Vida querida

Vida querida Alice Munro




Resenhas - Vida Querida


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Vitoria 07/01/2024

O propósito inicial era ler uma obra canadense. Nas buscas, encontrei Alice Munro, a primeira pessoa escritora de contos a ganhar um prêmio Nobel de literatura, em 2013. E a escrita dela me fez ver que não foi sem razão.

A cada um dos 14 contos, uma surpresa. Histórias de vidas aparentemente comuns, mas com desfechos muitas vezes inusitados. Tão surpreendentes quanto os quatro episódios autobiográficos que a autora escolhe contar nos textos finais do livro. As histórias são contadas de forma que se encerram em si mesmas, escapando do final 'em aberto' que por vezes encontramos em contos.
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Bruna 15/08/2023

Vida querida
Gostei demais dos últimos quatro contos do livro, mas do restante achei tudo meio longo demais, descrições que acabaram me cansando.
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Carla Verçoza 04/08/2023

Vida Querida foi meu primeiro contato com a obra da autora e gostei muito. Boa escrita, boas histórias, personagens bem construídos. Alguns relatos autobiográficos, uns contos muito bons e outros menos um pouco, mas no geral é um ótimo livro. Recomendo e pretendo ler mais coisas da Alice Munro.
Nota 8/10

(SPOILERS) Breve resumo dos contos, com Spoilers:

Conto 1: QUE CHEGUE AO JAPÃO
Mulher, poeta, casada e com uma filha, conhece um homem em uma festa. Quando o marido vai para outra cidade à trabalho, ela e a filha vão para Toronto ficar na casa de uns conhecidos enquanto esses viajam. Ela tem intenção de encontrar o homem da festa lá. Na viagem de trem para Toronto conhece um ator com quem ela trai o marido.

Conto 2: AMUNDSEN
Moça, professora, vai de Toronto para uma cidade no interior, trabalhar numa escola para crianças com tuberculose. Lá ela conhece o diretor, médico, que em um momento a convida para jantar. No segundo jantar ele a leva para o quarto e dormem juntos, ela ainda era virgem.
Há promessa de que ele se casará com ela em breve, pede que ela guarde segredo. Após alguns meses ele combina de irem à cidade vizinha para se casarem. Chegando lá, ele desiste e diz q vai mandá-la de volta para Toronto. Ela fica arrasada ao pegar o trem de volta. Anos depois se encontram em Toronto e ela relembra esse amor.

Conto 3: DEIXANDO MAVERLEY
Um guarda, veterano da guerra e casado com uma mulher doente por problemas cardíacos, recebe uma tarefa de acompanhar uma moça, Leah, do cinema, onde trabalha, até em casa. Leah é uma jovem de 16 anos, de uma família estranhamente religiosa. Impedida de estudar para ajudar em casa, o pai não deixa que assista filmes nem ande sozinha. Um dia, Leah desaparece. Fica-se sabendo mais tarde que ela fugiu e se casou com o filho do pastor. Tiveram filhos, o marido saxofonista e alcoólatra. Enquanto isso, a esposa do guarda piorou. Foram para outra cidade tratar, onde ela ficou internada e entrou em coma. O guarda começou a trabalhar no hospital para estar perto da esposa. Leah, por sua vez, se envolveu com o novo pastor e perdeu a família e a guarda dos filhos.
Um dia, o guarda encontra Leah no hospital: ela tbm estava trabalhando lá. A esposa dele falece. E ele se recorda de Leah, das perdas que ela tbm teve.

Conto 4: CASCALHO
Moça relembra época da infância, quando a mãe se separou do pai e foi morar com outro homem em um trailer, junto com ela, a irmã mais velha e um cachorro. Em um momento que ela e a irmã passeavam com o cão perto de um lago, acontece um acidente e a irmã morre. Ela passa a vida convivendo com os sentimentos desse episódio.

Conto 5: RECANTO
Menina vai morar com os tios enquanto os pais vão trabalhar na África. Os tios são mais conservadores que os pais, o tio oprime bastante a esposa, a vive em função de agradar e obedecer o marido. Um dia uma violinista vai tocar na cidade e a menina fica sabendo que é irmã do tio, mas o tio não gosta do estilo de vida da irmã. Numa noite que o marido estava fora, a esposa convida os vizinhos e os músicos para um café em casa. Acabam se demorando muito e o marido chega em casa, surpreendendo a pequena reunião. Não gosta. Uns dias depois, a irmã morre. No velório, o irmão prepara um número de um hino escolhido por ele, enquanto a esposa devota se sente mais liberta.

Conto 6: ORGULHO
Rapaz, com lábio leporino, relembra época da vida quando conviveu com Oneida, uma bela garota filha de um homem rico. Eles acabam se aproximando quando ela fica órfã e adquirem o hábito de ver tv juntos na casa dele. Um dia ele ficou doente e ela passou dias na casa dele para cuidar. Depois sugeriu que morassem juntos, como amigos, que ninguém ia imaginar outra coisa. O que feriu seu orgulho. Ele disse que venderia a casa e acabou alugando um apto no mesmo prédio que ela.

Conto 7: CORRIE
Corrie é uma moça rica, manca devido à pólio quando criança. Sem mãe, o pai morre. Howard se aproxima dela e começam a ter um caso, ele é casado. Um dia ele diz que uma conhecida o estava chantageando, pedindo dinheiro para não contar à esposa sobre os dois. Ela paga semestralmente para a moça, através de uma caixa postal que Howard deposita o dinheiro. Um dia, anos depois, a chantagista morre. Corrie se dá conta que na verdade nunca houve chantagem, Howard que lhe roubava o dinheiro.

Conto 8: TREM
Ex-soldado retorna da guerra, mas resolve saltar do trem antes de chegar ao destino onde era esperado. Começa a caminhar e termina na propriedade de uma mulher, Belle, que vivia sozinha com a propriedade caindo aos pedaços. Ele começa ajudar nos reparos e acaba ficando. Por anos. Quando Belle adoece, ele a leva para o hospital em Toronto. Um dia, antes da visita diária à Belle, ele acaba encontrando o dono de um prédio e aceita um emprego de zelado, simplesmente sumindo de Belle. La ele reconhece uma mulher do passado dele e, após isso, decide novamente ir embora e pegar o trem.

Conto 9: COM VISTA PARA O LAGO
Idosa precisa consultar médico para memória em outra cidade. Vai até lá um dia antes para encontrar o local. Roda pela cidade sem sucesso, até que um morador sugere que ela veja se não é no asilo. Ela vai até lá e não encontra a saída.

Conto 10: DOLLY
Um casal de idosos pensa sobre a morte e planeja morrer juntos. Acabam adiando por uns anos a resolução. Um dia aparece uma mulher do passado dele, que gera um rebuliço na vida do casal.

Conto 11: O OLHO
Menina relembra época em que tinha uns 5 anos. Os irmãos nasceram e mãe ficou ocupada demais para ela. Sadie, uma moça da cidade, foi trabalhar na casa deles e a menina se apegou a ela. Um dia, Sadie morreu atropelada e a garota foi com a mãe no velório. Tinha medo de ver o cadáver, mas acabou olhando e vendo um olho se mexer.

Conto 12: NOITE
Um outro conto sobre lembranças da infância. Aqui ela recorda quando era menina e, em um verão que estava em casa, começou a sofrer de insônia. Começou então a passar as noites perambulando pelo quintal, até que numa dessas vezes encontrou o pai e tiveram uma conversa.

Conto 13: VOZES
Ao recordar a época da guerra, quando era criança, ela se lembra da mãe, moravam fora da cidade, insatisfeita, gostava de bailes. Se lembra de um episódio em que foi só baile com a mãe. Chegando lá viu uma mulher exuberante, que veio a saber ser uma prostituta. Mas a lembrança maior foram as vozes dos soldados ingleses que estavam lá, consolando uma jovem, também prostituta.

Conto 14: VIDA QUERIDA
Relato autobiográfico da vida da autora desde a infância no período da guerra. As dificuldades financeiras, a doença da mãe, a vizinhança, a cidade. Achei bem bonito.
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caio.cidrini 23/05/2023

A sofisticação do cotidiano
Eu adorei os contos da autora que nada mais faz do que narrar e refletir sobre a vida interiorana do Canadá do século XX quase sempre em perspectiva feminina. Assuntos como luto, adultério, infância, culpa, solidão e outros são tratados de forma muito delicada numa escrita muito sofisticada. São contos de ambientação, bem na linha de Tchekhov e Hemingway, onde o não dito é sempre muito mais relevante que o dito. Não há plots ou grandes associações a serem feitas. O encantamento é na forma do texto que eleva as coisas mais simples da vida ao status de pontos de reflexão profundos. Eu acho uma leitura muito prazerosa que parece que não é nada além de um entretenimento e quando vemos já estamos envolvidos e imersos naquelas vidas pensando sobre a nossa. Caso você seja um leitor ou leitora que preze por ritmo e ação, com certeza vai se decepcionar. Mas se possível, vale desacelerar pra ler.
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Eliza.Rezende 22/05/2023

Alguns contos são muito bons, outros já são um pouco confusos.

Nem bom, nem ruim. Não é o melhor livro de contos que já li na vida, sinceramente esperava mais por conta do renomado histórico da autora.
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Gabriel 10/05/2023

Talvez um tipo mais nichado de conto
Não tenho o hábito de ler contos e isso possa ter impactado em minha percepção do livro. Confesso que não gostei da maior parte dos contos. Boa parte deles tem um desenvolvimento mais superficial sem nenhuma progressão propriamente dita (o que não faz tanto meu estilo). Talvez até uma repetição do tema que não me agradou tanto.

É composto por 10 contos e tem a parte "finale" que são 4 textos autobiográfico a - essa parte para mim mais interessante do livro.
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vick 07/01/2023

Uma escrita sofisticada, os contos da primeira parte são perfeitos e cada um parece uma novela. Na última parte estão as histórias autobiográficas, que são excelentes reflexões sobre as memórias que perduram, e quem sempre são as memórias que a gente acha que vão ficar.
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Ellen Rayane 28/07/2022

Às vezes eu me esqueço dos contos... Gosto muito deles... Alguns mais do que outros, mas é um bom livro, recomendo!
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Vania.Evangelista 14/03/2022

Um misto de pureza e choque de realidade.
Está obra reuni uma coletânea de 10 contos, ficcionais e autobiográficos. Contos que apresentam em sua narrativa a infância - velhice, amizade, ódio, solidão, morte e luto... tudo de maneira profunda e delicada. Cada conto reflete sobre o quanto nossa vida é cheia de acontecimentos, conflitos e descontentamentos que mostram as diversas formas da fragilidade humana e suas relações.
GiSB 19/03/2022minha estante
Quero conhecer a escrita da Alice munro. Só ouço falar bem dela. E adoro contos.




LER ETERNO PRAZER 05/02/2022

Alice Muro é uma escritora Canadense, em 2013 foi contemplada com Prêmio Nobel de Literatura, o que foi uma grande surpresa para muitas pessoas, uma vez que Alice escreve apenas contos e o Nobel nunca havia sido destinado a um escritor do gênero. Desde então, Munro ganhou mais espaço na mídia, tendo seus livros traduzidos e reeditados em vários idiomas.
Em 2013 a Companhia das letras publicou "Vida Querida" no Brasil, livro que a autora declarou como sua última obra. Em uma entrevista ao jornal National Post a escritora disse, em outras palavras, que escrever é uma atividade muito solitária e por isso ela provavelmente pare, para deixar de ser solitária.
"Vida querida" e uma livro composto de quatorze contos, divididos em duas partes, sendo a segunda parte, chamada de Finale, onde encontramos 4 contos autobiograficos. Em todos os EUA contos são abordados temas cotidianos como o amor, o casamento, a morte, o adultério, a infância, a juventude, a velhice e a solidão. A maioria dos personagens são pessoas simples, que trabalham, cuidam dos filhos e sofrem com fatos que aconteceram no passado e que sempre trazem dores para o presente. Suas personagem femininas estão sempre em destaque, todas se sobressaem na narrativa, mostrando características fortes, lutadores e sempre senhoras de si.
Nos contos que compõem o "Finale", somos apresentados a algumas memórias de Alice, de várias etapas de sua vida. Nessas pequenas narrativas também encontramos temas comuns, como a descoberta do sexo oposto, a infância, a morte, a escola, a família, a compaixão e até mesmo alguns pensamentos inadequados. O que achei bem interessante, e acredito que tenha sido a parte que mais gostei, lógico sem desmerecer aos demais
Os demais, são contos muito bons, bem escritos, bem conduzidos, levando em consideração que um conto e uma história bem curta rápida, onde seu início, desenvolvimento tem que ser rápido, Muro mostra uma imensa capacidade de nos prender, tornando suas pequenas histórias com temas tão cotidianos bem gostoso de se ler, a leitura não fica monótona, ela consegui dar um desenvolvimento rápido, mas sem atropelo, fica gostoso de se ler.
Foi uma gostosa leitura.
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Maíra 01/11/2021

Profunda e simples
Um livro com 10 contos e 4 autobiográficos Alice Munro me conquistou pela simplicidade e ótima ambientação de cada história.

A escrita da autora segue um padrão, morte/traição/neve/trens.

Mesmo se vc ler esse livro no verão poderá sentir o frio correr pelas espinhas sem nem perceber.

Adorei a forma como ela aborda a velhice, não como a maioria das vezes é colocada nos outros romances, como o fim da vida, e sim como mais uma etapa a ser vencida e vivida.

Personagens fortes e na maioria das vezes egoístas.

Com certeza essa obra foi digna de um Nobel de literatura.
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SalmaC 18/10/2021

Pra ser sincera, não sei o que comentar sobre esse livro, o motivo de eu ter começado a ler foi pelo título e pq eu estava querendo me aventurar mais em livros de contos...
Foi uma leitura muito difícil pra mim, quase o abandonei diversas vezes, alguns contos são bons e outros não, a escrita da autora é ótima, mas a maioria dos contos foram tão cansativos... Meu favorito foi o "Com vista para o lago", e eu gostei mais do final do livro, o "Finale", de contos biográficos, a última página me emocionou mais do que eu imaginava.
Se eu recomendo o livro? Depende. Se você AMA contos e tem MUITA paciência, sim. Porém, se ainda não leu nenhum livro de contos e ta querendo começar com esse, não...
Mas é aquilo, se você realmente está com muita vontade de lê-lo não deixe que nenhum comentário/resenha te impeça, vá e tire suas próprias conclusões.
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Ana Sá 16/10/2021

Uma escrita simples de tinta ácida
Meu primeiro contato com a canadense que, ao vencer o Nobel em 2013, foi anunciada ao mundo como a "mestra do conto". Pelo que li na internet, "Vida Querida" (2013) talvez venha a ser seu último livro, por opção.

A obra é dividida em duas partes: primeiramente, há um conjunto de 10 contos; depois, na parte intitulada "Finale", Munro apresenta ao leitor quatro textos assumidamente autobiográficos, que não são exatamente contos.

A parte autobiográfica foi a que menos gostei. Admiro a coragem de se mostrar ao leitor, mas a infância e a adolescência da autora não me despertaram interesse; a meu ver, ela teve uma família e uma vida meio padrão norte-americano, não me atraiu muito, apesar de ter aspectos curiosos.

Já os contos "pra valer" são instigantes. Adultério, amizade, luto, culpa, solidão, família, morte, velhice, infância. Mulheres submissas ou insatisfeitas com seus casamentos. Desajustados sociais que se encontram. Narradores crianças. Homens que eu incluiria facilmente na minha lista de "Boy Lixo da Literatura Contemporânea".

Em síntese, as narrativas exploram de forma muito sutil diversas fragilidades humanas. Quase nada é escancarado, cabendo ao leitor fazer juízos morais que a autora não vai desenvolver. Como se Munro nos dissesse: "Você achou tal personagem inconsequente? Você considera fulano um boy lixo? É você quem está dizendo...". Ela narra o que é do modo que é, quebrando expectativas e causando incômodo. Uma frase, uma escolha, um gesto... De repente, algo tira a calmaria do leitor! Uma escrita simples de tinta ácida.

Meus contos favoritos foram, com certeza, "Que chegue ao Japão" (protagonista mulher, escritora, casada e mãe, muito interessante!), "Cascalho" (um conto pesado, envolvendo infância), "Orgulho" (dois conhecidos que se unem pela solidão) e "Dolly" (um retrato curioso do amor na velhice). Estes aqui já fincaram a unha na minha memória literária!

Não gostei de todos os contos não. Um ou outro até me cansou, foram chatos mesmo, ou não me transmitiram muita coisa. Mas, no geral, que prazer experimentei ao conhecer o estilo de Munro! A autora consegue brincar como ninguém com o conflito entre "aparência" e "essência" que marca a vida social de muitos de nós. Pretendo ler mais!

Não menos importante: os contos são ambientados no Canadá, mas com muitas referências temporais ao período da Segunda Guerra, havendo personagens vinculadas a ela de alguma forma.

Para acabar, escolhi uma frase que, a meu ver, ilustra bem o tom do livro:

"Ela tinha aquele ar de leveza, como se estivesse esperando a vida começar".
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Wanderson 25/05/2021

Sensibilidade e cadência própria
Alice Munro é muitíssimo talentosa. Mas não sei bem o que dizer ao recomendar a leitura de suas histórias. Não há grandes finais ao estilo dos best sellers. Os personagens não são descritos em profundidade. Em geral alguma característica ou algum feito é desenvolvido pela autora em meio a outros acontecimentos que cruzam as histórias e parecem assumir o plano principal, até se revelar que o que parecia acessório era de fato mais do que pareciam.
É um modo de narrar todo dela.
Seu ritmo, o valor das descrições que parecem evitar ênfases e aprofundamentos mas que nos colocam, em parte, na mente e nos olhos dos personagens. Munro prefere dar pistas, falar de soslaio. Ela não tem pressa em fisgar o leitor. Este, tem que estar curioso, interessado no humano, no drama que será revelado depois de alguma névoa - que também tem grande responsabilidade no estética narrativa.
Seus heróis tem medo. Suas heroínas são pessoas comuns que tanto podem ter maturidade na juventude quanto inocência juvenil na velhice.
Pessoas boas são capazes de ações cuja repugnância nem chega a ser explorada. Ou são, mas daquele jeito que exige atenção de quem lê.
Alice Munro (e Lídia Jorge) me acodem nas pausas das leituras despreocupadas, dos romances rasos com descrições diretas e científicas que não exigem envolvimento desacelerado.
A cadência das histórias de Alice Munro não é urbana, mesmo quando se dão nalguma metrópole.
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@umapaixaochamadalivrosblog 07/05/2021

Decepcionada
Boa tarde, leitores.
Li esse #livro em #ebook grátis, por ter ouvido boas críticas e ser um gênero que não costumo ler, a capa também me incentivou. Mas a #leitura não fluiu, levando 8 dias, embora tenha poucas páginas, não consegui achar interessante e só terminei por causa da minha mania de não abandonar nunca uma obra. Só dois contos foram satisfatórios, "Cascalho" e ""Corrie", uma pena quando isso acontece, preciso me desculpar, uma autora de Prêmio Nobel em Literatura, querendo ter sensibilidade, mas não gostei.

#vidaquerida #alicemunro #companhiadasletras #2012 #contos #notadois #literatura #dicasdelivros #amoler #literaria #livrospraler #metadeleitura #leiamulheres

Beijos e até a próxima.
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