Luciana 06/02/2021Sobre luto infantil16/2021
Outro livro sobre luto infantil (ajuda os adultos a compreenderem como pode ser esse processo) emprestado também pela @erika.psicologia.
Me fez lembrar de quando participei de um grupo para mães enlutadas e ouvia seus relatos sobre ficar no hospital, cuidando de um filho, enquanto os outros ficavam em casa, às vezes, até mesmo em Estados diferentes. Como esses irmãos compreendiam essa situação?
E, às vezes, a criança não tem muito espaço para falar sobre o que pensa e sente ...
Livro delicado e emocionante.
Sinopse: "Íris adoece gravemente e logo é internada em um hospital. O medo, a esperança e a tristeza transformam a vida de toda a família, especialmente a de sua irmã mais nova, que narra uma história cujos acontecimentos ela não compreende muito bem, mas que tenta, de todas as maneiras, elaborar".
"Então o papai começou a falar muito depressa. Ele disse que a Íris ficou no hospital e que a mamãe estava com ela. [...] E que a Íris podia morrer" (p. 07-08).
"Então eu fui pro nosso quarto. Agora o quarto é só meu. Pelo menos por uns dias. [...] Mas eu não estou feliz com o quarto só pra mim. Faz tanto silêncio ... Eu olho toda hora pra cama da Íris. [...] E queria que a mamãe voltasse para casa" (p. 35).
"Então a gente chegou no quarto da Íris, e o papai me levantou e a primeira pessoa que eu vi foi a mamãe [...]. Então eu vi a Íris. A Íris não tem mais cabelo! Isso ninguém tinha me contado" (p. 44).
"A Íris estava vida ontem. [...] Se uma pessoa não pode respirar, então ela também não pode mais viver" (p. 64).
"Quando uma pessoa morre, ela fica deitada num caixão. [...] A Íris não está mais dentro do corpo dela. A alma dela voou para o céu" (p. 65-66).
"A Íris morreu pra sempre, e ela só continua viva se a gente pensar bastante nela e nunca se esquecer dela e sempre se lembrar dela. Das coisas que ela dizia, das coisas que ela gostava e das coisas de que ela não gostava. A mamãe disse que assim a Íris estará sempre com a gente. Mesmo que a gente não possa ver a Íris, a gente vai sentir a presença dela. Eu acho bom. Eu quero sentir a presença da Íris, sempre" (p. 70-72).
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