Memorial de Aires

Memorial de Aires Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - Memorial de Aires


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hmorbida 12/05/2024

Um dos livros mais interessantes que já vi. Por se tratar do último livro publicado por Machado De Assis, tem um "tom" de despedida bem forte, enfim, é uma leitura essencial pra quem for fã do autor.
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Sctache 21/04/2024

Um diário ou uma obsessão?
? Queria começar ressaltando o meu amor pela literatura machadiana, ela faz parte da minha vida e a uso como inspiração. Vários clássicos já lidos, como Dom Casmurro e O Alienista, tornaram-se leituras "favoritadas" por mim. Porém, não foi dessa vez que Machado conseguiu conquistar meu coração...

? A leitura em si é bem tranquila, acredito que a maior dificuldade em entender o livro seja na parte inicial, até se acostumar com a escrita do autor.

? A história, todavia, é bem cansativa, uma vez que os mesmos tópicos (Fidélia e Tristão) são abordados incessantemente. Entendo perfeitamente que a história seja sobre Fidélia, e não sobre Aires (quem escreve o Diário), todavia, acredito que a narração teria ficado mais atrativa (pelo menos PARA MIM) se partisse do ponto de vista de Fidélia, já que a história narrada é sobre a mesma.

? Pelo ponto de vista de Aires, a história torna-se monótona, pois ele sempre está ressaltando as mesmas qualidades e defeitos, não havendo um desfecho propriamente dito que me satisfaria justamente por não haver um desenvolvimento mais "emocionante".

? Analisando a obra por si só, não gostei. No entanto, analisando a obra e o autor, percebe-se a semelhança da vida entre Aires e Machado de Assis, fato que, assim como a maior parte dos fatos nas obras dele, não é uma coincidência.
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Toni 18/04/2024

Memorial de Aires [1908]
Machado de Assis (RJ, 1839-1908)
Cia. das Letras, 2022, 248 p.

“Estou cansado de ouvir que ela vem, mas ainda me não cansei de o escrever nestas páginas de 🤬 #$%!& ção. Chamo-lhes assim para divergir de mim mesmo. Já chamei a este Memorial um bom costume. Ao cabo, ambas as opiniões se podem defender, e, bem pensado, dão a mesma cousa. 🤬 #$%!& ção é bom costume.” Os narradores da fase madura de Machado de Assis são criações absolutamente deliciosas. Muito mais que os enredos que se desenvolvem em torno deles, Bento Santiago, Brás Cubas e este Conselheiro são, a bem da verdade, toda a história. Os verdadeiros oblíquos e dissimulados do universo machadiano, esses narradores determinam o tom de cada obra e se sustentam, por graça e magia do autor, sobre ambiguidades muitas vezes irresolvíveis.

Memorial de Aires é, pois, muito filho de seu pai. Composto como um diário de um embaixador aposentado de volta ao Rio de Janeiro, o romance abrange os anos de 1888 e 1889 e se concentra num punhado de convivas (jovens e velhos) do círculo social do Conselheiro. Compreendendo, portanto, o período da abolição da escravidão e encerrando-se alguns meses antes da proclamação da república, o livro parece se furtar às questões sociais mais prementes para entregar o disse-me-disse envolvendo a relação entre uma jovem viúva (Fidélia) e um proeminente político (Tristão). Ainda que pareça haver um desequilíbrio entre o muito que se analisa do foro íntimo de suas personagens e o pouco que se diz acerca do fervilhante contexto brasileiro, Machado não deixa de pintar um quadro discreto, mas com contornos bem definidos, do descaso das elites e da violência de nosso processo histórico.

Caracterizado por digressões, cabriolagens retóricas, sínteses (muitas vezes) acintosas, e aquela galhofa melancólica (tão bem defendida pelo crítico Sérgio Paulo Rouanet), Memorial de Aires foi o último romance escrito e publicado por Machado, que morreu em 29 de setembro daquele mesmo ano de 1908. Talvez seja, para muitos, um livro menor do escritor, mas as reflexões sobre velhice, solidão e fim da vida fazem dele, ao menos para este leitor, um candidato a muitas releituras.
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Mareufq 13/04/2024

A vida é assim cheia de liames e de imprevistos.
Tristezas não são comigo. Entretanto, em rapaz ? quando fiz versos, nunca os fiz senão tristíssimos. As lágrimas que verti então ? pretas, porque a tinta era preta ? podiam encher este mundo, vale delas.

Se os mortos vão depressa, os velhos ainda vão mais depressa que os mortos... Viva a mocidade!

Ora, eu creio que um velho túmulo dá melhor impressão do ofício, se tem as negruras do tempo, que tudo consome. O contrário parece sempre da véspera.
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Felipe1503 25/03/2024

Último romance
Último romance do grande Machado de Assis. Mas não precisa ser o último livro a ser escolhido para ler do Machado.
Enfim, acho que Machado colocou nesse livro coisas da sua vida pessoal.

Viva Machado!
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Shaylanne 23/03/2024

Se você é fã do Machado de Assis recomendo esse livro, ele tem um tom de despedida fortíssimo e discursa em vários pontos sobre a velhice. Porém, se você, assim como eu, se propôs a ler ele sem conhecer tanto assim Machado de Assis, irá se entediar facilmente. Boa leitura!
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Jandira.Antunes 12/03/2024

Memorial de Aires
"Memorial de Aires" é o último romance escrito por Machado de Assis, publicado postumamente em 1908. A obra é apresentada como o diário de um conselheiro aposentado, Dom Aires, que relata suas reflexões sobre a vida, o amor, a sociedade e a morte. Ambientado no Rio de Janeiro do final do século XIX, o livro explora a mente do protagonista enquanto ele observa e comenta os eventos ao seu redor, incluindo sua relação com a família Escobar e suas complexidades. O romance oferece uma visão penetrante da sociedade da época e dos dilemas existenciais enfrentados pelo protagonista, destacando a habilidade de Machado de Assis em retratar a psicologia humana com ironia e profundidade.
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claracoutorosa 22/02/2024

?Não sei se me explico bem, nem é preciso dizer melhor para o fogo a que lançarei um dia estas folhas de solitário.?
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Lu 26/01/2024

Dificuldades, crises existenciais e debates políticos
Livro curto, embora demorado, e despretensioso.
O relato em cartas deixa a narrativa mais fluida mas a linguagem antiga, não facilmente ?acostumável?, e as reflexões complexas (mesmo que discretas) prolongaram meu tempo de leitura, tornando-a, em muitos casos, maçante (problema mais meu do que do autor kkk). Assim, acredito que a minha pontuação com o livro seja mais pela falta de costume com esse tipo de obra do que com a essência presente nessa.
O livro traz importantes reflexões sobre a vida, a morte e a inerente sensação de envelhecimento, expondo a melancolia presente nos últimos anos de vida do autor (última obra publicada), além disso, temáticas históricas são constantemente abordadas e evidenciam o caráter crítico do autor.
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Sofia Dionísio 31/12/2023

A diversão de um narrador transparentemente não-confiável
A gente cresce ouvindo falar de Machado de Assis. Principalmente sobre Dom Casmurro. E muito se fala sobre o realismo, o narrador não-confiável, e a profundidade que isso traz para a obra. Mas eu não li Dom Casmurro, não ainda, e sei que muita gente também não leu. Eu tentei ler Memórias Póstumas de Brás Cubas, mas foi uma narrativa que me perdeu bem rapidinho. Ainda pretendo tentar de novo, mas não posso negar que não me conquistou na primeira vez. A não-confiabilidade do narrador então sempre teve um ar de "grande segredo" para mim, de exigir uma leitura extra-atenta para identificar a história por trás da história, de ler o livro estando em guerra contra ele e seu narrador enganador e mentiroso, que tenta te manipular. Talvez seja uma falsa impressão, talvez Dom Casmurro não seja assim, ainda não sei. Mas Memorial de Aires definitivamente não é. Aires não é confiável não porque ele está em profunda negação ou porque tem malícia em suas palavras distorcidas, mas porque esse é seu diário, um diário que ele insiste em dizer que é descartável, um confidente impenetrável mas que, como qualquer diário, tem uma pretensão de um dia ser lido, ser compartilhado e, conforme ele envelhece e a morte se aproxima, o entendimento de que pode ser (e será) seu legado. No fim, o não-confiável é transparente, e é uma mistura de coisas que ele não quer admitir para si mesmo, e coisas que ele não quer admitir para nós, leitores, que manchariam sua imagem, mas ambas são fáceis de compreender, fáceis de ver além. E faz todo sentido com o personagem, um diplomata aposentado, tão acostumado à conciliação, uma vida de pôr panos quentes em tudo e não julgar (abertamente) ninguém.
Para além do narrador, a graça do livro é que é um livro de fofocas. Aires está aposentado e financeiramente confortável, e busca ocupar seus dias com visitas a amigos e família, sempre fuçando a vida dos outros e se fazendo de santo. E depois fofocando tudo com a irmã. Sim, o livro está longe de estar livre de profundidades, de "riqueza literária", é um dos últimos livros do Machado antes de sua morte e não é à toa que tive que ler para uma matéria de Literatura Brasileira na universidade, mas não adianta ser um clássico importante e profundo se não for divertido, e Memorial de Aires é muito divertido.
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Thiago662 30/12/2023

Machado, cansado!
Dos livros de Machado de Assis que li, esse sem dúvida foi o mais chato e cansativo! Talvez por ser o último livro do autor, com certos ares de melancolia, trata bastante sobre a questão da velhice. Uma velhice que não é mais a nossa, no século XXI: a velha Aguiar têm 50 anos!!!!

Seria a velhice cuidar da vida alheia, seus sabores e dissabores? Aires não tem vida, a não ser a dos outros. Um memorial que não é do Aires, mas do casal Aguiar, Tristão e Fidelia. Seria mais interessante conhecer o Aires diplomata. Sem contar essa vida de corte que Machado descreve, visita aquele, chá com o outro... Chato!

Melhor parte é a que aborda a questão da escravidão e da abolição. Da um pequeno vislumbre sobre o que Machado pensava a respeito!
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analu 30/11/2023

Minha 3 obra de machado de assis e não foi a minha favorita
não é que o enredo não tenha me interessado, pois a cada relato eu ficava mais curiosa, mas que não tem a mesma ironia que é vista em outras obras dele, o que deixou a leitura mais cansativa ? em compensação li por causa de trabalho
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Lidiany.Mendes 06/11/2023

O último
O último romance de Machado de Assis tem um tom nostálgico e de despedida. O Conselheiro Aires narra uma história de reminiscências com um humor, por vezes ácido, e bem peculiar por meio de entradas de diário.
O Conselheiro Aires e sua irmã Rita fazem uma aposta ao avistarem, no cemitério, a formosa viúva Fidélis.
Ao longo do livro o Conselheiro Aires desfruta da companhia de Fidélis e dos seus afetos mais caros e angaria bons amigos no trajeto.
A leitura terminou para mim com vontade de ler mais sobre as anotações tão interessantes do Conselheiro Aires ou de pelo menos saber o que houve com ele...
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