De gados e homens

De gados e homens Ana Paula Maia




Resenhas - De Gados e Homens


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Pimentinha 05/10/2024

Perfeito para ler durante o clima de Halloween
Algumas descrições sobre o abate de animais são guturais, me deram enjoo e me fizeram seriamente refletir o porquê voltei a consumir carne após 6 anos de vegetarianismo. No entanto, em alguns momentos eu senti a escrita engessada e, mesmo sendo um livro pequeno, eu não conseguia avançar num ritmo desejado. Mas isso é totalmente minha percepção. E o mais engraçado é que vi esse livro sendo recomendado pela YouTuber britânica willow talks books, e ela resumiu o livro como um dos mais perturbadores que ela leu. Não me pertubou tanto, mas em certas partes me mobilizou, como um bom livro faz. Vou ler mais livros da autora, maioria disponíveis no catálogo do KU.
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@Jeh_Amorinha 17/08/2024

Meu anti herói preferido
Mais uma história que envolve meu querido Edgar Wilson!
Nesse livro, Ana Paula Maia brinca com os sentidos e sentimentos do leitor com uma narrativa que dá aquele frio na barriga e flerta com o sobrenatural.
É sanguinário, violento, bruto e cru. Mas ainda assim é poético, repleto de essência e um brilho obscuro.
Day Malze 17/08/2024minha estante
Amooooooo!!! Deveria ser mais famosa no Brasil




Gi Gutierrez 12/06/2024

De gados e homens
"Cumprido seu dever, ele vai para a cozinha do alojamento e frita os ham- búrgueres. Com os colegas comem toda a caixa, admirados. Assim, redondo e temperado, nem parece ter sido um boi. Não se pode vislumbrar o horror desmedido que há por trás de algo tão saboroso e delicado."
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Le Vieira 09/05/2024

Mais uma vez surpreendida com a escrita de Ana Paula Maia, que trata os assuntos mais brutais com tanta naturalidade. E dessa vez ainda tive um gostinho de suspense.
O quão diferentes são os humanos dos ruminantes?

"À noite, com o sossego do corpo, percebe-se melhor o que vai dentro de si. As reflexões sem linhas divisórias ou fronteiras."
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gleidsonoitavo 06/05/2024

Intrigante
Ana Paula Maia conseguiu me manter interessado em cada parágrafo. Sua escrita é objetiva e às vezes, direta demais, mas nada que a faça perder as nuances da história. Esse é um livro sobre como entre gados e homens, tem uma combinação dos dois que gera outra coisa, um ser que é tão gado quanto homem. Enquanto um se humaniza, o outro se animaliza. No fim, são iguais. A carne é a mesma, o sangue também. Mas o que mais assusta, é que a vida de ambos têm o mesmo valor. E é pouco. Tudo se mata. Tudo é processado. Tudo é mercadoria. Não há como fugir: você vai comprar.
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c a r o l 06/03/2024

"São todos homens de sangue, os que matam e os que comem."
Ana Paula Maia não decepciona NUNCA! Mais uma vez trouxe questões e problemas sociais pertinentes que, em sua maioria, não fazem parte do cotidiano do leitor, ou nem passa pela cabeça dele.

A cada livro saio mais consciente dos meus privilégios (mesmo sendo pobre), mais agradecida e empática. Na mesma medida saio revoltada com o descaso dos nossos governantes e autoridades e dos empregadores por sua insensibilidade e por não darem o básico para os seus empregados. Revoltada com a nossa sociedade como um todo, não dá para sairmos ilesos dessa.

Percebo que é a partir desse livro que a autora se aprofunda mais no sobrenatural e na religião em sua próximas histórias. Também percebi que o título do seu último livro lançado, "De cada quinhentos uma alma", foi retirado daqui!

Um suspense de qualidade, regado a estranhezas, sanguinolência e críticas tanto nas questões sociais quanto na animal. O que faz a gente levar uns bons socos no estômago para que a gente reflita e cair na real da nossa própria hipocrisia.

É sempre um deleite reencontrar o meu caro Edgar Wilson, entre outros personagens que já aparecem em outras obras (mesmo nunca sendo em circunstâncias agradáveis). Gosto muito de acompanhá-los na crueza cruel de sua narrativas, para ver a evolução de cada um e saber como estão seguindo a vida. As atualizações que a Ana Paula Maia traz de personagens anteriores dá a sensação de que eles são reais. Acho isso muito massa!

Assim como Edgar Wilson não saiu indiferente após viver no meio de tanta crueldade e violência naquele matadouro, nós também não sairemos mais os mesmo dessa leitura (ainda bem!).

?Se a civilização não tornou o homem mais sanguinário, decerto o fez mais perversamente, mais covardemente sanguinário que antes... hoje, embora considerando o derramamento de sangue uma coisa abominável, entregamo-nos a essa abominação ainda mais frequentemente que antes.? ? Fiodor Dostoievski,
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Gabyh 07/02/2024

Não acredito que eu favoritei um livro desse kkkkkkk
Como uma história tão simples pode me pegar tanto!

Comecei esse livro por conta de uma cadeira da faculdade, e meu trabalho final é escrever uma resenha crítica, seguindo os critérios acadêmicos, sobre o que eu achei dessa obra. E meus deuses, eu estou completamente estarrecida com essa leitura.

Ana Paula Mais tem uma escrita direta, crua, sem floreios e rodeios. Sua ambientação é muito bem descrita, e de uma forma bem esquisita até familiar. O matadouro em meio ao nada, em meio a quilômetros de gramados, árvores, rios e um céu com um sol de rachar. A autora não coloca datas, não coloca horários, mas ela me fez sentir que nem na novela "O Rei do Gado".

Ao contrário do que eu li em algumas resenhas da obra, eu acho Edgar Wilson um personagem brilhante. Um cara quase que sem passado, não aparenta ter tanta personalidade ou gostos pessoais, mas que me é tão marcante em muitos outros aspectos. Sua forma de falar, como se sempre soubesse o que está acontecendo, como de sempre soubesse exatamente o que falar; o reconhecimento de seu trabalho, de seu papel nessa indústria de carnificina animal. Ele me passa um ar daquelas pessoas que falam pouco, mas que conseguem ter muita atitude em poucos suspiros.
É compreensível alguns não conseguirem exatamente se conectar ou pelo menos se deixar cativar por ele, visto que, para uma visão mais leiga, ele possa aparentar ser uma casca vazia de ser humano, mas eu acho que isso combina exatamente com o contexto da história. Eu não sei vocês, mas eu tenho certeza que se eu precisasse abater animais todo o santo dia, olhando no fundo dos olhos deles, sempre rezando pela suas almas e marretando suas cabeças eu também perderia um pouco da minha.
É notório o elemento do "homens machões trabalhando em trabalho de macho e agindo como macho", mas nem o der humano mais forte do mundo conseguiria não perder um pouco de si em um trabalho tão violento como esse. Na minha cabeça, Edgar é um ser que vive em eterna apatia de tudo. Se Seu Milo mandar ele abater um boi ele abate, se mandar ele abater uma vaca ele abate, se mandar abater um humano ele abate. Não importa a carne, ele vai abater, porque chegou um ponto em que isso é o cerne dele, e mesmo assim ele não se perde totalmente. Ele não enlouquece, sai da linha, age como superior; ele só age como ele mesmo, e mesmo com a apatia ele consegue equilibrar muito bem sua personalidade.
A questão animal aqui é MUITO interessante, também se ligando ao Edgar e em como a sua mente trabalha. Ele se reconhece como assassino, ele considera o que faz um crime, mas ele não tem uma completa noção do alcance das consequências dos seus atos, pelo menos não até o acontecimento final envolvendo as vacas do local. O que me surpreende é um homem supostamente ignorante (visto que se supõe que a história se passe do século XIX para o século XX, onde educação não era lá o maior foco de um brasileiro pobre) ter muito mais consciência do que algumas pessoas em pleno século XXI. O cara literalmente se incomodava de deixar outro funcionário abater as vacas porque o cara se divertia assassinando brutalmente uma vaca, apenas para vê-la agonizar no chão, tendo uma morte completamente descabida e dolorosa.
Sem contar aquela cena com a aluna em meio ao passeio escolar e o quão escancarado ele deixou a hipocrisia dela, para que todos pudessem presenciar. O cara abate animais e tem mais consciência do que muita gente, pelo amor de Deus!

É claro que eu tenho algumas questões, em "especial" duas: a primeira dão os nomes dos personagens. Adoro o Edgar, mas pelo amor dos deuses, quem que dá um nome tão estrangeiro para um ser humano pobre que trabalha provav em algum interior brasileiro?
Focando na minha dúvida maior, eu preciso expressar o quão duvidoso eu acho o Bronco Gil. O cara é indígena, sabe sobre sua cultura, até faz curado e afins utilizando aprendizados passados, é de um povo que cultua a ligação dos povos com a natureza, e o cara simplesmente não entende por que os animais estão morrendo KKKKKKKK. Parece a Dora, a aventureira se afogando e perguntando para o telespectador onde que tá o mar.

"De gados e homens" é um livro cruel que fala sobre a indústria da carne e de toda a carnificina que rola por trás até chegar no seu prato, mostrando um bando de homens completamente apáticos (e perdendo um pouquinho da própria sanidade mental), alguns afundados em sua própria hipocrisia (beijo Seu Milo) precisando lidar, pasmem, com as consequências dos seus atos.
Eu vi algumas pessoas reclamando que a autora não explicou o elemento "sobrenatural" e "fantasioso" que rolou com os animais, mas desde que eu li a sinopse e compreendi o contexto do lugar eu entendi perfeitamente que os acontecimentos estavam LONGE de serem algo místico. Queriam os seres humanos que fosse algo místico, culpa dos ETs, sei lá.

Simplesmente descobri que esse livro faz parte de uma trilogia, e agora eu estou me coçando para largar tudo que eu preciso fazer e ir ler tudo.
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Vitoria.Bueno 18/01/2024

Impossível não ler a capa como de ana gados e paula homens maia KKKKK tudo o que essa mulher escreve é bom como pode. Depois que vc lê esse e assiste desalma parece que o livro toma forma
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Sarah Duarte 13/01/2024

Um bom livro, mas apenas mais do mesmo
De gados e homens não tem o mesmo impacto de Entre rinhas de cachorros e porcos abatidos, que é um horror mais visceral (não só da morte de animais, mas dos sentimentos mais crus dos homens); assim como também não apresenta o clima de sombrio e taciturno de Carvão animal.
A vida de Edgar Wilson não possui tanto destaque nessa obra. Na verdade, poucas coisas são aprofundadas no livros, tendo o destaque maior apenas pro abate de gado e comparação com os homens. Mesmo com as ótimas palavras de Ana Paula Maia, ao final, é só mais um livro bom, nada de novo.
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Ana 08/01/2024

Seu reflexo nos olhos deles
A síntese do livro é sobre o julgamento daqueles que preferem ignorar o sangue envolvido na carne de seus pratos. A autora mais uma vez, destaca-se por abordar problemas sociais de forma genuína e simples, sem demagogia, revelando injustiças negligenciadas e pontos normalmente invisíveis e esquecidos por todos. Vacas realmente pastam para o Norte, e é isso que elogio na escrita de Ana Paula Maia, ela sempre traz um realismo detalhado que te faz perguntar porque e como ela descobriu tais coisas. A história de De gados e homens conta novamente com Edgar Wilson, e novamente sob outro ponto de vista, pois nessa é demonstrado haver empatia no personagem. Além de contar com a escrita fluída, esse livro prende a atenção pelo mistério diferente que envolve a narrativa. Outra vez, ela insere os acontecimentos de uma maneira muito natural, sem explicar explicitamente porque as vacas estão agindo assim, fica o mistério da morte do rio e da placa da fazenda sempre torta.
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Janeide4 23/07/2023

Se você ama os animais, então você
não deveria usar nenhum produto de origem animal. Você não quer ser responsável pelo sofrimento dessas criaturas inocentes, não é?
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Douglas.Bonin 04/07/2023

Uma literatura contra a exploração animal?
Lembro de que quando a ganhadora do Nobel, Olga (sobrenome ao qual não tenho capacidade de escrever), foi laureada, falavam que sua escrita era em combatente à exploração animal.

Aqui, Ana Paula Maia, nos trás uma nova perspectiva acerca da exploração animal ao descrever um ambiente onde o mais combatente gaúcho se sentirá constrangido ao degustar uma boa costela na brasa. Afinal, quais foram as consequências para aquele churrasco de fim de semana?
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alesspereira 13/05/2023

Ana Paula Maia você é maravilhosa!!!!

Esse é o segundo livro que leio da autora e eu já tô totalmente entregue as palavras nuas e cruas desta mulher (que pelo que eu já entendi, adora escrever sobre a dureza dos papeis sociais que os homens têm de exercer em nossa sociedade).

A ficção deste livro nos faz questionar a sobriedade do cotidiano, como o dia após dia, todo dia fazendo a mesma coisa, um dia se misturando com o outro, nos colocam num corpo que só aceita o trabalho que tem que fazer, a comida que tem que botar pra dentro correndo pra ir fazer outra coisa e o cafezin de todo dia que nos deixa acordados o suficiente pra fazer tudo isso de novo e de novo...
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