Toda Poesia

Toda Poesia Ferreira Gullar




Resenhas - Toda Poesia


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Biblioteca Álvaro Guerra 16/09/2024

Toda poesia reúne os dez livros de poemas de Ferreira Gullar, publicados ao longo de quase sessenta anos — de A luta corporal, de 1954, até Em alguma parte alguma, de 2010 —, tendo como base a edição revista pelo próprio poeta.

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site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788503012539
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Naiara 23/04/2021

Para quem gostar de Gullar, o livro é perfeito.
Já tinha lido algumas coisas "Soltas" do Gullar por aí, acabei ganhado esse livro que reúne muitos escritos do autor e foi maravilhosa a experiência da leitura. Já havia terminado há um tempo e esquecido de colocar aqui.
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Lucas.Ledo 08/04/2021

Poesia completa do autor até a data de publicação
Ferreira Gullar foi o último grande (gigante na verdade) poeta vivo brasileiro, que ainda é estudado nas escolas, muito reconhecido internacionalmente e pertencente ao período de transição para o pós modernismo. Participou ativamente, no início de sua trajetória de dois movimentos importantes, o concretismo e o neoconcretismo, do qual foi principal fundador, escrevendo inclusive um manifesto. Superado essas incursões, publicou cordel, teatro e participou da UNE nos anoa 60. Se auto exilou e em 1978 publicou sua obra mais conhecida: Poema sujo, um tour de force totalmente visceral 'vomitando' tudo de ruim que acontecia no Brasil no período da ditadura.
Sua obra é retumbante, digna de estudo acadêmico até hoje e por um azar (talvez) não lhe rendeu o Nobel de literatura.
Eu conheci o Ferreira Gullar em um elevador na Rua Rodolfo Dantas, Copacabana.
Era uma pessoa marcante, vinda de uma realidade seca e dura. De falar e escrita extremamente precisa e fluída, era um escritor e crítico de arte totalmente completo, de olhar agudo e ligado ao que de mais inovador havia na arte contemporânea.
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narf 08/02/2021

pingos nos is
Ferreira Gullar é um pseudônimo para José Ribamar Ferreira - "é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu nome". O livro Toda Poesia foi publicado pela primeira vez em 1980, quando Gullar retorna ao Brasil após o período que ficou exilado em Buenos Aires e escreveu o que é considerado hoje sua obra-prima, o "Poema sujo". O prefácio deste livro foi escrito pelo historiador e também escritor Sérgio Buarque de Holanda, autor de Raízes do Brasil. Nesta compilação de produções poéticas de 1950 - 1980 de Ferreira Gullar somos arrebatados pela veemência de suas palavras. Mesmo depois de muito tempo não consigo exprimir por inteiro o que senti lendo este livro, foram emoções intensas e diferentes tanto na primeira leitura como na releitura. Em muitos dos versos senti que se eu me esforçasse mais eu conseguiria dar as mãos para Ferreira Gullar só de tocar em um pingo de algum i. Grifei versos que relerei para todos que permitirem com a intenção de fazê-los conhecer Gullar e a mim ao mesmo tempo, "só que ninguém poderá ler no esgarçar destas nuvens a mesma história que eu leio, comovido".
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char_benji 08/08/2020

Um dos meus poetas favoritos. Essa coletânea é incrível, eu te venero, Ferreira Gullar!
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M. 11/10/2018

O título é não possuir título.
Não essencialmente lido, pois em minha humilde opinião, Poesia é leitura que nunca se esgota.

Tive o prazer, a oportunidade de entrar em contato com esse escritor, poeta através de suas palavras devassas, não loucas, modificadas. A verdade é que mal consigo defini-lo.

Ferreira Gullar é um poeta que deve ser descoberto.
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Karlan 29/07/2018

Meu poeta preferido
Vale conhecer mais o Gullar e sua vida e obras incríveis
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Alexandre Silveira 10/10/2017

Poesia que ilumina
Gullar (1930-2016) é considerado pela crítica especializada como uma das últimas vozes mais marcantes da poesia brasileira. As consagrações fazem jus ao trabalho desse autor maranhense, que além de escrever poemas ilustres, também se aventurou em contos, crônicas, ensaios, peças de teatro, dentre outras formas de produção.  No caso, a edição de toda a poesia gullariana utilizada para esta resenha, está desatualizada, pois nela são encontrados apenas os poemas escritos até o ano de 1999, ficando de fora  a produção poética póstuma do autor.  Consta nesta edição, também, um texto de apresentação escrito por Sérgio Buarque de Holanda, que embora muito curto, incita o leitor a descobrir o que há de tão especial e grandioso na poesia de Gullar. 

A obra poética de Ferreira Gullar costuma ser dividida em três fases, segundo estudiosos. A primeira diz respeito aos seus poemas experimentais, onde o poeta brinca com o concretismo e o neoconcretismo, movimentos que lhe deram destaque na literatura brasileira, justamente por sua inventividade, cabendo citar o livro A Luta Corporal; a segunda fase seria aquela que representa um Gullar mais político, onde este faz inúmeras críticas ao sistema social, utilizando a literatura como uma forma de denúncia e revolta, e nela temas como comunismo, injustiças e a luta de classes são recorrentes nos poemas; por fim, a terceira corresponde a um amadurecimento poético e pessoal do autor. Aqui, encontramos poemas com reflexões metafísicas e uma constante (arrisco dizer quase desesperada) preocupação com o tema da morte. Ao longo da leitura de todos esses poemas, o leitor pode acompanhar todo o processo de amadurecimento e as mudanças ocorridas na vida desse grande poeta. Aliás, os acontecimentos na vida de Gullar, que teve uma vida muito interessante, influenciaram em sua produção poética e em todas as suas transformações. 

Apesar de toda a diversidade encontrada nos textos, alguns dos temas e imagens são recorrentes. Como exemplo, temos vários poemas cujo objeto de interesse é a figura de frutas apodrecendo num prato. O eu-lírico, no caso, observa tais frutas, enquanto têm epifanias a partir do olhar desse quadro. Tal imagem é construída nos poemas As Pêras (A Luta Corporal),  Bananas Podres (Na Vertigem do Dia) e em Omissão (Barulhos). A partir dessas leituras, penso que esse fascínio por frutas apodrecendo pode corresponder a uma metáfora para a vida do próprio ser humano: nós somos as frutas e o apodrecer diz respeito ao correr da nossa vida, que logo consumirá nossos corpos vazios. Além disso, tendo em vista que Ferreira Gullar mantinha uma relação muito próxima ao mundo da arte e suas diferentes manifestações, escrevendo diversos ensaios sobre o tema, muitos deles bastante conhecidos (a exemplo: Vanguarda e subdesenvolvimento), é provável que a imagem posta em questão se associe à própria ideia de natureza morta. Tal expressão artística é constantemente representada em pinturas com frutas num prato, surgindo nas obras de artistas como Paul Cézanne e Claude Monet. Sabe-se, também, que um dos principais conceitos por trás de obras que são caracterizadas como natureza morta é expressar beleza e dar contraste em objetos inanimados. Gullar, portanto, estaria brincando com esse conceito ao mostrar-nos, através de sua poesia, a imagem suja de frutas apodrecendo, levando-nos a refletir sobre a realidade, os limites dos seres humanos e a sujeira que acompanha o correr das nossas vidas. 

 Ademais, elementos corporais também são frequentes nos textos do poeta, que acompanham essa edição de seus poemas publicada pela editora José Olympio. Em muitos poemas, partes do corpo do eu-lírico são constantemente colocadas em destaque, como uma forma de mostrar aquilo que é sua única ligação ao mundo real. No caso, um simples toque em si mesmo ou em objetos fazem com que a voz poética tenha reflexões acerca do universo à sua volta e de suas limitações como mero ser humano. A título de exemplo, temos isso nos poemas: Pele Sobre Pele, Tato (ambos encontrados no livro Muitas Vozes) e Homem Sentado (Na Vertigem do Dia). 

Muitas leituras podem ser feitas e muitas imagens significativas podem ser encontradas nos poemas de Ferreira Gullar. Com lirismo melancólico, embora esperançoso em muitos momentos, Gullar conseguiu atingir aquilo que pretendia: acender uma luz de conforto  em quem lesse seus poemas no desamparo da fria e cruel realidade em que nos encontramos. 

site: https://paomanteigaecafeblog.wordpress.com/
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Arsenio Meira 25/08/2012

Um dos grande poetas da literatura universal.
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Lil Paiva 28/01/2012

... prefiro a arte da retórica de Ferreira Gullar. Esperava mais do livro! Gostei até então do Romance de cordel apenas.
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Rúbia 01/11/2010

Eu nem sou,muito fã de poesia,mas esse livro faz parte de uma época da minha vida maravilhosa,e não foi dificíl,gostar de muitas das poesias que estão ali...
É claro que tem umas,que são chatas e sem noção,mas vai lá,da pra curtir um pouco...
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Alessandra 23/12/2009

A poesia de Gullar é uma denúncia as injustiças sociais, uma critica a opressão, nela ele denúncia a fome, a miséria social, o trabalho escravo, do sertão as grandes metrópoles. A necessidade de lutar contra tudo isso. O descaso, a corrupção do empresário ao político. Bate da frente com a ditadura. A poesia de Gullar é engajada, sem dúvida nenhuma é um autor de grande importância para a história do país. Este livro revela a realidade brasileira dura e crua, com toda a sua problemática social.
Grande parte dos poemas foram escritos nas décadas de 50 e 80, e é extremamente atual.
Acho importante ler este livro pelo seu grande valor. Este livro não aborda somente questões sociais, mas também tem alguns poemas que falam do homem e toda a sua complexibilidade, e alguns sobre coisas simples da vida.
Não é realmente o tipo de leitura que mais aprecio por mostrar um lado cruel da condição humana, especialmente brasileira, por mostra o lado miserável do país, na verdade só selecionei duas poesias que não tratam de questões sociais, de qualquer forma é um livro que se deve ler, pois e um livro de importância social, e é preciso conhecer este lado da vida, até para se humanizar mais, e saber a parte que nos cabe nesta sociedade, e até que ponto somos responsáveis por ela...
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Antônio A 02/06/2009

Livro fantástico. Recomendo esse livro para todos os amantes da boa poesia.
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Beatriz Almeida 29/01/2009

Livro para quem gosta de poesia e para quem quer aprender a gostar.
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Pedro 06/08/2010minha estante
Coloquei estou lendo, mas na verdade é um livro pra se ler a vida toda.




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