Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios Marçal Aquino




Resenhas - Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios


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Júlia 19/04/2023

É exatamente o tipo de leitura que gosto. Ganhei o livro de presente de aniversário de um amigo querido, e agora entendi porquê é seu livro favorito.
Ao longo da leitura, senti-me frustrada, triste, ansiosa, depressiva, feliz, esperançosa e surgiram inúmeros sentimentos enquanto conheci a história de Lavínia e Cauby, além de, é claro, me encantar profundamente pela escrita do autor.
Obrigada por esse presente tão enriquecedor, Erv ?
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Hannah.Guedes 13/04/2023

O livro é bem escrito e sem duvida muito envolvente. Mas fiquei extremamente incomodada com várias coisas.

A personagem principal é super sexualizada e fetichizada, valorizada apenas quando essa Lavínia está presente, a ?outra Lavinia? é um peso, uma pessoa que nunca querem que esteja ali.
Muitas falas racistas aparecem durante o livro. Os personagens negros quase nunca tem nome e são referenciados com termos pejorativos e racistas pelo narrador.
Sem falariam gordofobia escancarada.
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Liana 12/04/2023

Muita expectativa para história ok
O que dizer desse livro?

Assim como com filmes, a frustração com livros decorre da grande expectativa que criamos antes de iniciar a leitura de uma obra.

Em termos de marketing, o nome do livro não é bom.

No início, a história não me fisgou, não achei os personagens memoráveis, nem pro bem, nem pro mal, mas ao final da história percebi que esse era o intuito do autor: não há grandes vilões ou heróis, mas pessoas questionáveis, de caráter frágil, vivendo em um local de extrema miséria em que a lei vigente é a do mais forte.

O desenvolvimento do livro é melhor que o seu início, e o fim, é o ponto alto da obra.

Desse modo, indico a leitura, com essas ressalvas.
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ticinhachan 11/04/2023

Nunca será Jorge Amado
Eu não tinha muitas expectativas com esse livro, mas ele conseguiu ser abaixo das minhas expectativas. Bom, vamos lá. O enredo se passa em uma cidadezinha do interior do Pará, mas poderia ser em qualquer cidade de interior, não pela sua verossimilhança, mas porque a ambientação da cidade é tão pobre que parece que a cidade foi sorteada pra ser usada como plano de fundo. O narrador-personagem principal se chama Cauby, um fotógrafo (de nu artístico, só pra deixar caricaturado) de quarenta e poucos anos que se muda para a cidade e se envolve com a mulher do pastor, Lavínia.

Em muito me incomoda a forma como o livro descreve certos personagens, traduzidos da visão racista e misógina do protagonista. Longe de mim ser moralista e buscar um protagonista que seja um exemplo a ser seguido, mas falta um pouco de sensibilidade em algumas questões que às vezes só parece falta de conhecimento do autor sobre o que está escrevendo, sobretudo em questões sociopolíticas que aborda. Me irrita também como os personagens masculinos têm força no enredo, têm personalidade e são intelectualizados (o autor vai citar Camus, Augusto dos Anjos, Ferrara e Scorcese), enquanto as personagens femininas ou são muito velhas e desinteressantes ou são descritas quase como cadelas no cio, bestializadas. A exceção talvez seja a Lavínia, porque o autor tenta dar um passado e força alguns traços, mas no fim acaba sendo uma personagem feita para sentir pena, sem qualquer motivação ou desenvolvimento.

Foi um livro difícil de ler, porque ele perde tempo demais descrevendo cenas de sexo quando poderia desenvolver mais os personagens (mas como falei, longe de mim ser moralista). Sinto que o livro força demais ser intelectual apesar desse aspecto erótico, o que faz ele ser broxante em excesso. Não consegui me conectar a nenhum personagem, todos parecem ser igualmente planos e monocromáticos. A sensação que eu tenho é que esse livro envelheceu mal, o que é meio lastimável para um livro de menos de 20 anos. Acho que esse fetichismo sudestino pelo norte-nordeste talvez seja o pior aspecto do livro, deixa com cara de novela mal escrita que apela pro sexo pra ter audiência.
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Priscila.Lujan 04/04/2023

O livro é muito bem escrito, porém fiquei incomodada em grande parte da leitura,o que não tornou minha experiência muito boa.
Mas gostei do final.
Vale a pena para conhecer mais autores brasileiros.
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Amanda 31/03/2023

Este livro é de uma beleza absurda, já começando pelo título.
Conta a história de uma paixão avassaladora vivida entre em um forasteiro e a esposa de um pastor, em uma pequena cidade do Pará.
É uma leitura envolvente, profunda e incrivelmente visual. Já vou em seguida assistir o filme, que espero que seja tão maravilhoso como o livro é.
hevellyn lendo algo 31/03/2023minha estante
não sabia que tinha o filme, agora eu PRECISO assistir!!!


Amanda 01/04/2023minha estante
Tem sim, estou assistindo. Camila Pitanga como Lavínia, e ela está absurdaaa ?




Gio 31/03/2023

Poderia tentar explicar de várias formas, utilizando palavras melhores, mas em resumo, acho que esse livro tem uma energia esquerdomacho muito grande, rs, acredito que essa é a melhor forma de descrever. Apesar do enredo ser interessante, os personagens me incomodaram bastante, a forma machista e fetichizada que a Lavínia era retratada, as falas preconceituosas do protagonista (ex.: gordofobia e racismo), o arco do pastor que tenta salvar a pobre prostituta... para mim, este livro é um soft porn escrito por um homem hétero. Não era o que eu esperava ler, essas questões me incomodaram, mas para que gosta da ideia pode ser uma boa opção, pois é muito bem escrito.
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Michele 30/03/2023

Fascinada pela escrita de Marçal Aquino
Com uma escrita muito envolvente (e que escrita!), somos apresentados a uma história bastante nua e crua. E como eu gosto de histórias cruas, com personagens que agem e tomam decisões que são instantaneamente condenadas por aqueles que também têm sua parcela de atitudes reprováveis. Temos aqui pessoas reais vivendo vidas reais.
É aquele tipo de história na qual imergimos sem perceber, terminamos em um fôlego só, e que no final nos deixa olhando pro nada e pensando em tudo.

E, de novo, que escrita! O que Marçal Aquino faz aqui é digno de muito reconhecimento. Um autor nacional que merece muitas indicações e um lugar de destaque na nossa estante.
Lilian.Santos 06/04/2023minha estante
Já li e amei!




DAbora311 25/03/2023

É incrível a escrita do autor e como ele entra na cabeça dos personagens, eles se tornam até reais, os seus problemas, paixões, dialeto. Amei também a linguagem regional do livro.
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Yas 22/03/2023

Não sei se gostaria de receber essas notícias
Há quem diga ser uma história de amor. Para mim segue como um "amor" estranho.
Já sabemos como a maioria dos livros escritos e/ou narrados em primeira pessoa por um homem, que estão apaixonados por uma mulher, funciona. Descrevem a mulher ideal, extremamente sexual e a enxergam como bicho, quando não estão em seus melhores momentos (ou seja, satisfazendo os prazeres masculinos).
No livro inteiro, temos o Cauby, e até quando chegamos na parte do Ernani, vendo a Lavinia como apenas um objeto sexual, que sendo uma mulher bipolar e com mais alguns transtornos mentais, tinha "2 personalidades". Claro que, uma recatada, e a outra, vive apenas para satisfazer as necessidades masculinas.
Apesar deste ser o principal ponto do livro inteiro, temos histórias secundárias, como a do "careca" com a Marinês, que, pasmem, também teve como o maior feito, dar sua virgindade para o careca. Também tivemos o ilustre Viktor, um jornalista fofoqueiro que gostava de causar na vida dos outros.
Mas além disso, conhecemos também um pouco da história de Lavinia, que sofreu a vida inteira para um c4cete, com uma mãe alcoólatra e um padrasto estuprador + 2 irmãos totalmente ausentes e drogados/no mundo do crime.
Agora vou pontuar coisas que me fizeram dar 2,5 estrelas de 5.
- O livro contém DIVERSAS falas/acontecimentos racistas. Para se referir a pessoas negras, o autor usou palavras como "mulato(a)" e "o preto(a)". E por incrível que pareça, pessoas negras só apareciam na história como pessoas ruins, como o padrasto de Lavinia que a estuprou, e um colega de cela no "xadrez" com o Cauby.
- Teve uma nojeira, que quando pensei que não podia piorar, o personagem principal teve uma ereção pela própria mãe, SIM!
- No livro, a pedofilia é tratada quase que como um nada.
- E outra, que condiz com o meu raciocínio sobre só gostarem da Lavinia sexual, é quando o Cauby diz que o pastor Ernani concorda que, quando Lavinia está triste (e nada sexual) sua vulva transmite um cheiro diferente (QUE?)

Enfim, ainda tento entender como há tantas pessoas que gostam do livro, que inclusive, li por indicação de uma mulher.
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Bruna.Rodrigues 19/03/2023

Forte, poético e envolvente.
A escrita de Marçal é um abismo, nos faz sentir cada palavra. ?Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios? é um misto de sentimentos, tão real, denso e íntimo.

Cauby (igual o cantor) é um fotógrafo e narrador que conta sua história, alternando entre lembranças do passado e presente, ele conta sobre seu envolvimento com a misteriosa e encantadora Lavínia.

Um livro um tanto complexo, repleto de detalhes e problemas tão reais. Sentimentos de angústia e repulsa em determinados momentos que tornam tudo ainda mais incrível.

Sentir a escrita de Marçal é um privilégio.

Viva a literatura brasileira.
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