Eneida

Eneida Virgílio




Resenhas - Eneida


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Vinícius 28/01/2022

A fundação de Roma
A epopéia narra a trajetória do herói Eneias que deixa a cidade de Tróia incendiada, carregando o pai em suas costas, segurando pela mão o filho: Ascânio e conduzindo sua amada esposa Creúsa. A sua trajetória é repleta de acontecimentos até a chega a Itália. Metade dos cantos I-VI: inspirada na Odisseia e do VII-XII cantos inspirada na Ilíada, narrando suas lutas pela conquista do Lácio e da fundação do reino latino. A escrita rebuscada, como sempre presente nas epopéias, pode ser menos atrativa para alguns leitores, mas é um grande clássico.
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mias0 20/12/2021

Terminei a leitura há alguns meses, mas só agora me dei conta de que não havia comentado sobre ela.

Para mim, a leitura de Eneida foi um pouco difícil, principalmente por ser o livro mais antigo que li até o momento (seu lançamento data do séc. I a.C). Mas, apesar da dificuldade da leitura, consegui compreender e finalizar o livro em uma disciplina da faculdade.

Essa não é uma resenha grande e detalhada como gosto de fazer, acredito que deixei passar muito tempo desde o fim da leitura e pela dificuldade que tive não tenho tantas coisas a dizer. Mas para mim foi interessante conhecer mais sobre a Literatura Clássica escrita em Latim, e aprender sobre algumas ligações do enredo com o mundo fora dele. Acredito que, pelos meus estudos, é uma leitura que possivelmente realizarei mais alguma vez.
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SRConinck - @akleituras 09/12/2021

Clássico é clássico
Quero ler mais Virgílio! Edição impecável da 34, com ótimos textos de apoio, notas, índices de nomes e remissivo, genealogia e mapas.
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Paula 05/12/2021

Muita aventura
Li Eneida com muita dificuldade com essa tradução, mas consegui entender a história e seus incríveis personagens. Fiquei pensando como não fizeram um filme ou série ainda sobre essa história. Amei esse livro, li com muita atenção, assisti aula de um professor especialista na área para compreender melhor. Valeu a pena insistir nessa leitura, espero que mais pessoas se arrisquem!
Pedro 05/12/2021minha estante
Uma dia eu ainda terei capacidade para ler essa obra, bem como A Ilíada, A Odisséia, A Divina Comédia e Paraíso Perdido.




Monique 25/11/2021

Não tem absolutamente nada de errado com esse livro, mas a leitura não flui. Ele é chato, confuso e enorme. Não foi uma boa experiência. Mas o livro em si é obviamente ok.
Antonio.Junior 24/12/2021minha estante
Recomendo você procurar outra tradução Monique. Além dessa tradução do Odorico Mendes (que convenhamos, é mais fácil ler o original em Latim que esta) temos a tradução do Carlos Alberto Nunes. Não desista dessa, que é pra mim uma das maiores realizações literárias da humanidade, dê-lhe outra chance.




Daniel.Nery 02/11/2021

Difícil, mas uma obra prima
Uma obra prima da poesia épica! Vocabulário denso, (há muito tempo não usava um dicionário ao ler um texto), figuras de linguagem muito bem aplicadas. Difícil leitura, mas narra o que seria um exemplo de heroísmo!
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Ana Paula 16/09/2021

Mais uma epopeia para minha lista
Eneida de Virgílio
Nota 8 de 10
Mais uma epopeia para minha lista!
Estou seguindo uma ordem para melhor proveito: Ilíada, Odisseia, Eneida, A Divina Comédia, Os Lusíadas. Nessa ordem. Próxima leitura será a de Dante.
Faz sentido a ordem pois Odisseia só será bem compreendida se você leu Ilíada (guerra entre gregos e troianos) e assim por diante.
Na verdade Odisseia é uma continuação da Ilíada que conta sobre um grego que retorna da guerra para sua cidade. Já Eneida fala sobre os sobreviventes troianos que chegam na Itália. Dos três o meu favorito foi Odisseia.
Segue um trechinho de Eneida:
" Voltai a ser o que sois, e guardai um futuro risonho. Assim falou, oprimido de tantos cuidados; na fronte luze a esperança; no peito concentra-se dor indizível." Pag 89
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Ogaiht 26/07/2021

Decepcionante
Uma das obras mais importantes da literatura latina, A Eneida foi escrita pelo poeta Virgílio no século I a.C. A obra aborda a trajetória do herói Eneias, sobrevivente da destruição de Tróia e sua jornada até chegar na Itália e cujos descendentes fundariam a cidade de Alba Longa, que séculos mais tarde se tornaria Roma. O interessante da estória é que é justamente aqui onde descobrimos como acabou a guerra de Tróia (aqui sim é narrado a estória do Cavalo de Tróia e não na Ilíada!). Infelizmente, esta edição da Martin Claret que, apesar de ter um acabamento lindo (capa dura, linda ilustração, fitilho, etc) possui uma tradução do século XIX! Com um vocabulário extremante rebuscado e arcaico, a leitura fica extremante arrastada. Apesar de o livro ter várias notas (uma quantidade até excessiva por página) isso nos deixa num dilema: ou lemos e interrompemos a leitura toda hora para consultar as inúmeras notas (o que quebra o ritmo da leitura) ou seguimos a leitura e tentamos entender as coisas pelo contexto. Enfim, esta é, até agora, a leitura mais decepcionante deste ano.
caio.lobo. 27/07/2021minha estante
Acho que eu iria gostar, amo as traduções antigas. Meu problema é com as traduções modernas kkk




Cdmm 21/05/2021

Desafio
É um feito extraordinário, porém desafiador de ler.
São inúmeros personagens e versos. Mas mesmo assim esta versão é mais possível do que a de Manuel Odorico Mendes.
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Livs 12/04/2021

A história da Eneida foi a minha favorita com relação as da literatura grega e romana que tive a oportunidade de ver até agora, tirando os contos envolvendo os próprios deuses, então valeu a leitura, não achei tão cansativa, embora longa
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Roberto Soares 24/03/2021

Na sua "Eneida", Virgílio irá contar, em forma de poema épico, a história de Eneias, o herói troiano que, após a queda da cidade ao ser invadida pelos gregos, rumará para a Itália, onde irá estabelecer as bases da futura Roma. Em certos sentidos, a "Eneida" está para os romanos como a "Ilíada" e a "Odisseia" estão para os gregos: clássicos presentes em diversos campos da vida humana, sejam éticas, políticas, históricas, religiosas, culturais e poéticas: não apenas delicia o público, mas também educa. Mas existem particularidades importantes neste poema específico que consolidará seu lugar entre as obras mais importantes para a cultura ocidental. O contexto histórico e político no qual ele é concebido é um deles. Com o assassinato de Júlio César, a república cai. Guerras civis se alastram por todo o território, e o povo irá desejar a ordem e a paz mais do que a própria liberdade. Mas eis que Otaviano Augusto, herdeiro de César, derrota os revoltosos e assume o poder, se tornando o primeiro imperador do Império Romano, e dando início a um ambicionado período de paz. É durante a construção desse novo regime político que Virgílio está inserido, e coube a ele a empreitada de enaltecer a grandeza da nova Roma e seu imperador.
Virgílio irá narrar os últimos dias da cidade de Troia, lograda pelo cavalo de madeira e incendiada, seguindo-se a fuga de Eneias com seu pai, Anquises, e seu filho, Ascânio. A partir daí, inicia-se uma mini-odisseia, onde o herói irá cruzar os mares e enfrentará os desafios impostos pelo Destino, agravado pela antipatia perigosa da orgulhosa e rancorosa Juno. Nesse meio, testemunhamos duas das mais sublimes narrativas da literatura: a paixão trágica da rainha Dido e a descida de Eneias ao Inferno. Chegando à Itália, inicia-se a mini-ilíada da história, que será a guerra contra os povos itálicos nativos. É da vitória nessa guerra que irá depender o nascimento de Roma, dando início ao um período de paz e grandeza do povo.
Com isso, Virgílio irá combinar mito, história e política para dar um novo significado ao estado de coisas que ele e seus leitores, todos cansados da guerra, estavam enfrentando: tudo é nada mais que um espelhamento da primeira origem de Roma, e os conflitos civis são consequências necessárias para se alcançar a paz e a grandeza. Com isso, o público se vê no poema, via como algo seu, próximo, e daí o sucesso imediato da obra e sua relevância desde então.
Otaviano Augusto foi engrandecido como o ancestral de Eneias e o povo romano foi tido como progênie dos Dardânios, semelhantes aos deuses. O que para Eneias era um glorioso futuro, para o público da época era toda a história de Roma, a Troia renascida (Caesar Troianus). Logo, com a "Eneida", Roma passa a pertencer ao glorioso passado grego, uma continuidade do mundo medieval e lendário no mundo romano. Tem levantada de moral melhor que essa?
Eneias é um herói, mas não um herói individualista, nos moldes homéricos, ansiando pela glória pessoal, mesmo que pela morte. Não. Eneias vai ser tomado como um herói fundador e ético. Ao carregar os penates, invocar os deuses, erguer sempre os braços para o céu, buscar oráculos e se colocar como cumpridor de uma missão superior, ele se torna quase que um sacerdote. Não é por pouca coisa que percebi uma notável semelhança entre Eneias e Moisés, o herói hebreu do “Êxodo”. As qualidades dominantes de ambos são a piedade, a obstinação e uma elevada impersonalidade que fazem deles não homens, mas instrumentos dos deuses. Nas suas jornadas, não lhes é permitido se entregarem a paixões, pois ambos são os eleitos, destinados pelo Fado impassível a cumprirem um único papel na História: guiar e lutar pelo estabelecimento de um povo arrasado em uma terra prometida onde mana leite e mel.
A dignidade com que resiste aos desafios, a clemência, a justiça e a piedade para com os deuses, a pátria e o pai, consumam o caráter de Eneias, e com Moisés não é muito diferente, embora este último seja menos flexível que o primeiro.
Mas em ambos encontramos uma estrita observância à vontade divina, o que os tornarão fieis cumpridores de suas missões a todo custo, mesmo contra a própria vontade. Eneias sacrifica a sua felicidade pessoal em Cartago em prol de Roma, cujas bases há de assentar, mas que jamais verá. Moisés guiará e lutará pelo seu povo, mesmo após Javé deixar bem claro que ele não pisará na Terra Prometida. Nos dois casos, o bem de um só é renunciado pelo bem comum dos descendentes e do povo.
Ambos não tem nada a seu favor, a não ser obrigações e sacrifícios para cumprirem aquilo que foi designado pelo Destino e pelos deuses. A morte gloriosa, como a de Aquiles, Heitor, ou mesmo a libertação de Dido, não são opções para Eneias, que resiste, pois está ciente de que é o amparo e a esperança daqueles que necessitam dele para sobreviver.
Digno de imitação e inspiração para outros poetas, como Dante, John Milton e Camões, Virgílio foi se tornando mais do que um poeta. Como disse T.S. Eliot, ele adquire a centralidade do mundo clássico, pois assim como Eneias está para Roma, Roma está para a Europa, e a cultura romana, ressignificada por Virgílio, se espalha por todo o continente e mais além. Sua descrição do reino dos mortos é uma prova de sua linguagem e sabedoria elevadas, adquirindo, graças a Dante e, mais recentemente, Hermann Broch, o papel de poeta, profeta e guia, um personagem histórico e mítico, assim como seu herói.

Daniel Rocha 20/05/2021minha estante
Muito boa a descrição e teus pontos de vista. Parabéns!




Franciele143 20/03/2021

ESSA EPOPÉIA DE 12 CANTOS É LINDÍSSIMA, ELA COMPLETA A OBRA HOMÉRICA, UMA VISÃO DE PÓS GUERRA E DA SOBREVIVÊNCIA DE UM HERÓI, A RECONSTRUÇÃO DE UMA CIDADE E A HONRA DE UMA CIVILIZAÇÃO AINDA MESMO QUE ANIQUILADA PODER GANHAR NOVOS ARES, EU ESTOU APAIXONADA ?? UMA NOVA TRÓIA IRÁ SURGIR EM ROMA, A LIGAÇÃO DOS GREGOS COM OS ROMANOS, O LATIM E TODA UMA CULTURA VINDO LÁ DA MITOLOGIA, A LITERATURA OCIDENTAL NASCENDO, É MUITO PRAZEROSO PODER LER ESSE CLÁSSICO.
A Eneida foi uma encomenda do imperador Romano Otávio Augusto, ele queria colocar Roma na história, e o poeta Virgílio assim fez a encomenda, a poesia não se esquece facilmente pois o belo é mais fácil de compreender, e assim a ascenção de Roma foi inserida nesse contexto filosófico que perdurou por gerações chegando ao nosso tempo, os Romanos acreditavam que Roma era filha da Grécia e de Tróia, pois para eles ela possuía a força e coragem de Tróia e a Sabedoria filosófica da Grécia. É importante extrair dessa história que cada povo tem sua persona, existe traços erdados mas isso não constrói uma cultura é necessário considerar a necessidade do povo e sua natureza, é importante ter o olhar sensível para não cair nas armadilhas do jogo político e não levar para o lado materialista, pois o Virgílio se apropriou do mito para justificar a grandeza do momento que Roma passava e assim criou uma personalidade mítica para mostrar aos Romanos quem eles eram na história, e assim o grito foi dado e ecoou até os tempos de hoje, o que somos foi uma espécie de construção bélica da junção da força e sabedoria de povos pois temos uma certa inclinação para guerras que refletem em combates diários enfrentados arduamente, logo compreendemos que essa história nada mais é que um resgate de herança cultural e nos faz lembrar o quão necessitados da convivência com os demais, pois Roma não se construiu do nada foi necessário um povo simbolizando que nada somos se sós, precisamos constantemente de alianças e de mentes e braços para construir o hoje e consequentemente o amanhã.
E lembre ler é uma capitação por trás do espírito, é a busca do perfil coletivo!
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In. Behemoth 22/02/2021

De Tróia para a fundação de Roma
Como dira Theodore Heacker, Vírgilio é o pai da literatura e, para o Scalígero, o maior poeta dos antigos superior a Homero. Enéais, o grande sobrevivente da Guerra de Troia, sai de sua cidade rumo a Itália para fundar a cidade de Roma. Tem Lavínia como sua pretendente, mas, o seu consorte Turno, tem o mesmo objetivo. Dentre e outras aventuras, onde até mesmo Dante, o autor de Divina Comédia, baseia-se, também, no mesmo inferno de Virgílio, onde o heroi troiano desce ao submundo para ter contato com o seu pai. Voltando ao seu objeitovo descrito pelos deuses, Eneias vai até o Lácio. O embate com turno era evidente. Palante, o filho de Evandro, ainda o ajuda na batalha, levando-o, inclusive, à morte. Contudo, Eneias vence, encravando no peito a espada ao ver que o antagonista usava um utensílio do seu amigo falecido.
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VicBanger 07/02/2021

Leitura obrigatória!
Vocês viram o título de minha "resenha". Eneida é leitura obrigatória! "Mas para quem?", vocês devem me perguntar. E eu respondo: "Para qualquer pessoa que tenha o mínimo de interesse intelectual sobre a história da humanidade." Não é uma leitura fácil, mas o desafio é delicioso e verdadeiramente transformador - a pessoa se sente outra ao concluir este texto clássico de Virgílio.

Dificuldades à parte, creio que boa parte do prazer de ainda ler a Eneida reside no fato de que muita coisa ainda faz bastante sentido nos dias de hoje, mesmo que seja um texto muito antigo. A generosidade do herói, o companheirismo que envolve os personagens, o perfil autoritário dos deuses, os perigos das paixões... Enfim, temos muitos elementos temáticos que ultrapassam a barreira do tempo e dos ideais do finado Império Romano.

Para os dias atuais, um texto como este pede por uma edição caprichada. A edição da Editora 34 possui uma longa apresentação (do autor, da obra, do gênero, da tradução...), é cheia de notas de rodapé, possui uma representação visual da genealogia de Eneias etc. Uma edição bilíngue bem didática; certamente a melhor no mercado brasileiro.
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ricardo marçal 17/01/2021

Todo leitura fala à próxima leitura e reverbera as leituras anteriores. Neste imenso diálogo de sensibilidades, Virgílio ouve Homero, que é fecundado pela escuta; Dante ouve Virgílio, que se transfigura ao guiar. E há Eurípedes, e Ovídio, e Camões, e Milton, e Goethe, e Melville, e Joyce, e Walcott, e Wolf...

Essa maravilhosa confusão entre criaturas e criadores, entre causa e efeito, esse ir e voltar, para além de centralidades artificiais ou linearidades ingênuas, tem na Eneida mais um lugar onde diversas vozes se entrecruzam, tempos-espaços se fundem, filtrados pela sensibilidade-Virgílio, que ouve e é ouvido, que se irmana na dedicação à possibilidade de Dizer. Um livro que fecunda livros; um livro para leitores.
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