spoiler visualizarMawkitas 19/11/2014
... e jogue fora?
Eu sou uma pessoa desapegada. No passado tinha verdadeira paranóia com meus livros, não emprestava, limpava com uma frequência que beirava o exagero e ficava bem chateada se um livreiro me entregasse um exemplar com alguma marca, ainda que muito leve. Aos poucos isso foi passando e hoje em dia eu tenho uma relação menos angustiada com o objeto livro. Digo isso para explicar que realizar as tarefas propostas em Destrua Este Diário não foi difícil pra mim nem exerceu a função de suscitar uma grande reflexão em relação à forma como cuido dos meus outros livos. Eu gostei da idéia simplesmente por ser criativa e diferente e também pela possibilidade de dar o livro de presente para pessoas que nunca se permitiriam tal liberdade ou que não costumam ser inventivas e espontâneas. Apesar de gostar da proposta, o diário tem seus aspectos pouco práticos... Há instruções que, se realizadas logo no início, destroem o diário a ponto de tornarem impossível ou difícil a realização das outras. Também achei complicado o estado em que o livro vai ficando: em um determinado ponto o meu tinha manchas de catchup, café, mostarda e outros alimentos e isso deixou ele bastante nojento, mesmo depois das manchas secarem. Talvez eu simplesmente tenha mergulhado de cabeça na proposta, o que resultou em destruir o meu diário rapidamente, o que não era realmente a minha intenção. Me pergunto se todos que destroem seus diários realmente abraçam a proposta, porque eu com certeza me empolguei com a idéia. Levar o diário para o chuveiro? Levei. Não coloquei direto na água, mas ele se molhou. Bastante. Amarrar um barbante no livro e andar por aí arrastando-o pelo barbante? Ok, feito. Numa estrada de terra. É divertido, com certeza, mas de alguma maneira foi diferente do que eu pensava que seria. Eu queria poder guardar o livro no fim, mas do jeito que está, preciso jogar no lixo as folhas que sobraram!