Sissa 30/05/2012Poucos livros me divertiram tanto quanto esse.
À princípio achei que seria o normal: garota comum se apaixona pelo nobre inglês... Mas pra começar a Pamela é motoqueira, e sua primeira experiência com James é ser expulsa por ele de sua propriedade, o que só piora o antagomismo que ela tem por nobres ricos.
Como não tinha para onde ir e a única pessoa que ela conhece naquela cidade é o tio, que por sinal, é o mordomo de Sir James, ela tem que recorrer a ele. Mas o 'veinho' não quer saber de encrenca (ele conhece a sobrinha que tem), então trata de escondê-la, mas só por uma noite.
Porém, no outro dia de manhã, ela acorda cedo e vai direto para o jardim colher flores sem imaginar que está sendo cobiçosamente observada. Quando volta para a casa, dá de cara com James, que estava fascinado vendo aquela mulher de camisola dançando e colhendo flores em seu jardim. Ele imagina que ela seja a nova criada, e para não perder o emprego, tio Charlie confirma, mas inventa outro nome para ela.
Pam sente o interesse dele por ela e só de sacanagem começa a falar como uma pessoa sem qualquer instrução e além de tudo, fanha.
— Bem, Dora Smith, de Londres, bem-vinda a Abbot’s Arbory. Vai ser muito interessante ter você aqui em casa. — Havia um tom de ironia mal disfarçado na voz de sir James.
— Oh, muito brigado. Tô contente de tá aqui.
Sir James recuou, um estremecimento passando pela sua face. A seu lado, Charles tossiu, mas Pam evitou olhar em sua direção.
— Sim... Bem, eu... — sir James parecia não encontrar as palavras. — Como o sr. Richardson havia dito, vá para o quarto trocar de roupa. Depois coloque as flores nos vasos.
— Tá certo, intão, companhero. Brigado.
Foi para o quarto e teve que se conter para não cair numa estrondosa gargalhada. Toda a humilhação que havia passado na tarde anterior tinha sido compensada só por ver a expressão dos dois homens lá na cozinha, quando chamara o grande baronete sir James Tristan Wyndham Arbory de “companhero”. Era difícil dizer qual dos dois parecia mais surpreso e apalermado.
Eu me acabei de rir. Quase consegui ver a cara do James, a decepção estampada, vendo aquela mulher linda falando 'caipirês'. Essas cenas ilárias se repetem várias vezes, cada uma mais engraçada do que a outra.
O James na verdade é um fofo, e é muito legal a cena em que eles conversam e ela fica tão indignada durante uma discussão que esquece de falar 'caipirês'.
Além de tudo, ainda tem uma rival (adoro) que vai tentar atrapalhar tudo e quebrar a cara no final, claro.