Men on Strike

Men on Strike Helen Smith




Resenhas - Men on Strike


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Igor Almeida 29/12/2021

Greve de casamento
Que livro espetacular. Segue o clichê: todo homem deveria ler (as mulheres também). Quando se trata da organização da sociedade no quesito gênero, o discurso padrão atual, progressista, é o que impera em todo canto, inclusive já absorvido na grade curricular como senso comum: o "fato" de que as mulheres são oprimidas pelos homens (a velha dicotomia marxista de opressor e oprimido). E como todo senso comum, esse também não é passível de ser discutido. Ninguém discute seriamente se a terra é plana, se bactéria existe, etc. E assim também ocorre sobre esse tópico, tornando o debate um tanto quanto difícil. Sempre que se tenta falar sobre o assunto, automaticamente já entramos na caixinha de "ideologia", como se a verdade não mais importasse e todo mundo pudesse falar o que quiser, já que é apenas a opinião, a visão de cada um. Desse modo, as sacadas mais geniais tendem a ser tratadas da mesma forma que as mais absurdas: não são levadas a sério, é só um bate-papo. As ciências humanas têm esse calcanhar, já que não existe uma simples equação e pronto, está provado. Se determinado número de pessoas acreditar no que quer que seja, isso se "torna" verdade, independente da verdade e incluindo a própria relativização do que é a verdade. Nenhum avião vai cair ou nenhuma empresa vai falir porque essas profissões são postas à prova com muita facilidade no mundo real, diferente de ideias abstratas que teoricamente explicam o mundo. Quando se trata de gênero, 50% dos falantes humanos estão fora da jogada por não estarem em seu "local de fala", outra dificuldade. Esse livro quebra completamente esse ciclo, afinal é uma mulher reunindo anos de experiência como psicóloga e expondo os fatos, apenas isso. Em nenhum momento ela atacou o feminismo, apenas mostrou a consequência, no mundo real, após as ideias serem postas em prática e sugere que "talvez" (bem eufêmica) o pêndulo tenha se deslocado excessivamente para o polo feminino. Como é o mundo atual na perspectiva do homem comum? Como é a relação dele com as mulheres? Como ele é tratado pelas leis durante divórcio? E na faculdade? O tema principal é casamento, mas é questionado relacionamentos de um modo geral e comportamentos ditos masculinos.

Apesar do livro inteiro ser tapa atrás de tapa contra o "senso comum", nada como exemplos pra nos fazer realmente enxergar. Foi feita uma comparação em relação ao comportamento masculino entre os naufrágios do Titanic e do Costa Concordia. De um lado, em 1912, mulheres ganhando prioridade, inclusive com homens armados atirando naqueles que não dessem essa prioridade, nos botes salva-vidas; resultou na sobrevivência de 70% da população feminina do navio contra 20% da masculina. Do outro, em 2012 (coincidentes 100 anos após), apesar de não ter havido muitos mortos ("apenas" um casal), houve diversos relatos dos homens agredindo e empurrando mulheres para longe em prol de conseguir seu próprio lugar ao bote; a própria tripulação abandonou o navio antes dos passageiros. Não apenas neste caso, quanto mais recente o acidente, mais esse comportamento se torna evidente.

No Titanic, o imperativo biológico de salvar a própria vida não foi seguido pelos homens. As mulheres não sobreviveriam se assim eles o fizessem. Que tipo de modelo cultural e comportamental os homens dessa época tinham a ponto de sobrepor a própria autopreservação? É possível alguém enxergar esse ato de sacrifício com um viés pejorativo e considerar o ato ruim e condenável, mesmo que do ponto de vista feminino? Sim, eis o feminismo. Ademais, em tempos passados, cuja expectativa de vida era de 32 anos (em 1900 no Brasil), e que as mulheres casadas engravidavam tantas vezes quanto a natureza permitir, ou seja, estavam grávidas a maior parte da vida adulta (soma-se a isso os trabalhos da época serem basicamente braçais), ficar em casa e ser protegida, nesse contexto, ao meu ver, é absolutamente justo (queria ver uma gestante passar o dia carregando uma carroça de milho, enquanto o marido cuida da casa, e ainda chamar isso de empoderamento. Não faz sentido). Fico me perguntando como conseguiram chamar essa divisão de trabalho, que se refletiu no comportamento dos homens no Titanic, de "opressão masculina" ao ponto disso ser pensamento comum atualmente.

E baseado na tentativa de combater a dita opressão que começa a saga das leis misândricas em prol das mulheres e em detrimento dos homens (sim, em detrimento, não por igualdade), chegando ao ponto do homem pagar pensão pro filho que não é dele (chamam de pensão socioafetiva); pagar pensão mesmo quando ele próprio é abusado (mulher adulta cometendo abuso contra adolescente), sendo responsabilizado financeiramente por pelo menos duas décadas de sua vida (imagine se fosse o contrario…); de ser preso e ostracizado pela simples acusação de assédio/estupro por parte mulher (sem provas, a simples palavra basta, como se o ser feminino fosse santo em si mesmo e não fosse passível de mentir); de ser responsabilizado pela própria conduta independente do nível de intoxicação por álcool ou outra droga, enquanto a mulher é vista como incapaz nas mesmas circunstâncias e é amplamente amparada e protegida pelo Estado das próprias ações (ambos devem ser responsáveis por seus atos, apenas destaco a discrepância); de também ser responsabilizado mesmo em casos de fraude, como quando mulheres pescam os preservativos usados da lixeira e engravidam a si mesmas; nas condenações masculinas serem mais prováveis e mais duras pelo mesmo tipo de crime em relação à mulher, etc. Isso citando apenas alguns exemplos estritamente jurídicos. Nunca foi por igualdade.

Ainda no exemplo dos navios, por que o comportamento masculino mudou tanto de um século pro outro? O livro inteiro é uma grande resposta pragmática e real a essa pergunta. A resposta abarca desde a educação, modelos e definição de masculinidade, ativismo judiciário e, principalmente, a questão cultural (neste caso, contra os homens).

Vários ensaios questionam o motivo da mudança comportamental dos homens, que não tratam as mulheres tão bem quanto a geração passada e não querem casamento, sempre imputando os próprios homens por não quererem assumir essa responsabilidade, cunhando termos variados como "adolescência tardia", "homem-criança", etc. Atualmente, creio que não se pode pedir a existência de cavalheiros quando as damas já se foram há muito mais tempo. O feminismo, onipresente nas escolas, TV, séries, mídia, filmes, escolas, enfim em tudo, destruiu as mulheres pelas quais vale a pena sacrificar-se, criando um mar de mulheres focadas no próprio ego e com ódio ao homem só por ser homem, acreditando que ele, na figura do "patriarcado", é o culpado de seus problemas. Não é difícil responder, mas por que um homem se sacrificaria (não apenas no sentido literal) por alguém que vive chamando-o de opressor, pervertido, estuprador em potencial e tantos outros termos simplesmente por nascer homem? Quando se vive isso desde a escola primária, entende-se o motivo da retração masculina. Respeitar sempre, todos merecem, mas o sacrifício exige algo muito maior.

Em determinado trecho a autora comenta que se nada for feito a sociedade que nós conhecemos não mais existirá. Aqui eu complemento: mas é exatamente essa a intenção. Não se muda uma sociedade com revoluções, mas pela cultura (Gramsci). Disso se conclui que o casamento, sob as leis atuais (jurídicas e principalmente culturais), não compensa pro homem do ponto de vista pragmático (talvez ele considere por motivos pessoais ou religiosos). Daí a ideia de que os homens estariam em "greve de casamento". Com a desistência dos homens por relacionamentos e casamentos, qual a instituição que rui? A família. O principal formador de valores de um indivíduo se quebra. Sem família e sem religião (essa já foi vencida na geração passada), a educação e formação de valores fica a cargo da escola e do meio ambiente (conteúdo da internet de modo geral), ambos alinhados no mesmo perfil ideológico. Vendo o posicionamento dos adultos abaixo dos 30 anos, é evidente o rumo tomado.
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Denys.Rodrigues 30/07/2020

Homens em greve
Não iria fazer a resenha deste livro, mas como ele não tem nenhuma, decidir tomar a decisão. (Nesta resenha retrata apenas a opiniões encontradas no livro descrito pela autora Helen Smith)

A autora expõe o "porque" dos homens americanos começaram a adotar um comportamento de não se importar mais com a presença feminina em relacionamentos e casamentos. Dito isto ela define como uma grave do gênero masculino para com a mulher, ela apontando a HIPERGAMIA, como a culpada, e descreve que o homem ao entrar em um relacionamento/casamento, é um fardo enfadonho e pouco valioso comparado com o que era o casamento anteriormente na historia da sociedade.

Ela enfatiza que os homens não se relacionam com as mulheres atualmente, pois ela nota que o casamento e relacionamento sérios, não tem mais os benefícios morais e nem financeiros, já que a grande massas das mulheres casadas "torram" o patrimônio de seus maridos.

A autora, diz que os homens aderiram a grave na America são tratados como fracassados, e havendo uma total inversão de valores entre o casado e solteiro convicto.

O livro é bem curto, contendo umas 240 paginas, mas o assunto é bem complexo que geram um grau de repercussão e reflexão, a autora tem viés politico libertário, caso você tenha se interessado em lê-lo, o livro se encontra somente no idioma inglês.

Obrigado e tenham uma boa noite.
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