A Casa Verde

A Casa Verde Mario Vargas Llosa




Resenhas - A Casa Verde


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Caco. 27/03/2024

Alerta Vermelho na Casa Verde
Um romance que esbanja perfeccionismo. É inegável que o Vargas Llosa tem uma facilidade absurda de conduzir qualquer prosa, no entanto, o exagero acaba mais atrapalhando que ajudando. Por vezes há muito discurso livre indireto, o estilo do peruano na qual é maravilhoso em obras como A Festa do Bode e Tia Julia e o Escrivinhador por fim se torna exaustivo neste livro. Não recomendo para iniciantes no autor e não recomendo para aqueles que leram alguns romances também rs. Porém, acredito que num futuro próximo estarei visitando A Casa Verde novamente. Se gosta de desafios este livro foi feito para você!

Nota: 7,85
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Toni 26/02/2023

A complexidade da literatura de Mario Vargas
Pra quem está acostumado com uma linha do tempo linear esse livro vai chacoalhar um pouco a cabeça. Ele não tem limites nem dimensões entre o passado o presente e o futuro, é tudo meio que entrelaçado em uma só conversa. As vezes eu tinha que reler novamente umas duas ou três vezes o mesmo trecho pra entender em que tempo os diálogos estavam, pois no momento em que se fala uma frase ela oscila entre o presente e o passado e você só entende em qual momento está a partir da próxima fala.

Não vou mentir, no começo eu realmente me perdi na literatura de Vargas, mas com o passar do tempo se acostuma e flui com maior rapidez após alguns capítulos. O livro traz muito o sentimento do cotidiano, sem fantasias nem heroísmos, nem tão pouco trata da realidade com um eufemismo, ele detalha as imundícies e a feiura do mundo com clareza e plenitude (assim, também, como detalha as belezas não tão exacerbadas, somente como elas são). É bastante sinuoso assim como os braços do rio Amazônia, mas no final tudo se encaixa.

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sasalenda 27/01/2023

mt bom
Eu gostei muito muito muito de como o livro se desenvolve. É um assunto mt legal de ler e vc so consegue pensar "MEU DEUS Q CARA LOUCO", incrivel.
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Renata Almeida 26/06/2020

"Leitura metódica, mas flui com passar das páginas."
Várias histórias temporais, freiras, padres, nativos, forasteiros, soldados, cristãos e hereges, contando sobre suas vidas na selva em terras civilizadas, amor e ressentimento, novos começos onde os habitantes vivem e sobrevivem, aprendendo desde cedo que não há apenas uma lei e um princípio.
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tarsila 06/04/2019

Estou há meses pensando em escrever esta resenha. Há livros que ficam na nossa mente, mesmo depois que outros são lidos, como o cheiro de cigarro que se impregna na trama da roupa mesmo depois de outros perfumes se misturarem... mas o quão difícil é descrever o cheiro que não conseguimos esquecer? A Casa Verde foi o livro mais impactante e inesquecível que li em 2018 - ainda que não tenha sido o mais importante, o mais longo, o primeiro ou o último. Sequer figura entre os três mais dramáticos do ano passado...

Acontece que A Casa Verde é um dos livros que lembrarei para o resto da minha vida. Tento explicar sem spoilers, mesmo sabendo que com isso corro o risco de soar vaga demais. Vamos lá: A Casa Verde se passa no Peru Amazônico, durante a primeira guerra mundial. Por motivos geográficos, evidentemente não lemos sobre o drama dos soldados, as mulheres que aguardam em casa, as vítimas de bombardeios... somos apresentados a uma história perene, muito mais crônica e insidiosa, indiferente à guerra ou à paz: a história da América. As cicatrizes que carregamos, ainda que estejamos situados 400 anos após a colonização espanhola: a pobreza, a desigualdade, a multiplicidade de raças (em todos os sentidos que isso possa existir), os povos dizimados, conquistadores e conquistados, e uma solidão e uma brutalidade que não distingue raça ou classe. Vemos o drama dos povos aniquilados e o drama dos que permaneceram. A tristeza dos colonizados e o desespero dos que resistiram. A narrativa de Vargas Llosa é tão nua quanto a de outras autoras que li em 2018 e que tão cruamente falam sobre guerra e paz: Chimamanda Adichie e Svetlana Aleksievitch. Curiosamente, são três autores que desnudam a história do país de onde vieram, nos mostrando histórias que talvez preferíssemos que permanecessem enterradas.

Sobretudo - e é estranho falar isso sobre um livro escrito há décadas por um homem abertamente de direita, ainda que minha compatibilidade política com Vargas Llosa se aproxime dos 100% - esse é um livro... feminista, por falta de palavra melhor. Não no sentido político ou social da palavra, mas porque talvez tenha se inspirado nas Brumas de Marion Zimmer Bradley quando conta, do ponto de vista das mulheres, uma história feita e decidida por homens. Há muitos personagens em A Casa Verde, e é verdade que mulheres são a minoria dos protagonistas (ao contrário do que acontece em Brumas de Avalon), mas a crueza com que Vargas Llosa descreve como mulheres foram moedas de troca na conquista da América nos faz ver uma parte da história que nos acostumamos a nunca enxergar. Desconheço autor que tenha exposto isso de forma tão crua e real, quase palpável.

A leitura não é fácil - e porque sou o tipo de pessoa que não gosta sequer de sinopses que falam demais, não vou descrever a estrutura peculiar do livro. Foi uma leitura difícil em vários sentidos, mas que não consigo recomendar o suficiente. A Casa Verde não é o tipo de livro que irá agradar a todos - mas conta uma história que todos devíamos conhecer.
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THAIS 01/08/2018

Onde não há presente, passado ou futuro...
Mario Vargas Llosa me impressionou desde a primeira obra que li dele (A guerra no fim do mundo). Dono de uma narrativa singular e desafiadora, Mario trouxe para mim um dos maiores desafios com a leitura de A Casa Verde.
O resumo da obra não me preparou para a sua densidade. Não se trata somente da história de um prostíbulo criado em meio a uma pequena cidade, mas do entrelaçamento de pessoas e histórias que em algum momento se encontraram.
Tais histórias são narradas utilizando-se de variadas técnicas: narrativa direta, narrativa indireta (sem o uso de pontuação ou paragrafação). A princípio foi um desafio indentificar falas e personagens, relacionando-os dentro da história. Depois veio a dificuldade em situar tempo e espaço, pois a narrativa não segue uma linha direta.
Confesso que sofri com interpretar o texto até mais da metade da obra, para só entrão familiaraizar-me com seu estilo. Porém os obstáculos e dificuldades fazem da obra uma bom desafio a ser vencido, em especial quando se chega a conclusão de que sua mensagem transmite uma ideia ousada acerca da atemporalidade: não existe presente, passado ou futuro, a importância está no que se vivi, no que se faz.
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Silvia 08/07/2012

Tive uma certa dificuldade em ler este livro, meu primeiro do Vargas Llosa. A história se passa em duas cidades diferentes no Peru e a narrativa discorre nao só tecendo lugares mas tempos diferentes que sao apresentados como uma coisa só. As vezes senti dificuldades de discernir o tempo presente do passado. Mas a medida em que leitura flui e que nos familiarizamos mais com os personagens ficamos envolvidos na trama. Gostei de te-lo lido!
Lílian 16/10/2012minha estante
Estou lendo-o. Tenho tido as mesmas dificuldades que você mencionou. A linguagem e o estilo dele estão diferentes daqueles com os quais me familiarizei na leitura de alguns dos seus livros mais recentes. Me iniciei em Vargas Llosa de frente para trás.




biz 03/05/2012

Uma coisa meio Grande Sertão: Veredas, entretanto com um pouco mais dificuldades de compreensão de leitura e enredo. Ainda assim uma grande obra.
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André Goeldner 12/04/2010

Fala sobre um prostíbulo que mudou a vida de uma pequena comunidade peruana, e suas várias gerações.
Interessante.
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