Lili Machado 23/11/2010Rancho Alegre – temos as mesmas origens e somos, realmente, irmãos – não seres inferiores, que existem para nos servir. Não somos donos de nossos animais – essa palavra traz a noção de posse – somos, sim, tutores de seu desenvolvimento espiritual. E eles,Tenho um casal de gatinhos, muito amados; e sempre quero ler sobre os animais sob a ótica do espiritualismo.
Esse livro, que me chega às mãos em época de “Nosso Lar”, no cinema, mostra a parte que lhes cabe, do outro lado da vida, no chamado “Rancho Alegre”, antigo “Recanto dos Animais”, localizado sobre o estado do Mato Grosso, no Brasil.
Logo no início do livro, é narrada uma estória que me deu o que pensar – me deu outra perspectiva sobre pessoas que apresentam aspecto animalizado (zooantropia), em seus atos perversos e, aparentemente, irrecuperáveis. Descobri, que estes, na verdade, merecem nossa compaixão e nosso auxílio.
Muitas das vezes, os animais atuam de forma indelével, nessa empreitada. A energia dos animais domésticos, como o gato e o cachorro, e os de fazenda, como o cavalo e a vaca, é responsável por devolver-lhes a lucidez perdida entre sentimentos de ódio, vingança e instintos primitivos.
O subconsciente dessas pessoas, estimulado pelas lembranças de quando vivia em estágio animal, há milhares de reencarnações anteriores, pode ser neutralizado pela companhia desses amigos, através de alterações energéticas que refletem nos corpos espiritual e físico. – fico pensando, apenas, no recente caso Bruno – ainda não consegui formar opinião, à luz dessas novas informações.
Impressionante a marcha dos pequenos animais, em direção ao litoral, velhos e doentes, jovens e sadios, projetando-se para as águas salgadas e geladas; num fenômeno cíclico e comum – sempre observados e auxiliados, de perto, pelas equipes de resgate do Rancho Alegre. É um esquema preexistente e programado, anteriormente, de retorno voluntário ao mundo espiritual, para que não ocorram desequilíbrios desnecessários, no meio ambiente em que vivem.
Os animais se suicidam? Sim – alguns sucumbem à depressão e à tristeza, em função de desequilíbrios energéticos, perda de um filhote, fome, sede, privações, castigos, como ocorre com os homens, pois à medida que evoluem e se tornam mais individualizados, seu nível de inteligência e sensibilidade também cresce. Outros reagem de forma instintiva, de acordo com as informações que carregam, em função do corpo coletivo a que pertencem.
Os animais mais evoluídos, já são capazes de raciocinar e entender qual é a sua participação na vida e quais as relações emocionais com os que estão à sua volta.
Os animais não convivem conosco por acaso – são nossos companheiros de jornada, desde épocas remotas, ao longo de nossa evolução. São as nossas células primitivas, de outros tempos, que evoluíram. O aprendizado entre nós e eles é mutuo, por isso temos responsabilidades.
O desejo de se alimentar da carne de animais é um ato de canibalismo? O desejo da carne ainda é grande, mas, aos poucos, vem decaindo e chegará uma época em que não mais nos lembraremos de que já fomos carnívoros. Mas, por enquanto, ainda há a necessidade de nutrir o corpo com proteínas animais. Isto é mais baseado no hábito do que na necessidade. O processo de libertação dessa necessidade já está ocorrendo, de forma forçada, através do surgimento de diversas enfermidades (zoonoses) que atingem os animais e que se transmitem aos seres humanos, com o consumo de suas carnes.
É ótimo saber que, em caso de absoluta privação ou castigos, os animais também possuem a habilidade de se desligar de seus corpos físicos, e de se desdobrarem, energeticamente, de forma que não sofrem tanto, o trauma das agressões.
“A carne nutre a carne”. – A energia contida na carne, sendo densa, exacerba os instintos ligados à preservação, tornando as pessoas que a consome, mais animalizadas. A cada animal sem vida, que ingerimos, atamos aos nossos pés, um peso que nos dificulta na escala evolutiva.
Se consumíssemos vegetais, não estaríamos, também, matando para comer? Não é preciso matar para comer. Um vegetal não precisa ser completamente destruído para nos fornecer alimentos de alta qualidade. Eles crescem de maneira contínua, sem sofrer tanto com as mutilações a eles infligidas.
Pode-se aplicar passes energéticos nos animais? Podemos compartilhar com eles, nosso carinho e amor, quando desejamos sua recuperação de algum mal físico, com a energia enviada, diretamente de nosso coração. No entanto, os passes energéticos destinados à irradiação dos seres humanos, são excessivamente fortes, para os animais, podendo, até mesmo, causar-lhes uma despolarização das células cerebrais e musculares, provocando disfunções neurológicas, musculares e cardíacas.
É abordado um caso de envenenamento intencional de animais. E o relato é tão intenso e cruel, que não consigo nem comentar. O mesmo se pode dizer do capítulo sobre os animais utilizados como cobaias, para experiências com medicamentos. – o que me acalma o coração é, somente, o conhecimento de que eles se desdobram e se tornam inconscientes, nos momentos dos maiores sofrimentos.
Muitos de nós pouco sabem sobre os medicamentos homeopáticos, que são desenvolvidos sem que se sacrifiquem animais. – a homeopatia é uma terapia energética natural, que faz circular as energias estagnadas, nas pessoas, agindo diretamente no corpo espiritual e refletindo sua resposta terapêutica, no corpo físico.