Cândido ou o Otimismo

Cândido ou o Otimismo Voltaire




Resenhas - Cândido


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Marcia 04/04/2024

Cândido
Livro interessante. Gostei muito e aprendi muito com a narrativa. Quero ler mais obras do Voltaire, pois são muito instrutivas.
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Gabriela 03/04/2024

Fraco
Não achei engraçado como falam que é. Não achei genial como falam que é. Esperava algo milhões de anos luz a frente. E aí é culpa minha (a expectativa era minha).
Peguei as noções básicas do livro sobre otimismo, pessimismo, realismo e toda ironia do texto nas primeiras 25 páginas. Achei que foram suficientes pra explicar e dizer o que ele queria dizer. Principalmente tendo em vista a narrativa chata e sem sabor que segue por mais de 100 páginas. Lá pelas últimas 10 eles resolvem inserir um pensamento irônico (ou não) sobre o tédio e o trabalho... Algo que poderia ter sido muito mais bem elaborado na história. Se a história fosse divertida, se os personagens fossem interessantes, se existisse algum sabor nisso tudo, talvez eu perdoaria a repetição e enrolação.

Acho importante entendermos (e admitirmos) o mundo como o lugar horrível que ele é - e ao mesmo tempo um lugar de tanta coisa maravilhosa. A dualidade do mundo está em todo lugar, na maioria das vezes pesando pro lado negativo. Devemos perder a esperança? Devemos desistir? Devemos enfiar a cara no trabalho como distração pros horrores da vida? Hoje em dia podemos tomar remédios pra dormir à noite e mais remédios pra acordar de manhã. Algumas drogas auxiliam no equilíbrio do dia-a-dia. Ficam essas questões.

Me sinto muito arrogante falando mal de livros clássicos e de um escritor como Voltaire. Fui atrás de artigos e vídeos de professores pra verificar se talvez o que eu entendi não foi pouco, insuficiente, ou se talvez eu deixei escapar alguma genialidade implícita, escondida nas entrelinhas. Mas não foi o caso, pelo que vi... Uma pena.
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Bíh948 23/03/2024

"? O que é otimismo? ? perguntou Cacambo. ? Ai de mim! ? disse Cândido. ? É o furor de defender que tudo está bem quando estamos mal."

Há alguns anos atrás tive contato pela primeira vez com essa obra, através de um "Aulando Livros" que meu professor de filosofia dava durante o ensino médio. Ele contava a história de uma maneira super interativa e fácil de entender. Me lembro até que me usou de exemplo para ser a Cunegunda (ou Cunegundes no original) e eu achei aquilo muito divertido. Lembro também do quanto aquela aula me deixou reflexiva.

Agora, alguns anos depois, já na faculdade e querendo me aprofundar mais em leituras de filosofia, que sempre foi algo que me encantou, eu me deparei novamente com esse livro.

Apesar de ser contado como uma sátira e ter várias situações bem cômicas, esse livro é muito pesado, porque te faz questionar tudo sobre a sua existência. O mundo é intrinsecamente bom ou ruim? E por que o é? Se Deus é bom e criou o mundo à sua semelhança, então o mundo também é bom? Então todas as coisas ruins que acontecem todos os dias são para um bem maior? E se o mundo não é bom e Deus não faz nada quanto à isso, então Deus é ruim? Ou foi o homem que corrompeu o que havia de bom no mundo? São algumas das várias perguntas que me fiz.

O conto traz várias críticas à religiosidade, à escravização da população negra, à subjugação das mulheres e dos pobres, entre outros, que se utilizam de uma moral cristã como modo de dominação política e social. Se utilizam do otimismo como modo de apaziguar qualquer tipo de questionamento ou retaliação dos oprimidos contra os opressores. Afinal, esse é o melhor dos mundos possíveis, e tudo acontece por uma razão, e quando você morrer você será recompensado no céu pelo seu sofrimento em terra, e assim a vida segue...

Achei a linguagem fácil de entender, acredito que muito por conta da tradução. As imagens eram incríveis e eu adorei que o artista trouxe elementos modernos para serem comparados à narrativa, como aquela imagem do jorrnalista "enforcado" pela ditadura empresarial-militar. A história em si é muito interessante pelo seu teor filosófico, mas confesso que às vezes acabava ficando um pouco repetitiva, principalmente quando os personagens "morriam" e depois apareciam vivos umas duzentas vezes kkkkkk

O Cândido é um personagem bem intrigante. No final, parece que ele cria um certo senso crítico, mas durante a maior parte do livro dá pra ver que ele se prende muito à presença de algum "guru", alguém para lhe dizer o que fazer e pensar. Quando isso não acontece, ele se sente perdido. A ingenuidade dele em vários momentos causou uma certa raiva em mim. Inclusive, há uma passagem que diz "Cândido, que havia sido criado para junca julgar nada por si mesmo".

Entretanto, há momentos em que ele corrompe sua candura. E isso acontece durante a história toda. Há momentos em que algo péssimo acontece, e ele começa a questionar a filosofia do Pangloss, mas logo após, algo de bom ocorre e ele lhe dá razão. Acredito que a vida também é assim, nunca tenho certeza sobre o que pensar dela, já que está sempre mudando.

Pangloss também é um carinho curioso, já que no final ele mesmo diz que não acredita muito em sua própria teoria, mas que se apega à ela.

Acho que é essa um pouco da mensagem que o final tenta passar, de que às vezes precisamos precisamos deixar de lado um pouco as indagações filosóficas e construir a nossa própria história, sem se questionar muito sobre o sentido das coisas. Talvez apenas não haja um sentido. Entretanto, ainda estou em dúvida se eu gostei do final ou não. Não acho que ele realmente tentou dar uma resposta à tudo, mas mesmo assim tive a sensação de que foi um tanto simplista demais.

Ah e gostei muito dos vários locais onde se passa a história, principalmente em Eldorado. Achei tão interessante! Um lugar de uma lenda indígena da época da colonização bem aqui na América do Sul. Um lugar feito de ouro e pedras preciosas e que chegou a atrair vários europeus buscando riqueza. Como foi que eu nunca ouvi falar disso?! É tão legal! Quero saber mais sobre.

Pra acabar com essa resenha gigantesca kkkkkkk, o final do livro me lembrou um trecho de Paradise do BTS, que sempre me acalenta quando eu penso que não tenho sentido na vida, e que diz que tudo bem não ter: Está tudo bem parar; Não há necessidade em correr sem ao menos saber o motivo; Está tudo bem não ter um sonho; Contanto que haja momentos em que você sinta felicidade.

Enfim, ainda pensarei muito nesse livro. Não dá pra absorver tudo de uma vez
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mhsmaran 13/03/2024

Depois de ler umas obras difíceis, eu achei que não entenderia nada desse livro. Acabou que me apaixonei pela história e as aventuras descritas. Quanto aprendizado! A lição que eu tiro é que da vida só levamos as nossas experiências.
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João Malafaia 10/03/2024

Cômico e reflexivo
Muito engraçado, tanto em momentos pontuais como no todo, e bem rapidinho de ler

o nome do autor dá um certo medo de que será uma leitura difícil, mas não é nenhum bicho de sete cabeças

lógico que tem coisa que pede uma pesquisa pós-leitura, que sempre adiciona riqueza ao livro, mas dá para aproveitar bem a leitura crua
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Alessandra.Laine 29/02/2024

Um clássico universal
E com razão : talvez seja o melhor livro da minha estante !

Às vezes me irritava com o lado "idiota", dostoïevskiano de Candide, mas o humor, as reviravoltas, o ritmo do texto ... Um encanto !
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dani y 28/02/2024

Acho que está tudo errado no nosso país, que ninguém sabe qual é seu papel, nem qual é sua responsabilidade, nem o que faz, nem o que deve fazer. E, com a exceção da hora do jantar, que é muito alegre e em que parece havia união suficiente, todo o resto do tempo é passado em brigas impertinentes: jansenistas contra moli-nistas46, parlamentares contra membros da Igreja, pessoas de letras contra pessoas de letras, corte-sãos contra cortesãos, financistas contra o povo, mulheres contra maridos, pais contra pais, é uma guerra eterna.
p. 186
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Manu5 26/02/2024

Muito bom
Gostei do livro, fui ler sem saber muita coisa e me surpreendi com a história, porém quem lê ou já leu a Bíblia sabe que as críticas desse livro já está lá. Isso me fiz tirar estrela do livro pq pra mim não é nada demais. O ponto positivo é as aventuras de cândido ao longo do livro, vc fica curioso pra sair o fim desses personagens.
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cressidadoaudiovisual 24/02/2024

Otimista é só uma pessoa mal informada, fofa!
Quando chego no final em que o velho diz não saber de nada além daquilo que acontece em seu próprio jardim, só fui capaz de lembrar da frase "otimista é uma pessoa mal-informada" (tirada diretamente de um quadrinho da turma da Mônica kkk).

E me reafirmou a perspectiva que ignorância é de fato sinônimo de felicidade.

E não só ignorância de não se saber o que acontece, mas de não se importar com as consequencias, mais ou menos o que aconteceu quando pararam de discutir quem sofreu mais e cada um começou a cuidar da própria vida.

Em conclusão, uma visão bonita apenas quando contemplada em casos isolados, onde você para de ver atrás do cercado o jardim do outro, mas não quando falamos da sociedade e suas injustiças, a partir daí, a ignorância é uma dádiva egoísta.


Ps.: entendo (ou acredito entender) as tantas camadas sátiras dessa grande novela, mas me permito somente a este pequeno adendo conclusivo.
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Bia 23/02/2024

Não esperava que fosse gostar tanto!!
Olha, é um livro filosófico MESMO, daqueles que te fazem ficar encarando o nada por horas, se perguntando qual o sentido da vida. Vou precisar ler de novo, claro, porque sinto que deixei várias coisas passarem. É uma leitura fácil, mas difícil! hahhahaha não sei explicar, só leiam!
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Rhauã 17/02/2024

"O senhor está certo, mas devemos cultivar o nosso jardim."
O conto picaresco de Voltaire é salgado na medida certa para satirizar e criticar seu tempo, ao mesmo tempo que leva sua reflexão para muitas gerações à frente.
O texto de Voltaire tem o poder de nos fazer refletir sobre a ignorância humana, fanatismos, diferenças culturais e espírito crítico até nos dias atuais. Um clássico gostoso de ler e sem dúvida nenhuma, recomendo para todos os leitores.
E para você? Tudo corre do melhor modo possível?
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Ismarina 16/02/2024

Ler e reler durante a vida
A narrativa satiriza a filosofia otimista de Leibniz, questionando a ideia de que vivemos no melhor dos mundos possíveis.
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Avyla 14/02/2024

Muito bom
Gosto muito da escrita do Voltarie, realmente ele apresentou um tom bastante crítico em relação à religião e principalmente ao Estado.

Essa obra mostra as aventuras de Cândido após ser expulso do castelo por se apaixonar pela filha do barão. É muito interessante as pessoas que ele encontra nessa longa viagem que ele faz em busca do seu amor.

A história é permeada por um tom bastante crítico principalmente em relação a Leibniz, filósofo que afirmava que vivemos no melhor dos mundos possíveis.
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JULIANA_PFRANCO 06/02/2024

O anti herói mundial?
Em uma viagem muuuuuitoooo louca Cândido dá passos de sabedoria e tropeça por muitas vezes na condição humana nos trazendo assim inquietudes, indagações e incômodos sobre a pobreza moral do homem, suas instituições, suas percepções e criações.

Comparativamente o anti herói Macunaíma expande diante de nossos olhos a imensa cultura brasileira. Sinto que o propósito neste último é mais ?informativo? que filosófico. O que obviamente não diminui o brilho da obra.
Voltando à Voltaire deixarei algumas frases pra matar a saudade da leitura à tempos finalizada:
?As pessoas daqui são assim. Imagine todas as contradições, todas as incompatibilidades possíveis e vai vê-las elas no governo, nos tribunais, nas igrejas e nos espetáculos dessa nação estranha.??
?Mestre, viemos pedir que o senhor nos diga por que um animal tão estranho quanto o ser humano foi criado.??
? Quis me matar cem vezes, mas ainda estou viva. Essa fraqueza ridícula talvez seja uma das nossas tendências mais funestas: pois será que há algo mais estúpido do que carregar continuamente um fardo de que queremos sempre nos livrar? Ter horror ao próprio ser, mas se agarrar a ele? Enfim, acariciar a serpente que nos devora até que ela coma o nosso coração??
?
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Jandira.Antunes 06/02/2024

Amor proibido de Cândido
Leiam esse clássico

A história acompanha a vida de Cândido, personagem assim nomeada graças à sua personalidade tranquila e um tanto ingénua. Cândido é um jovem oriundo da Alemanha, criado num castelo junto de uma família fidalga. No castelo viviam o barão, a senhora baronesa e os seus dois filhos. A filha mais nova do casal chamava-se Cunegundes e era a paixão secreta de Cândido. O protagonista também partilhava o castelo com Pangloss, filósofo de profissão, que era o oráculo da casa e era-lhe incumbida a função de ensinar a família. O filósofo acreditava no otimismo de Leibniz e transmitia os seus ensinamentos a Cândido. A ideia do jardim de Éden também está presente neste livro e é metaforicamente representada a partir da juventude de Cândido. O rapaz era forte e saudável, tinha acesso a ensino e cultura, possuía conforto material e vivia rodeado de harmonia.

A reviravolta na narrativa dá-se quando Cândido, perdido de amores pela bela Cunegundes, beija-a e são apanhados. O rapaz sofre como consequência ser expulso do castelo. A partir deste episódio, começam as aventuras e dissabores de Cândido e são relatadas as suas viagens pelo mundo. O otimismo que o protagonista possuía, e que outrora lhe tinha sido incutido por Pangloss, vai desvanecendo à medida que se cruza com diferentes pessoas e vê a verdadeira faceta trágica do mundo. Pangloss vai aparecendo ao longo das aventuras de Cândido e defende sempre o seu pensamento ?tudo vai pelo melhor no melhor dos mundos possíveis.? Contudo, no fim da história o próprio filósofo percebe que o pensamento que defendia exaustivamente não era inteiramente aplicável e troca-o para ?devemos cultivar o nosso jardim.?
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