Rafa 07/05/2023
Boa teoria, exemplos ruins
Eu realmente acredito nessa forma de comunicação e, portanto, considerei toda a parte teórica muito rica. Os princípios da comunicação compassiva são fortalecedores, tanto para quem usa quanto para as pessoas ao redor.
Dentre os muitos ensinamentos do livro, poderia ilustrar esse comentário da obra com:
1. Escutar o que estou sentido e as minhas necessidades: quando vou falar o que sinto, isso é sobre mim, não sobre o outro;
Existe uma forma de expressar os sentimentos falando sobre eles e não sobre a outra pessoa. E nisso o autoconhecimento é muito importante. Olhar pra dentro. Qual necessidade minha não foi atendida e despertou esse sentimento quando fulano...?
2. Perceber a necessidade e os sentimentos do outro por trás das falas e atitudes.
Muitas vezes devolvemos violência, porque centralizamos o eu. O ego se torna mais forte e não ouvimos o grito do outro. Existe uma forma de ouvir que permite uma comunicação real.
3. Comunicar sentimentos é diferente de interpretar;
Nos acostumamos a usar o verbo "sentir" sem expressar nenhum sentimento, apenas para dizer como vemos as coisas.
Exemplo usado no livro: "Sinto-me insignificante para as pessoas com quem trabalho.
A palavra insignificante descreve como acho que os outros estão me avaliando, e não um sentimento real, que, nessa situação, poderia ser < sinto-me triste > ou < sinto-me desestimulado > ".
4. É importante que eu assuma a responsabilidade pelo que sinto. "O que os outros fazem pode ser o estímulo para nossos sentimentos, mas não a causa".
Também fala sobre empatia, sobre usar uma comunicação não-violenta com quem somos.
Eu achei interessantíssimo.
CONTUDO, os exemplos são péssimos - alguns beiram o ridículo e outros parecem válidos apenas em um consultório terapêutico. Mas é possível abstrair, aproveitando a parte excelente do livro.
As três estrelas é porque o final me pegou. ehehehe A avó recebeu "Jesus, o Senhor"em casa! Imagine! "O homem tinha barba e cabelos pretos rebeldes e despenteados; suas roupas estavam em farrapos e ele usava uma cruz pendurada no pescoço, feita de galhos amarrados com corda", e chegou com fome e sem ter onde morar. Ele passou modestos SETE ANOS exclusivo, ali, na casa dela. E, pra coroar, a avó nem percebeu. Achou que "Ossenhor" era sobrenome.
Achei absurdamente conveniente fechar um livro sobre comunicação compassiva com essa história verdadeira ("A história sobre Jesus foi o precioso presente final que recebi de meu tio antes dele morrer. É uma história verdadeira, de uma ocasião em que um homem bateu à porta dos fundos de minha avó pedindo um pouco de comida").
Juro que to tentando acreditar até agora.
Ps. percebi que os livros "Comunicação não-violenta" e "Vivendo a comunicação não-violenta" foram cadastrados juntos no skoob, como se fossem só edições diferentes. O meu comentário é sobre o livro "Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais".