A Garota que Tinha Medo

A Garota que Tinha Medo Breno Melo




Resenhas - A garota que tinha medo


78 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Mari Siqueira 27/11/2013

Uma maneira inédita de descrever a Síndrome do Pânico.
Há algumas semanas, recebi um contato da Editora Schoba por email, me perguntando se eu gostaria de receber seu último lançamento, o livro A Garota que Tinha Medo, para resenha.

O mais incrível é que eu sofro de crises de ansiedade, assim como a protagonista do livro, e a proposta não poderia ter surgido em um momento melhor. Claro, aceitei e não me arrependi.

A leitura me foi muito esclarecedora, Breno Melo aborda o tema com maestria, nos explicando os dilemas da síndrome do pânico, seus desdobramentos e o preconceito enfrentado por nós, os chamados panicosos.

A protagonista dessa história é Marina (veja aí mais uma coincidência, até o nome parece com o meu), uma jovem que vive sob muita pressão da mãe para entrar numa boa faculdade. O pouco tempo livre e as enormes responsabilidades sobrecarregam a menina que simplesmente surta. Ela começa a ter crises, a gritar, a tremer, suar e sentir que vai morrer. E é assim mesmo que acontece, uma sensação indescritível de medo, um medo que provoca sintomas reais.

O namorado, os amigos, os pais, ninguém consegue compreendê-la. Talvez por falta de informação, afinal, quem nunca passou por isso ou não conhece alguém que passou por isso, não sabe como é. Eu enfrento diariamente preconceito por conta disso, as pessoas dizem que entendem, mas vivem me perguntando quando minha frescura vai acabar. E os que não dizem isso, pensam.

É complicado entender como uma doença que parece imaginária, afinal você não tem nenhum problema de saúde, pode causar um estrago tão grande na vida de uma pessoa. E eu te digo que pode. Mas essa postagem não é sobre mim, e sim sobre o que o livro me trouxe de bom. Me trouxe tranquilidade, esperança e coragem para enfrentar esse medo irracional que me faz querer fugir de alguns lugares e situações.

Marina tem um namorado, um imbecil de um namorado, na verdade. Ele não a compreende e a abandona no meio de uma crise, isso é a pior coisa a se fazer. Não adianta e só mostra que estamos sozinhos nessa luta. No livro, o namorado dela a acha uma louca. E ela até começa a acreditar nisso. Daí vem a necessidade de alguém positivo ao seu lado, de negativo já basta você.

Depois de muito sofrimento, a menina finalmente é diagnosticada com síndrome do pânico. Após sofrer crises no trânsito, na igreja, na faculdade, no shopping, ela passa a evitar tais lugares. A ansiedade e o medo de passar mal novamente a impedem de frequentar os lugares que ela sempre frequentou. Eu disse que o medo era irracional. Mas vá tentar dizer isso para o nosso cérebro no momento de pânico, é impossível. Especialmente saber que você não vai morrer e mesmo assim ainda ter medo.

Entre personagens muito bem desenvolvidos, se destaca Péqui. A melhor amiga de Marina, e também a pessoa mais fofa desse mundo. Ela talvez, tenha sido uma das únicas pessoas que apoiou a amiga desde o começo. Isso é que é amizade! Preciso de uma Péqui na minha vida *-*'

A Garota que Tinha Medo foi uma leitura incrível e eu fico muito feliz de ter sido uma das pessoas escolhidas para resenhá-lo. O único ponto negativo na minha opinião, foi o posicionamento religioso em excesso. Me incomodaram alguns trechos em que o autor fala demasiadamente da Igreja Católica, até mesmo historicamente. Parecia desconexo do texto, desnecessário mesmo. Não sou de nenhuma religião citada no livro e por isso não me senti ofendida, mas acho que como sugestão eu diria para o autor deixar fora do livro suas opiniões pessoais sobre o tema.

Agradeço muito à Editora Schoba pela cortesia e em especial à Luciana do marketing, que foi uma fofa e me atendeu super bem, me dando atenção e inclusive, depois do envio, desejando que o livro me ajudasse com minha própria síndrome. Espero que esse livro possa ajudar outros como eu, que se sentem incompreendidos e às vezes sem esperança. Acredite, você pode se curar!

"Eu não me queixava de nada e me esforçava para dar o melhor de mim em tudo, inclusive nas coisas mais tolas do dia a dia. E esse esforço, hoje eu sei, me desgastava. Fui dando o que não tinha, porque eu me preocupava demais, até que um dia arrebentei por dentro e precisei de conserto." (p.8)


site: http://loveloversblog.blogspot.com
comentários(0)comente



Ana Crisinah 23/02/2015

Resenha - A Garota que Tinha Medo
Eu vou começar dizendo que eu li poucos livros sobre esse tipo de tema, que trata de doenças nesse estilo, tipo... A Síndrome do Pânico, que é o assunto abordado no livro, mas o autor conseguiu me conquistar com a forma que escreveu e me fez ver, e com certeza fez muitos outros leitores ver a doença toda de outro ângulo.

O livro conta a história de Marina, sendo contada por ela mesmo, ou seja, escrito em primeira pessoa, o que já dá uma grande diferença na história, porque parece que a personagem que está vivendo aquilo, está simplesmente conversando com você e relatando toda a vida dela. Marina agora com 25 anos conta a história de sua vida a partir dos 18 anos que é quando ela começa a ter ataques de pânico e não sabia o motivo e muito menos o que era isso tudo.

Marina aos 18 anos era uma garota dedicada aos estudos (até demais), uma coisa meio que forçada (de certa forma) por sua mãe, pois ela queria e muito que Marina entrasse em alguma faculdade assim que saísse do ensino médio, o que acabou sendo uma obrigação para Marina estudar muito, muitas horas para passar em um vestibular. Eu me identifiquei e muito com Marina, pois em algumas coisas ela é muito parecida comigo, no estilo de coisas que ela gosta, por exemplo, ela ama fotografar, ela tem um blog literário (ou seja, dividiu os amores de livros comigo), ela é “viciada” em Meg Cabot e Nicholas Sparks (para quem me conhece eu amo demais a Meg Cabot) e entre outras coisas que ela gosta ou faz que acabou fazendo com que eu me identificasse muito mais com a personagem, o que fez com que eu me aproximasse muito mais de Marina.

Com o decorrer da história, Marina passa no vestibular, não apenas em um, mas em seis e como ela queria fazer jornalismo, foi exatamente para isso que ela se matriculou, ela começou a namorar com um rapaz que conheceu pela internet, mas que morava no mesmo condomínio que ela. E quando tudo estava ficando bem na vida dela, ela enfim teve seu primeiro ataque de pânico. O autor ele descreve de uma forma que faz com que a gente entenda exatamente ou um pouco, daquilo que pessoas com síndrome do pânico enfrentam e a gente não tem a mínima noção do que as pessoas que tem essa síndrome estão passando, o máximo que a gente escuta por ai é que síndrome de pânico existe, mas e daí? Você não faz a mínima ideia do que é isso e com o livro eu pude entender um pouco sobre a doença.

Ela começa a ter ataques em vários lugares diferentes, o que acaba fazendo com que ela passe a ter medo de voltar para aqueles lugares, por que ela fica com medo? Porque ela fica preocupada que se caso ela voltar naquele mesmo lugar, ela possa ter outra crise de pânico (não sei como definir bem). E com isso Marina acaba perdendo muitas coisas na vida dela, amigos ficam distante achando que ela ficou louca... O namorado dela, acaba indo embora com a família dele, sem nem ao menos se despedir dela e quando os dois finalmente conseguiram conversar por telefone, ele deixou claro que não queria nada com ela, porque ele não queria sair com uma louca. Marina também acaba tendo sua fé um pouquinho abalada e passa a não ir mais na igreja que era algo que ela sempre fazia aos domingos com sua mãe, ela passa também a não frequentar mais as aulas, que era algo que ela queria, mas devido ao medo ela prefere não comparecer as aulas para não atrapalhar os outros e assim ela acaba perdendo um ano do curso.

E isso tudo vai acontecendo ao decorrer da história, até que finalmente ela decidi procurar algum tipo de ajuda, meio que foi obrigada, mas mesmo assim ela decidi procurar um tipo de ajuda. E o legal do livro é que a gente passa a acompanhar tudo e conhecer mais sobre o que é síndrome do pânico e você passa a se imaginar no lugar de Marina, como deve ter sido difícil e horrível para ela perder muitas pessoas que ela considerava queridas, parar de fazer coisas que gosta por culpa de uma doença e o livro mostra o preconceito das pessoas em relação a síndrome do pânico, não exatamente apenas da síndrome do pânico, mas apenas por ver que ela está passando mal, ninguém ajuda, apenas tiram suas próprias conclusões e dane-se o que a outra pessoa tem ou não, até pelo fato dela frequentar um psiquiatra e um psicólogo, já acaba fazendo com que surja um preconceito com isso.

Eu poderia escrever muito mais sobre o livro, porque ele realmente me conquistou, mas não quero acabar criando spoiler... Então, se você tiver a oportunidade de ler esse livro, leia, porque vai fazer você ver as coisas de uma maneira totalmente diferente. Além do autor escrever de uma maneira simples e de fácil entendimento, o livro mostra que doenças psicológicas não é uma coisinha de nada, igual muitos tem a capacidade de dizer que é... Só quem passa por alguma doença psicológica para entender, né? Mas não deixa seu preconceito te afetar, leia que você vai entender o que eu quero dizer. E caso você queira saber mais sobre a síndrome do pânico, aqui vai a dica de leitura também.
comentários(0)comente



Artigo Literário Blog 18/02/2015

Marina, "era eu" há alguns anos atrás...
Tão madura para a idade, quão é sua ansiedade para lidar com situações que fogem da rotina. Acompanhar Marina, dispondo para nós, todos os seus sentimentos: antes, durante e após a uma Crise de Pânico é inenarrável.
Me emocionei com o desfecho, principalmente, porque passei por situações semelhantes, me identificando intensamente com a Protagonista.
Marina, "era eu" há alguns anos atrás. Se você, gostaria de saber mais sobre a Síndrome, seja por curiosidade, para se informar, ajudar alguém ou a si mesmo. E ademais, aprecia uma narrativa sensível em primeira pessoa. Leia!

“Mas por que sofremos? A felicidade que a maioria de nós espera é idealizada; e uma felicidade idealizada só existe no mundo das ideias, onde não vivemos. Eu, por exemplo, posso ser feliz apesar da síndrome do pânico (porque este é o mundo palpável em que vivo), mas negar a síndrome para ser feliz me levaria a um mundo ideal, onde não vivo.”

site: http://cafecompersonagens.blogspot.com.br/2015/02/garota-que-tinha-medo-resenha.html
comentários(0)comente



Glaucia @blogmaisquelivros 13/02/2015

Com narrativa em primeira pessoa, A Garota que Tinha Medo, escrito pelo autor Breno Melo, conta a história de Marina, uma menina de 18 anos que a princípio levava uma vida normal com situações impostas pela mãe e família já desde a infância. Marina faz curso de jornalismo, tem alguns amigos e um namorado. E mesmo que nada demais aconteça em sua vida, tudo vem correndo bem, até começar os ataques de pânico e a síndrome jogar sua vida de pernas para o ar.

Primeiro minha personalidade e depois a síndrome do pânico cavaram um abismo entre mim e as pessoas que eu conhecia. (pág. 10)

A princípio Marina não sabe ao certo o que tem, ela só sabe que sente muito medo e sente dificuldades em respirar, falar, e até mesmo reconhecer o lugar onde está no momento em que a crise acontece. Sem o conhecimento necessário para tratar a doença e sem o apoio da família que acreditam que a moça apenas está de frescura, Marina se vê reclusa do mundo, da família e da realidade que um dia vivera, e a partir daí começa a se afastar dos amigos, da faculdade e do namorado que também não entende sua situação.

Meu peito agora inflava, senti dificuldade em respirar e minha visão escureceu. Acreditei que morreria e tive medo... [ ] Entre minha mente e meu corpo havia uma barreira. Eu assistia a mim mesma como se fosse outra e não podia fazer nada por mim. (pág. 42)

Quando Marina finalmente decide buscar a ajuda de um profissional e sua família entende a importância disso, a menina descobre que além da síndrome adquiriu outra doença associada ao pânico, que ao decorrer do livro começamos a entender que é normal. Porém nossa protagonista poderia ter tido mais facilidade se pudesse de imediato contar com o apoio daqueles que deveriam ser sua base.

Desisti. Ao menos por um momento, joguei a toalha. Se nem mesmo meu irmão (que deveria me respeitar) se esforçava para me entender, o que eu poderia esperar de outras pessoas? (pág. 178)

Em A Garota que Tinha Medo, o autor narra com tamanha sensibilidade o dia a dia e as dificuldades vividas pelos pacientes que sofrem da síndrome. É impossível ler e não se sentir envolvido na história de Marina e em seu inferno pessoal. Após a descoberta da síndrome, Marina aprendeu que nem sempre somos aceitos com nossos problemas e limitações por aqueles que estão a nossa volta. Pelo contrário, muitos se afastam e excluem o “problema” da vida deles.

Mas hoje penso que a síndrome só afastou de mim as pessoas que não me amavam de verdade: precisamente aquelas de quem eu podia abrir mão. (pág. 211)

A Garota que Tinha Medo é um livro que indico para todos, sem restrição de gênero. É uma história que abre nossos olhos para um universo que parece estar distante de nossa realidade mas que na verdade pode estar bem ao nosso lado.


site: http://www.maisquelivros.com/2015/02/resenha-garota-que-tinha-medo.html?showComment=1423782626227#c9052644161622741907
comentários(0)comente



Gingz 11/02/2015

A garota que tinha medo
A primeira coisa que me fez ter interesse neste livro não foi a capa, nem o título, mas sobre a doença que ele envolvia, que é a síndrome do pânico.

Eu tinha lido a resenha lá no Fluffy que é da Gabi Orlandin e fiquei bem curiosa na sua história, até comentei lá que gostaria de ler o livro para saber qual seria o sentimento da personagem, que é a Marina.

Mas porque do interesse? Simples, eu mesma já tive/tenho meus probleminhas com ansiedade e por mais que pareça comum ser "ansiosa demais" nunca conheci alguém que tivesse algum tipo de crise por conta disso.

A Marina não nasceu com síndrome do pânico, ela começou a desenvolver depois de entrar na faculdade de jornalismo e eu já imaginava um pouco de onde vinha a origem. Sua mãe era muito, mas muito rigorosa com seus estudos, fazia com que Marina praticamente não tivesse vida, para poder estudar e entrar para uma boa universidade. Eu também ficaria pirada.

"Eu não me queixava de nada e me esforçava para dar o melhor de mim em tudo, inclusive nas coisas mais tolas do dia a dia. E esse esforço, hoje eu sei, me desgastava. Fui dando o que não tinha, porque eu me preocupava demais, até que um dia arrebentei por dentro e precisei de conserto."

Apesar dessa pressão, Marina tinha um blog literário onde se refugiava durante a noite, que poderia ficar sozinha e conversar com seus amigos virtuais, ela gosta de fotografar e também começa a namorar um idiota. Não vou explicar o porque ele foi um idiota, quem ler poderá entender. Mas eu lembro que quando li aquele trecho que me deixou irritadíssima no mesmo instante mandei uma mensagem para o meu namorado falando exatamente o que eu li e ele respondeu simplesmente com um "Nossa! Viu como eu sou um amor?" e eu tive que rir.

Não posso contar o que me irritou sem fazer spoiler, mas posso contar porque meu namorado disse que era um amor. Teve um final de semana em que fiquei muito ansiosa e comecei a morder as unhas desesperadamente (e eu não roo unha), ele perguntou o que eu tinha e em resposta comecei a chorar dizendo que não sabia o que era, meu coração acelerou e dificultou um pouco minha respiração. O que foi que ele fez? Me pegou no colo (como um bebê), me abraçou forte e ficou dizendo que tava tudo bem e ficou assim até que eu me acalmasse e começasse a rir da situação. Um amor, não?

Apesar do autor ser brasileiro a história se passa em Assunção no Paraguai, e é rica em detalhes, principalmente dos sintomas da Marina, tudo o que ela sente é muito bem descrito no livro, você sabe exatamente o que ela está passando a cada momento por conta disso. É como se ela estivesse confessando diretamente pra nós o sofrimento dela. E a gente acompanha cada decisão dela, de ir ao medico, de tentar se curar, as recaídas, as fraquezas, suas superações.

O livro tem 280 páginas, mas dá pra ler em um dia ou dois, é bem rápido. Mas eu demorei mais por conta do meu horário de ócio ser bem apertado. O livro me surpreendeu bastante e é por isso que darei 4 estrelas para ele.

site: http://www.prettythings.com.br/2015/02/a-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html
comentários(0)comente



Dany 09/02/2015

A Garota que Tinha Medo
Quando os ataques de pânicos começaram, Marina não fazia ideia do que era aquilo que ela estava passando. Fomos descobrindo junto com ela o que estava acontecendo, e todo o processo que desencadeou esses ataques. O livro é em primeira pessoa, em forma de memorias que ela estava escrevendo.

Tudo começou quando Marina tinha dezoito anos. Nesse período ela estudava dia e noite pra conseguir passar nem alguma universidade. Sua mãe a pressionava para que ela estudasse bastante e sempre mais e mais.

Quando conseguiu passar para Jornalismo, Marina desfrutava da vida que sempre sonhou, estava namorando, estudando, fazendo amigos e se divertindo na faculdade. Sua mãe deixou de lhe pressionar e foi justamente quando tudo estava perfeito que os ataques começaram.




"Embora eu possa ser feliz, minha felicidade certamente não será a propagada pelos filmes de Hollywood, nem aquela vivida pelas protagonistas de romances americanos. Eu realmente gostaria de ser a mocinha de algum romance de Nicholas Sparks, triste agora e feliz no parágrafo seguinte como só os americanos sabem ser, mas acontece que não sou. A vida real, reproduzida em tramas populares, não é mais que uma exageração dos fatos e uma simplificação das causas que levam a eles." Pág. 213



A narrativa e tão bem feita que pude senti todas as angustias que afligiram Marina. Por ser narrado em primeira pessoa, temos outra visão das pessoas ao redor de Marina, como elas encararam a doença, como a doença afetou drasticamente a vida dela. Passamos pela descoberta da Síndrome do Pânico, dos sintomas, das crises.

Marina tem uma religiosidade que enriqueceu a história, a forma como ela interage com Deus, os questionamentos, as histórias que se encaixam com o momento pela qual ela passa. Não ficou uma coisa chata e maçante, mas me fez compreender a fragilidade em que ela se encontrava.


Ela teve que passar por tratamento, foi um demorado processo até ela conseguir descobrir o que estava acontecendo, e nesse meio tempo os ataques continuaram fazendo com que ela quase não saísse de casa. Tornou-se impossível voltar aos lugares onde Mariana teve os ataques e podemos notar claramente o quanto ela estava sozinha nessa luta. Mesmo com a ajuda das pessoas próximas, do psiquiatra, do psicólogo, Marina teve que encarar tudo com garra e coragem.

Notamos o quanto o tratamento requer dedicação. O quanto é difícil para as pessoas compreenderem pelo que ela passa e tentar ajudar. O quanto somos pouco informadas a respeito da Síndrome do Pânico. Sim, me senti amiga dela, me senti tocada pela história.

Um ponto negativo foi que lá pelo meio do livro alguns personagens deixaram de ter participação na história e tudo ficou muito focada apenas na Marina, mas de resto gostei de tudo.

A forma como a história se desenvolveu, a construção dos personagens, as descrições dos lugares, tudo ficou harmonizo com a história.

Está mais do que indicado o livro, adorei a escrita porque fluiu tão natural que nem me dei conta das páginas passando.


site: http://recolhendopalavras.blogspot.com.br/2015/02/resenha-garota-que-tinha-medo.html
comentários(0)comente



Bru | @umoceanodehistorias 05/02/2015

Em A Garota que Tinha Medo, conhecemos Marina, uma jovem de cinco anos que contará a trajetória de sua vida. Marina estava em um período de estudos intensos para o vestibular e, além de sua mãe não parar de pressioná-la, ela convivia com uma constante pressão dentro de si.

Na época em que tentava dividir seu tempo entre estudos e o namorado, Marina sofre seu primeiro ataque. Ela não sabe dizer o que aconteceu, apenas sabe que um pavor tão grande a atormentava que ela gritou e gritou até que tudo isso parou e era como se nada tivesse acontecido. Desde que ela começou a ter as crises, notou que seu namorado se afastou.

"Eu era uma chaleira que apitaria cedo ou tarde. Seria bom que alguém abrandasse o fogo."

Agora, Marina estava sem um namorado, tendo crises constantes e em lugares que a constrangia e sentindo muito medo. O diagnóstico da Síndrome do Pânico não foi fácil e foi preciso muito trabalho por parte de Marina e seus médicos para que houvesse uma verdadeira melhora.

A trama, dividida em seis partes, nos faz ver como é difícil aceitar que você sofre de Síndrome do Pânico e a reação que as pessoas, ao seu redor, têm. Marina me fez notar que um panicoso não é uma pessoa com frescura, como muitos pensam e que as crises são realmente graves. Os detalhes fornecidos pela Marina, durante suas crises, são incríveis e assustadores, pois, sempre que ouvia falar que uma pessoa era panicosa, pensava: Isso não deve ser tão grave assim, a pessoa deve apenas ter medo. Mas, não!, é mais que isso, durante a crise não há medo, há pavor, um sentimento que te faz pensar que você irá morrer e você pode até torcer para que isso acontece, assim você se ‘livra’ de toda essa dor.

Em diversos momentos, principalmente durante as crises, pensei que estava lendo uma biografia e não um livro de ficção. A história é incrível e me fez refletir demais sobre o que pensar de uma pessoa portadora da Síndrome e como eu poderia ajuda-la. Também me fez ver o quanto pequenas atitudes, sejam elas de pessoas distantes ou próximas a nós, podem nos mudar e nos fazer mal.

“Mas por que sofremos? A felicidade que a maioria de nós espera é idealizada; e uma felicidade idealizada só existe no mundo das ideias, onde não vivemos. Eu, por exemplo, posso ser feliz apesar da síndrome do pânico (porque este é o mundo palpável em que vivo), mas negar a síndrome para ser feliz me levaria a um mundo ideal, onde não vivo.”

Esse livrou tornou-se uma lição pra mim. Passei a ter diversas atitudes que não tinha: Pensar o que eu falava para alguém e como isso poderia magoá-la; Dizer às pessoas o que eu não havia gostado de ouvir; e, principalmente; Não julgar. Indico esse livro para todas as pessoas, tenho certeza que ele irá mudar algo em sua vida e te tornar uma pessoa melhor, afinal, sempre podemos melhorar.


site: http://mileumdiasparaler.blogspot.com.br/2015/02/a-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html
comentários(0)comente



Tenda dos Livros 05/02/2015

Um livro delicado e emocionante
Com o livro em mãos, me deparei com uma sinopse bem atraente, Marina e seus ataques de pânico e dilemas psicológicos me deixaram com uma porção de expectativas.
Marina, como a maioria dos jovens, estava preocupadíssima com os vestibulares a fazer, principalmente por conta da pressão que sua mãe fazia. Até aí tudo bem, ela não tinha nada de "anormal". Um pouco tímida, boa aluna, boa filha, escrevia em um blog (olha só que coincidência) sobre literatura e gostava de fazer amizades e até alguns paqueras pela internet. Até que um acontecimento desestrutura a vida de Marina, no começo ela nem imaginava do que se tratava, achava que o que acontecia era apenas um mal estar, só que aconteceu de novo, de novo e de novo.
E com esse dilema incontrolável, a jovem vê sua vida passando diante dos seus olhos, sem diagnóstico, sem nenhum apoio das pessoas ao seu redor, não há outra analogia senão o fundo do poço. A garota que tinha medo, tinha sobretudo razão em ter medo da síndrome do pânico, se torna impossível não se sensibilizar com a história de Marina.
O autor deixa mais que claro o quanto qualquer distúrbio ou transtorno psicológico ainda é visto como frescura, algo que não mereça atenção. Como estudante de psicologia, vejo isso de perto, aos poucos (quase parando) a sociedade está começando a perceber que sua condição psicológica pode interferir em todas as áreas de suas vidas, inclusive em seu estado físico. A vida de Marina não é nada fictícia olhando por esse ângulo, sua condição e a força com que luta bravamente torna a história ainda mais interessante.
Uma outra coisa bem legal foi a forma como Marina fez da internet sua válvula de escape da melhor maneira possível, encontrando pessoas que sofriam tanto quanto ela e que encontraram uns nos outros o apoio que precisavam.
Breno Melo nos apresenta esse enredo de uma maneira bem dinâmica, o que torna a leitura fácil, rápida e prazerosa. A narrativa acontece em primeira pessoa, tudo aos olhos de Marina. Não é sempre que gosto desse tipo de narrativa, porque as vezes o protagonista omite alguns fatos do leitor, mas nesse caso foi necessário, foi importante sentir junto com Marina, entender seus pensamentos e dores.

A diagramação deixou a desejar com a capa, confesso que achei muito mais bonita com a edição da Schoba, minha idealização de Marina foi completamente diferente da garota da capa. A revisão está ótima, não encontrei erros. Boa divisão de capítulos e a letra está no tamanho e espaçamento perfeito.
Gostaria de agradecer ao autor pela oportunidade de conhecer sua obra (que belíssima obra) e o seu talento maravilhoso. Se você tiver a oportunidade de ler esse livro, leia e se delicie.

- Daiana Ayalla

site: http://www.tendadoslivros.com.br/2015/01/resenha-garota-que-tinha-medo-breno-melo.html
comentários(0)comente



Danielle 29/01/2015

Ótimo
Resenha - Breno Melo – A garota que tinha medo

Quando o autor entrou me contato comigo para pedir que resenhasse o livro, e fui verificar sobre qual o tema do livro me deparei com um tema que sempre quis saber um pouco mais a respeito que é a Síndrome do Pânico, e realmente após terminar a leitura eu verifiquei que não sabia realmente nada sobre a doença, para as pessoas que nunca sofreram com doenças psicológicas é muito difícil entender e muitas vezes são até preconceituosas achando ser frescura ou desculpa para não trabalhar por parte dessas pessoas, quem nunca passou realmente nunca vai conseguir entender mas quando lemos sobre o assunto passamos a compreender melhor o que acontece com essas pessoas que são afetadas com essas doenças.

A trama é ambientada no Paraguai, onde aprenderemos um pouquinho sobre o país, sua história e cultura, mas nada cansativo, o autor solta em alguns momentos da trama as informações.

Com um narrativa em primeira pessoa como se fosse uma autobiografia da protagonista que passa uma sensação de maior profundidade, pois o leitor irá compartilhar a experiência desde o primeiro ataque de pânico junto com Marina, muito antes de ela descobrir que era uma ataque de pânico, a princípio a sensação é que a pessoa vai morrer, aperto no peito, falta de ar entre outras sensações que realmente a pessoa pensa que pode estar enfartando.

Marina é uma menina que é muito perfeccionista, uma menina normal que está passando pela pressão de passar no vestibular e começar uma nova etapa em sua vida, entrar para tão sonhada universidade, sem contar que sua mãe faz uma pressão muito grande para que ela estude quase que o tempo todo.

Através da internet Marina conhece uma rapaz do seu condomínio e acaba começando um relacionamento com ele, as coisas começam a dar certo ela é aprovada no vestibular e consegue se matricular na Universidade que queria no curso de Jornalismo, as aulas começam e Marina conhece novos amigos, mas eis que Marina um dia quando seu namorado vai buscá-la para sair ela tem o primeiro ataque de pânico, até que esses ataques aos poucos vão acontecendo em locais públicos e Marina começa a ser vista como louca até pelo próprio namorado e finalmente resolve procurar ajuda médica de um psicólogo que a diagnostica com Síndrome do Pânico e começa então a luta para que consiga se curar e entender o que ocasionou a doença em Marina.

"Os animais, porque ainda vivem em estado natural, não sofrem por amor como os seres humanos. Porque os animais não necessitam do matrimônio para fazer do amor algo completo, nem esperam do amor tudo o que esta ou aquela cultura nos ensinou a esperar, simplesmente porque eles não têm cultura."

“Meus colegas de turma tinham medo de mim. Mas eles não sabiam o que era ter medo. Ninguém ali havia passado o que eu passei. Me senti uma leprosa, mas minha doença não era contagiosa. A verdade é que eu não podia fazer mal a ninguém, senão a mim mesma, além de sofrer com o preconceito de terceiros.”

"Quem supera seus medos é mais corajoso que aquele que nunca os teve ou jamais os enfrentou."


Minhas impressões


Este livro para mim foi muito esclarecedor, sempre quis saber como se sentia uma pessoa afetada por esta doença e a forma como foi abordado e narrado o livro foi simplesmente de forma muito rica e intensa, fazendo o leitor passear pela mente de uma pessoa que sofre com uma doença não compreendida pela maioria das pessoas, é o que diz aquele antigo ditado, mente sã, corpo são, quando nossa mente não está bem ela manda reflexos para o nosso corpo, como se fosse um vulcão,é o que acontece com essa síndrome, os medos e angústias reprimidos podem acabar uma hora explodindo para fora do corpo e devem ser tratados.

Recomendo a leitura a todos que queriam saber um pouco melhor sobre essa doença que ainda é um tema tabu em nossa sociedade.



site: www.facebook.com/minhasresenhasdp
comentários(0)comente



MILA 01/03/2015

Narrativa em primeira pessoa por Marina, com isso sentimos seus medos, suas crises, suas dúvidas para com as pessoas a sua volta e passamos a fazer parte da vida de Marina, sentimos na pele como foi a primeira crise, todas as etapas e aos poucos vemos Marina se reerguer.

Marina cai em um mar de angustia e medo quando a síndrome do pânico aparece em sua vida, afetando seus relacionamentos, sua rotina, seus estudos, e até sua religião.

No fundo do poço vemos Marina deixar de frequentar faculdade, igreja, entre outros lugares, ela nunca sabe quando a crise vai aparecer, ela só sente que algo está diferente, ela não pode escolher ter as crises em casa em vez de ser quando está dirigindo, ou quando está na faculdade. Com isso tudo, Marina perde o namorado, os amigos e é até mal compreendida pelos familiares.


"Mas hoje penso que a síndrome só afastou de mim as pessoas que não me amavam de verdade: precisamente aquelas de quem eu podia abrir mão."
(pág. 211)



É um sentimento triste que abate o leitor ao acompanhar a vida de Marina, o leitor sente tudo como se fosse com ele mesmo, fiquei abalada com tantos sentimentos por que Marina passa e o que é melhor é o leitor também poder acompanhar a luta de Marina para conviver com a Síndrome, me senti extremamente feliz quando Marina conquista voltar a igreja, a estudar e a encontrar um novo amor.



"Eu era uma chaleira que apitaria cedo ou tarde. Seria bom que alguém abrandasse o fogo."

Resenha Completa no Blog Daily of Books Mila

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2015/02/resenha-garota-que-tinha-medo.html
comentários(0)comente



Rayme 28/01/2015

"Eu era uma chaleira que apitaria cedo ou tarde. Seria bom que alguém abrandasse o fogo. (Pág 23)"

Com uma narrativa em primeira pessoa, em A garota que tinha medo, conhecemos Marina, uma jovem de vinte e cinco anos que contará sobre a sua vida. A jovem descobriu ter Síndrome do Pânico quando tinha apenas dezoito anos. Na época que seus ataques começaram, Marina estava em um período de estudos intensos para o vestibular, e por conta de tanta pressão, principalmente por sua mãe querer que ela passasse em seis faculdades diferentes, a garota acaba desenvolvendo este problema. Ela sempre teve uma vida normal e até mesmo um namorado, que abandonou-a logo que suas crises começaram.

A trama é dividida em seis partes, e além de contar sobre como a Marina descobriu a doença, como ela passou a se aceitar desta forma e como conseguiu se curar, mostra também o outro lado da moeda. Mostra as atitudes das pessoas que convivem com quem é panicoso e nos faz perceber o quanto algumas pessoas podem ser leigas no assunto ao ponto de pensar que esta doença é apenas uma "frescura". O autor narra as crises da Marina de forma tão descritiva que até parece que ele mesmo viveu tudo aquilo. Não é difícil entrar na mente da personagem e perceber como exatamente é uma crise assim.

Conheci este livro através de um blog que sigo. Li a resenha dele e fiquei bem curiosa para lê-lo, pois acho interessante livros que falam sobre doença, mas, ao mesmo tempo em que fiquei curiosa, fiquei com receio, pois pensei que fosse encontrar uma trama bem mais técnica do que realmente é. O autor conseguiu escrever uma história ótima. A leitura se torna fluida, e quando você percebe já está torcendo para que a garota encontre o tratamento e que melhore logo.

Apesar de todos os fatos relatados serem fictícios, Breno conseguiu me encantar e me fez aprender com a personagem. Acabei me encantando pela leitura, adorei acompanhar Marina desde o começo da sua doença até o final de seu tratamento e sua tentativa em voltar a ter uma vida normal. Aprendi muito com esta leitura, já que eu conhecia pouco sobre a Síndrome do Pânico. Recomendo A Garota que tinha Medo, principalmente para quem pensa que Síndrome do Pânico não passa de uma frescura.

Aconselho também que este não é um livro para se devorar em poucas horas. É uma obra para ser lida com calma e de mente aberta, apesar de a escrita do autor ser tão boa que você irá iniciar a leitura e querer saber logo como será o final dele.
comentários(0)comente



L. Müller 27/01/2015

“A GAROTA QUE TINHA MEDO”, UMA HISTÓRIA QUE PODERIA SER A SUA
Marina começa sua narrativa da forma mais simples: se apresentando. E então, começa a contar sua história… Mora com os pais e o irmão, e, sempre pressionada pela mãe, estuda até não poder mais. Conhece Júlio pela internet e depois de um tempo, engatam num namoro. Passa na universidade e relata sua vida acadêmica – e às vezes, nem tão acadêmica assim: trote, festas, “cantadas” de veteranos, drogas,…

Ela conta também que mantém um blog literário, gosta de tirar fotos, e diz às vezes enxergar aquilo que ninguém vê.

O caso é que ela nunca se enxergou como uma pessoa normal. “Queria ser como os outros seres humanos, mas o fato é que eu não era. Sempre fui estranha, e um dia isso ficou claro como a água. Primeiro minha personalidade e depois a síndrome do pânico cavaram um abismo entre mim e as pessoas que eu conhecia. Deixei de me identificar com elas e suspeito que elas também tenham deixado de me ver como uma semelhante.”

O transtorno de ansiedade de Marina se manifestou nas piores situações, todas elas narradas com detalhes e muita sensibilidade. Sua história nos convida a adentrar o universo de uma pessoa que sofre com o Transtorno de Pânico, que, apesar de aparentemente distante do nosso, o grau de identificação com a personagem atenta para a realidade. E essa realidade é que, num mundo cheio de informações em que temos que correr contra o tempo, qualquer pessoa pode estar sujeita a desenvolver qualquer tipo de transtorno. E Marina é como eu, como você: uma garota “comum”, que frequenta as aulas na universidade, que acha seu irmão meio “besta”, que encontra refúgio em seu blog e nas redes sociais, que vai à igreja e procura se apoiar em Deus nos momentos de dificuldade. E que, subitamente, sem qualquer motivo explícito, pode ser tomada por uma sensação de medo arrebatadora, chegando ao ponto de ver como ameaça pessoas e lugares conhecidos.
(...)
Conitnue lendo no blog (:

site: https://pseudoaleatoriedade.wordpress.com/2015/01/26/a-garota-que-tinha-medo-uma-historia-que-poderia-ser-a-sua/
comentários(0)comente



Andressa 25/01/2015

A Garota que Tinha Medo - Breno Melo
Após a leitura de Marta, romance de estréia do autor nacional Breno Melo, minhas expectativas estavam elevadas para ler mais uma obra sua. Apesar de o primeiro livro ter sido lido no ano de 2011, ainda me lembro de tê-lo apreciado principalmente pelo surpreendente final e por abordar um tema diferente do que estou acostumada a ler e do qual não conheço muito, a bipolaridade. Fico feliz em poder dizer que, ainda que as expectativas estivessem altas para a leitura de A Garota que Tinha Medo, o livro não me decepcionou e ainda me cativou e envolveu mais do que o anterior.

Com uma escrita fácil, rápida e envolvente, somos introduzidos neste livro à vida de Marina, uma jovem que sofre de síndrome do pânico. Talvez o que mais tenha me cativado no livro, além de abordar mais um assunto do qual pouco conhecia, foi a forma como o autor introduziu a síndrome na vida da personagem. O livro é iniciado quando Marina já sabe da sua condição, porém os fatos são narrados em primeira pessoa desde antes dos sintomas aparecerem. É notável como a maioria das passagens descritas foi imprescindível para o desenvolvimento da síndrome e amadurecimento da personagem, e o ponto mais interessante disto foi poder visualizar sentimentos como confusão e medo e como a condição afetou a vida não só da protagonista, como também de todos aqueles que a rodeavam.

Ao longo do livro, vamos aprendendo um pouco mais sobre a condição de Marina juntamente com a personagem, o que torna cada momento envolvente, como se de algum modo fossemos parte da história ou alguém íntimo dela. Além disso, a narrativa aborda também romance e situações pelas quais a personagem passa que por muitas vezes independem da síndrome, mas nos mostram a vida na passagem do colégio ao início da universidade.

Porém, algumas partes acabaram me incomodando um pouco apesar de não ter atrapalhado a leitura de forma alguma: por vezes, Marina me passava a idéia de imatura e um tanto infantil para a idade principalmente em algumas situações envolvendo Júlio, até meados do livro. Felizmente, estes momentos foram poucos se olharmos o livro como um todo e rapidamente eram esquecidos quando os ataques eram descritos e estes me despertavam certa angústia.

Por fim, posso dizer que a leitura foi uma ótima experiência e que me trouxe uma nova visão sobre a síndrome, que, como já comentado, eu pouco conhecia. É incrível como o autor transmite os sentimentos de Marina pelas páginas, nos tornando parte dela e nos instigando a ler o livro rapidamente. Com certeza, um livro muitíssimo recomendado!
comentários(0)comente



Raquel Comunale 25/01/2015

O livro se passa no Paraguai é narrado por Marina uma jovem prestes a vestibular para jornalismo super dedicada e pressionada por sua mãe. Ela acaba de conhecer pela internet um menino chamado Júlio e está um pouco tensa com todas as decisões do futuro mas ainda assim feliz quando é atingida pela seu primeiro ataque de pânico. Sem entender exatamente o que estava acontecendo Marina simplesmente tenta seguir em frente e esquecer o que aconteceu.

Contudo aos poucos o número de ataques vai aumentando e Marina finalmente percebe que sua antiga vida está cada dia mais para trás, seus medos e sua insegurança atingem níveis impossíveis e mesmo com toda sua fé ela se sente cada vez mais sozinha e desprotegida.

Com a ajuda de médicos e de seus familiares Marina vai caminhando lentamente não em busca de uma cura mas em busca de um tratamento que lhe proporcione normalidade e segurança para seguir sua vida. Obviamente nem tudo é simples mas somente em cada uma de suas tentativas Marina aprende como lidar com seu próprio cérebro.

Eu amei o livro! É uma leitura que é ao mesmo tempo doce e angustiante. A personagem é retratada com uma realidade tão grande que não foi difícil comparar cenas do meu próprio cotidiano com relação a inseguranças e medos. A narrativa nos permite acompanhar um ataque de pânico por uma perspectiva diferente listando sintomas e nos fazemos pensar na angústia da situação em si. Além de muitos trechos sobre a síndrome do pânico e distúrbios em geral o livro traz muitas coisas sobre a cultura e política do Paraguai além de diversos fragmentos sobre religião e teologia. Um livro diferente e encantador em diversos sentidos, recomendo!

site: http://desencontre.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



78 encontrados | exibindo 61 a 76
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR