Saleitura 13/04/2014
Obs: Antes de começar a ler essa resenha, aviso que ela pode conter spoilers para quem ainda não leu o primeiro livro da série Bruxos e Bruxas e o segundo livro O Dom.
Já li O Fogo e sim, eu estava ansiosa para poder conferir o terceiro livro da série Bruxos e Bruxas e ver se a história conseguiu fluir melhor do que a apresentada no livro anterior, O Dom. Mas antes de dizer, se gostei ou não, vou contar um pouco sobre a nova aventura dos irmãos Allgood.
Depois de ver os pais sendo executados no último livro, Whit e Wisty se separaram com a confusão que houve naquele dia tão triste. O poder do Único só se tornava mais forte e a população, além de sofrer com esse regime autoritário, agora estava enfrentando um novo dilema: A Peste do Sangue. A doença estava se espalhando e matando milhares de pessoas, foi quando Whit, tentando ajudar crianças e levando elas para clínicas médicas, encontrou sua irmã trabalhando como enfermeira, só que Wisty também ficou doente.
"A luz das velas está ficando embaçada de novo.
Estou me afogando em escuridão.
Noite...feliz.
Mas não estou pronta para partir. Ainda não" (página 30)
Contando com a ajuda de pessoas boas que aparecem durante a leitura, Wisty consegue se recuperar e ficar pronta para encarar de frente o que o futuro lhe reserva. Os irmãos acabam enfrentando novos problemas e como sempre fugindo da Nova Ordem, pois o Único continua procurando ambos e dessa vez, conta com uma ajuda de peso, alguém tão poderoso e malvado quanto ele, o soldado Pearce.
"- Mas o que ele não tem é o seu fogo, Wisty, a sua energia, a sua eletricidade. Ele pode controlar a terra, mas não controla as pessoas
que vivem aqui. Pelo menos não os pensamentos delas. Ainda não. Mas, se aquilo em que O Único acredita for verdade, que seus poderes se
estendem aos impulsos elétricos do cérebro, ele vai usar você para controlar não só o governo da Superfície, mas também as mentes de toda
a humanidade, em todas as dimensões." (página 111)
Segundo a profecia apresentada no primeiro livro, parece que ela está prestes a se concretizar. Whit e Wisty, vão precisar de muita coragem e inteligência, além de muita magia, pois Wisty terá que finalmente destruir o Único e Whit terá que ir para a Terra das Sombras.
"- Seu pai disse para se lembrar de que você e Wisty precisam compartilhar seus Dons se quiserem chegar a algum lugar.
E sua mãe disse para vocês terem coragem, e não terem medo de perder as coisas" (página 73)
O Fogo consegue ser mais dinâmico e algumas das perguntas que surgiram nos livros anteriores são respondidas nesse. Podemos por exemplo esclarecer o porquê do Único ser o que é, pelo menos podemos entender o que levou ele a ficar assim tão perverso e gerar esse caos na sociedade. Temos também mais aventuras e os irmãos estão mais unidos do que nunca. A parceria de James Patterson e Jill Dembowski parece que deu resultado, pois a história se desenrolou melhor, os personagens estão mais amadurecidos e as cenas de ação levam para algum propósito. Whit ganha destaque nesse livro e podemos conhece-lo mais um pouco. Algo que percebi foi a ausência do humor que dava uma leveza aos problemas dos irmãos, confesso que senti falta disso, pois adorava o jeitinho engraçado de Wisty.
A capa continua no mesmo padrão e linda como sempre. Os capítulos permanecem curtos e divididos entre os irmãos. Não achei nenhum erro na diagramação. Tudo perfeitamente se encaixando. O Fogo superou minhas expectativas que já estavam um pouco adormecidas depois de "O Dom", dessa vez a forma como foi conduzida a história deu uma renovada que estava urgentemente precisando. Porém se eu fosse o autor terminaria a série nesse terceiro livro, aumentava o número de páginas e capítulos para resolver pendências e finalizava. Não vejo mais motivos para estenderem a história, sem contar que a chance de surgir novos problemas para Whit e Wisty e voltar a série a se perder dentro do que foi proposto, ou seja, "enchendo linguiça", é grande. Soube que por enquanto são quatro livros já publicados lá nos EUA, o próximo que chegará aqui no Brasil através da Novo Conceito é o The Kiss (O Beijo), sem previsão ainda de lançamento. Apesar de ter minha opinião sobre a quantidade desnecessária de livros, com certeza vou ler o próximo, para analisar se eu estava certa ou errada sobre isso.
Resenhado por Vivian San Juan
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