Julio.Argibay 03/09/2021
Trá-las-á consigo
Este romance é contado em forma de diário são bilhetes endereçados a um amigo chamado Aires. Daí Memorial de Aires. Vamos a estória. Depois de viver fora durante muitos anos, o narrador da estória volta pra casa. Certo dia vai com a irmã Rita (volta desgraçada...) visitar o jazigo da família. No cemitério, os irmãos observam uma conhecida é a viúva do Noronha. Fidélia, naquele momento, estava cuidando do túmulo do marido. (Não vou me estender mais, para tentar resumir bem a estória). Ainda sobre o nosso narrador, sexagenário, ele enviuvou na cidade de Viena e a esposa foi sepultada por lá mesmo. Aguiar, um amigo do banco, o chama para um jantar de rotina. Dona Carmo e o Desembargador Campos, não tiveram filhos, mas têm um afilhado chamado Tristão, que mora em Portugal, e o consideram como um filho. Já Fidélia teve muitos problemas com o pai ao se casar com Noronha, pois as famílias dela e a do noivo eram inimigas, onde moravam no interior. Pouco tempo depois do casamento, o marido faleceu. Eiiiita. Então, ela foi, praticamente, adotada pelo casal Aguiar. (Já sabem no que vai dá esta estória ne?) Pois bem, neste período, a abolição da escravatura estava em voga e o pai da viúva era partidário desta ideia. A viúva tem um admirador chamado Osório, talvez ela se case com ele. (Ops. Será mesmo?) O pai de Fidélia adoece e acaba falecendo, por coincidência, o pai do pretendente, também. Agora, boas notícias, Tristão está voltando para o Brasil. O tempo passa e tanto Fidélia quanto Tristão estão morando na casa do casal Aguiar e todos estão muito felizes. Após muitos passeios, idas a Santa Pia - a fazenda da viúva, almoço e jantares com os amigos, passeios ao Flamengo e Botafogo, Tristão percebe que está apaixonado pela jovem. Apesar deste interesse, ele decide voltar para Portugal, pois é político e a época é propícia para a volta dele, porém, os tios desejam que ele permaneça e se case com Fidélia. Algum tempo depois, Tristão resolve pedir a viúva em casamento o evento acontece na Igreja da Glória, com poucos amigos e convidados. Os recém casados se preparam para partir para Lisboa, devido aos compromissos políticos do marido. Sendo assim, o velhos e alguns amigos estão tristes com a partida do casal. Então, temos mais uma visitinha do narrador ao casal Aguiar e encerramos nosso romance. Vamos as considerações. O que achei ? bom, porquê se é de Machado é bom e acabou. Mas, a estória é sobre uma rotina de vida comum, simples, sem grandes acontecimentos e sem muitas excentricidades. Mesmo assim, recomendo.