Leila 04/04/2024Samarcanda de Amin Maalouf, promete uma imersão nas paisagens e nas mentalidades da Pérsia ao longo dos séculos, com destaque para a figura multifacetada de Omar Khayyam. No entanto, ao adentrar nessa jornada literária, deparei-me com uma experiência vazia.
O livro nos convida a viajar através do tempo e do espaço, mergulhando na Pérsia do século XI e XII, bem como nos séculos XIX e XX, onde fervilham os ideais de liberdade e reforma. Prometendo uma narrativa rica, colorida e poética, Maalouf parece tecer uma tapeçaria de aventuras entrelaçadas com reflexões filosóficas e históricas. No entanto, essa promessa não se concretizou em minha leitura.
A narrativa simplesmente passou por mim sem deixar marcas. Os sonhos de liberdade, os desafios aos fanatismos, as meditações sobre a verdadeira essência da Pérsia parecem distantes e desprovidos de impacto. Não consegui me envolver com os personagens, nem me sentir imersa nas atmosferas evocadas pelo autor.
Apesar da riqueza histórica e cultural que permeia a trama, a leitura não conseguiu despertar em mim qualquer tipo de emoção ou interesse duradouro. Seria o caso de uma segunda leitura para tentar abstrair mais da obra, porém, a proposta de reler o livro não me atrai nem um pouco, rs considerando o vácuo deixado pela primeira leitura.
Amin Maalouf, que dizem ser talentoso como contador de histórias, em Samarcanda não foi capaz de conquistar meu apreço. A despeito de sua prosa colorida e de sua tentativa de resgatar o espírito de uma época e de um povo, o livro deixou-me com uma sensação de indiferença. Ao fim da leitura, resta a constatação de que esta não é uma obra que eu recomendaria entusiasticamente, tampouco uma que eu escolheria reler. Mas é como eu sempre digo, ler é uma experiencia muito pessoal. Sigamos.