Cândido ou o Otimismo

Cândido ou o Otimismo Voltaire




Resenhas - Cândido


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13marcioricardo 24/08/2024

Imperdível
Quem nunca conheceu pessoas para quem sempre está tudo bem? A vida é uma festa. Como estão confortáveis. Só existe beleza. Vivem encantadas com o mundo em volta de seu próprio umbigo.

Pois bem, parece que Leibniz, um homem tremendamente religioso, pois claro, também defendeu essa ideia, filosoficamente falando. Este livro é uma sátira a essa cegueira em forma de ideias.

Cândido, um homem tomado pelas ideias de seu mentor Pangloss, é um otimista incorrigível. Mas, sua vida se torna uma caricata aventura onde se vai deparar vezes sem conta com a feiúra do ser humano e os piores tormentos da vida.

É preciso ser pleno. Ser só otimista (como ser só pessimista) é tolice, é viver em fantasia.
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Leonardo1083 10/08/2024

Candido, o Conformado
Voltaire apresenta sua critica, ou melhor, sua analise, da teoria de que esse mundo é o melhor dos mundos possíveis porque uma vez que Deus é onisciente, onipotente e magnificente tudo o que Ele faz deve ser o melhor possivel.
Ele traz Cândido e sias desventuras - tudo da errado para ele e para os que lhe cercam!
Mas será que tudo dá errado mesmo? Ou nossa visão embaçada não permite enxergar além dos fatos?
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Sol 62 31/07/2024

?É por esse preço que vocês comem açúcar na Europa?
Li ?Cândido Ou O Otimismo? de Voltaire, publicado pela editora Antofágica. Um livro muito bonito, com ilustrações de Pedro Meyer, de coloração predominantemente nas tonalidades vermelha e preta. Uma edição belíssima, como muitas da Antofágica. Essa leitura foi indicada pelo Clube de Literatura Anormal do qual participo e, que me proporcionou o primeiro encontro com Voltaire.

É uma história que acontece em um ritmo alucinante e se desenvolve de forma, deliciosamente, irônica e mordaz. Pelo ritmo rápido, acontece mudanças bruscas e radicais das condições dos personagens e dos ambientes, onde eventos trágicos são vistos como banais. A história se passa em diferentes contextos, inclusive pulando rapidamente de um país ou continente a outro. Diferentes culturas são retratadas.

Voltaire elabora, nessa obra, uma crítica contundente à ideia de otimismo defendida pelo filósofo alemão Leibniz para quem ?tudo está bem no melhor dos mundos possíveis?. A crítica de Voltaire a essa ideia ocorre, nessa obra, de forma irônica e satírica.

É um livro de leitura rápida, com muitas partes bem humoradas apesar das tragédias descritas. Possui várias camadas e principalmente nos faz refletir sobre ?O papel do conhecimento baseado em fatos comprováveis em detrimento de crenças e fanatismos?.
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balbsbalbs 25/07/2024

Uma das obras mais célebres de Voltaire
Publicada em 1759. Esta sátira filosófica segue a jornada de Cândido, um jovem ingênuo e otimista, que acredita fervorosamente no ensinamento de seu mentor, Pangloss, de que "vivemos no melhor dos mundos possíveis". Ao longo da narrativa, Cândido enfrenta uma série de desventuras e tragédias que testam sua visão otimista.

Através de um tom sarcástico e humorístico, Voltaire critica a filosofia do otimismo de Leibniz, que argumentava que tudo no mundo estava predestinado para o melhor. A obra expõe a hipocrisia, a violência e a irracionalidade da sociedade da época, questionando a validade de um otimismo cego frente às injustiças e absurdos do mundo real.

Voltaire utiliza personagens caricatos e eventos exagerados para explorar temas profundos como o mal, o sofrimento, e a busca pelo sentido da vida. A conclusão da história, onde Cândido decide "cultivar seu jardim", sugere uma abordagem prática e realista da vida, em contraste com as filosofias idealistas que ele encontra.

"Cândido" permanece relevante até hoje, não apenas como uma crítica social e filosófica, mas também como uma reflexão sobre a natureza humana e a resistência frente à adversidade.
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Ruliana0 22/07/2024

?Se você não tivesse passado por esse monte de coisas horríveis, tenebrosas, não estaria aqui comendo um docinho comigo?
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Luana 06/07/2024

Trecho tirado dos comentários, das páginas finais
"Tudo acontece em um ritmo alucinante, assim como as experiências dramáticas do herói e dos infortúnios presenciados.

Mudanças bruscas e radicais das condições sociais das personagens contribuem para o efeito cômico, assim como inúmeros eventos trágicos ocorrem como se fossem banais.

Lemos e relemos Cândido com curiosidade e prazer."

- Ana Luiza Reis Bedê
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myhtuck 05/07/2024

Conto pitoresco escrito em 1759, recheado de desastres a grande velocidade, que nos mostra que a teoria do otimismo é insustentável na prática.
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Andressa 05/07/2024

Cândido ou o otimismo
Será que esse é realmente o melhor dos mundos?
Primeiramente, gostei muito do prefácio do Chico porque me identifiquei com esse sentimento de poder me aproximar de um clássico. Não é algo apenas acessível a pessoas extremamente cultas, pessoas normais e com suas vidas normais podem se deparar com uma obra como essa e se deliciar na aventura das histórias.
Voltaire tem uma mente digna de gênio, pois a forma como ele desenvolveu essa sátira é sensacional. Eu fico imaginando o impacto dela na época de seu lançamento?
Por fim, são tantas referências históricas que o posfácio ajudou muito a compreender. Essa edição em específico está linda!
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aline.moraes.23 03/07/2024

Não esperava gostar tanto
Achei que seria mais um livro clássico enfadonho de ler, mas me enganei totalmente, pois a narrativa é fluida, rápida e cheia de reflexões. Acompanhamos a vida cheia de desventuras de Cândido, que, mesmo com tudo de ruim que lhe acontece, acredita que tudo é como deve ser no melhor dos mundos possíveis. Fiquei incrédula pelo tanto de tristeza que o protagonista passou, mas a linguagem direta tornou um pouco mais palatável a leitura, nos fazendo sentir menos como leitor. Pois se houvesse muitas descrições de toda dor que é retratada nesse livro, acho que não conseguiria ter terminado. Mas, pelo contrário, o sofrimento serve mais como exemplo da firmeza de crença de Cândido no otimismo e é considerado até mesmo divertido por alguns leitores (eu particularmente não consegui achar graça). Muitos assuntos importantes e atuais são retratados tais como a insanidade da guerra que traz dor e morte para todos os envolvidos, violência contra mulher, escravidão, etc. Os capítulos são curtos e instigantes, nos fazendo querer ler sempre mais. Gostei muito dessa leitura! Não teria escolhido esse livro se não fosse pela curadoria do Clube de Leitura (A)normal, da Maria Camila Moura.
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Priscilla 03/07/2024

Excelente
Livro maravilhoso, divertido, engraçado, sarcástico, irônico, com um ritmo muito rápido e super fácil de ler. Tive que parar a leitura algumas vezes para não acabar tão rápido porque estava gostando muito e queria fazer durar mais.

A história é contada em capítulos que parecem de novela, filme ou seriado, um acaba e já deixa a curiosidade para lermos o próximo. O título de cada capítulo é longo, como um resumo do que vai acontecer mas sem adiantar o conteúdo, o que atiça a curiosidade.

Voltaire tem uma linguagem simples, irônica e muito crítica. O livro foi escrito para criticar a teoria filosófica de Leibniz, que defendia um otimismo irrestrito ao discorrer sobre a origem do mal no mundo, partindo do pressuposto que Deus é onipresente, onisciente e benevolente, então como se explicaria a existência do mal? Para Leibniz, estamos no melhor dos mundos possíveis e, portanto, mesmo o mal vem sempre para o bem, pois Deus faz tudo de melhor para nós. Voltaire critica essa visão, pois ela tem uma tendência de consolidar o status quo e evitar mudanças, revoltas, discordâncias. Se tudo está bem assim, na melhor situação possível, então não tem porquê agirmos de maneira diferente; não tem porquê lutarmos para mudar o sistema vigente, mesmo sendo tão desigual e violento. Se Deus quis assim, então assim deve ser e não devemos agir para mudar isso.

E a sagacidade e inteligência de Voltaire está em criticar essa filosofia de maneira muito leve e acessível a todos, por meio de uma historinha de 100 páginas e de muito fácil leitura, em que todo tipo de desgraça e crueldade acontece com o protagonista, Cândido, e mesmo assim ele acredita que está "no melhor dos mundos possíveis", pois assim ele foi doutrina desde criança pelo mestre Pangloss no castelo em que vivia. A série de desventuras que ele vive vai fazer com que comece a questionar esse entendimento, pois presencia todo tipo de iniquidade que acontece a todos a sua volta, como p.ex. os horrores da guerra, a crueldade humana sem sentido, a hipocrisia da igreja católica e seus autos de fé, os desastres naturais, como o terremoto de Lisboa no séc. XVIII, a tirania da nobreza, etc. Voltaire faz críticas a todas as instâncias: nobreza, clero, igreja, religião, política, etc.

Ao final, termina com a idéia de que não adianta ficar apenas teorizando abstratamente sobre a vida, como faziam os filósofos, mas que é necessário se voltar para a simplicidade da vida concreta, do cotidiano, trabalhar para produzir os bens que serão usados no dia-a-dia, sem pretensão de riqueza nem de ócio, vivendo uma vida simples e "cultivando o próprio jardim".

Ao ouvir diversas resenhas a respeito, me vêm o pensamento de que a ideia de que tudo que acontece na vida está de acordo com a vontade divina universal, que tudo está do jeito que deve ser, que tudo acontece por uma razão, por um propósito que iremos descobrir depois, ainda está muitíssimo presente na minha vida e na sociedade como um todo. E é um pensamento que traz um alívio para as angústias da vida, que traz calmaria e fé no futuro, ainda que desconhecido e incerto. Então talvez eu seja uma pessoa otimista (desculpa, Voltaire). A questão, na verdade, parece ser evitar os extremos. Tanto o extremo do otimismo, representado por Pangloss, como o extremo do pessimismo, representando por Martinho, no livro. Segundo Ariano Suassuna, "eu prefiro ser um realista esperançoso".

A questão filosófica e religiosa sobre a origem do mal também é algo muito interessante. Nos tempos em que havia o politeísmo, os deuses eram bons e maus ao mesmo tempo, p.ex. deuses gregos e romanos, Zeus, Afrodite, etc, praticavam ações boas e ruins e inclusive altamente questionáveis e muitas vezes maléficas, como incesto, estupro, morte, vingança. E assim a origem do mal estava nos próprios deuses, que eram parecidos com o humanos em razão dessa complexidade. Mas a partir da crença no Deus cristão, que é somente bom, e sendo o Mal personificado na figura do Diabo, fica difícil explicar a existência de coisas ruins que acontecem a pessoa boas na vida comum. Uma explicação seria que tudo que acontece tem uma razão na vontade de Deus e acontece por uma boa razão. Outra explicação pode ser que o mal provém do ser humano, que está em evolução e age de acordo com seu livre arbítrio e vai responder pelo mal que causar após sua morte terrena. Outra explicação seria que o mal provém do Diabo, mas porque Deus deixaria ele agir para prejudicar as pessoas boas, que seguem seus preceitos?

Enfim, muitos questionamentos e pensamentos derivados desse livrinho incrível. Recomendo a leitura!
Priscilla 03/07/2024minha estante
resenha que achei interessante sobre o livro: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/8/07/caderno_especial/18.html




juliasena 30/06/2024

???
Comprei pq vi as recomendações daqui achei que ia ser engraçado igual falaram mas so se eu estiver LOUCA msm mds que livro massantw provavelmente por causa do vocabulário mas eu fui rir msm nos ultimos capítulos nao eu tudo isso que falaram nas resenhas não
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Maria Amélia 29/06/2024

"Cândido, ou O otimismo" (Candide, ou l'Optimisme), de Voltaire (1694-1778, 83 anos) ??

"Cândido, ou o Otimismo é um retrato satírico de seu tempo. Publicado pela primeira vez em 1759, situa o leitor entre fatos históricos como o terremoto que arrasou Lisboa em 1755 e a Guerra dos Sete Anos (1756-63), enquanto critica com bom-humor as regalias da nobreza, a intolerância religiosa e os absurdos da Santa Inquisição. Já o caricato mestre Pangloss é uma representação sarcástica da filosofia otimista do pensador alemão Gottfried Leibniz (1646-1716)"
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Joao 28/06/2024

Como um Machado, mas diferente.
Claro, apesar do título que dei, Cândido tem uma proposta outra que das obras do Machadão. Aqui temos uma narrativa filosófica, em que, pela prosa e ficção, Voltaire argumenta contra um filósofo otimista (stricto sensu). Certamente, Voltaire pensou que fazê-lo num ensaio filosófico não seria tão aprazível quanto literariamente. Escolha brilhante.
***
Cândido reside no melhor castelo de todos, não é filho direito do "rei", mas tem certo parentesco. Seu mestre a ele ensina que, independentemente das causas e dos efeitos, tudo se dá para o melhor possível, isto é, o situação em que estamos é sempre a melhor possível, senão nos levará a isto. Contudo, por conta duma causa e dum efeito curioso (ele é pego beijando a Cunegundes, filha do "rei", pelo próprio kkkk), ele é expulso do melhor castelo do melhor mundo, e o pior: longe da filha do rei, que é a sua bem-amada. Mas ele vai voltar para ela, enfrentando uma miríade de presepadas. O resto da estória, só lendo para saber.
*
O que o livro é de fato? Uma resposta ao Leibniz, famosíssimo polímata alemão, cuja filosofia otimista é representada pelo mestre Pangloss. Com efeito, na época de Voltaire, alguém otimista era muito mais próximo desta filosofia que de alguém que busca não pensar negativamente (o que é bem análogo, porém); e esta estória é uma resposta a ele. Filosofando, algumas pessoas desprendem-se do mundo em que vivem de tal modo que tornam a sua filosofia no seu mundo, enquanto ignoram o mundo real, e os seus jardins.
*
Livro divertidíssimo, fluído, interessante e útil, quem diria. Recomendo a todos, sobretudo a quem já leu Machadão. São prosas semelhantes: com capítulos curtos, diretas ao ponto, cômicas, irônicas, mas prenhes de significado. Muito bom.
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malucpinheiro 20/06/2024

Um livro, de fato, genial! Através de uma sátira, uma ironia levada ao exagero, com um humor refinadamente ácido, elenca acontecimentos cruciais de sua época, determinantes para o desenvolvimento histórico, como o terremoto de Lisboa e a Guerra dos Sete Anos. Num contexto no qual o pensamento religioso e o nascente pensamento científico racional disputam espaço, onde busca-se uma explicação teleológica para compreender o Universo, pautada na concepção de Progresso, espera-se que tudo tenha uma finalidade, uma razão de ser, e que seu sentido seja sempre uma evolução. ?Tudo acontece da melhor forma no melhor dos mundos?! Voltaire faz uma crítica inteligente, perspicaz e corajosa a grandes expoentes como Leibniz e Rousseau, que dominavam o pensamento da época. Não escapam da crítica e da genialidade de Voltaire, as questões religiosas, a fé cega e a Igreja. Ele denuncia a crueldade das guerras, dos autos de fé, da Escravidão. Põe em cheque, afinal, a crença da teleologia, do progresso constante, do caminhar em direção sempre ao ?melhor dos mundos?.
Um livro curto que coube tanto, ultrapassa a barreira do tempo chegando até nós, três séculos depois, como um clássico, ainda com muita atualidade e potencialidade de novas interpretações.
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Camila 20/06/2024

Um livro muito inteligente
O otimismo é positivo ou apenas mascara certas dificuldades que temos que superar? Esse foi o questionamento que me surgiu durante a leitura. Os textos de apoio da edição são essenciais para ter um panorama histórico, cultural e filosófico que rondam a obra. Há várias reflexões bem profundas, mas como uma leitora comum, posso dizer que ela é viciante - de um jeito que te prende até o final e te deixa boquiaberta a cada capítulo.
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