Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios Marçal Aquino




Resenhas - Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios


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Willian Nicácio 16/03/2023

Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios
"Ela já permite que eu a chame por seu outro nome. E eu faço isso com satisfação intensa, muitas vezes, quantas ela pedir. Não me canso. Recito em voz alta: Lavínia. É música na minha boca. Minha canção e meu estandarte. Meu poema sujo de sangue".
Um fotografo que se apaixona pela mulher de um pastor muito querido e respeitado na cidade, "amigos" e uma corrida do ouro em um garimpo um tanto perigoso. Tem como essa história dar errado? Não mesmo! E o autor nos brinda com personagens incríveis, Cauby e Lavínia são protagonistas fortes e ricos em detalhes. Marçal sabe como poucos colocar as palavras, seus diálogos são tão reais que você acredita esta dentro da história, porque conhece aquela prosa e é prazeroso cada virar de página.
O livro mais conhecido e respeitado de Marçal Aquino, muito bem escrito e com situações inesperadas, no início da história não se imagina metade das coisas que vão acontecer.
Vou sempre bater na tecla: Já li Machado de Assis, Clarice Lispector, Ruben Fonseca, Luiz Vilela, Cecilia Meireles, Ruben Alves, Castro Alves e dentre outros gigantes. Não que escrita seja uma disputa, mas nossa literatura não deve nada para nenhuma nacionalidade. Só precisa de mais reconhecimento e respeito.
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Gui 14/02/2023

Eu não queria receber essas notícias..
A escrita do Marçal Aquino é linda, muito linda, daquelas que carregam uma carga emocional muito forte.
O problema pra mim com o livro tem a ver com as minhas próprias expectativas. Queria ter esse contato com a obra há muito tempo e já havia escutado várias resenhas positivos. Comecei a leitura já achando que ia ser um dos meus favoritos da vida e, obviamente, isso é sempre um erro.
O livro não tem nada de ruim, mas o que não fez dele 5 estrelas pra mim foi justamente essa minha expectativa exagerada em relação a ele.
Acho que todos, se puderem, deveriam dar uma chance para a obra. Vale muito a pena. Lindo de se ler.
Yasmin.VictAria 19/02/2023minha estante
tudooooo




Gabriel1994 23/04/2022

É uma história interessante.

Apesar de ser um livro curtinho, senti a leitura muito arrastada em alguns momentos.

Algo que me incomodou muito foi o autor chamando O travesti em varias passagens, tirei uma estrela por isso e espero que lancem uma versão atualizada.

O que deixa o livro interessante mesmo é quando a gente conhece o passado de Lavinia. Mas ver ela sendo reduzida a sexo foi meio meh.

Bom, nada uau.
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Laura.Fernandes 09/08/2022

?o que acontece é que, quando estou com você, eu me perdoo por todas as lutas que a vida venceu por pontos, e me esqueço completamente que gente como eu, no fim, acaba saindo mais cedo de bares, de brigas e de amores para não pagar a conta.?
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Mirian 07/07/2022

o amor é sexualmente transmitível
Logo de cara, me apaixonei pela narrativa melancólica, realista e poética do autor. A história não linear é tão bem feita que, ao invés de cansar o leitor, só atiça ainda mais a leitura ansiosa por um desfecho. O problema—que ficou carregado quanto mais eu lia—, foi não só a erotização constante da Lavínia como a sua construção de "bela e trágica" que soa quase como um sadismo e fetichismo por pessoas mentalmente instáveis (eu chuto na bipolaridade). O descaso quanto ao tema, mesmo que presente na vida real, ficou nítido na visão dos demais personagens, o que acaba me deixando com preguiça do autor por tabela.
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Bee 27/04/2015

Caixa de fotos, filmes e amores
É sempre um prazer ler os contos de Marçal Aquino, escritor de narrativa lacônica e estilo próprio de escrever, e agora um romance com essa sua marca ímpar. Eu já tinha visto o filme, de mesmo nome, com atuação de Camila Pitanga e direção de Beto Brant, antes de ler o livro. Lembrei de algumas partes, cenas desta história que eu diria principais.
Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios (Marçal ganha leitor já na escolha do título ─ O amor e outros objetos pontiagudos é outra ótima nomeação para um livro de contos) é uma narrativa de tramas bem amarradas, que vão se encaixando naturalmente no final, como se pelo destino. Um roteiro cinematográfico, como costumam ser suas histórias. Sempre de personagens típicos ─ do maquinário urbano para as mais longíquas terras do interior, das fronteiras do Brasil. Pessoas simples, forasteiros, andarilhos e outros errantes que já perderam contato com a família ou qualquer coisa que valha a pena. Marçal parece caçar os excluídos à margem da sociedade e apresentá-los de maneira natural, meio sem ênfase, meio sem indiferença, procurando alguma suposta normalidade no "anormal". O efeito chega a ser agradável. Imagem que se aproxima da natureza humana.

A história do fotógrafo que estacionou no interior do Pará, num lugarejo em que crescia tensão entre garimpeiros e mineradora durante uma corrida do ouro, e se apaixonou pela mulher de um pastor é quase toda contada pelo próprio ─ o Cauby, em primeira pessoa. Exceto no flashback de quando o Pastor Ernani conheceu sua mulher na capital Vitória ─ a ex-puta Lavínia (ou Shyrley? Essa Lavínia era dupla personalidade ─ uma dama recatada, esposa de um pastor, cheia de decoros, ou a devassa, a puta que "trepava feito uma cadela no cio" ─ parece que o autor quis fazer um retrato do que se conhece popularmente como a mulher perfeita ─ dama na sociedade, puta na cama). Então, é oportuno também citar as nuances sobre o amor citadas ao longo do livro, pelo professor freak Benjamim Schiamberg, o malucaço e mais obscuro dos filósofos do amor.

E fictício também, assim como seu livro O que vemos no mundo. Me pergunto se Konrad Lorenz e Pretty baby de Keith também são fictícios (leitor: averiguar por conta). Mas Aquino, com essa ideia criativa, recheou o livro de saberes e citações ─ eu diria vagamente influenciados por Schompenhauer/Nietzsche ─ exemplos que viram metáforas, e outras algaravias. No meio das duas narrativas, há um também a história de um amor platônico contada por um ex bancário, na varanda da pensão da dona Jane ─ cena que inicia o livro. No tratado nada ortodoxo do sábio Schiamberg, não poderia faltar um capítulo especial só para falar dos platônicos. Os apaixonados que, na falta de outro remédio para o vírus do amor, tomam para si o maior de todos os venenos: a esperança. Cauby é quem vai citando trechos, trazendo pra sua novela com Lavínia e entrelaçando flashbacks com muita competência.

O livro é assim, com conteúdo, personagens marcantes, detalhados naturalmente, e acontecimentos surpreendentes. Acima de tudo, com uma narrativa que mostra uma normalidade agradável na rotina de pessoas simples, de gente do Brasil, e de lugares precários, mas que escondem beleza e poesia se olhados novamente.
Patricia 24/09/2015minha estante
Caraa, o Schiamberg é fictício,que decepção. Adorava todas as "citações" e fui louca procurar o livro.


Bee 19/03/2016minha estante
Really. Eu queria saber se Pretty baby e Konrad Lorents também eram fictícios, pois me lembrou muito as referências pops de Go - Nick Farewell, o querido DJ Farenheit




Tiago 23/05/2015

"O amor é sexualmente transmissível"
É a passagem que me lembro da obra, até mesmo porque é a epígrafe. Fala por si só, mas muito sobre o livro. Impactante o enredo de amor, sexo, perda, dor, tragédia e uns quês da violência - não essencialmente física, mas sentimental e psicológica. É um livro intenso, mas com uma linguagem simples e direta, o que dá um equilíbrio interessante à obra. Curioso foi lembrar, anos depois, já ter lido Marçal Aquino na série "Vagalumes", da Editora Ática, em "A Turma da Rua Quinze". Por esses e por outros do autor, a literatura dele é daquelas que forjam o caráter.
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Drika 10/05/2022

O amor é sexualmente transmissível
A história é contada por Cauby um jovem fotógrafo paulistano, ?inteligente e apreciador de música clássica. Sua narrativa mistura passado e presente, Cauby resolve ir para o interior do Pará e viver novas experiências e realmente as vive, pois lá se depara com a graça e beleza extraordinária de Lavinia. No mesmo momento em que entreolharam-se acendeu uma chama no coração de ambos,da qual nunca antes viveram.
Cauby se encanta pela mulher de personalidade forte e fica extremamente fascinado por ela. O grande empecilho desse sentimento tórrido é a mulher ser casada com o pastor da cidade. Apaixonados o casal protagoniza momentos intensos, mas desde o começo Cauby sente que é um relacionamento fadado ao fracasso. Em meio a todo esse envolvimento, a cidadezinha passava por momentos de conflito por uma corrida por ouro: garimpeiros versus donos de garimpo.
O que mais adorei foi conhecer Zacarias, um tatu de estimação que muitas vezes fazia parte da trama como um personagem secundário.
Enfim, o escritor constrói personagens poéticos e profundos e em cada página pensamos nas atitudes e consequências de cada ato das personagens, passamos por angústia e saboreamos a poesia constante no livro que nos faz percorrer as páginas sem ver o tempo passar.
? Outra coisa interessante é a obra paralela que Marçal cria intitulada: ? O que vemos no mundo : um tratado sobre o amor humano? de Bejamim Schianberg , citada várias vezes pelo personagem Cauby. Mesmo sendo um filósofo fictício em muitos momentos o leitor pensa ser real. Finalizo então com uma citação desse filósofo enigmático: ? queremos o que não podemos ter, é normal e saudável, o que diferencia uma pessoa da outra é o quanto cada um quer o que não pode ter. Nossa ração de poeira das estrelas.
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Gaby 03/05/2022

Impossível de esquecer
Demorei um pouquinho para engatar na história. Cheguei inclusive a deixar o livro de lado por uns bons meses até decidir retomar a leitura. Pra quem está tendo a mesma dificuldade, persista, pois vai valer a pena.

Que escrita linda e poética. Que maneira intrigante de enxergar o mundo e o amor. Que trajetória inesquecível. Não consigo parar de pensar no Cauby e na Lavínia. Ter vivenciado o romance deles foi uma das experiências mais marcantes dos últimos tempos. Sem dúvidas um divisor de águas na minha jornada enquanto leitora.
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samuca 12/03/2022

O amor nos leva a loucura ou somos loucos tentando amar?
De longe esse livro é uma paixão "convencional", não está nos padrões esperados pela sociedade, mas o que é o amor senão algo arriscado?

Uma loucura entre o deleite e a raiva, o vai e vem interminável dos personagens.

O resultado das escolhas, dos crimes não cometidos, da cegueira humana.

Vale a pena tudo tudo isso para receber até às piores notícias dos teus lindos lábios?.
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Bianca_paim 27/02/2022

Pervertidamente genial
Muitos sentimentos conflitantes com essa leitura.
O nível de genialidade da escrita, da poesia e da evolução narrativa é equiparável a quantidade de comentários, ideias e estereótipos problemáticos apresentados nessa história.

Me deixou encantada e chocada em níveis similares. Mexeu comigo, me tocou, me revirou e, só por isso, recebeu tantas estrelas nessa avaliação. Mas tirei meia estrela do que poderia refletir uma leitura espetacular, para registrar meu incômodo com a hipersexualização de todas as personagens femininas que passaram por essa narrativa. NENHUMA oportunidade de sexualizar situações e corpos femininos foi desperdiçada nessa história. Muitos comentários pejorativos e ridículo sobre o corpo feminino, suas funcionalidades e mistérios.

A história tem gatilhos, e os aborda sem pudor, o que deve ser levado em consideração ao escolher essa leitura.
Para além das ressalvas, me encantei com a escrita do autor, com os ganchos interpolados na narrativa para deixá-la intrigante e fazer a leitura correr de maneira gostosa e proveitosa.
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lua em câncer 12/07/2020

"O amor é sexualmente transmissível"
É uma mistura de paixão, excitação e revolta.

O falso moralismo da sociedade e a procura pela justificativa por continuar em uma situação insustentável. Dizem que só os amantes entendem.

A leitura faz parecer que o único sofrimento que vale apena ser sentido é por amor, pois nada mais é do que a saudade, a falta de algo que fez bem, que foi bom, não importando o tempo.

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Edu Coelho 08/06/2024

Eu chamo de amor
Um romance totalmente factível! O estilo de escrita do autor é bem diferente, um fluxo de consciência, de tal modo que nos chama e nos envolve assim como fazem as melhores conversas despretensiosas com nossos amigos.

A impressão que tive foi que estava numa boa conversa, em que a cronologia e o fluxo de informações ocorrem de maneira natural sem preocupação com a ordem em que são apresentadas.

São personagens complexos e reais.
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bet 16/04/2022

Conhecendo a tormenta.
Meu primeiro livro do Marçal de Aquino. Confesso que não esperava muito dessa leitura, acreditava que fosse ser apenas mais uma para abandonar. Eu estava, felizmente, enganada.

Tem tempo que eu não encontro uma escrita tão introspectiva e BELA como a de Aquino, a prosa se mistura - em vários momentos - com poesia. O fluxo de consciência e a narrativa não-linear agregam mais para a beleza e emoção que compõem o livro. É uma leitura íntima e muito sensual também.

A história engaja e te faz ponderar sobre as nuances humanas, com personagens que não são nem heróis, nem vilões - são seres humanos falhos. Impossível não se apaixonar por Lavínia, aos olhos se Cauby, mas também compreender essa alma perdia e almadiçoada por um passado terrível. O cenário e os personagens são brasileiríssimos, e trazem uma perspectiva sensata de como a violência do garimpo afeta seus arredores.

O que é o amor? Não saberia dizer, já que este livro me deixou reflexiva perante minhas certezas sobre o assunto. Indico para aqueles que procuram entender-se melhor.
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