Cândido ou o Otimismo

Cândido ou o Otimismo Voltaire




Resenhas - Cândido


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Luisa 15/09/2020

divertido de ler pelo humor com que o voltaire conta a história, extremamente sarcástico e cheio de alfinetada pra época.
é desgraça atrás de desgraça e o coitado do cândido caindo na teia do pangloss paspalhão que dentro da bolhinha em que vivia criou uma verdade absurda de pensar que tudo acontece da melhor forma possível, que vivem no melhor dos mundos, que tudo é necessariamente para o melhor fim (e sustentou o pensamento mesmo quando não tinha nem como ele mesmo acreditar mais)
só foi um cansativo ficar acompanhando as notas de rodapé, e a história também é muito corrida, passando por diversos países e diversos contextos históricos. no meio disso me perdi um pouco e passei a ignorar boa parte dos pequenos detalhes.
-o otimismo é desesperador. é uma filosofia cruel com um nome reconfortante-
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vefaria 09/09/2020

Reflexivo
Muito importante para refletir sobre a ideia de otimismo. Até onde o otimismo chega e em que momento se torna ilusão, e como ver o mundo depois dessa reflexão.
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Dara 03/09/2020

O melhor mundo possível? Sério?
"Tudo não passa de ilusão e calamidade" - cap. 24.

A obra nietzschiana "Humano demasiado humano", publicada em abril de 1878, ano do centenário de Voltaire, traz uma homenagem na capa a tal filósofo, dedicando-a à memória do "grande liberador do espírito". Já aí pode-se vislumbrar a relevância de Voltaire na história da filosofia e do pensamento ocidental.

Desejei buscar este livro após a leitura do capítulo dedicado ao Voltaire no livro "Uma breve história da filosofia" de Nigel Warburton. Venho buscando me debruçar na história da filosofia ocidental e Voltaire é constantemente referenciado enquanto um dos mais relevantes pensadores iluministas da França do século XVIII, sendo a ele atribuída a libertária (e revolucionária) noção de que mesmo que não se concorde com uma perspectiva, o direito de que esta seja dita deve ser defendido até a morte.

Por receio de represálias por parte da igreja, a obra foi publicada sem constar a autoria do filósofo em 1759. A narrativa de "Cândido ou o Otimismo" conta, em um tom trágico e cômico, a história do personagem que nomeia o livro, serviçal que se apaixona pela bela Cunegunda, mas que logo de início é expulso de sua companhia. Toda trajetória do otimista Cândido se dá em torno de múltiplos infortúnios que enfrenta até reencontrá-la, muitas vezes conjuntamente ao filósofo Pangloss, o qual representa uma grande sátira ao encarnar a filosofia teísta de que o mundo é sempre o melhor que pode ser e que todo mal é o mínimo mal necessário para que todo contexto funcione bem, tendo em vista que Deus, senhor perfeito, estaria por traz de toda criação. Algo próximo ao que o pensador alemão Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) concebia e que Voltaire muito discordava e satirizava.

Em 1755, conforme traz Nigel, ocorre em Lisboa um terremoto que matou mais de 20 mil pessoas. Esta tragédia afeta profundamente Voltaire e é reverberada na presente narrativa. Em "Cândido", após os personagens passarem por catástrofes inúmeras, mortes, tragédias, flagelos, Pangloss segue insistindo, bem como faz durante todo o escrito, que "os sofrimentos particulares produzem o bem geral" e que "tudo não poderia ser melhor". Já Cândido, o protagonista da trama, passa a pôr em questão suas certezas deixando-se afetar pelas árduas experiências que vai vivenciando. Ao final da trama traz que "devemos cultivar sempre nossos jardins", em uma perspectiva que convoca-nos a uma ação útil, concebendo que "o trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade".

Outro aspecto interessante se refere às críticas contundentes feitas a respeito da ambição dos indivíduos e toda desumanização em jogo nas desigualdades da sociedade. Conforme escancara o trecho: "Quando trabalhamos nos engenhos de açúcar e a mó nos arranca um dedo, nos cortam a mão. Quando queremos fugir, nos cortam a perna. Eu incorri nos dois casos. Este é o preço do açúcar que os senhores comem na Europa".

Um grande incômodo que senti e não posso deixar de relatar se refere a certas falas racistas dos personagens. Venho pesquisando desde então qual era o posicionamento de Voltaire sobre este assunto, se se tratava de uma crítica ou não, mas não encontrei um consenso e sigo buscando novas fontes.

Por fim, trata-se de uma leitura rápida e cômica, apesar de muitas vezes pesada, e que certamente acrescentará a quem se interessa por filosofia e por textos que funcionam enquanto causa de reflexões.

"- Os tolos admiram tudo num autor de prestígio. Leio somente para mim. Amo apenas o que me serve.

Cândido, que fora educado a nunca julgar nada por si próprio, estava muito espantado com o que ouvia."
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Victoria Espacate 19/08/2020

Voltaire realmente mandou a polícia, a igreja, a monarquia e todo o resto ir tomar no uc good for him good for him ele dando alfinetada em todo mundo que xingava ele também ??? devia ser um cara muito humor & piadas, e as duas entrelinhas sobre gay wow a cara de pau isso em 1700 ainda enfim gostei ???
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Hera 06/08/2020

O pior dos mundos possíveis
É uma loucura! Basicamente uma satírica narrativa de viagens forçadas feitas por Cândido. Os acontecimentos são de uma irracionalidade histórica. Uma citação do livro que o resume bem é a seguinte: tudo não é senão ilusão e calamidade.

A linguagem é de fácil entendimento, e por ser uma sátira, consegue ser divertida e arranca risadas em vários momentos.

Recomendo a leitura acompanhando as notas de fim de página pois trazem um apanhado histórico geral e uma noção do pensamento da época. Vale muito a pena.
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Val Alves 26/07/2020

Contudo "é preciso cultivar o nosso jardim"
O nome de Cândido não é por acaso: ele é aquele cara tão inocente, bom e puro que chega a ser bobo. E isso lhe rende muito sofrimento e uma série infinita de desventuras. Ele cresce sob a tutoria do sábio Panglos (dizem que esse era uma caricatura de Leibniz) que pregava o Otimismo, uma ideologia que mais colocava o indivíduo sob o conformismo do que possibilitava uma visão menos dura sobre a sua realidade.

Cândido viaja pelo mundo e conhece versões totalmente antagônicas ao "melhor dos mundos possíveis" que aprendera com Panglos. E, mesmo passando por todo tipo de desgraça, não abandona as justificativas positivas e a visão otimista para tudo.

Voltaire criticava esse pensamento de forma implacável, e o humor do seu texto é ácido e duro. Ele faz Cândido passar por situações degradantes para contestar o seu modo de pensar.

Claramente sua intenção é nos fazer questionar e por fim concluir que, em frente à uma situação de sofrimento, desigualdade ou injustiça a tendência a aceitar de forma passiva cada acontecimento e justificar que tudo é como tem que ser, na verdade é um desperdício de inteligência, uma forma de alienar- se à maldade humana e assim fazer perpetuar as condições que mantém o domínio de um grupo sobre os demais.

Apesar de tantas desgraças, Voltaire nos entrega um texto maravilhoso, divertido, agradável de se ler; daqueles que a gente se questiona "por que não li esse livro antes?".

"Mas com que fim então este mundo foi formado?" disse Cândido.
"Para nos deixar com raiva", respondeu Martinho."
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Maria.anamariaprof 13/07/2020

Vocês precisam ler esse livro?
Sério, eu amei de tanto essa leitura. Vocês precisam conhecer essa obra. ??
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Elisa.Macedo 06/07/2020

Bem legal
É um livro rápido e leve, apesar de acontecer muita coisa em pouco tempo.
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Luan.Cordeiro 04/07/2020

É indiretas que você quer?
Voltaire, filósofo iluminista, traz críticas bem ácidas àquela sociedade governada pelo direito divino dos reis e aos falsos filósofos que rodeavam cortes embasando opiniões autoritárias. Mas claro, tudo na forma de uma divertida saga do fidalgo que é expulso de sua corte e terá de aprender a viver num mundo que ninguém liga se seu sangue é azul ou vermelho.

Pelo titúlo "Cândido ou o otimista" dá pra ter uma ideia da dificuldade que ele enfrentará para descobrir que bolos, filosofia e flores só são possíveis ali quando existe uma massa pra sustentar aquela nobreza. É quase um prenúncio do que seria a Revolução Francesa em alguns anos.
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matlima 26/06/2020

Curto e divertido
Livro curto com uma história rica e repleta de ironias.
Na superfície, a obra retrata a vida de Cândido, um ingênuo protagonista que passa pelas mais variadas aventuras, intercalando alguns eventos de sorte com um amontoado de desgraças.
No pano de fundo, Voltaire conseguiu se valer dessa narrativa para tecer críticas aos diversos filósofos contemporâneos, dando alfinetadas para todos os lados.
Uma aula de humor, crítica e síntese. Genial.
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Nanda5Oli 26/06/2020

Nesse conto o autor faz crítica e entretém com uma trama que flui repleta de desventuras.
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Aline Mari 26/06/2020

Cândido, ou O otimismo
De narrativa leve e rápida, esse livro de Voltaire nos leva a conhecer Cândido e a embarcar com ele em muitas aventuras, muitas vezes até bem inesperadas. Tudo começa quando Cândido é expulso da mansão onde mora por ter se apaixonado pela filha do barão, que é o dono da casa. A partir daí, sempre com muito bom humor e respaldado pelo otimismo de seu amigo Pangloss, professor de filosofia, que afirma que tudo vai sempre da melhor maneira possível, Cândido se coloca em sua busca incansável por felicidade e por encontrar meios de estar de novo junto de sua amada Cunegunda.
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BetoOliveira_autor 22/06/2020

Elogio à razão
Voltaire se utiliza de uma belíssima e criativa narrativa e nos leva a conhecer uma parte relevante do mundo e seus costumes daquela época, bem como as ideias supersticiosas com que os pensadores iluministas travaram guerra. Razão X Superstição. Ciência X crendices.
A obra vai além disso e sua genialidade é tão relevante que até o implacável Nietzsche se ajoelhou diante do brilhante Voltaire. Este, usava suas obras literárias para alfinetar seus adversários, e Rousseau era um dos seus mais eminentes contendores. Em Cândido, a vítima mor é a filosofia incauta de Leibniz.
É um texto relativamente curto, pela dimensão, podemos dizer se tratar de uma noveleta, e assim penso, pois há vários personagens, e muito bem trabalhados: o próprio Cândido, o seu mestre Pangloss, a amada Cunegunda, Martinho, a velha de uma nádega... E outros tantos.
Pensa numa vida tumultuada? Foi a vida de Cândido, não menos do que todos os outros. A velha declara:

"... quis cem vezes matar-me, mas ainda amava a vida. Essa fraqueza ridícula é talvez a uma de nossas inclinações mais funestas; pois existe algo mais tolo do que carregar continuamente um fardo que se quer sempre jogar no chão? Ter horror ao seu próprio ser? Enfim, acariciar a serpente que nos devora, até que ela nos tenha comido o coração?"

A velha disse essas palavras no final do seu relato sobre como veio a perder um dos lados da bunda. Se ficou curioso, leia rssss

Cândido superou todo tipo de sorte, as piores possíveis, entretanto," fez o que tinha que ser feito", apesar de tudo. Quais forças, quais móveis o fizeram persistir? Só quem ler até o fim a saga do herói Cândido terá acumulado bastante gravetos do conhecimento colhidos página a página, com o objetivo de empreender fogueira e jogar luz sobre a última frase de Cândido na obra, confrontando sabiamente a teodiceia do mestre Pangloss. Cândido, inferiu:

"(...) mas é preciso cultivar o nosso jardim."

Boa leitura!
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Maycon.Felipe 18/06/2020

Apesar de ter terminado de ler "Cândido" no dia 04 de abril deste ano, só descobri recentemente que a novela Êta mundo bom foi inspirada no livro de Voltaire. Eu gosto do otimismo de Pangloss. Apesar de ser um realista com os pés no chão, mesmo assim acredito que devemos acreditar nas coisas boas e que elas não existiriam se não houvessem coisas ruins, porque não saberíamos distinguí-las.
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