O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


458 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Cris609 12/11/2024

Sobre o tempo
"O deserto dos tártaros" é um livro melancólico sobre o tempo. Não é uma leitura fácil e, apesar de ser curto, não é rápido de ler. Trouxe muitas reflexões sobre os inimigos que criamos na nossa cabeça, que, na maioria das vezes, não existem, sobre as coisas que esperamos da vida e achamos que ela tem a obrigação de dar e sobre o poder do tempo e o quanto ele é o fator determinante da nossas alegrias e tristezas. Mas é algo que não dá para devolver, pegar de volta, pedir emprestado, etc... pelas reflexões e muitas camadas, está recomendado!
comentários(0)comente



Andressa 06/11/2024

O deserto dos Tártaros
Mais um delicioso contato com o absurdo! Uma obra com tantas passagens preciosas e reflexões tão atuais sobre a vida, escolhas, abdicações, hábitos e até mesmo a morte. Foi uma grata surpresa, gostei muito da leitura!
comentários(0)comente



Raimundo.Marques 05/11/2024

Depois de ler "O Triste Fim de Policarpo Quaresma", em seguida ler "O Deserto dos Tártaros", a angústia da ideia de uma vida perdida para uma ilusão me afligiu como nunca.
O relógio não para o seu compasso, o rio do tempo não deixa de correr, o sol não permanece imóvel no céu azul. Um dos primeiros ensinamentos dados a uma criança é que tudo tem início, meio e fim. No entanto, nunca se ensina o quão pode ser angustiante, desolador e decepcionante esse fim. O fim de uma vida de fantasias e mentiras é aterrorizante.
Duda 05/11/2024minha estante
esse livro me deixou de ressaca, não via sentido em mais nada ?




myhtuck 03/11/2024

Entediante
Drogo tinha como ambição fazer parte do Forte Bastiani e lá vivenciar uma guerra. Esperou por isso por 30 anos e a guerra chegou no momento em que ele estava doente e não pode vivenciá-la.

Livro bastante entediante e a meu ver com poucas reflexões profundas.

O livro todo associei o Forte Bastiani ao Exército da minha cidade rs
comentários(0)comente



Aline Oliveira 03/11/2024

Fiquei maravilhada com a leitura desse livro. Não é muito prazeroso, mas leva a muitas reflexões acerca das escolhas que fazemos na vida. Sempre achando que o tempo vai ser suficiente...
Às vezes é necessário recalcular a rota e saber também aproveitar o processo, sem focar tanto no objetivo final.
comentários(0)comente



aline.moraes.23 31/10/2024

Reflexivo e denso
Dino Buzzatti usa da estrutura da narrativa para fazer o leitor sentir a melancolia e a monotonia do enredo, o que pode tornar essa leitura lenta apesar de ser um livro curto. Sua densidade faz com que poucas páginas sejam suficientes para nos nutrir de pensamentos e por vezes saturar nossa capacidade de reflexão. Apesar de não ter sido uma leitura super prazerosa, foi maravilhoso conhecer a escrita desse livro tão famoso. Suas principais reflexões são relacionadas com o propósito de vida, o viver a vida esperando algo maravilhoso pro futuro que nunca chega. E nos leva a repensar se estamos aproveitando a vida verdadeiramente já que o tempo não para nunca.
?[?] os homens, ainda que possam se querer bem, permanecem sempre distantes; que, se alguém sofre, a dor é totalmente sua, ninguém mais pode tomar para si uma mínima parte dela; que, se alguém sofre, os outros não vão sofrer por isso, ainda que o amor seja grande, e é isso que causa a solidão da vida.?
comentários(0)comente



Bruno.Rafael 27/10/2024

“Cuidado, Giovanni Drogo!”
Giovanni Drogo é o protagonista desse livro, um tenente recém formado que vai ocupar seu primeiro posto em um forte isolado entre montanhas e um deserto, melancólico e a primeira vista, sem muita utilidade. Ali ele vai passando o seu tempo, a princípio querendo fugir do destino no forte, e depois, à procura de algo glorioso que lhe faça preencher o sentido da sua vida. Mas claro, há muito mais do que isso.

Dito isso, que livro!!! Uma ideia central fascinante, e ao mesmo tempo, um soco no estômago para qualquer leitor. Resumidamente, uma discussão sobre o tempo e o que fazemos com ele para benefício na nossa vida. Estamos vivendo, ou apenas sobrevivendo? Fazendo algo de útil com nossas vidas, ou só esperando uma grande oportunidade para justificarmos ela? Correndo atrás, ou esperando cair do céu? Cômodos ou incomodados?

Uma leitura pesadíssima, não em relação à escrita, que é muito boa e fácil de entender, mas ao conteúdo, que é difícil de digerir. Me atrevo a comparar o teor desse livro ao “A morte de Ivan Ilitch” de Tolstói, dois livros para marcar a vida de qualquer leitor. Para alguns, durante a leitura, haverá sentimentos de depressão e angústia, para outros, uma chance de mudar os hábitos, de fazer a vida diferente. Ou tudo isso! Vai depender do ponto de vista de cada um e como essa pessoa está lidando com sua vida, com seus objetivos, com seus desejos. Creio que esse seja o maior legado desse livro, a autorreflexão sobre a vida, a sua vida, e o que está fazendo com o tempo dela.

Giovanni esperava por algo glorioso na sua carreira, mas sabia que naquele forte não o encontraria. Em um momento se desapegou mesmo da ideia de sair dali de uma vez. Porém, algo o fez retornar e ficar no forte. Uma especulação, uma lenda, uma exigência superior militar, uma grande guerra, uma inabilidade social adquirida por ficar longe da cidade, outra coisa, todos esses fatores juntos, o que exatamente? Enfim, depois que ficou, desejou a glória que o faria herói junto com seus companheiros soldados. Ficou no forte. Parecia fácil e cômodo esperar pela glória. E tinha outra alternativa? Mas sempre há um alerta, o narrador do livro diz: “Cuidado, Giovanni Drogo!”. E isso se repetia na minha mente sempre que Giovanni tomava uma decisão que o levaria a um caminho discutível. Mas não bastava só coragem para Drogo, havia muito mais fios de teia nessa armadilha que o detinha e o agarrava. E assim é nossas vidas, múltiplos empecilhos. E acabamos por nos acomodar, ao invés de tomar decisões bruscas para mudarmos algo.

Mas a batalha dura até o final, contra o último inimigo de todos nós, e Giovanni Drogo se libertou...

venceu sua própria batalha!
comentários(0)comente



Claudia.livros 26/10/2024

Num certo dia, o jovem Giovanni Drogo se despediu de sua mãe e foi servir, como militar, no forte Bastiani, forte construído na fronteira para a defesa do país, que um dia, num passado longínquo, foi invadido pelos tártaros. Outra invasão podia ocorrer a qualquer momento e essa era a razão de viver do forte e dos militares que viviam dentro de suas muralhas.

Drogo vê sua vida ali dentro passar, junto dos colegas, num arrastar sem fim, sempre esperando ansiosamente a guerra. De vez em quando se lembra dos amigos do passado, que fizeram carreira, casaram, tiveram filhos. Mas ele continuava ali, servindo e esperando. 

É um livro que nos provoca o tempo todo, apesar da falsa aparência de lentidão. Ele nos lembra da crueldade do tempo, sempre implacável, e nos convida a refletir sobre o nosso comodismo e imobilidade, além da eterna espera pela glória que um dia poderá chegar. 

É uma história linda, que incomoda e arrebata.

?Tudo se esvai, os homens, as estações, as nuvens; e não adianta agarrar-se às pedras, resistir no topo de algum escolho, os dedos cansados se abrem, os braços se afrouxam, inertes, acaba-se arrastado pelo rio, que parece lento, mas não para nunca.?
Lanny 26/10/2024minha estante
Finalizei a leitura desse livro recentemente, achei muito reflexivo a discorrência sobre a passagem do tempo. E por por coincidência, eu também transcrevi a mesma frase do seu último parágrafo.


Lica 27/10/2024minha estante
Maravilhosa resenha!????Já estou ansiosa para esta leitura!?


Claudia.livros 27/10/2024minha estante
Ahh obrigada ?




Marcella.Spelta 24/10/2024

Ok, é um clássico italiano. A mensagem é ótima, mas é chato
A obra retrata (com uma precisão tediosa) a lenta passagem do tempo na ilusão de que feitos grandiosos serão realizados e como essa expectativa pode nos aprisionar em um lugar incômodo
comentários(0)comente



Linhares 14/10/2024

O livro trata da passagem do tempo e do desperdício de uma vida.

As vezes na vida criamos expectativas demais, esperamos algo fantástico cair do céu e mudar nossas vidas magicamente ou no caso do livro, aparecer algo no deserto... mas isso não acontece.

Esse livro algumas vezes chega até mesmo ser angustiante, em algumas passagens me identifiquei muito com o protagonista.

Quando se é jovem, você pensa que é especial, que a vida te reserva a grandeza, mas quanto mais o tempo passa, mais você percebe que você é "comum".
comentários(0)comente



mah 13/10/2024

Interessante
Eu pensei que o livro seria massante e sem graça, não foi isso. me vi esperando as mesmas coisas que os soldados em todos esses anos, ilusão. acho que esse livro retrata bem como nós conseguimos mudar toda nossa vida com base em uma mínima esperança, muitas vezes infundada. gostei demais do livro, me fez pensar.
comentários(0)comente



Irene66 09/10/2024

Sobre passar a vida em espera e sobre a injustiça da vida
Desde a primeira página a leitura desse livro me encheu de angústia, inquietude, de uma estranha sensação em relação à vida. Desde o início, percebemos que o jovem tenente Drogo tem à frente uma vida repleta de ilusões e esperas, e isso nos faz pensar em nossas próprias ilusões e esperas.

Ler este livro agora, entrando na quinta década de vida, traz um sabor amargo, faz refletir sobre todos os anos passados à espera do melhor que ainda há por vir.

Pensa-se também, não apenas pelo final da história, na injustiça da vida. É isto, a vida é injusta e sem propósito e nada podemos fazer. Alguns desde cedo são felizes e alcançam o almejado, outros, a maioria, passarão a vida na eterna espera.

Um livro pra baixar nossas expectativas (a vida é 90% do tempo simples e medíocre, o grandioso não existe), mas também para nos lembrar de sacudir a poeira e mudar, quando necessário. Não espere demais. E interprete essa frase nos dois sentidos: não espere demais da vida, e não espere tempo demais.
comentários(0)comente



Nelson.Nogueira 01/10/2024

Escrito de forma muito poética, o livro nos passa a mensagem que devemos aproveitar bem a vida, pois o tempo é inclemente. Se ficarmos a vida toda aguardando por um acontecimento, pode ser que esse não ocorra da maneira que esperamos. Mas aí será tarde demais!
comentários(0)comente



Fernanda1658 13/09/2024

No fim, cabe-nos sempre aquilo que merecemos
Muito podia-se falar sobre o livro. As vezes, a leitura parecia arrastada, mas percebi que era para ser assim mesmo. As vezes, eu queria levar a vida dentro daquele forte (e achava que seria feliz). Em vários momentos, pensava que todos naquele forte sofriam de esquizofrenia. Mas nada traduz melhor o livro que a fala de Ortiz: "No fim, cabe-nos sempre aquilo que merecemos. Talvez a questão esteja toda nisso. Talvez nós pretendamos demasiado. Cabe-nos sempre o que merecemos, realmente.".

É meu caro Ortiz! Poucas vezes souberam resumir o que é a vida, melhor que você. Só isso, valeu a leitura.
comentários(0)comente



ArthurBueno 08/09/2024

Final belo porém amargo
Expectativa, frustração e arrependimento. Quem nunca sentiu isso?
O livro narra a história do recém graduado tenente Giovanni Drogo, que cheio de expectativas sobre uma carreira e futuro promissores, foi designado para servir em um distante Forte na fronteira. Mas não tarda e as primeiras frustrações aparecem, porém o sentimento de que algo grandioso ainda está por vir mantém o jovem oficial em sua rotina enfadonha, mas confortável, sempre à esperar.
O livro nos faz refletir sobre nossos sonhos e frustrações, e como, as vezes, nos mantemos inertes em nossas vidas sempre a espera de algo que nunca chega, e com isso o sentimento de arrependimento pelo tempo ter passado e não termos aproveitado nossas vidas.
comentários(0)comente



458 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |