O Deserto dos Tártaros

O Deserto dos Tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Tayara.Vergueiro 28/01/2023

O começo é legal. O meio é bem entediante mas entendo que é pq a vida dos personagens tava assim, mas foi difícil continuar. Final dramático é muito triste
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Alisson 26/01/2023

Extremamente chato
Cansativo, sem graça, massante e frustrante pela falta de interação para nos fazer viajar na leitura e pensamentos.
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Wassu 20/01/2023

Vivemos o presente e não a ilusão de um momento oportuno
Um livro que foi lento em ler, por seu teor e a reflexão. Quando eu li o desconforto me assolou, em diversos momentos nos deparamos no momento que vamos viver, aproveitar nossa vida, ou a época que a vida começa, como a luta que durante toda a vida se preparamos, entretanto, essa guerra pode nunca acontecer, na verdade essa guerra ou momento idealizado nunca virá, pois é fruto de pura fantasia. O presente é o momento, é o movimento, nele ressignificamos e tomamos novos rumos, no viver hoje podemos viver, pois o momento é agora e não num futuro idealizado ou temeroso.
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MF (Blog Terminei de Ler) 20/01/2023

O lado cruel da fé em nossas expectativas
Livro “O deserto dos tártaros” do escritor italiano Dino Buzzati. Já faz algum tempo que o li e, somente agora, escrevo sobre a obra. Ao término da leitura, ainda no calor do momento, escrevi para meus contatos:

“Oh, céus… quando você lê um livro e fica tão comovido e perplexo… que chega a assustar. Um daqueles momentos em que a vida se divide entre antes e após uma leitura… E como é desesperador enxergar o personagem Giovanni Drogo no conhecido ou no familiar querido… e torcendo para nunca encontrá-lo refletido no espelho…”O deserto dos tártaros” do italiano Dino Buzzati deveria ser leitura obrigatória nas escolas… Eis aqui o verdadeiro arrebatamento e filosofia que nenhum pensamento religioso, talvez, será capaz de atingir…”.

A sensação, a empolgação, a comoção, ainda permanecem. Na trama, conhecemos Giovanni Drogo, militar recém lançado à patente de tenente. Ele é, então, designado para o Fort Bastiani, o que ele inicialmente enxerga como a primeira etapa de uma exitosa carreira. Contudo, ao chegar no local, completamente isolado, e com o passar do tempo, sua impressão vai se alterando, na medida em que ele e os soldados que consigo dividem a rotina, sempre idêntica, esperam por um inimigo (os “terríveis” tártaros do título) que nunca chega.

Há alguns pontos a serem considerados sobre a leitura. O primeiro ponto, em minha avaliação, é a crítica ao militarismo em várias frentes. A ausência de um perigo real, que traga uma razão de existência, invoca uma reflexão sobre a real necessidade de uma força armada protetora e, ainda que o ambiente externo se mostre hostil, seria a disposição dessas tropas, no território do país, estrategicamente relevante ou apenas uma demonstração infrutífera de um poderio sem relevância? Essa reflexão, para todos os países que possuem forças armadas, ainda é válida.

A convivência entre os militares, dentro de uma rotina repetitiva e, com rituais formais sem a menor importância, não seriam uma demonstração do vazio na vida militar? Pode-se justificar isso com o argumento do ensino da disciplina. Contudo, de que adianta disciplina se o resultado esperado for pequeno ou sem bons frutos? A disciplina só faz sentido se algum retorno benéfico, social, pessoal ou financeiro, estiver atrelado, ao meu ver. E o motivo disso é o fato de que a vida não para.

Nessa ponto, a obra de Buzatti permite um olhar mais amplo. Afinal, o fluxo da existência é constante e finito. Logo, o foco de nossas ações deve ser claro e justificado. Do contrário, a vida escorre pelo ralo do tempo.

Naturalmente, é necessário se manter atento ao que realmente agrega em nossas vidas e, o autojulgamento de nossa atenção, deve ser uma prática ininterrupta ou, pelo menos, deveria ser. A fé no aguardar de um resultado, o eterno esperar, tem um lado perverso que cobra um preço elevado do indivíduo: a passagem dos anos atrelada à desvalorização da experiência do existir.

A rotina e a disciplina, embora tenham suas inegáveis qualidades, são como um ácido que corrói as estruturas da embarcação que nos conduz pelo Estige, e moeda nenhuma pode comprar ou recuperar aquilo que passou, que se perdeu nas águas. E quando notamos os danos da corrosão, talvez, pode ser perigosamente tardio.

Visto por esse vislumbre, o exército tártaro funciona como uma alegoria, uma metáfora, para algo norteador da existência, que lhe confere sentido mas que, em contrapartida, lhe suga a própria vivência. Ter fé em algo, sonhar com alguma coisa ou alguém, desejar algo… enfim, qualquer coisa que estabelecemos como fator motivador, pode ser também algo que sacrificará o indivíduo. E tal sacrifício não advém da plausibilidade ou possibilidade de ver a moradia de nosso foco erguida. O sacrifício está na construção dos alicerces, das paredes, sem reservar um espaço apropriado para as janelas e para as portas. A janela serve como um estímulo, um convite, para observar os nuances do leque da existência, servindo, igualmente, como um alerta, um chamado de atenção, para o próprio fluxo do tempo. Por sua vez, portas são o caminho para a prática do viver, adicionando-lhe o devido valor. E, convenhamos: seria desesperador viver numa casa sem janelas e portas e, pior, ser incapaz de ter o conhecimento de como construi-las ou, ainda pior, desconhecer o que sejam esses objetos. É a mesma coisa que navegar em um barco que gradualmente afunda.

A obra de Buzatti não serve apenas como uma crítica ao ambiente militar. É muito mais do que isso. Seu livro nos convida a uma necessária reflexão quanto à própria vida, como a vivemos e o que fazemos com nosso tempo. E, quanto mais cedo temos a possibilidade de refletir, mais rápido podemos ajustar a proa em um sentido que nos permita aproveitar a viagem, independente da quantidade de tempestades no caminho e de que o porto final não ser o destino originalmente desejado.

site: https://mftermineideler.wordpress.com/2022/09/18/o-deserto-dos-tartaros-dino-buzzati/
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Esther 14/01/2023

Livro sobre o tempo
Livro com escrita poética, muito bonita, mas que faz a leitura ser devagar.

Ele fala sobre sempre ficar esperando a vida acontecer sem aproveitar as oportunidades, ou até não correr atrás dos seus desejos, pensando que pode perder acontecimentos ou eventos.

Foi bom ter lido pela moral, mas seria melhor ser lido devagar, apreciando a escrita, se isso for o que vc procura.
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Ana Fortaleza 13/01/2023

Livro incrível
Não é um livro cheio de acontecimentos, muito pelo contrário, é um livro no qual as coisas acontecem devagar e o autor usa essa forma de escrita justamente para passa ao leitor a ideia de que o "tempo se arrasta"...
Prepare-se para refletir sobre muitas coisas durante a leitura desse livro espetacular....
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Gabi Pontes 04/01/2023

Uma reflexão sobre a vida e o tempo
O tempo entretanto corria, marcando cada vez mais precipitadamente a vida com sua batida silenciosa, não se pode parar um segundo sequer, nem mesmo para olhar para trás. ?Pare, pare!?, se desejaria gritar, mas vê-se que é inútil. Tudo se esvai, os homens, as estações, as nuvens; e não adianta agarrar-se às pedras, resistir no topo de algum escolho, os dedos cansados se abrem, os braços se afrouxam, inertes, acaba-se arrastado pelo rio, que parece lento, mas não para nunca.
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Fernando.Caxias 30/12/2022

O extraordinário da vida acontece no cotidiano
Ouso dizer que foi o livro mais marcante da minha vida, observar a minha própria vida através da vida de Giovanni Drogo foi uma experiência única. Aliás além da narrativa se passar dentro de um contexto militar e o desenvolvimento da saga do herói ser muito fiel a uma vida militar tanto no âmbito profissional como no pessoal, o simbolismo que relaciona a vida de Drogo e a vida de qualquer cidadão comum é perfeito.

O nosso herói é um oficial recém formado que foi designado a fazer parte da guarnição de um forte em que os componentes que lá servem há muitos anos ou décadas vivem aguardando uma guerra que nunca chega, um conflito eminente que está sendo aguardado por muito tempo, um inimigo que nunca aparece.

Paralelo a isso nossa vida é bem parecida, sempre a espera de algo novo, inusitado, que irá de alguma maneira agitar o rumo da nossa história e torná-la mais interessante do que a rotina entediante e previsível de qualquer pessoa comum.

Por sinal, é uma característica bem interessante nas gerações atuais. Devido a um efeito devastador das redes sociais e de filmes e seriados que exibem um estilo de vida incomum, muitos jovens são influenciados a desejarem uma vida pautada em prazeres materiais. O que aconteceu com a busca por uma vocação verdadeira de médico, professor, advogado, policial, bombeiro, etc? A deturpação dos valores faz a juventude querer buscar uma vida de faz de conta como atleta, cantor, ator, youtuber, tik-toker, dançarino e sei lá mais o que que possa ser inventado pra alienar mais a massa.

Veja bem que não há mal em si nisso tudo, mas crer que qualquer pessoa é capaz de se dar bem em qualquer investimento é no mínimo ignorar os dados da realidade. Qual a porcentagem da humanidade corresponde às pessoas que são relamente bem sucedidas por esse caminho?

Resumindo de alguma maneira tudo o que o livro tinha pra me apresentar, posso dizer que todos que buscam um caminho, uma direção, descobrir sua vocação, deveriam lê-lo. Pois mostra exatamente que seu caminho é fazer bem aquilo que é proposto para você fazer e não sonhar com trilhas que não se cruzam por onde você passa. O extraordinário da vida está no que acontece no cotidiano, bem na sua frente.
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Eduardo Mendes 30/12/2022

Vale a pena passar a vida acreditando que existe uma parcela de felicidade para cada um de nós?
O Deserto dos Tártaros é um dos clássicos da literatura mundial. Uma obra com uma narrativa que aborda um dos meus temas favoritos: o existencialismo. Com uma grande carga filosófica, Dino Buzzati nos conta com uma beleza poética uma história sobre as frustrações que a vida nos reserva. O autor também consegue dar muita profundidade psicológica na caracterização do protagonista, sua escrita é sem excessos, direta e elegante.

Giovanni Drogo é um jovem que acaba de deixar a academia militar e recebe o posto de tenente no distante Forte Bastiani, uma espécie de castelo localizado na fronteira do seu país com um deserto. Rapidamente ele descobre que foi designado para um local onde ninguém gostaria de estar. O Forte já foi importante no passado, mas nos dias atuais passa longe de oferecer a glória e as conquistas que o jovem Giovanni aspira.

Acompanhamos de forma melancólica o cotidiano de Giovanni e outros oficiais neste posto de defesa onde nada acontece e os dias se sucedem praticamente iguais há muito tempo, com suas rotinas entediantes e burocráticas, além de diversos e protocolos militares um tanto sem sentido. Lembra um pouco Camus e Kakfa com seus enredos sobre o absurdo.

Apesar de desejar sair daquele lugar ermo e isolado do mundo, Giovanni acaba permanecendo no Forte Bastiani por mais tempo do que o desejado, e vê que sua juventude está escorrendo pelos dedos.

O Deserto dos Tártaros é uma leitura bela e angustiante, um excelente livro sobre a passagem do tempo, oportunidades perdidas, e os perigos do conformismo. Daquelas histórias que te acompanham pro resto da vida e te fazem questionar qual é o sentido da nossa existência.




site: https://jornadaliteraria.com.br/o-deserto-dos-tartaros/
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Alex 28/12/2022

Livro muito bom para refletir sobre o tempo, principalmente, a passagem dele. Sem grandes acontecimentos.
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Heley 23/12/2022

"Viram-se as páginas, passam-se os anos"
Giovanni Drogo é convocado a servir e anseia pela glória militar. É designado ao Forte Bastiani, que fica no deserto. O tédio impera no forte, isolado do país, e Drogo não demora para ser engolido pela rotina. A narrativa acompanha o cotidiano dos oficiais nesse posto de defesa, mostrando suas rotinas entediantes.
A sensação é de uma leitura demorada, empacada, que não flui, nas quais nada acontece, e acredito que isso é proposital. O livro entra nas vidas monótonas dos oficiais no Bastiani, em suas existências estagnadas, sempre à espera da fatídica guerra com os Tártaros. A história não me prendeu tanto, achei tediosa, mas a mensagem do livro é muito boa, onde todos nós estamos presos as nossas escolhas, rotinas, esperando que o melhor aconteça, e muitas vezes esse melhor não vem!
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Camila0831 12/12/2022

Cruel como a realidade
Cruel como a realidade, essa leitura me lembrou dos filmes Sinédoque, Nova York e Blow-Up; uma constante busca de significado e sentido que parece nos ter sido prometido em nossa juventude, mas que o tempo se encarrega de mostrar vão.
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nopedaorelha 30/11/2022

?O tempo passou tão veloz que a alma não conseguiu envelhecer.?

O Deserto dos Tártaros é um romance clássico italiano, que conta a história de Giovanni Drogo, nomeado oficial e direcionado para servir do Forte Bastiani, uma fronteira no deserto, cujo lugar rendia grandes histórias de uma antiga guerra com os Tártaros. A guarnição é monótona, praticamente inútil, mas os soldados e oficiais se agarram na esperança de uma guerra. Com a chance de sair do Forte, Drogo se vê hipnotizado e permanece firme em seu posto.

O autor Dino Buzzati reuniu todos os meus sentimentos sobre a vida, a rotina, o tempo e a juventude, e me fez rir. Esse livro sabe refletir sobre a vida real e o ócio das obrigações diárias, mas sem se tornar cansativo ou enfadonho, muito pelo contrário, a cada minuto eu quis saber o próximo passo da história.

Buzzati me fez lembrar, através de Drogo, que o tempo corre, as decisões batem na porta cobrando sacrifícios, e que o pertencimento é tão discreto que, quando se percebe, o lar já não é mais a casa e a casa é o terreno estranho. O Deserto dos Tártaros é sobre escolhas e desejos, e talvez o Forte Bastiani seja onde nosso coração está preso, a questão é olhar para Drogo e identificar o momento certo de abrir mão ou ficar.

Caso já tenham lido, ou comecem a ler, podem vir falar comigo, adoraria passar horas falando sobre esse belíssimo livro.
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Elisangela0 10/11/2022

Não faça como o Drogo, não deixe a sua vida passar esperando grandes acontecimentos...
O jovem tenente Giovanni Drogo é designado para servir no forte fronteiriço Bastiani, onde todos esperam uma invasão do inimigo, o "exercito dos Tártaros". Passam-se os anos e a invasão nunca acontece e Drogo vê sua juventude e sua solitária vida passar a espera de "grandes batalhas" ou eventos que nunca acontece.
Andrea Garcia 14/11/2022minha estante
Um dos melhores títulos lidos este ano. Passei dias após o término da leitura, com um aperto no coração, tentando absorver a densidade da narrativa de Dino Bussati que soube explorar, de maneira tão sutil, mas intensa, a vida de Giovanni. Certamente, irei reler esse clássico.




Homerogoncalves 02/11/2022

Uma visão de compromisso com o futuro.
Sem dúvida a questão central do livro gira em torno do tempo, das idealizações sobre a distante a auspiciosa conquista que está além da vista.
O Forte traz o simbolismo próprio da moralidade, constituída pelos rígidos princípios de retidão irrefletida e auto sacrifício.
O Deserto, com sua enormidade inexplorada, coloca em perspectiva alegórica o sentimento de vastidão do tempo e amplitude de um horizonte inexplorado, que instiga os desejos e fantasias de um porvir inalcançável.
Os Tártaros alimentam a energia do homem suficientemente forte para não sucumbir, disposto a lutar e renunciar aos próprios desejos mais íntimos.
A Cidade se constrói no íntimo de um sujeito que, frustrado e alienado de si, projeta nos outros a felicidade de quem teve mais glórias.
O Tempo, inculpado pelas escolhas do protagonista, presta seu testemunha ao leitor.
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