Amar se aprende amando

Amar se aprende amando Carlos Drummond de Andrade




Resenhas - Amar se Aprende Amando


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Sckylla 03/10/2024

Achei bonito, repleto de textos que trazem percepções sobre o amor, alguns me trouxeram aconchego e outros me trouxeram a vontade de chorar (pois houve identificação).
achei uma leitura bem leve, eu leria de novo em dias de ressaca literária.
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Princess.books 22/07/2024

"a poesia é necessária, mas o poeta, será?"
Com certeza, Drummond é necessário! A escrita deste homem atravessa a nossa alma, impregna a mensagem do poema nos nossos corações, a gente para, analisa, quer entender todos os "is" que ele escreveu e nem preciso dizer o quão bela é a sua poesia.
Tem uma frase, li aqui mesmo no skoob, do Caio Rossan, que diz "livro bom é livro que a gente passa adiante, o prazer da leitura não pode ser restrito", resume bem eu, em 2024 ter em mãos um livro publicado em 1985 e mais! Ler poesias datadas da década de setenta, que magnitude perceber que muito mudou e um tanto não, o que nunca muda e não mudará é a paixão humana pela poesia.
??
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Hév 13/07/2024

O eco anda maroto, não responde.
Fui enganada pelo título achando que esta seria a obra mais romântica de Carlos Drummond, mas vemos traços do amor romântico aqui apenas na primeira parte do livro. Diria que é uma ode ao tempo que foi escrito, o sentido político do autor está imerso em praticamente todo o livro: as críticas às ditaduras latino-americanas, à Guerra do Vietnã, ao capitalismo e o sistema, à inflação e à contradição em ver milhares acompanharem a Bolsa todos os dias enquanto outros não tinham o que comer ou onde morar. Pra mim é onde o livro ecoa. Essa ode também envolve pessoas e lugares. Drummond cita bastante Minas Gerais e principalmente o Rio de Janeiro e a forma que estava sendo governado (interessante demais perceber que suas críticas permanecem válidas até hoje, infelizmente). Em relação ao poemas dedicados a pessoas da época e amigos próximos do autor, não foi minha parte favorita, já que muitas dessas figuras se perderam no tempo ou são referências muito íntimas ao autor, o que dificulta a conexão e compreensão por parte do leitor nos dias atuais.
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abibliotecadamica 20/06/2024

Excelente.
Trata-se de uma edição nova da Record, lançada em abril desse ano, que vem com um grande presente: Um posfácio do tradutor Bruno Gambarotto, que escreve divinamente!
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Bru 13/06/2024

Amar se aprende amando
Drummond fala sobre amor, sobre amizade, sobre o Rio de Janeiro, mas sobretudo, sobre viver olhando uma vida que passa ao seu redor. Amei a leitura, de verdade. Nunca tinha lido nada do autor e me apaixonei. Mais legal ainda foi ver as referências políticas a época em que foi escrito.

Deixo aqui uma pedrada, em forma de poema:

"Seu claro riso e humana compreensão e universal doçura revelam que pensar não é triste. Pensar é exercício de alegria entre veredas de erro, cordilheiras de dúvida, oceanos de perplexidade."
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martinho.bia 08/05/2024

Drummond Poetizando
"O tempo passa? Não passa no abismo do coração. Lá dentro, perdura a graça do amor, florindo em canção. O tempo nos aproxima cada vez mais, nos reduz a um só verso e uma rima de mãos e olhos, na luz. Não há tempo consumido nem tempo a economizar. O tempo é todo vestido de amor e tempo de amar. O meu tempo e o teu, amada, transcendem qualquer medida. Além do amor, não há nada, amar é o sumo da vida. São mitos de calendário tanto o ontem como o agora, e o teu aniversário é um nascer toda hora. E nosso amor, que brotou do tempo, não tem idade, pois só quem ama escutou o apelo da eternidade."
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marcinvsc 28/02/2024

Sobre o Sumo da Vida
(RELEITURA)
Na primeira vez que a li, fiquei apaixonado pela obra. Dessas vez também não foi diferente.

Carlos Drummond de Andrade, com sua simplicidade - por vezes traduzida em textos de difícil entendimento, consegue entrar na mente do leitor. ?O Tempo Passa? Não passa? foi um dos poemas que mais me cativou. Para o meu amigo Carlos, além do amor não há nada, amar é o sumo da vida. Não há tempo consumido, nem tempo a economizar. O tempo é todo vestido de amor e tempo de amar.

A forma simples de ver o mundo é uma das belezas de sua poesia. Nas palavras do próprio: ?O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar?. Apesar do nome sugestivo, o livro também trata de diversos assuntos, inclusive contextos políticos do momento em que Carlos escrevera essa obra. Certamente a lerei mais vezes ao decorrer da vida.
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yllirius 09/02/2024

"O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza."

[???]
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salles27 02/02/2024

Cadê a pedra
Algumas coisas do começo do livro me deixaram bastante animado, mas tem muita poesia sobre "qualquer coisa" ou sobre outras pessoas que, sinceramente, acabam sendo meio chatas pra alguém que é tão culto quanto a pedra da outra poesia dele.
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marcosmoreira 18/01/2024

Amar se aprende amando de Carlos Drummond de Andrade
Esse livro do Carlos Drummond tem alguns poemas que nos fazem refletir bastante, não só sobre o amor mas muitos poemas que indicam que não percebemos as coisas belas que ocorrem ao nosso redor. Surpreendentemente, eu li numa ocasião muito especial: o ínicio do ano, porque ele traz algumas reflexões sobre esse período do ano, de poemas que foram escritos entre o final da década de 60 e início da década de 80. Gostaria de deixar aqui um poema que me tocou bastante sobre a fotografia, só pra deixar vocês com um gostinho de quero mais.

"Diante das fotos de Evandro Teixeira

A pessoa, o lugar, o objeto
estão expostos e escondidos
ao mesmo tempo, sob a luz,
e dois olhos não são bastantes
para captar o que se oculta
no rápido florir de um gesto.

É preciso que a lente mágica
enriqueça a visão humana
e do real de cada coisa
um mais seco real extraia
para que penetremos fundo
no puro enigma das imagens.

Fotografia — é o codinome
da mais aguda percepção
que a nós mesmos nos vai mostrando,
e da evanescência de tudo
edifica uma permanência,
cristal do tempo no papel.

Das lutas de rua no Rio
em 68, que nos resta,
mais positivo, mais queimante
do que as fotos acusadoras,
tão vivas hoje como então,
a lembrar como exorcizar?

Marcas de enchente e de despejo,
o cadáver insepultável,
o colchão atirado ao vento,
a lodosa, podre favela,
o mendigo de Nova York,
a moça em flor no Jóquei Clube,

Garrincha e Nureyev, dança
de dois destinos, mães-de-santo
na praia-templo de Ipanema,
a dama estranha de Ouro Preto,
a dor da América Latina,
mitos não são, pois que são fotos.

Fotografia: arma de amor,
de justiça e conhecimento,
pelas sete partes do mundo,
viajas, surpreendes, testemunhas
a tormentosa vida do homem
e a esperança de brotar das cinzas."
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Clara 13/01/2024

E sendo amado.
Incrível, um talento espetacular com as palavras e com a literatura, prima coisa que leio do autor, simplesmente ocupou um lugarzinho nos meus dias e no meu hipocampo afetivo kkkkk.
No início o autor traz oque prometeu no título, um lirismo mais romântico e suave, depois se transforma em uma grande crítica ambientada na década de 80, criticando minuciosamente cada classe, cada pessoa e seu poder na sociedade, de forma sútil e sarcástica.
Adorei.
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VictAria 27/04/2023

Erro meu
Não gostei mas é porque não entendi nenhuma poesia o que com certeza diz mais sobre minha falta de inteligência do que sobre os poemas em si
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Giovana 04/03/2023

Carlos Drumond sempre arrasando e entregando tudo com umas das melhores poesias da história brasileira.
nao sei bem como descrever esse livro, mas é magnífico e bem rapidinho.
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Não tenho 18/02/2023

Esse livro reacendeu em mim algo que eu deixei lá atrás, o interesse por literatura, por arte, poesias, e me achar artística.

Existe um estudo quantitativo sobre criatividade que mostra que, quanto mais a idade passa, você se sente menos criativo, a tal ponto que um dia você fala: ?não sou criativo?. E obrigada Carlos Drumond de Andrade, por me fazer voltar no tempo e querer exercitar a criatividade.

Vale citar que o livro traz poemas sobre tudo, críticas ao governo da época, a gestão pública da cidade do autor, desastres ambientais, sobre a copa, sobre amizade, amor, idade, muita coisa!

Li de um jeito muito especial, aproveitando cada página, em um momento comum da vida, o que tornava especial as coisas simples. Li ele aproveitando minha própria companhia em uma cafeteria, li deitada na minha rede na varanda do meu apartamento.

E tive o prazer de pensar em um velho amor enquanto lia um poema sobre o tempo, pensei em um amigo lendo um poema de fotografia, me enxerguei em um poema, quis que alguém escrevesse um poema sobre mim e quis escrever um poema para alguém.
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