 anos. Ela perde sua irmã gêmea para uma doença - não especificada - e a partir daí começa o processo de desumanização do título, naturalmente provocado pela dor da perda que uma criança não está preparada para entender a fundo (quem está?) e agravada pela revolta da mãe, que passa a hostilizar e segregar a filha "menos morta", como se ela tivesse obrigação de acompanhar a irmã gêmea e morrer também, a fim de corrigir o "erro" de ter sido poupada. Em meio ao processo, a protagonista viaja dos 11 aos 13 anos enquanto se agarra à sua terra (Islândia), na tentativa de encontrar o significado da vida que lhe foi violentamente tirado. Retiro uma estrela da minha avaliação unicamente porque me soou inverossímil que uma criança, por mais letrada que seja (Halla, a protagonista, é aficionada por poesia e livros), dificilmente contaria sua história de dor tão precoce em tão elaborados termos.
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Nicole 20/01/2022

Poético e denso
Valter Hugo Mãe tem uma linguagem muito poética e sensível. Além disso, a narradora é uma criança/adolescente, o que lhe permite ainda mais esse olhar sobre o mundo. Porém, a narrativa é densa, trata de morte, maldade e a descoberta do mundo. Um livro bonito, profundo e denso.
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Igor 16/01/2022

Uma ode à Islândia, o país não é mero plano de fundo da narrativa, é também personagem e agente condicionante das outras personagens. Enquanto VHM descreve uma Islândia inóspita e mística, ele trata de temas universais como a morte, o luto, as incertezas de uma vida sem horizontes. Tudo isso é narrado através dos olhos de Halla, uma criança que perde sua irmã gêmea. Halla, que além de lidar com questões tão duras, se ver forçado a se autodescobrir como uma parte inteira sem sua complementar, uma mãe que sucumbe as dores da perda, e de se tornar uma adulta antes mesmo de ser. Obviamente que VHM faz tudo isso de maneira magistral através sua narrativa poética já tão característica.
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Lau 09/01/2022

um livro um pouco confuso de entender, e achei isso complicado devido a narrativa violenta que descreve. confesso que cheguei a cogitar abandoná-lo várias vezes. havia momentos em que fiquei imersa nele por horas, e outros em que ler duas páginas já me causava náuseas. de qualquer forma, pretendo reler para surtir novas impressões?
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Ana 05/01/2022

"Achei que a morte seria igual à imaginação, entre o encantado e o terrível, cheia de brilhos e susto, feira de ser ao acaso. Pensei que a morte era feita ao acaso". Toda a sensibilidade de VH ao falar sobre morte na perspectiva de uma criança, sempre olhando com olhos gentis para o simples. Em VH, o ordinário é sempre extraordinário. Não é meu livro favorito dele, mas é uma ótima leitura, como tudo que ele escreve.
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Alini10 23/12/2021

Estarrecedor
A leitura mais difícil que eu já fiz. Só terminei a leitura devido ao autor por quem estava encantada após ler os enternecedores: O paraíso são os outros; As mais belas coisas do mundo; Serei sempre seu abrigo. Tem coisas nesse livro que só deveriam ser escritas como denúncia, jamais com toda a poética que Valter Hugo traz. Eu poderia ter considerado uma classificação menor, mas seria por puro juízo de valor.
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