Um Teto Todo Seu

Um Teto Todo Seu Virginia Woolf




Resenhas - Um Teto Todo Seu


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Ariella11 18/11/2024

A genialidade de Woolf é impressionante
Uma mulher insaciável pela vida e pela literatura. Seu brilhantismo pode ser deslumbrado em Um Teto Todo Seu, palestra que se torna um livro, no qual a autora faz um trabalho magistral para capturar a essência e a trajetória das mulheres nos registros histórico, literários e culturais desde os primórdios até o século XX.

Suas reflexões e conclusões são absolutamente assertivas, seguras e sensatas. Mais do que isso, ela é capaz de exprimir em suas palavras um trabalho incessante do patriarcado no decorrer de séculos para inferiorizar e silenciar as capacidades tão igualmente necessárias que as mulheres possuem.

Como uma feminista, materialista e pensadora visionária que foi, Woolf destaca com brilhantismo que a liberdade que o sexo masculino foi capaz de desfrutar, somente foi possível por conta do trabalho invisibilizado que as mulheres realizaram durante todo esse tempo.

Para que a independência de todos os sexos seja possível, a autora destaca que é necessário haver condições materiais necessárias para essa emancipação. Para isso, é preciso que as mulheres possam desfrutar de um teto todo seu, uma renda fixa capaz de sustentar as necessidades básicas, espaço e tempo para que suas capacidades e habilidades sejam livremente expressas.

Dessa forma, os limites seriam apenas imaginários. Por fim, Woolf foi muito precisa ao estipular que dentro de um século as mulheres certamente poderiam alcançar as oportunidades de poder com liberdade descrever a realidade a partir de seus próprios olhos e não apenas visualizar o mundo através da limitada lente masculina, como por tanto tempo foram obrigadas a duras penas a fazer.
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Rejane Melo 07/11/2024

Um teto todo seu, de Virginia Woolf, é uma obra seminal que investiga as complexidades da condição feminina na literatura e na sociedade. Woolf argumenta que, para que as mulheres possam escrever com liberdade e autenticidade, elas precisam de independência financeira e de um espaço próprio – uma “sala” onde possam explorar suas ideias sem interrupções. O livro examina a opressão histórica que relegou as mulheres ao espaço doméstico e as privou de oportunidades criativas e educacionais, ao mesmo tempo que denuncia as desigualdades de gênero em um tom incisivo, porém irônico. Woolf destaca a importância de questionar as expectativas impostas às mulheres e de repensar as estruturas de poder que condicionam suas vidas. A obra permanece atual, inspirando gerações ao explorar a relação entre gênero, autonomia e criação artística.
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Giulia.Prestes 06/11/2024

Caracolis
Essa mulher era muito a frente de seu tempo mesmo!! Impossível não perceber que, embora tenha sido escrito há quase um século, muito do que ela aponta sobre a situação de gênero e classe na época ainda é realidade. Os homens ainda afirmam sua ?superioridade? apenas para se sentirem bem com eles mesmos, as mulheres ainda precisam se provar muito mais para serem reconhecidas e os pobres ainda não possuem as mesmas oportunidades. Também é nos leva a refletir sobre todas as mulheres que lutaram tanto para que nos dessem o mínimo e sobre o tanto que ainda precisamos avançar como sociedade?

?A liberdade intelectual depende de coisas materiais. A poesia depende da liberdade intelectual. E as mulheres sempre foram pobres, não so nos últimos duzentos anos, mas desde o início dos tempos?.
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nina460 05/11/2024

Eu quero ser a virginia quando crescer
"E as mulheres sempre foram pobres, não só por duzentos anos, mas desde o começo dos tempos. As mulheres gozam de menos liberdade intelectual do que os filhos dos escravos atenienses." virginia woolf você foi grandona em 1928 e tenho certeza que seria o cão se vivesse nos dias de hoje
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Carolina.Lausmann 01/11/2024

Virgínia Woolf simplesmente imensa
"Um teto todo seu" é muito mais do que uma reflexão sobre um espaço físico; é uma metáfora poderosa da liberdade criativa e da autonomia que Virginia Woolf defende como essenciais para as mulheres. Gostei especialmente de como ela argumenta que, para criar, uma mulher precisa de independência financeira e de um lugar só seu, onde possa ser ela mesma, sem interrupções. Esse espaço, tanto externo quanto interno, simboliza o direito de expressar-se, de pensar livremente e de ocupar o mundo com autenticidade. Ao ler, senti que Woolf se torna gigantesca ao defender algo tão fundamental: que cada pessoa tenha o espaço necessário para ser quem realmente é.

Maravilhoso!
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Giseleonina 30/10/2024

Um ensaio sobre o quanto nossa voz é silenciada
Quando Virginia Woolf escreveu este ensaio, o ano era 1929, e ela já notava algumas conquistas femininas recentes em sua época. Fui pesquisar algumas dessas conquistas no Brasil nesse período e não encontrei as mesmas que Woolf citou, apenas posteriormente, na década de 1960.

Claro, a Inglaterra foi a colonizadora que passou pelas revoluções liberais e industriais, enquanto nós fomos colonizados e vivemos até hoje sob a sombra de uma sociedade colonial e patriarcal.

O trecho mais marcante foi este:

"[...] Disse-lhes, no transcorrer deste ensaio, que Shakespeare teve uma irmã; mas não procurem por ela na vida do poeta escrita por Sir Sidney Lee. Ela morreu jovem ? ai de nós! Não escreveu uma só palavra. Está enterrada onde os ônibus param agora, em frente ao Elephant and Castle. Pois bem, minha crença é de que essa poetisa que nunca escreveu uma palavra e foi enterrada numa encruzilhada ainda vive. Ela vive em vocês e em mim, e em muitas outras mulheres que não estão aqui esta noite, porque estão lavando a louça e pondo os filhos para dormir" (p. 137).

É assim que me sinto quando faço algo que a geração anterior à minha não pôde, seja por uma questão de classe, seja por uma questão de gênero influenciado pelos costumes. Pois é importante destacar que, embora não existam mais leis restritivas por ser mulher, os costumes patriarcais, machistas e misóginos ainda estão vivos em muitas regiões do Brasil.
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thathaisprado 30/10/2024

Entre tantos pontos importantes, a análise da imagem da mulher como espelho para duplicar o tamanho da imagem masculina foi muito forte!
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Claudia 28/10/2024

Um teto todo seu
Simplesmente de explodir a cabeça. Uma viagem de como as mulheres são vistas na literatura do século XVIII e XIX. O quanto é importante ter seu próprio dinheiro para seu sustento e poder escrever aquilo que bem entende. O quanto é importante ter a liberdade para ser mulher. Um alerta e um puxão de orelha a todas as mulheres de todos os tempos. Adorei.
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leticia2513 28/10/2024

Interessante.
Gostei muito desse livro, da escrita da virginia e de como ela demonstra a linha de raciocino dela. nunca tinha lido nada igual, nem nada dela, mas é um ótimo livro, gostei muitíssimo de ler.
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Maru.y 26/10/2024

"Mas ela vive, pois os grandes poetas não morrem."
Definitivamente uma leitura um tanto difícil e complexa(Marca registrada da Virgínia Woolf), mas de uma escrita impecável... Aqui a autora traz sua visão crítica sobre si mesma como uma mulher escritora naquela época e o papel da mulher também naquela época e no passado antecedente a esse livro, críticas tão precisas que permeiam até hoje na nossa sociedade... Foi uma escrita com toda certeza de muitas emoções, fatos que me trouxeram bastante surpresa por exemplo, como o fato das mulheres só terem recebido direito a receber dinheiro e ter dinheiro em mãos em meados pós primeira guerra mundial, tantas falas misóginas por parte de figuras masculinas famosas da época e todo o enfrentamento das mulheres escritoras e em outras profissões em meio a tantas limitações da sociedade. Mesmo não tendo sido uma grande leitura do ano, ainda recomendo muito a leitura, principalmente pelo fato de que como dito antes, grandíssima parte dos fatos e críticas trazidos aqui pela autora ainda são extremamente presentes na nossa atual sociedade.
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Bia~* 15/10/2024

Esse pequeno livro mexeu comigo
O texto é baseado em um discurso/palestra que Virginia faria em uma universidade. As sinopses que se tem por aí explicam bem do que se trata, melhor do que eu conseguiria.
O que eu quero registrar sobre essa leitura é que em um momento ela comenta das primeiras escritoras que conseguiram publicar seus trabalhos e como isso era uma forma de "botar pra fora" alguns sentimentos, de expressar o que ficou tão guardado e reprimido por esse meio que é a família patriarcal... E eu senti uma certa diferenciação, não sei se depreciativa, com relação a obras posteriores de mulheres em que a escrita é levada mais a sério, vista como detentora de mais qualidade, e por isso considerada arte.
Eu, enquanto pessoa que está sempre se questionando se faz arte mesmo e se pode se intitular artista, senti isso como uma alfinetada. Senti como se eu não pudesse dizer que faço arte quando componho músicas, ou quando desenho um esboço de qualquer coisa, porque não domino tão bem assim as técnicas que permeiam esses universos.
Passei as últimas semanas conversando com colegas de música, de teatro e de vida sobre essa diferença (existe?) entre arte e expressão (no sentido de botar emoções pra fora). Ainda não tenho conclusões satisfatórias sobre isso. Mas acho que não posso dizer que minhas composições não são arte, embora sejam extremamente fruto daquilo que eu preciso tirar de dentro do meu coração e da minha cabeça.
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danielaperin 11/10/2024

Mulheres e ficção
Esse livro me fez perceber como a mulher teve sua importância renegada ao decorrer dos séculos. Virginia Woolf expressa suas reflexões do que seria necessário para uma mulher escrever ficção: dinheiro e um teto todo seu, onde deveria ter seu próprio espaço para preencher de pensamentos, sem nenhuma distração. Desde o século XVI as mulheres não podiam nem cogitar a ideia de escrever, pois isso seria inapropriado, visto que seu papel em sociedade era permanecer em casa realizando tarefas domésticas e de cuidado familiar. A superioridade masculina na época, suprimia a liberdade na mulher, consequentemente tornando esse gênero inferior. Virginia então demonstra como essa força feminina veio crescendo com autoras que usavam pseudônimos para publicarem suas obras, como George Eliot, as irmãs Brontë, Jane Austen, entre outras. Aos poucos essas escritoras conquistaram espaço apesar de não possuirem um teto todo seu e foram corajosas o bastante para dizerem não às vozes que reprimiam e desvalorizam seus talentos.
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Yasmim861 08/10/2024

Um teto todo seu
"Ouço-me dizer breve e prosaicamente que é muito mais importante ser você mesma do que qualquer outra coisa. Não sonhem com influenciar outras pessoas, eu diria se soubesse como fazer isso soar de modo sublime. Pensem nas coisas por si mesmas"

-pag 155
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yasminlorido 06/10/2024

Para Jo
É necessário ler tendo consciência de todos os privilégios de raça e classe que permitiu Woolf ser quem foi, no aspecto da escrita, intelectualidade e até social, dado seus relacionamentos e vida. Aqui temos um vislumbre dos seus pensamentos também políticos, muito parecido com as já publicadas notas e artigos no "profissão para mulheres" em que ela discorre sobre até onde vai o verdadeiro mérito na criação da arte e da literatura quanto a gênero.
As dificuldades enfrentadas no ato da escrita em si de acordo com as cobranças femininas e a falta de autonomia, educação e independência no cotidiano que possibilite a escrita e tudo o que a ficção exige, isso em meio às suas opiniões e críticas a Jane Austen, George Eliot, as irmãs Brontë e a busca por nomes de mulheres marcados na história literária sem a comparação masculina.
Ao mesmo tempo em que esse livro me parece uma homenagem a criadoras e escritoras que nunca puderam ser reconhecidas [poetas inglórias], ele evoca também uma inspiração para outras mulheres escritoras, uma tentativa de chamamento para a liberdade que a própria autora sabia ter.
(Li Mulherzinhas muito depois de ler esse livro, e agora escrevendo a resenha me peguei pensando nos desejos da jovem Jo March e o quanto isso está ligado ao que ela acreditava ser necessário para ser uma escritora)
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