Jon O'Brien 24/07/2018
Eae, vamo jogá?
Neste post, você conhecerá um livro que foi muito interessante para mim, principalmente por ser de um amigo muito carinhoso. Por esse motivo, adiantei as leituras que tinha o máximo que pude e vim conferir O Cúmplice e o Assassino, do J. Igor. Aqui, você vai saber de mais informações sobre a história, absolutamente sem spoilers, e, depois de ler o livro, provavelmente vai comprovar que autores independentes podem ser tão bons quanto os publicados por editoras. Acompanhe.
Primeiramente, é claro que eu devo elogiar o trabalho do Rodolfo Pomini, que fez uma capa muito bonita e uma diagramação mais bonita ainda, de cair o queixo. A diagramação que foi feita permite que a leitura seja bastante agradável, e é claro que a história, por te prender, contribui ainda mais para isso acontecer. Para resumir, O Cúmplice e o Assassino é um livro muito bem feito, com uma aparência e conteúdo completamente profissionais.
O livro é de gênero investigativo, policial, mas o detetive do caso, William, só aparece depois de vários acontecimentos. Eu não acho que isso tenha sido ruim, pois o J. Igor conseguiu apresentar muito bem o terreno antes de o crime acontecer. Um grupo de amigos recebe um e-mail sugerindo que joguem um jogo de nome O Cúmplice e o Assassino. Como não podem jogar o jogo na mansão de Juliet Gentil, e sobrinha de um milionário, a qual perdeu os pais em um acidente de carro, os estudantes vão até a universidade onde estudam para jogar. Antes mesmo de o jogo acabar, Juliet está morta.
O livro é narrado em terceira pessoa por um narrador que dá a impressão de saber de tudo mas não querer contar nada, o que é um pouco diferente do que eu já vi por aí. O livro, como um bom romance policial, te surpreende em alguns momentos, já que conta com reviravoltas muito interessantes e que fazem sentido para a história. Se no começo do livro eu não sabia se estava gostando da história, a partir do meio eu tinha a certeza de que estava amando, e o final, apesar de não ser o que eu esperava, foi muito bom.
Falando um pouco mais sobre ele, posso dizer que ele teve reviravoltas demais, e esse foi um ponto que não gostei muito no livro. A quantidade de mudanças de situação que aparecia na obra me deixava tonto, o que é uma coisa que não acho muito agradável, mesmo muitos escritores de romances policiais fazendo isso. Alguns fatos se tornaram confusos por causa da volatilidade das cenas, mas o autor pelo menos me explicou e esclareceu as minhas dúvidas.
No final das contas, posso recomendar o livro e dizer que foi uma leitura que valeu a pena. Certamente, lerei mais livros do autor. Se você valoriza a literatura nacional policial, precisa conhecer esse livro. Se não valoriza, essa é uma boa oportunidade para passar a valorizar.
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