Resenhas - Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?

laiszanella 17/11/2024

Aqueles de olhar pro teto por meia hora depois de fechar o livro
Acho que umas das melhores representações da 'constante procura por propósito' que já encontrei.
construção de mundo legal pra cacete e personagens palpáveis, da pra acreditar que tudo isso seria possível
não sei como justificar o 0,5 a menos na nota, mas sinto algo faltando...

lari.aniceto 15/11/2024

Uma história muito à frente de seu tempo
Escrito em 1968, esse livro retrata ?pessoas? andróides, vídeo chamadas e até um aparelho capaz de controlar/alterar o humor das pessoas.
Num planeta devastando pela guerra, o sonho do protagonista é ter um animal de verdade (a maioria está extinta).
A história te faz duvidar de todos os personagens, até os personagens se questionam se eles próprios não são andróides.
O cenário traz boas questões filosóficas, de moral e empatia. O que te faz ser um humano?
O que te diferencia de um androide programado para ser inteligente, ter emoções e até implorar pela própria ?vida? quando se depara com a morte?

Esdras 13/11/2024

O que nos faz humanos?
Tive uma ótima experiência de leitura. O livro começa com uma narrativa inicialmente confusa, mas com o passar das páginas fui ficando cada vez mais instigado a continuar e saber o que iria acontecer. O autor promove a reflexão de questões muito interessantes, como o que nos torna humanos, qual nosso papel em relação à natureza.
O conceito de robôs ou androides poderem ser considerados vivos ou não já foi abordado muitas vezes na ficção, mas acredito que neste livro me peguei realmente me questionando sobre a questão. Em diversos momentos somos apresentados a situações que nos levam por diferentes caminhos, chegando cada um à sua própria conclusão.
Foi uma leitura rápida e reflexiva, gostei muito.

ErikRuan_99 09/11/2024

Androides sonham com ovelhas eletricas?
Esse foi o livro que mais me deu imersão, li e reli pois é tão bom quanto o filme, amo ficção cientifica e esse é um bom exemplo de gênero

juliamoedo 30/10/2024

Acho que andróides sonham com ovelhas elétricas
Que livro. Nunca tinha lido nada do Phillip K. Dick, mas já tinha assistido à adaptação de Blade Runner (a de 82), então estava animada para ler. Comecei achando um pouco confuso, mas com o tempo fui pegando o jeito e me apaixonei. Tem tantas passagens lindas, umas discussões éticas pertinentes e acho incrível pensar que foi escrito nos anos 1960.

Do tipo de livro que se lê várias vezes para pegar todas as nuances e interpretações.

Carlos 28/10/2024

Este livro não funcionou para mim. A ideia é interessante, porém o achei de lento desenvolvimento, o que não seria um problema, se as "cenas" de ação fossem interessantes. Mesmo o enfrentamento final não surpreende. Amo o autor, mas não gostei dessa obra.

Carlos.Eduardo 24/10/2024

Blade Runner e o que nos faz humanos
Blade Runner é um dos meus filmes favoritos da vida. Esse foi o fator principal que me levou a comprar o livro de Philip K Dick. Fui ao livro com muitas expectativas e, bem, elas foram superadas.
PKD traz uma história de ficção científica com um fundo existencialista incrivelmente interessante. Não somente, o livro transita por uma mitologia própria que o filme infelizmente deixou de fora.
Através de Rick Deckard somos apresentados a dilemas morais e existenciais que se mostram bastante atuais, ainda mais hoje em dia com todas as recentes discussões sobre Inteligência Artificial. Afinal, o que fazer quando uma inteligência artificial (no caso do livro um andróide) é mais um humana que um ser humano de verdade? Ou o que nos define como humanos e nos separa das máquinas? Qual característica inata a humanidade é esse divisor que nos torna únicos nessa grande bola azul? É isso que Philip K Dick explora nesse livro.
O único ponto negativo, e nisso o filme é igual, é que as cenas de perseguição são pouco trabalhadas e não prendem tanto a atenção, o que é compensado pelos debates filosóficos do protagonista, que são bem instigantes. De toda forma, a leitura é fluida e bastante agradável.
Baita livro, baita história e baita edição da Aleph.

Raiane 21/10/2024

Superestimado
Ouvi tanto sobre a história e achei que fosse amar, mas achei no todo muito monótono. Não temos detalhes como a terra ficou daquela forma, nem como é a vida em Marte, ou como funcionava os androides, dentre outras coisas, as partes que julguei mais interessantes são abordadas brevemente. Só houve um momento o qual me senti empolgada com a história, é quando ele é levado pelo policial, no mais, não me conectei com o personagem principal, não tinha empatia por ele, me sentia neutra lendo. Uma leitura mediana, mas quero ler outros livros do autor.

Vinipr63 19/10/2024

Nao sou muito fã de drama policial. Então as análises sobre depressão, empatia e religião são mais interessantes que a história em si.

Sidney Neto 17/10/2024

"O universo inteiro está se movendo na direção de um estado final de total e absoluta bagulhificação"
PKD nos proporcionou uma obra de arte incrível, com direito a ação, romance e bagulhificação.

A ambientação desse livro é ridícula, opressiva e claustrofóbica, os personagens são escritos com maestria, não há esperança, eles não sabem mais oque é ser um humano, não são carismáticos, são dependentes de sentimentos artificialmente induzidos, um reflexo perfeito de um futuro diatópico aonde tudo foi reduzido a poeira graças a uma guerra nuclear.

Em Contrapartida, os androides são o espelho da perda da humanidade, indistinguíveis de pessoas normais, desafiando o significado de estar vivo.

Com certeza, uma leitura para ser relida no futuro, uma vez que não estamos tão distantes desse futuro distópico criado pelo autor.

Debs.Lima 15/10/2024

Será que eu sonho com ovelhas elétricas? ?
Esse livro me deixou sem saber o que pensar até mais ou menos 50%, depois me deixou com coisa demais pra pensar. Rs
A forma que os eventos são narrados nos deixa conspiracionistas e tão perdidos quanto o protagonista se sente.
Essa constante dúvida de o que é real permeia por todos os componentes da trama, e isso é foda demais num contexto futurista onde androides, humanos, animais e animais elétricos convivem em sociedade. A linha tênue do o que é a empatia que os diferencia? Às vezes o humano parece sem sentimento e o androide parece ter sentimentos (rancor) demais.
O papel da fé, do fanatismo, o quanto a quebra da realidade do que você acredita pode te abalar? O quão inerte, sem graça você pode ser? Ou isso é só uma perspectiva e uma realidade momentânea?
O final... o que é esse final?!?! Meu deus... Rick ?

mdudalivros 15/10/2024

?Minha programação de hoje aponta uma depressão autoacusatória de seis horas?

PKD é sempre uma redescoberta para mim. Um autor que consegue trazer diversas nuances e hipocrisias da sociedade em sci-fis com escrita simples e fácil de absorver às reflexões propostas.

Em Blade Runner, adorei a discussão acerca da perda dos animais vivos e da extravagância que é ter um animal em extinção, seja ele qual for. Também gostei bastante das reflexões sobre o humor e a seleção dentro da infinitude de sentimentos que podemos sentir.


Um livro de cada vez mais próxima de esgotar esse grande autor.

ayasolem 15/10/2024

Mais um dia de trabalho do pós-humano na pós-sociedade
Uma das leituras mais suaves que já tive, o livro passa por tudo que quer apresentar e deixa os personagens respirarem, deixa eles olharem em volta e verem os detalhes do mundo, por isso o leitor consegue também ficar imerso nessa realidade muito próxima do mundo real.

Achei surpreendentemente minimalista e melancólico, o filme (que eu não vi antes) me fez esperar uma obra cheia de ação, mas o destaque com certeza é o aspecto trabalhista e existencial da relação do protagonista com os animais elétricos e sua missão. A maior conquista desse livro é essa contradição de um policial (um trabalhador que representa os interesses da elite) que precisa exterminar um grupo de "pessoas" com morais questionáveis para comprar um animal "de verdade"!!! Genial!

aline_costa 13/10/2024

Achei bom. Acho que o livro e o filme se complementam. O livro traz questões que não foram abordadas no filme e que são interessantes para serem pensadas: religião, a questão do animal doméstico, uma forma diferente de ver os andróides.

lunuryx 07/10/2024

Genialidade atemporal
O livro como um todo é provavelmente uma das maiores obras literárias que já vi, e os seus títulos de padroeiro do gênero cyberpunk e de uma das obras mais importantes da ficção científica são mais do que adequados no mínimo.
A história é imersiva, hipnotizante e te envolve tão rápido e de maneira tão leve que você mergulha totalmente na história. Seus personagens são em sua maioria detestáveis, humanos e andróides, apesar da constante lembrança que estes são paralelos, eles se provam a trama inteira na verdade bem equivalentes, Philip K. Dick expressa através do protagonista Rick Deckard muitos questionamentos morais sobre o que é a humanidade, o que é uma vida e se nós estamos mesmo do lado certo dessa história.
Violência crua e rápida, um cenário melancólico e longas meditações filosóficas no meio de uma grande metrópole tecnológica, submersa em um ar altamente poluído e tóxico e sociedade segregada, características mais clássicas do gênero.
O seu diferencial brilhante é a mesclagem do cyberpunk com uma estética noir, que conseguiram transmitir fielmente também através da adaptação para filme de 1982 com Harrison Ford.
Tudo nele é caótico e cruel, onde constantemente suas esperanças são desenvolvidas de pouco em pouco só para serem esmagadas inúmeras vezes, o pessimismo nessa obra em especial é do tipo que você não consegue afastar, é preciso de um estado psicológico estável para apreciar a trama da forma como ela é.
Para os que pretendem ler: Não percam tempo, não existe arrependimentos em consumir essa obra prima. Para os que não pretendem: Desejo genuinamente que você um dia pretenda.