Nathi 09/12/2015
E os jogos começam.
Resenhar Jogos Vorazes é uma coisa complicada de se fazer, pois todo mundo que vive nesse planeta já ouviu falar e sabe mais ou menos do que se trata a história. Mas enfim, farei uma breve sinopse, e sobre o livro em si, que li em inglês.
Bom, a história se passa num futuro, onde depois de vários transtornos climáticos, os Estados Unidos foram parcialmente destruídos, e para retomar a paz, é criado um novo país, Panem, composto por treze distritos, governados por uma Capital. Porém, uma tensão devido a dominação, fome e pobreza, acaba levando o país a uma guerra. A Capital acaba vencendo essa guerra e destruindo o distrito 13 por terem se rebelado.
Panem depois da guerra, ficou pior, pois além da pobreza, da acentuada concentração de renda na Capital, da fome e da falta de liberdade, ainda precisam lidar com um jogo cruel, o ‘Hunger Games’, posto como forma de lembrar a superioridade da capital e instigar o medo. O jogo tem como participantes um garoto e uma garota entre 12 e 18 anos de cada distrito (sendo 24 jogadores), que são colocados em uma simulação controlada pela capital e obrigados a lutar até restar apenas um sobrevivente. O vencedor ganha melhores condições para seu distrito e uma certa fama, já que os jogos são transmitidos ao vivo pela televisão para toda a população de Panem.
Assim surge Katniss Everdeen, uma garota que apesar de seus poucos dezesseis anos, precisa sustentar a mãe e a irmã. Elas moram no Distrito 12, conhecido pela mineração (trabalho que o pai de Katniss exercia quando morreu), e quando chega o festival, chamado de Colheita, que sorteia os nomes dos próximos participantes do Hunger Games, a tensão e a angústia aumentam. Para Katniss, este ano é o pior de todos, já que sua irmãzinha, quatro anos mais jovem, Primrose, concorrerá pela primeira vez aos jogos.
Quando no festival o nome de Primrose é dito, convocando-a ao Hunger Games, Katniss não vê outra opção, senão a de ir no lugar de sua irmã de apenas doze anos. Ainda estarrecida, Katniss fica sabendo ainda, que o garoto que irá acompanhá-la é Peeta, que tem a sua idade e já a ajudou a não morrer de fome, coisa que ela nunca agradeceu. Cada um precisa então manter uma estratégia para se manter vivo e quanto mais os telespectadores gostarem de você, melhor.
E os jogos começam.
A leitura começa lenta, com os detalhes sobre Panem, a Capital, o distrito 12 e vida de Katniss, mas quando o jogos começam, fica bem frenética e você lê muito rapidamente. As críticas sociais como a concentração de renda, a transformação do sofrimento de uns como meio de entretenimento para outros (muitos jornais sensacionalistas o fazem), a questão de até onde o ser humano pode chegar para garantir sua sobrevivência, são um ponto forte do livro.
Os personagens são muitos bons, a Katniss tem força e determinação muito bacana, o fato de ela saber se proteger e não precisar de garotos lhe dando apoio é muito legal também; o Peeta é muito fofinho e acredito que conquiste a maior parte dos leitores sem problemas; a população da capital também é bem bizarra, mas fácil de ser visualizada; enfim, tudo muito bem construído.
Duas coisas que me incomodaram no livro foram, primeiramente, os dramas que a Katniss faz para tudo: com a mãe/irmã, com o Peeta, quando ela faz o primeiro teste para os Gamemakers etc.... E a outra coisa, foi o final, que achei meio escroto a explicação para a mudança da regra dos vencedores, uma hora é outra não é, WTF?
Eu já tinha assistido ao filme, por isso sabia o enredo, o que facilitou na hora de ler em inglês. Eu particularmente apanhei um pouco no começo, mas depois acostuma. Só não fique parando excessivamente para consultar o dicionário, pois fará você desistir. Outra coisa que me impulsionou ler Hunger Games, é que o livro possui o audiobook disponível na íntegra no YouTube, o que ajuda demais. É claro que é difícil entender 100%, mas você vai pelo contexto e dá sim para ler Hunger Games numa boa.
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