Resenhas - Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios

lice 16/02/2020

Gostei que mostra o real significado de amor mesmo com defeitos. Passados fortes e que me senti bastante triste em ler mas pft

Gustavo 09/01/2020

Em uma experiência totalmente diferente, ler essa obra foi uma montanha russa, no começo um estranhamento pela formatação e jeito de escrita do autor me fez achar que estaria entrando em algo totalmente sem nexo e ruim, mas conforme a obra vai avançando essa escrita maluca acaba te cativando de uma forma estranha. Conhecer a história de Cauby é poder sentir na pele um amor que talvez fora da ficção seja impossível, é poder sentir inveja de tamanho prazer do amar que ele tem, principalmente quando a outra parte é um personagem tão intenso quanto a Lavínia, ela grita a mulher brasileira que tem fogo de viver, aquelas mulheres que ficam marcadas na história da arte fictícia brasileira, como Geni, madame Satã, gabriela e etc. Os dilemas morais são ótimos adendos ao livro, juntamente com seu cenário medonho de um sertão perigoso, não ficando para trás os personagens secundários que agregam demais a obra mesmo eles não possuindo nome como no caso do careca e no caso do menino. É uma obra válida de se apreciar e que com certeza todos vão desejar um dia sentir e ouvir as piores notícias de uns lindos lábios, assim como Cauby ouviu.

deborauni 31/12/2019

Eu receberia as piores notícias de seus lindos lábios
Apesar da enorme expectativa por ter encantado tantos leitores, o livro não decepcionou. Lido num fôlego só, cativou pela linguagem direta e a narrativa em diversas dimensões. Duas estórias paralelas, presente, passado e futuro. Muito desejo, tesão, angústia e solidão para falar de amor, paixão e religião. Impactante, aflitivo, cativante emociona do início ao fim. Gostei bastante!

Jaqueline @icontextualize 29/12/2019

Eu receberia as piores noticias dos seus lindos lábios || Marçal Aquino || @companhiadasletras || 232p. || 4,5 ⭐️.
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💨 “A esperança é o pior dos venenos, seu Cauby. O senhor não concorda?”
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📖 Neste livro vamos conhecer a história de amor do nosso protagonista. Couby nos conta através de suas lembranças que é um fotografo apaixonado pela arte, pela música clássica e já conheceu diversos lugares do mundo através da sua profissão.
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📖 Um dia, ele resolve deixar a cidade grande e se mudar para uma cidadezinha no interior do Pará na qual acaba conhecendo seu grande amor. No mesmo instante que a vê, se sente completamente atraído por sua beleza e personalidade.
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📖 Lavínia é uma mulher muito misteriosa e que carrega consigo muitos fardos apesar de nova. Ele nos conta que a nossa mocinha chega a ter duas personalidades. Uma mais recatada e outra mais sensual, por assim dizer.
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📖 O amor dos dois é recíproco. Ambos tem muitas coisas em comum e eles começam a construir uma relação amorosa muito envolvente. Porém, é um amor arriscado já que Lavínia é casada com o Pastor da cidade.
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📖 Ao mesmo tempo que acompanhamos esse amor crescer e evoluir, acompanhamos também os conflitos que aquela cidade está passando entre a mineradora que está chegando na cidade e os garimpeiros. A corrida do ouro está prestes a acontecer e isso de alguma forma estará ligado com o romance dos dois.
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👤Minhas Impressões: 💬 Que livro sensacional! Teremos uma narrativa não-linear intercalada entre passado e presente. A narrativa também é muito poética. O nosso protagonista descreve tudo com muita sensibilidade e beleza. Você é imerso na história ainda no início do livro o que te faz querer saber mais sobre o fim.
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💬 É um livro que conversa muito com o leitor. O autor trará muitas citações do Professor Schianbierg e mostrará como o amor e a tragédia podem se fundir de uma maneira muito real e crua. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
💬 Vale muito a leitura e o melhor de tudo, é nacional.
Vamos conversar sobre essa história.
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⚠️ Lembrando que o livro contém cenas de sexo, violência e drogas.

RChicago 22/12/2019

Duro e real
Adorei o livro, sou fã de histórias reais e verossímeis independente se tristes ou felizes. O livro retrata humanos com qualidades e defeitos, sem o papel de vilão ou mocinho, apenas pessoas reais. Podemos conhecer um pouco de muitos personagens apresentados no livro. Vi muitas críticas a respeito de machismo e sentimento de superioridade por parte do protagonista, entretanto acredito devemos considerar o livro de acordo com sua proposta: um retrato da realidade. Portanto, sim, é completamente possível e provável encontrarmos todos os personagens descritos pelo nosso Brasil, alguns ignorantes carregados de preconceitos, falsos puritanos, pseudo cultos e pretensiosos por sua erudição, pessoas ótimas que sofreram com a vida e se tornam objeto do machismo enraizado em nossa sociedade até perder sua estabilidade emocional, entre tantos outros.
Apesar de todo esse cenário, o livro não trata apenas de desgraça e tristeza. Pelo contrário, o livro é extremamente bonito e gostoso de ler, embalado por uma ardente paixão e erotismo que não sabemos se torcemos a favor ou contra, justamente esse sentimento ambíguo traz a reflexão ao leitor. Achei a escrita excelente, livro fácil de ler e entrar na estória.

May | @vidadaleitora 19/12/2019

Fiquei sabendo q tem o filme e vou assistir, pois logo de cara a escrita nao me comoveu. Espero gostar da historia mesmo assim, nao gosto de nao gostar das historias.

Luana Figueredo 01/12/2019

menos.
Não entendi todo o furor com esse livro.
A narrativa em primeira pessoa, dando voz as percepções de Cauby, potencializa o incomodo do protagonista chato e pretensioso.
Cauby destila suas grosserias a todos os personagens, menos a Lavínia que sendo ela a referida, floreia o verso até demais.
Típico homem chato e sem graca que quando se apaixona não se sustenta sozinho pela própria fraqueza e chatisse.
O que houve com ele e Lavínia foi uma forte atração sexual, e não que eu não respeite a arte de uma forte química entre duas pessoas, mas Cauby é tão fraco que confunde tesao com um sentimento superior.
Ok, quem nunca? Mas não há um diálogo profundo e nada além de sexo que o impressionasse.
Lavínia com um passado sofrido para que se justifique sua intensidade e loucura.. no fundo não passa de mais um clichê feminino em livros e filmes.

Até o mestre do amor de Cauby não tem nenhuma reflexão muito profunda.
Enfim, não sei como se chama isso.. mas não chamo de amor!

Nathalie.Murcia 30/11/2019

De tirar o fôlego
Com esse título arrebatador, aliado às diversas críticas positivas, passei esse livro na frente da minha interminável fila e ainda bem que o fiz. Impactante e com um desfecho imprevisível, à altura dos acontecimentos dinâmicos narrados ao longo da história. U

Um amor tóxico, proibido, beirando a loucura, e permeado de erotismo não gratuito, entre o fotógrafo Cauby e a insólita Lavínia, esposa de um respeitado pastor, que a tirou de uma vida desgraçada das ruas. Tudo se passa nos confins do Pará, numa terra decadente, onde a principal atividade desempenhada é o garimpo, os homicídios por encomenda e a prostituição. Só posso dizer que foi um dos melhores livros que li este ano. As citações do professor Benjamin Schianberg, a respeito do amor e desejo, inseridas no bojo do texto deram um toque espetacular à história que já era boa por si só.

A literatura nacional contemporânea está surpreendendo. Há o filme, de mesmo título, que se baseou no livro. Camila Pitanga é a personagem Lavínia.

site: http://.instagram.com/nathaliemurcia/?hl=pt-br

Mialle @mialleverso 03/10/2019

nope
O livro começa com um paulistano numa cidade do interior do Pará e nada contra, mas o personagem gosta de fazer citações, ler mil livros, falar de música clássica e se sentir superior na pequena cidade não desenvolvida. Não é meu tipo de personagem principal.

Cauby é um tipo de homem que é chato por si só, apaixonado então...

É aqui que entra nossa mocinha, Lavínia, que é casada com um pastor local e claramente precisa muito de ajuda, terapia, um psiquiatra provavelmente, mas isso não interessa a Cauby, já que ela é toda doida e muito bonita e por aqui que o livro perde completamente para mim. O desenvolvimento da personagem é terrível e recheado de clichês de abuso e maus tratos para validar sua loucura. Já cansei de personagem feminina que precisa sofrer para avançar a própria história. Aqui nem isso acontece, o sofrimento do passado de Lavínia é para validar sua loucura.

Existem duas Lavínias na história, uma mais recatada e outra devassa e sensual e Cauby claramente só demonstra grandes interesses pela segunda. Até mesmo o pastor só se interessou por Lavínia por sua beleza e aqui fica realmente difícil. É possível ver a personagem se perdendo, sua fragilidade, seu trauma, mesmo que isso não interesse a Cauby ou ao autor e ainda assim só importa a beleza e é isso que o autor tenta disfarçar como amor e por isso eu não gostei nem um pouco.

Não tem como ler esse livro e não sentir que a forma como Lavínia sofre e é tratada em nome do amor é errado, isso não é amor de forma alguma. Uma das frases de abertura do livro é que "o amor é sexualmente transmissível" e foi isso mesmo que o livro passou, amor precisa de sexo e beleza, sem isso não vai ser possível e enquanto houver isso, nada mais importa, mesmo que todos se destruam no processo.

Pâm 24/09/2019

Disfarçadamente autêntico.
Justiça seja feita, é mesmo um livro bem escrito, dá pra devorar. Mas é uma leitura agridoce. Logo no início, o personagem principal já dá notas de uma homem com ar de superioridade. A quantidade de citações a autores (bem ao estilo ?erdutião?), a maneira com que se expressa sobre a comunidade local (o paulistano superior em uma cidade ?não civilizada?). São indíces que acionaram o meu alarme para um escritor pseudo-desconstruído. A relação com a Lavínia, por sua vez, só corrobora as suspeitas. Uma mulher totalmente relegada às vontades masculinas, e à visão estereotípica de um machista sobre uma mulher: louca e frágil. Lavínia não chega sequer a ser mais desenvolvida, ela existe em função desse amor e dessa tragédia, mesmo quando se fala sobre o passado dela, é em prol da construção dessa deformidade psíquica que o autor constrói pra ela. Não a toa, a Lavínia que ele mais descreve é a versão devassa. Embora diga que há também a Lavínia recatada, essa é pouco mostrada ? Cauby parece se interessar de fato, apenas pela primeira. A recatada faz parte de uma certa fetichização tosca. Aliás, a previsibilidade dos toques sexualizados é outro índice. Os bordéis, o fotógrafo que ama fazer nus femininos, a descoberta de que o pai também fotografava nus: uma série de clichês que o autor parece tratar como novidades. Para coroar, o final ainda santifica Cauby: injustiçado, cheio de chagas (quase um Cristo) mas totalmente dedicado à sua amada. Justiça seja feita, é mesmo um livro bem escrito, dá pra devorar. Em outros tempos, talvez eu leria de outra maneira, mas hoje é impossível não problematizar. E acho que isso é saudável, porque só assim pararemos de idolatrar autores/artistas que perpetuam o machismo romantizando-o. E, mais do que isso, só assim os autores homens serão impulsionados a escrever obras de fato mais significativas e autênticas, despaegando-se dos clichês típicos da visão patriarcal.

Valeska 23/08/2019

Às vezes a esperança é o único remédio.
Quem ama tudo aquilo que toca com intensidade com certeza irá fazer deste livro um dos seus favoritos.
A história desse romance atípico entre Cauby e Lavínia vai se desenvolver na região do Pará, uma cidadezinha daquelas que todo mundo conhece todo mundo e é moradia para muitos à procura do ouro na região. Os nossos personagens são incrivelmente bem construídos o que torna a história ainda mais envolvente, o modo como vai se desenrolando também é extremamente poética, com a narrativa do Cauby, em primeira pessoa, lembrando de tudo que aconteceu até chegar nos dias atuais, pelo que eu entendi, e isso é muito interessante porque o próprio personagem principal vai contar sob uma perspectiva exterior, como quando ele fala sobre o passado de Lavínia, de um jeito que aparentasse que ele estivesse lá, e como ele não esteve, é tudo uma reconstrução (peguei essa mania de "reconstrução" com a Margaret Atwood). O livro é lindo. Parece que só vim dizer o quanto eu gostei, mas tem muita coisa que é denunciada aqui, como o machismo presente em pequenas ações e nas grandes também, a falta de fiscalização do governo em relação ao que acontece em cidades que são pontos de extrativismo mineral, e ao preconceito que estão diretamente ligados aos estereótipos convencionais de muitas regiões, o que é bastante comum. Mas vale muito a pena a leitura, de uma sensibilização densa.

Rafael Cormack 09/08/2019

9,5/10
Visceral. Fazia tempo que não lia um livro em menos de uma semana. Leitura ágil, que te cativa e te prende. Dá pra entender porque virou filme. A dualidade clichê de Lavínia incomoda um pouco, mas a trama flui tão bem e as coisas acabam fazendo sentido no final

Toni Siqueira 03/08/2019

EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS - Marçal Aquino
Marçal Aquino foi cuidadoso no enredo do ótimo Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios, um livro repleto de suspense, aventura e intensa paixão! Um dos melhores livros da literatura brasileira contemporânea que li. História envolvente com sabor de quero mais!

Mari 21/07/2019

Bom, mas não achei isso tudo que falam...
A escrita tem uma linguagem poética, ao mesmo tempo real e crua sobre as realidades dos amantes e as tragédias da vida. Porém em momento algum eu consegui me envolver emocionalmente com a história, achei que em alguns momentos com flashbacks tinham algumas "encheções" de linguiça. Li, gostei da história mas não me tocou intimamente.

Ana Lima 20/07/2019

Escrita poética, intensa, diria até que avassaladora. O autor intercala as memórias do narrador com o momento presente e memórias de outros personagens sem deixar a narrativa confusa. Não existe vilão ou mocinho: todos os personagens são extremamente humanos, com histórias sólidas e bem construídas. É possível se compadecer com todos eles em algum momento da história. Dolorido, intenso, bonito demais.